"O OUTRO NOME DA PAZ É JUSTIÇA SOCIAL".
Por Marcus Pereira
"Nós somos apenas homens, atraídos para agir em nome da vingança que julgamos ser a justiça, gerando mais vingança... Forjando o primeiro elo da cadeia de ódio". (Nagato Uzumaki ) |
A ONU, em diagnóstico revelado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com dados de 2015, nos revelou que o nosso País aparecia entre os 10 mais desiguais do mundo, além da diferença entre ricos e pobres ter aumentado, o levantamento ainda ressalta desvalorização e baixa representatividade da mulher na sociedade brasileira.
Para a ONU as principais causas dessa desigualdade são: Falta de acesso ou má qualidade da educação, política fiscal injusta, baixos salários, dificuldade de acesso a serviços básicos (saúde, transporte e saneamento básico). Problemas estes que se acentuam ou é quase privilegio das camadas mais pobres da nossa sociedade. Como combater essas mazelas senão pela intervenção do Estado? Estado esse que recentemente, com a conivência de Deputados vendidos, promoveu um congelamento em investimentos nestas áreas por 20 anos.
E se tudo isso ainda não for motivo de preocupação por parte daqueles que se aventuram a dizer que o Estado tem de ser mínimo ainda temos a alta da inflação (essa negada) e o baixo reajuste salarial, fruto do desmando e das reformas dos bandidos que tomaram o país de assalto.
Esse cenário e mais preocupante do que podemos imaginar, pois é dele que vem o aumento da criminalidade e o atraso na economia do país. Portanto mudar essa situação se faz mais que urgente e tem de ser um esforço conjunto em todos esferas sociais, pois este não é um problema só dos governos, visto que afeta diretamente a todos os cidadãos.
No âmbito governamental, recentemente, tivemos a criação do " Brasil sem miséria", que tinha como base o Programa Bolsa Família, este um grande instrumento no combate a fome (desde 2003), e que tirou 36 milhões de pessoas da situação EXTREMA POBREZA (É considerado em extrema pobreza aquele que ganha menos de US$ 1,90 de renda domiciliar per capita por dia ou 136 reais por mês).
Porém em uma sociedade formada por herdeiros de senhores de engenhos (A CASA GRANDE) temos de reconhecer que essa luta (Combate a desigualdade social) é desigual e nem todos estão dispostos a abrirem mão de privilégios e nem dispostos a diminuírem a distância (diferença) social entre as classes.
A verdade é que os programas Sociais do Governos petistas, não acabaram com a pobreza, nem com a fome e nem a miséria do povo brasileiro, mas diminuíram a índices baixíssimos (principalmente no NE).
É bom que não esqueçamos que no Semi Árido, ainda, quando adentramos pouco mais de 150 km do Litoral, já nos deparamos com pessoas morrendo de fome e a esmola do "Bolsa Família", que muitos abominam e criticam, por se tratar de um programa que beneficiou tanto o NE (muito por preconceito), ajudou a aliviar essa fome que mata. Embora esqueçam que São Paulo é o maior beneficiário desse programa.
O Bolsa Família não tira ninguém da miséria!
Pobre argumento, mas 1kg de fubá, um saco de leite, 1kg de feijão, 1 kg de arroz, pra quem está morrendo de fome já ajuda. Quando temos o que comer e dinheiro disponível não nos importamos com aqueles que passam fome, ai sim o Bolsa Família é esmola.
O governo gosta de quem é alienado, de quem se vende por migalhas!
E muito mais de quem não questiona suas falhas. Sejamos diferentes, independentes, sejamos inconformados. Não é se negando a ver pessoas (SERES HUMANOS), morrerem, não é nos omitindo que faremos um mundo melhor.
Bolsa família não salvou o Brasil mas matou e mata a fome imediata de quem muitas vezes tem de comer pedaços de barro para saciar a fome que mata. Enquanto existirem seres humanos passando fome, fica impossível falarmos em justiça social.
Não acredito que governantes possam mudar o nosso país se não for pela força do povo, dos inconformados. Acredito que a única forma de se mudar é pelo voto e com a participação popular. Se omitir, não ajuda e só contribui para que cada dia mais sejamos jogados de volta a SENZALA.
Queremos Paz? Queremos um mundo melhor? Eis que lembro do Carlos Drummond de Andrade: "O OUTRO NOME DA PAZ É JUSTIÇA SOCIAL".
Disponível em Ebook na Amazon.com.br
PARA SEGUIR O BLOG
Nenhum comentário:
Postar um comentário