terça-feira, 9 de outubro de 2018

ONU cria centro de combate à fome no oeste da África - ONU

ONU cria centro de combate à fome no oeste da África

Publicado em 08/10/2018 Atualizado em 08/10/2018

O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) anunciou neste final de semana (5) a criação do Centro de Excelência contra a Fome e a Má Nutrição no Oeste e Centro da África. Com sede em Abidjan, capital da Costa do Marfim, o organismo funcionará como uma plataforma de cooperação entre os países do continente, permitindo a difusão de boas práticas em agricultura familiar, manejo de perdas pós-colheita, proteção social e resiliência comunitária.


Preparação de merenda escolar no condado de Montserrado, na Libéria.
Foto: UNMIL/Christopher Herwig

O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) anunciou neste final de semana (5) a criação do Centro de Excelência contra a Fome e a Má Nutrição no Oeste e Centro da África. Com sede em Abidjan, capital da Costa do Marfim, o organismo funcionará como uma plataforma de cooperação entre os países do continente, permitindo a difusão de boas práticas em agricultura familiar, manejo de perdas pós-colheita, proteção social e resiliência comunitária.

“Esse centro será uma incubadora de soluções e um ponto de encontro para o compartilhamento de soluções para a fome, adaptadas ao contexto africano”, afirmou Abdou Dieng, diretor regional do PMA para o Oeste e Centro da África.

A nova instituição é fruto de uma parceria entre a agência da ONU e o governo da Costa do Marfim. Autoridades do país se reuniram com representantes do PMA no último sábado para assinar o acordo que determina a criação do centro.

“Há muitas abordagens bem-sucedidas para melhorar a segurança alimentar espalhadas pela região, mas poucas experiências chegam além de suas próprias fronteiras. Eu gostaria de agradecer à Costa do Marfim por dar esse passo significativo para nos ajudar a tirar proveito dessas ideias, para garantir que as pessoas não tenham que dormir de barriga vazia na região”, acrescentou Dieng.


Segundo o PMA, o Estado marfinense priorizou a luta contra a má nutrição e a fome em seu plano de se tornar uma nação emergente. O país desenvolveu modelos de sucesso de alimentação escolar, que conectam a demanda dos centros de ensino à oferta da agricultura local. A nação africana também se comprometeu a divulgar os conhecimentos adquiridos com a implementação dessas políticas, promovendo a ampliação de estratégias similares em outros países.

O centro busca replicar as experiências de cooperação Sul-Sul do Centro de Excelência contra a Fome baseado no Brasil. A instituição brasileira ajuda países na África, Ásia e América Latina a criar e fortalecer projetos sustentáveis de alimentação escolar e proteção social.

EM: https://nacoesunidas.org/onu-cria-centro-de-combate-a-fome-no-oeste-da-africa/


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sábado, 6 de outubro de 2018

A NOSSA VOZ -

A NOSSA VOZ
  
Um timaço de estrelas da música brasileira se uniu em prol de um projeto por um Brasil mais justo e igualitário. A ideia, que não tem nenhum viés político, é um desafio ao status quo, tem como tema a canção Nossa Voz,

O movimento, que teve a iniciativa de Chitãozinho e Xororó, contou com engajamento de muitos músicos que, com sua voz e desejo por uma mudança, coloca em melodia esse desejo, que começa no coração e na atitude de cada brasileiro.

No projeto, além de Chitão e Xororó, nomes como Paulo Miklos, Thiaguinho, Luan Santana, Michel Teló, Gilberto Gil, Sandy, Andreas Kisser, Família Lima, Marcos e Belutti, Alcione, Paula Fernandes, Toni Garrido, Karol Conka, Projota, Negra Li, Rappin’ Hood, Seu Jorge, Ivete Sangalo, Rogério Flausino, Maria Gadú, Junior Lima, Caetano Veloso, Elba Ramalho, Daniel, Tonny e Kleber e Allison Lima. A ideia é, acima de tudo, representar a voz de cada cidadão que anseia dizer “quero um Brasil sem medo”.

"Nossa Voz"

Tudo o que eu quero é um país sem medo

De corrigir seus erros, de crescer e de sonhar

Somos índios, brancos, amarelos, negros

Somos um gigante pronto pra despertar

To querendo, mesmo, um país seguro

Que tenha justiça, mais saúde e educação

Nossa terra é fértil, linda e tão jovem

A mudança está em nossas mãos

Esse é o país que eu quero construir

Com nosso povo andando de mãos dadas vamos conseguir

Esse é o Brasil, somos milhões

E o futuro depende só de nós

Nada irá calar a nossa voz

Nunca desistimos, somos brasileiros

Temos a esperança viva em cada olhar

Tudo o que eu quero é um país sem muros

Respeitar a sua e ter a minha opinião

Nossos filhos herdarão o que plantamos

A semente está em nossas mãos

Esse é o país que eu quero construir

Com nosso povo andando de mãos dadas vamos conseguir

Esse é o Brasil, somos milhões

E o futuro depende só de nós

Nada irá calar a nossa voz

Esse é o país que eu quero.


(Por Léo Gregório)

EM: 

https://revistaquem.globo.com/QUEM-News/noticia/2018/08/estrelas-da-musica-lancam-cancao-por-um-brasil-mais-justo-assista.html

 

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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

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Não acabo amizade por causa de política.

Não acabo amizade por causa de política.

Por Marcus Pereira Adaptação de texto anônimo 



Não acabo amizade por causa de política, porém:

Se você concorda que "os portugueses não pisaram na África e que os próprios negros enviaram seus irmãos para serem escravos", acabo a amizade pelo  desconhecimento da História;

Se você concorda que de "170 projetos apresentados e apenas 2 aprovados, é equivalente ou o mesmo que 500", acabo a amizade por causa da Matemática;

Se você concorda que "o alto índice de mortalidade infantil tem a ver com o número de nascimentos prematuros", acabo a amizade por causa da Ciência;

Se você concorda que "é necessário dá carta branca para que a Policiais Militares  e Policiais Civis matem a quem julgarem merecer sem precisarem ir a julgamento", acabo a amizade por deturpação ao  Direito;

Se você concorda que não há evidências de uso indevido do dinheiro público e que é mito quem usa apartamento funcional "pra comer gente", acabo a amizade pela falta de Moral;

 Se você concorda que "Carlos Brilhante Ustra não foi torturador" e que merece ter suas práticas exaltadas e "ser tratado como herói", acabo a amizade pela falta de Caráter;

Se você concorda que o Bolsonaro participou, aos 16 anos, da perseguição ao Lamarca, acabo a amizade por falta de Verossimilhança;

Se você concorda "que não temos dívida social" com um povo que foi arrancado do seu mundo pra servir a outro e que "diferenças de tratamento étnico-racial é historinha", acabo a amizade por Racismo;

Se você concorda que "as mulheres devem ganhar menos por gerar vidas e que são frutos de fraquejadas", "merecendo serem estupradas ou não, de acordo com a sua aparência", acabo a amizade por Misoginia;

Se você concorda que não há possibilidade das pessoas viverem sua sexualidade livremente, com direitos e deveres como qualquer cidadão ou cidadã, mas que "devam apanhar para aprender o que é certo", acabo a amizade por Homofobia;

Não quero acreditar que amizades venham a acabar por causa de política, mas é bem verdade que muitas acabaram e continuarão acabando quando entes que se gostavam  encontraram um nos outros  a falta de respeito a individualidade, a falta de respeito a opinião contrária, encontraram no outro a truculência, quando pessoas queridas se revelaram pessoas nojentas, sem pudor e sem moral.

Amizades não se desfazem por causa de política. Se desfazem pela discussão da mesma que é onde, muitas vezes,  são reveladas a verdadeira face e quem realmente somos enquanto seres inseridos no contexto social e bem como quem somos como seres humanos. Como vocês podem ver, não acabo a amizade por causa de política, acabo pela ignorância, truculência e pelo desrespeito,  acabo pela falta de sensibilidade, por não  compactuar com o ódio, a pequenez e muito menos com a miserabilidade, nem de parentes e muito menos de amigos.


O fascismo não se discute, se combate.




A MORAL CONSERVADORA, e sua "lógica". Eric Jóia

A MORAL CONSERVADORA, e sua "lógica".

Por Eric Jóia





Lava a louça em casa - NÃO
Recolhe o lixo - NÃO
Divide tarefas - NÃO
Conversa com os filhos - NÃO
Respeita a mãe quando ela não está perto - NÃO
Tem gato no relógio - SIM
Aceita troco errado - SIM
Estaciona em vaga de deficiente - SIM
Reparte o que tem com os necessitados - NÃO
Trata com truculência no trânsito - SIM
Passa mais tempo no celular do que com o filho - SIM
Acompanha o desempenho na escola - NÃO
Diz "não" e impõe limites - NÃO
Trata as mulheres com respeito e igualdade - NÃO
Usa recibo falso em declaração de IR - SIM
Usa carteirinha falsa de estudante - Sim
Compra produto pirata - SIM
Suborna guarda pra não ganhar multa - SIM
Costuma dizer que ama os filhos - NÃO
Aceita ser contrariado - NÃO
Chega atrasado em todos os compromissos - SIM
Mantém a palavra quando faz uma promessa - NÃO
Dá abertura pra os filhos se abrirem - NÃO
Conversa (mais ouvir que falar) abertamente sobre sexo com os filhos - NÃO
Estimula a autonomia ao invés de ser autoritário - NÃO
Sabe qual a cor, comida e lugar preferido dos filhos - NÃO
Sabe o nome do melhor amigo(a) - NÃO
Separou da mãe mas abandonou os filhos - SIM
Briga por centavos pra pagar a pensão alimentícia - SIM
Paga só o limite legal e ignora outras despesas - SIM

Mas tá preocupadíssimo com a "ideologia de gênero" que vai perverter o filho. O que pode acontecer se o menino brincar de boneca quando pequeno, quando nem há qualquer maldade na cabeça? Vai que ele cresce e vira um pai que gosta de cuidar dos filhos. Doideira né?

Antes que os haters desavisados brotem, não estou fazendo apologia a ideologia de gênero. Minha crítica é aos pais que não acompanham em nada a educação dos filhos, transferem pra escola essa responsabilidade e agora ficam desesperados com o suposto "kit gay". Nunca fizeram um exercício de matemática, não compareceram ao recital de ballet, ao festival de natação, ao campeonato de futebol, à apresentação de teatro e acham mesmo que o que vai "perverter" o seu filho é a ideologia de gênero.

Antes de ser esse falso moralista, ame seu filho. Se aproxime, escute, troque, dialogue, se permita ouvir e aprender, não seja o dono da razão. Acompanhe a mudança de gerações, esteja atento à maneira como ele absorve informações e conhecimentos, não o obrigue a ser médico ou advogado ou militar só porque você quer, tudo bem se ele for designer de games, gráfico ou de interiores. Vestir rosa não é falta de masculinidade, nem muito menos dançar. Qual o problema se sua menina gosta de soltar pipa, jogar futebol ou lutar jiu-jitsu? Ela não será menos "menina" por isso. Pare de achar que são esses comportamentos que determinarão a sexualidade do seu filho.

Seja porto e não acusação. Seja a pessoa pra quem seu filho quer correr pra contar sobre a primeira paixão/decepção. Conheça os amigos, faça um churrasco, dê uma festa pra molecada na sua casa. Leve e busque nas festas mesmo que seja de madrugada.

Seja um homem decente, não violento nem abusivo (isso inclui qualquer atitude abusiva desde determinar com que roupa sair a levantar a voz) com a mãe dela e ela vai crescer sabendo o que é ser um homem e principalmente como uma mulher deve ser tratada e não vai aceitar nada menos que isso. Dê atenção ao seu pequeno ou à sua pequena. Você é o primeiro grande amor da vida deles, não os decepcione. Deixe que o mundo fará isso invariavelmente.

Permita que seu filho te veja chorar pq sim, homem chora sim. Não esconda seus erros, reconheça e se desculpe. Seu filho não quer perfeição que que v0cê seja humano, só isso.
Aceite que eles errem. Diminua o nível de cobrança. Quando eles errarem, ajude-os a encontrar a solução e identificar o motivo do erro pra que não aconteça novamente. Ser duro não significa ser grosso. Não precisa ser estúpido pra não ser conivente.


 Se você torce pro Vasco, permita que ele opte pelo Flamengo. Se você torce pro Flamengo, obrigue-o a torcer também (brincadeira hein).
Dê-lhes asas, não correntes. Ensine-lhes que o mundo está mudando e que eles podem ser o que quiserem. Acredite neles, sonhe com eles. Vibre com as pequenas conquistas, ajude-os a administrar as derrotas. Vista a camisa do seu filho!

DIGA "EU TE AMO". Abrace, toque, demonstre afeto. Não dói. Beijar seu filho homem ou dizer que o ama não é "coisa de mariquinha" é coisa de gente, pq gente que não deixou de ser gente, ama.

Observe os sinais com atenção, mudanças no humor, no comportamento. Ensine a fazer a barba, a controlar o orçamento doméstico. Leve-o ao seu trabalho algumas vezes, pergunte a opinião dele sobre qual lanchonete ir, o que quer comer no domingo ou qual o destino das férias... enfim, SEJA PRESENTE.

Mais do que preocupação com a sexualidade, preocupe-se com o caráter do seu filho.
Se você fizer tudo isso, aí volte aqui que eu vou acreditar que sua preocupação é legítima (embora possa ser infundada). Do contrário, você é só um falso moralista, um estelionato, um reverberador de preconceitos.

Pare de transferir a responsabilidade pro governo, pra escola, pro presidente... aff. Chame seu filho pra perto, crie pontes ao invés de barreiras. A bola tá com você, jogador. Forje, pelo exemplo e parceria, os valores que vc quer que seu filho tenha. E não vai ter ideologia do raio que o parta que demova ele/ela disso.



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terça-feira, 18 de setembro de 2018

O PRECONCEITO E O DESRESPEITO ESTÁ EM MODA

O PRECONCEITO E O DESRESPEITO ESTÁ EM MODA


Por Marcus Pereira



Candidato a vice-presidente na chapa do Coiso, o general Troglodita afirmou nesta segunda-feira que o Brasil vive uma crise de valores e que famílias desestruturadas levam ao surgimento de “elementos desajustados”, que “tendem a ingressar em narco-quadrilhas”.

“Família sempre foi o núcleo central. A partir do momento que a família é dissociada, surgem os problemas sociais que estamos vivendo e atacam eminentemente nas áreas carentes, onde não há pai nem avô, é mãe e avó. E por isso torna-se realmente uma fábrica de elementos desajustados e que tendem a ingressar em narco-quadrilhas que afetam nosso país”, afirmou ele em evento do Sindicato da Habitação (Secovi), em São Paulo.

Talvez eu não saiba interpretar ou seja muito desprovido de inteligência, mas diferentemente de um grupo de intelectuais e de certos donos da verdade que não enxergam nenhuma anormalidade nas palavras do troglodita, eu vejo essa fala não como uma falta de preparo e sim como uma  frase carregada de muita falta de respeito e preconceito a tantas mulheres (mães e avós) que criaram seus filhos ou netos, sozinhas, mas com muita dignidade.


“É uma afronta chamar de desajustados os filhos de 11,6 milhões de mulheres que chefiam lares. Elas enfrentam sozinhas todas as dificuldades para dar um futuro a filhos e netos. É da valentia dessas mães e avós que nasce o milagre da sobrevivência de milhões de pessoas”, disse Marina no Twitter.

 A candidata a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes (PDT), senadora Kátia Abreu, afirmou que criou três filhos sozinha. “De onde saiu esse homem meu Deus do céu. Criei 3 filhos sozinha como milhares de mulheres do Brasil”.

O General troglodita na realidade é quem abre a boca para falar bobagens. Quando ele fala em famílias desestruturas, ele se refere a famílias sem a presença de homens (pais e avôs). Tentando remendar a o soneto ele produziu outra pérola. Abaixo com palavras preconceituosas e que só gera intolerância e segregação.

''Eu deixei claro que esse atingimento da família é muito mais crucial nas nossas comunidades carentes, onde a população masculina, em grande parte, está presa, ligada à criminalidade ou já morreu, e deixa a grande responsabilidade de levar a família à frente nas mãos de mães e avós'',


De onde vem todo esse ranço? Nem precisa ser tão inteligente assim para saber que isso faz parte da herança de 400 anos de escravidão, a casa grande sempre achou que os bandidos nasciam nas senzalas e não haveria de ser diferente agora.  O mais abominável e que existem pessoas que se identificam com essas aberrações, que só apequenam a nós mesmos como seres humanos, sem o menor constrangimento.

Nós (SERES HUMANOS) nos tornamos pobres de espírito e imorais quando propagamos o preconceito e a divisão das minorias, disseminando o ódio pelo mundo.

"Vamos dá as mãos. Se todos dermos as mãos, quem sacará as armas"

Bob Marley

 

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sábado, 15 de setembro de 2018

"O OUTRO NOME DA PAZ É JUSTIÇA SOCIAL".

"O OUTRO NOME DA PAZ É JUSTIÇA SOCIAL".

Por Marcus Pereira


"Nós somos apenas homens, atraídos para agir em nome da vingança que julgamos ser
 a justiça, gerando mais vingança... Forjando o primeiro elo da cadeia de ódio".
(Nagato Uzumaki )

Recentemente fomos testemunhas de que o Brasil ensaiou uma melhora no quadro socioeconômico, foi pouco? Há controversias, não podemos questionar os avanços em políticas públicas principalmente no que diz respeito ao combate a miséria e desigualdades sociais (Chegamos a ficar em 5º no ranking mundial).

A ONU, em diagnóstico revelado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com dados de 2015, nos revelou que o nosso País aparecia entre os 10 mais desiguais do mundo, além da diferença entre ricos e pobres ter aumentado, o levantamento ainda ressalta desvalorização e baixa representatividade da mulher na sociedade brasileira.

Para a ONU as principais causas dessa desigualdade são: Falta de acesso ou má qualidade da educação, política fiscal injusta, baixos salários, dificuldade de acesso a serviços básicos (saúde, transporte e saneamento básico). Problemas estes que se acentuam ou é quase privilegio das camadas mais pobres da nossa sociedade. Como combater essas mazelas senão pela intervenção do Estado? Estado esse que recentemente, com a conivência de Deputados vendidos, promoveu um congelamento em investimentos nestas áreas por 20 anos. 

E se tudo isso ainda não for motivo de preocupação por parte daqueles que se aventuram a dizer que o Estado tem de ser mínimo ainda temos a alta da inflação (essa negada) e o baixo reajuste salarial, fruto do desmando e das reformas dos bandidos que tomaram o país de assalto.

Esse cenário e mais preocupante do que podemos imaginar, pois é dele que vem o aumento da criminalidade e o atraso na economia do país. Portanto mudar essa situação se faz mais que urgente e tem de ser um esforço conjunto em todos esferas sociais, pois este não é um problema só dos governos, visto que afeta diretamente a todos os cidadãos.

No âmbito governamental, recentemente, tivemos a criação do " Brasil sem miséria", que tinha como base o Programa Bolsa Família, este um grande instrumento no combate a fome (desde 2003), e que tirou 36 milhões de pessoas da situação EXTREMA POBREZA (É considerado em extrema pobreza aquele que ganha menos de US$ 1,90 de renda domiciliar per capita por dia ou 136 reais por mês).

Porém em uma sociedade formada por herdeiros de senhores de engenhos (A CASA GRANDE) temos de reconhecer que essa luta (Combate a desigualdade social) é desigual e nem todos estão dispostos a abrirem mão de privilégios e nem dispostos a diminuírem a distância (diferença) social entre as classes.


A verdade é que os programas Sociais do Governos petistas, não acabaram com a pobreza, nem com a fome e nem a miséria do povo brasileiro, mas diminuíram a índices baixíssimos (principalmente no NE).
É bom que não esqueçamos que no Semi Árido, ainda, quando adentramos pouco mais de 150 km do Litoral, já nos deparamos com pessoas morrendo de fome e a esmola do "Bolsa Família", que muitos abominam e criticam, por se tratar de um programa que beneficiou tanto o NE (muito por preconceito), ajudou a aliviar essa fome que mata. Embora esqueçam que São Paulo é o maior beneficiário desse programa.

O Bolsa Família não tira ninguém da miséria! 


Pobre argumento, mas 1kg de fubá, um saco de leite, 1kg de feijão, 1 kg de arroz, pra quem está morrendo de fome já ajuda. Quando temos o que comer e dinheiro disponível não nos importamos com aqueles que passam fome, ai sim o Bolsa Família é esmola.

O governo gosta de quem é alienado, de quem se vende por migalhas! 


E muito mais de quem não questiona suas falhas. Sejamos diferentes, independentes, sejamos inconformados. Não é se negando a ver pessoas (SERES HUMANOS), morrerem, não é nos omitindo que faremos um mundo melhor. 

Bolsa família não salvou o Brasil mas matou e mata a fome imediata de quem muitas vezes tem de comer pedaços de barro para saciar a fome que mata. Enquanto existirem seres humanos passando fome, fica impossível falarmos em justiça social.

Não acredito que governantes possam mudar o nosso país se não for pela força do povo, dos inconformados. Acredito que a única forma de se mudar é pelo voto e com a participação popular. Se omitir, não ajuda e só contribui para que cada dia mais sejamos jogados de volta a SENZALA.

Queremos Paz? Queremos um mundo melhor? Eis que lembro do Carlos Drummond de Andrade: "O OUTRO NOME DA PAZ É JUSTIÇA SOCIAL".


 

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Meu voto é por direitos, e o seu? - Brasil de Fato


Meu voto é por direitos, e o seu?

Querem manter um congresso comprometido com os ricos


*Rogerio Hilário - Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG), 4 de Setembro de 2018 às 15:04

Fernando Frazão - Créditos: Agência Brasil

O voto é um instrumento valioso de exercício de cidadania diante do desemprego, da entrega do nosso patrimônio, da ameaça à soberania nacional, do fim de direitos da classe trabalhadora, da redução de investimentos na saúde, educação e segurança públicas. Mas na onda de usurpação de direitos, o direito ao voto também está em risco.

Não faltam oportunistas de plantão na mídia fazendo de tudo para que você desista também do direito ao voto. Querem que você acredite que o país não tem jeito, que você deve é ficar quieto, trabalhar feito escravo, receber uma ninharia e ainda achar que está muito bom conseguir sobreviver. 

Tudo isso faz parte do golpe Legislativo, Jurídico e midiático, que começou logo depois das eleições, quando Dilma foi eleita presidenta e a turma perdedora não conseguiu engolir. Arquitetaram o golpe com a demonização da esquerda e da política, a satanização de Dilma Rousseff e o impeachment em 2016, a prisão sem provas de Lula, em ações que fizeram com que hoje vivamos um dos maiores retrocessos econômico, social e cultural da história do país.

Parece que estamos voltando ao século 19 nas relações de trabalho, com a reforma trabalhista, que precarizou o emprego, acabou com vagas e provocou índices de desemprego alarmantes.


A despolitização do processo eleitoral faz parte do golpe para que, novamente, você não escolha seus representantes no Congresso Nacional, permitindo que sua composição continue a mesma: conservador, comprometido com o lucro de poucos, a concentração de renda, mesmo que isso represente a miséria do povo.

O voto foi uma conquista de muita luta e do derramamento de sangue de muitos lutadores contra todo o tipo de opressão. Exerça seu direito ao voto!


*Rogerio Hilário é diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e assessor de comunicação da CUT MG



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VEM DORMIR COMIGO

VEM DORMIR COMIGO!



sábado, 8 de setembro de 2018

ENTRE SOMBRAS



ENTRE SOMBRAS




NÓS, OS POLÍTICOS E A MÍDIA: CUMPLICES DA VIOLÊNCIA

NÓS, OS POLÍTICOS E A MÍDIA: CÚMPLICES DA VIOLÊNCIA.


Por Marcus Pereira



Embora sempre tenha existido, a violência, que agora se faz mais presente no mundo dos políticos, é parte da ruptura com o respeito, com o medo e faz parte do processo de criminalização da política. Processo esse que tem como seu grande incentivador alguns políticos e os grandes meios de comunicação que estão sempre a procura de um Cristo para crucificar (ou seja transformar em culpado).

O lamentável nisso tudo é que a violência tenha voltado a ser primeira página e editorial em reportagens especiais no nosso país. Mais lamentável ainda é que essa violência seja alimentada pelos próprios meios de comunicação e pelos políticos.



Mas essa forma de atuar da imprensa brasileira (pelo mundo a fora um pouco menos) não é à toa. Na realidade, esse é o papel da mídia (escrita e falada) que está a serviço do capital (capitalismo) disfarçar os verdadeiros fatos de acordo com a sua conveniência e seus propósitos.

Entretanto, como provam os últimos atos dessa violência, fica quase que impossível compreender um acontecimento ou um fenômeno de forma isolada, seja na violência física ou na violência inserida nos meandros judiciais, convém ao bom senso a análise dos fatos (os porquês), que levaram a causa. Sem essa análise, esse acontecimento torna-se uma coisa sem sentido, muito além da compreensão daqueles que são preparados e manipulados (nós, os CIDADÃOS COMUNS) a servirem ao SISTEMA POLÍTICO, que só beneficia aos grandes empresários, aos coronéis da política (OLIGARQUIAS) e nunca ao POVO.

O crescimento da violência no meio político e reflexo do que acontece no país e que tem os políticos como grandes responsáveis, no ano passado (2017) ocorreram no Brasil 61,6 assassinatos (uma média de 7 assassinatos por hora), ou seja, em 2017 matamos mais que os ataques terroristas pelo mundo.


Essa é a nossa política de Segurança Pública. Sabe quem merece os aplausos? Nós, o eleitores que mais uma vez temos a oportunidade de mudarmos, de tirarmos àqueles que se perpetuam em Brasília, um bando de velhos caquéticos que não querem largar o osso. Palmas para nós que a  DÉCADAS elegemos os mesmos políticos. Enquanto eles  (OS HERDEIROS DA CASA GRANDE) estão aí mostrando a luz do dia, sem o menor pudor que eles estão dispostos a nos colocarem de volta ao lugar de onde eles acham que nunca deveríamos ter saído. NA SENZALA!


Viva o Brasil! E o povo? Ao povo as migalhas, ao povo as batatas, ao povo as Senzalas do Século 21. FAVELA E PRESÍDIO!

O ódio se alimenta do ódio e como diz o ditado "QUEM SEMEIA VENTO, COLHE TEMPESTADE".

 

P.S: Por trás desse crescimento da violência tem todo um aparato bancado pela grande industria bélica mundial  - inclusive alguns de nossos políticos. (https://paineira.usp.br/aun/index.php/2017/05/18/barril-de-polvora-quando-a-industria-belica-entra-em-conflito-com-os-interesses-da-sociedade-civil/) 

 

 

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

SE VOCÊ NÃO É CRISTÃO, PODE PASSAR DIRETO! ESSE PAPO NÃO É COM VOCÊ... - Eric Jóia

SE VOCÊ NÃO É CRISTÃO, PODE PASSAR DIRETO! ESSE PAPO NÃO É COM VOCÊ...

Por Eric Jóia


Agora é pop, é Cult, é demonstração de fé e caráter criticar a esquerda. Ser cristão autentico é ser de direita, conservador...

P.s: como se não houvesse incoerências de ambos os lados.


 


Fico impressionado com essa compreensão estapafúrdia como se a "Direita" (ou qualquer orientação  política) fosse capaz de comportar a magnitude do que seja o evangelho do Cristo.

Segundo as Escrituras o "Reino de Deus" não desse mundinho mas os irmãos insistem enquadra-lo nessa caixinha.

A "esquerda" é o novo "endemoniado de Gadara". O espetáculo exposto para que possamos, apontando sua bestialidade nos autenticar como sendo os "sãos".

Nem esquerda nem direita, o evangelho vem do Alto e nasce de dentro pra fora. A verdade não é um apanhado de conceitos, é uma pessoa. E é essa pessoa chamada Jesus que de dentro pra fora vai consumindo a morte e animalidade que a todos, da direita à esquerda, é comum.




É bom lembrar aos desertores que são embaixadores de uma outra Pátria, ou pelo menos deveriam ser.

Tenho a impressão que se fosse a época da igreja primitiva elegeríamos, democraticamente, Olavo de Carvalho ao invés de Saulo de Tarso para a "vaga" de Apóstolo de Jesus.

"...nada importa se isso tudo não for antes santificado, bem no interior, do meu peito deserto..."

Em:https://www.facebook.com/ericjoia?fb_dtsg_ag=Adxiy3bPOnkwKJoVVieRYkFo7RiiYPIF9vHbJpuaaz3DLw%3AAdyrTf5ZLXKlU15c8415E7wwpjdBkUsUOJRUletGDTQrhA


sábado, 1 de setembro de 2018

QUE REVOLUÇÃO É ESSA?

QUE REVOLUÇÃO É ESSA?


Marcus Pereira


Os brasileiros tem a oportunidade de mudar o Brasil nas eleições de outubro, isso é mais que uma esperança é um mote (um lema). Já que não temos coragem de fazer uma REVOLUÇÃO aos moldes francês que a façamos pelo voto.

Desde que o país entrou em colapso político e moral escuto, leio e compartilho, desta ideia, que seria a verdadeira REVOLUÇÃO, porém nos últimos dias, após fazer uma rápida pesquisa a quantas andam as projeções feitas para o Senado, nos estados, me entristeço e fico deveras decepcionado.

Mais do mesmo, esse é o quadro que se apresenta, talvez seja mais desesperador do que possamos imaginar.



Vergonha do Brasil? Não!. Vergonha do povo brasileiro, vergonha da nossa mídia, que ao invés de informar se comporta como CABO ELEITORAL, massacrando aqueles que não simpatizam, vergonha do Judiciário politizado quando deveria manter neutralidade.

"Um país se faz com homens e livros" (Monteiro Lobato), essa seria a verdadeira revolução do nosso país, não tivessem os nossos políticos o claro propósito de nos tornar uma Nação de analfabetos e dependentes de suas vontades.

Isso é assustador e preocupante, porém o mais assustador é ver que nossos excluídos (grande parte da população) ainda são manipulados e enganados por uma minoria, isso só expõe as feridas que continuam abertas, herança da colonização escravocrata, alimentada por um regime de exceção, que mais do que nunca exclui aqueles que deveriam ser ouvidos e respeitados. O POVO! O povo que nunca esteve na pauta dos políticos.


Que revolução é essa? Queremos continuar vendo esses CANALHAS (políticos) que estão no poder a décadas - a grande maioria - se perpetuarem no poder e quando são chamados a decidirem sobre o nosso futuro se vendem e votam projetos que só penalizam àqueles que os elegeram (REFORMA DA PREVIDÊNCIA - TERCEIRIZAÇÃO -  REFORMA TRABALHISTA), sinceramente, não dá para entender a lógica do poder e muito menos a lógica do eleitor. O que queremos na verdade?

Como confiar na classe política? Nesta que aposta na falta de esclarecimento da população que está a procura de "um salvador da pátria", mas por outro lado continua vendendo seu voto. Como confiar na classe política que compra esse voto? Uma prática que os paladinos da moral e dos bons costumes poucos se importam em combater (fingem não ver), até porque eles também se beneficiam desses velhos políticos com velhas praticas. Existe combate a corrupção de fato?

Adianta sonhar com mudanças se não mudarmos nós?. Nossos hábitos, nossas maneiras de pensar, repensar nossos votos, repensar nossos sonhos. Quem não faz essa reflexão certamente não pensa em viver em uma Nação com ordem, progresso e paz social, sem a violência dos dias de hoje.

Nós brasileiros precisamos compreender a força do voto e não perder a oportunidade de colocarmos esses MALANDROS (políticos) que estão ditando nosso modo de vida a décadas em seus devidos lugares.

O voto, mais que um canhão, é a verdadeira arma em um regime democrático (Para pensar).

VIVA O POVO BRASILEIRO!!!

VER: https://guerus.blogspot.com/2017/11/votos-de-pais-para-filhos-politica-do_86.html



quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Fome volta a crescer no Brasil e ameaça o Nordeste - Brasil de Fato



Fome volta a crescer no Brasil e ameaça o Nordeste

População do semiárido volta a sentir a ausência de políticas estruturais para a região


Vinícius Sobreira - Brasil de Fato | Recife (PE)


O Mapa da Fome deste ano tende a apontar uma piora no cenário brasileiro / Agência Brasil

Dentro de algumas semanas será divulgado o Mapa da Fome no Mundo. O relatório anual é produzido pela Organização da Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês), uma agência da ONU para acabar com a fome e a má nutrição no planeta. O “mapa” destaca os países em que 5% da população ou mais não conseguem consumir diariamente a quantidade mínima de calorias para ter uma alimentação considerada saudável.

E o Brasil tem reduzido esse triste número ano após ano desde o fim da década de 1990, conseguindo em 2014 chegar a menos de 5% da população na situação de subnutrição e, por isso, foi retirado do Mapa da Fome. A tendência de queda foi interrompida em 2017, quando a fome no Brasil voltou a crescer, mas ainda não ultrapassara os 3%. Os que estudam e trabalham com alimento e com a população de regiões mais vulneráveis dizem que o Mapa da Fome deste ano tende a apontar uma piora no cenário brasileiro. E talvez a região mais vulnerável seja o semiárido.

Cristina Nascimento integra a coordenação da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) no estado do Ceará. Ela conta que o cenário de fome na região passa muito mais pela presença e responsabilidade do poder público do que pela estiagem ou seca. “A seca é um fenômeno natural que ninguém pode combater, mas temos que aprender a conviver com ela. Já a fome é um fenômeno social que tem como centro a política, pois a falta de compromisso do Estado brasileiro com essas famílias é que provoca a miséria”, reclama.


Ela lembra que por décadas os governos fizeram ações que não solucionavam a situação. Mas a mudança começou através da mobilização popular para lutar e construir soluções, inclusive através da própria ASA, que reúne organizações da sociedade civil que atuam por todo o semiárido. E encontrou no Planalto um grande aliado a partir de 2003, com a eleição de Lula. “A partir do governo dele conseguimos introduzir a pauta da água como direito e alimento. Lula trouxe o tema para a centralidade política, inverteu a lógica e passou a construir políticas públicas para a região pensando em ajudar as famílias a construírem suas próprias soluções”.

Ela também coloca como fundamentais outras políticas públicas que fortaleceram a região, como o Bolsa Família, a aposentadoria rural, a valorização do salário mínimo, o acesso a creche, às sementes e à água, além do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).


Os avanços, todavia, foram interrompidos com a derrubada da presidenta eleita Dilma Rousseff, em 2016. “O golpe chegou reduzindo o tamanho do Estado e cortando os gastos com as pessoas pobres, mas não cortaram os gastos com bancos e grandes empresas”, reivindica.

Reflexos na saúde


Atuando na zona rural de Petrolina, o médico da família Aristóteles Cardona conta que a piora na qualidade de vida da população é perceptível. “As pessoas voltaram a cozinhar com forno a lenha, algo que não se via muito. Outra coisa que percebi é que nessas casas aumentou o consumo de alimentos processados, menos saudáveis, porque são os mais baratos”.

EM:https://www.brasildefato.com.br/2018/08/01/fome-volta-a-crescer-no-brasil-e-ameaca-o-nordeste/


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terça-feira, 28 de agosto de 2018

O povo, o papa, a ONU e a mídia - Brasil de Fato

O povo, o papa, a ONU e a mídia

João Paulo Cunha em Brasil de Fato


Em relação à ONU, a imprensa se juntou ao aparelho judiciário para diminuir a força da
manifestação, com um misto de descaso e cabotinismo
Foto: Ricardo Stuckert

Em poucas semanas a candidatura de Lula ganhou uma impensável força, mesmo com os ataques desferidos sem trégua. Além do incansável esforço para impedir o debate sobre a injustiça de seu julgamento, conforme avaliação de especialistas em todo o mundo. A primeira constatação foi a ampliação da margem de preferência popular em todas as pesquisas, mesmo com o candidato preso e sem autorização para falar à nação. Não há dúvida de que o eleitor brasileiro, em sua maioria, quer Lula na eleição.

As pesquisas flagraram um momento de inédita união virtuosa em torno do candidato: a crítica ao golpe, a condenação das medidas antipopulares do atual governo e a recuperação da memória histórica das conquistas populares. Não é um acaso que outras candidaturas não floresçam no campo conservador e a ameaça da barbárie se estabeleça como possibilidade que amedronta até mesmo o mais reacionário dos liberais esclarecidos.

A pauta destrutiva, bancada a princípio pela hipertrofia do moralismo e pela confiança desmedida na manipulação midiática, se esqueceu de que contra evidências do fracasso não há neoliberalismo que se sustente. A candidatura do PT é um símbolo de retomada de trajetória política, social e econômica interrompida, que agora ganha outra dimensão. A autocrítica levará o governo eleito a entender que a recuperação da força da base política popular é inadiável. Nessa eleição – e, sobretudo, depois – não cabe carta ao povo brasileiro, mas olho no olho.

A segunda situação que conflui para a campanha petista foi a decisão do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, em defesa da candidatura de Lula e acesso adequado aos meios de comunicação e aos integrantes de seu partido. O grupo é formado por especialistas independentes, sem participação de brasileiros. A decisão está relacionada ao Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional sobre Direitos Políticos e Civis e suas decisões são mandatórias. Mesmo que muitos tenham se empenhado em atacar o comitê por razões extrajurídicas.

É preciso esclarecer alguns pontos. Em primeiro lugar, o Brasil assinou o protocolo voluntariamente e ratificou sua decisão seguindo todos os trâmites legais e políticos. Uma escolha em fazer parte do grupo dos países civilizados. Em seguida, trata-se de decisão que não defende o candidato em si, mas a possibilidade de concorrência em igualdade de condições, até que sejam julgadas devidamente todas as possibilidades de recurso.

Por fim, no campo dos direitos humanos (e também políticos), as decisões internacionais são a única garantia de universalidade possível num tempo travado por interesses de momento e divisões. Os países que descumprem as medidas do comitê não perdem apenas oportunidades de negócios, como nos tratados comerciais, mas o conceito de nação civilizada, o que é muito mais grave. A garantia da candidatura de Lula, a partir da decisão proferida pelo comitê, coloca o Judiciário brasileiro em teste: populismo midiático ou responsabilidade jurídica?

O terceiro fator que reforça a campanha de Lula é a manifestação do papa Francisco, feita em reunião com o chanceler Celso Amorim, na presença de dois ex-ministros do continente, o argentino Alberto Fernández e o chileno Carlos Omimami. Veio do papa não apenas a solidariedade ao preso político. Em homilia recente, Francisco fez a mais sucinta e exata descrição dos processos de deslegitimação das conquistas populares no continente, com a consequente derrubada dos governos eleitos democraticamente: o ataque pela mídia como fundamento simbólico na construção de um caldo de cultura autoritário e antipolítico; o conluio judiciário como arremedo de legitimidade; e o golpe. Sem misericórdia.


O mais incrível tem sido a capacidade da mídia comercial em fechar os olhos à realidade.

Com relação ao lugar nas pesquisas, os veículos de imprensa têm adotado a tática de fugir aos fatos colocando no lugar o que gostariam de ver. Apenas dois exemplos, entre dezenas. O Jornal Nacional anunciou a cobertura das agendas dos “principais” candidatos, deixando claro que Lula estaria fora por se encontrar preso. Assim, o noticiário não apenas cassa a candidatura antes da Justiça eleitoral, como deixa de fora as informações sobre a campanha, de interesse de grande parte do eleitorado. A conclusão é óbvia: não se trata de informar para a cidadania, mas de censurar para a plutocracia.

O jornal O Estado de S. Paulo, em manchete recente, estampou que Bolsonaro é líder das pesquisas. Assim, na lata, sem sequer esclarecer que se tratava de posição em enquete na qual Lula não está presente. A leitura é igualmente sórdida. Em primeiro lugar, a notícia se sobrepõe à realidade dos fatos para criar uma situação incontestável. Em seguida, serve de alerta para o eleitor que rejeita o candidato do PSL, para fortalecer alternativa conservadora mais palatável à elite. Por fim, consagra a manipulação como estratégia jornalística.

Em relação ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, a imprensa se juntou ao aparelho judiciário para diminuir a força da manifestação, com um misto de descaso e cabotinismo. Em primeiro lugar, se esforçou para resumir a abrangência da medida, submetendo-a a primazia da legislação nacional e de seus fóruns de decisão. Para isso, usou de dois subterfúgios.

Em primeiro lugar, vazou juízos anônimos, justamente de magistrados que costumam falar pelos cotovelos quando lhes convêm. No caso, como afrontar um protocolo internacional de alta respeitabilidade não pegaria bem, entregaram o mais fraco dos togados supremos, Alexandre de Moraes, como boi de piranha de sua própria indigência em direito internacional. O mesmo foi feito em relação aos juristas críticos da medida, que relevaram a obrigatoriedade em favor de contingências ou de uma pretensa soberania em assuntos internos. Alguns deles, em franca contradição com outros momentos de suas trajetórias de hermeneutas atilados.

O segundo desvio reforçou a sempre pertinaz defesa do pensamento único. Não houve sequer o esforço de ponderar posições contra e a favor, ampliando o debate público. Pareceu mais sagaz fingir-se de morto, esquecendo-se que o mundo é maior que a imprensa brasileira. A conclusão ficou estampada num dilema que deixa o país em má situação no concerto das nações: ou o Brasil não foi responsável ao assinar o protocolo, ou não está sendo sério ao ameaçar descumpri-lo.

Com relação ao papa, a situação da mídia foi ainda mais pecaminosa. Começou com a tentativa, em junho, de descaracterizar a visita do advogado argentino Juan Grabois a Lula, no cárcere em Curitiba. Houve um açodamento em caracterizar como fake news, com direito a carimbos e chancelas de “falso” em tudo que envolvia o encontro: da representatividade do emissário, consultor e interlocutor próximo ao papa, ao terço entregue ao presidente.

Sobre a audiência com o chanceler Celso Amorim, observou-se o mesmo esforço em apequenar a preocupação do pontífice com a situação política brasileira, cujos riscos para a democracia ele conhece bem, como latino-americano e analista político fino. Inspirado no nome que escolheu para assumir como pastor de seus fiéis, o papa inverteu o ditado: a voz de Deus precisa ser a voz do povo.

Entre o povo, a ONU e o papa, a mídia brasileira preferiu fazer uma opção preferencial pela mentira, nas três vezes em que o galo cantou. Não é questão de ideologia, mas de caráter.


EM:https://www.brasildefato.com.br/2018/08/27/o-povo-o-papa-a-onu-e-a-midia/




sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Degradação dos solos pode agravar flutuação dos preços de alimentos, alerta FAO - ONU

Degradação dos solos pode agravar flutuação dos preços de alimentos, alerta FAO

Em pronunciamento para a abertura do Congresso Mundial de Ciências do Solo, o chefe da FAO, José Graziano da Silva, alertou no domingo (12) que a degradação das terras produtivas pode agravar no futuro a volatilidade dos preços dos alimentos. O empobrecimento do solo também causa migrações involuntárias de agricultores, que ficam em maior risco de viver na miséria, acrescentou o dirigente.


Saúde dos solos é importante para promover segurança nutricional, diz FAO. Foto: FAO

Em pronunciamento para a abertura do Congresso Mundial de Ciências do Solo, o chefe da FAO, José Graziano da Silva, alertou no domingo (12) que a degradação das terras produtivas pode agravar no futuro a volatilidade dos preços dos alimentos. O empobrecimento do solo também causa migrações involuntárias de agricultores, que ficam em maior risco de viver na miséria, acrescentou o dirigente.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), os solos do planeta estão ameaçados pela erosão, desequilíbrio de nutrientes, acidificação, salinização e outras formas de poluição. Perigos à saúde das terras incluem ainda a perda de carbono e de biodiversidade, bem como o fenômeno da compactação — quando a terra é comprimida, reduzindo os poros que permitem a entrada de ar e água no solo.

Atualmente, um terço de todas as terras do planeta são consideradas degradadas. “Embora os solos estejam escondidos e, frequentemente, esquecidos, contamos com eles para nossas atividades diárias e para o futuro do planeta”, afirmou Graziano em mensagem de vídeo para o congresso, que reúne mais de 2 mil cientistas no Rio de Janeiro até a próxima sexta-feira (17).

“A degradação do solo afeta a produção de alimentos, causando fome e desnutrição, amplificando a volatilidade dos preços dos alimentos, forçando o abandono da terra e levando milhões de migrantes involuntários à pobreza”, acrescentou o chefe da FAO.

O diretor do organismo internacional defendeu ainda que a gestão sustentável desse recurso natural deve ser “parte essencial da equação do Fome Zero”.



Os solos, lembrou Graziano, funcionam também como importantes ferramentas para a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas. Isso porque as terras têm a capacidade de armazenar carbono. “Manter e aumentar o estoque de carbono no solo deve se tornar uma prioridade”, afirmou o dirigente.

A FAO desenvolve o projeto Global Soil Partnership (Parceria Global dos Solos), mobilizando governos e outros parceiros para melhorar capacidades técnicas e trocar conhecimentos sobre a saúde do solo.

“Façamos do solo um veículo de prosperidade e paz e mostremos a contribuição dos solos para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável“, completou Graziano.

EM: https://nacoesunidas.org/degradacao-dos-solos-pode-agravar-flutuacao-dos-precos-de-alimentos-alerta-fao/




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