É preto, é pobre, é favelado...
Atira primeiro depois a gente vê no que dá.
Por Eric Jóia
"Eu perguntei quem tinha atirado e ele respondeu: 'foi um blindado, mãe, que não viu minha roupa de escola'", revelou Bruna da Silva |
"Ele não viu que eu estava com roupa da escola, mãe?"
Olhe nos olhos dessa mãe, bem no fundo e diga: Para de mi mi mi, esse vitimismo é ridículo.
Não sei mesmo identificar, nessa babel política, o que é ser de direita ou de esquerda. Mas de uma coisa eu tenho absoluta certeza, eu opto por ficar do lado desse povo sofrido aí.
Use seus argumentos, distorça o seu discurso, suborne e estupre a própria consciência ou simplesmente feche os olhos pra não ver. Você pode fazer isso.
Mas sabe uma coisa que não pode mais?
Um cheiro, um abraço, um sorriso, um parabéns de aniversário, uma risada escandalosa, roupa espalhada em cima do sofá, uma tosse renitente que incomoda, um boletim de escola, um jogo de futebol... a festa de dia das mães nunca mais será uma festa. A voz nunca mais ouvida. As roupas continuam no mesmo lugar no armário, a comida preferida não terá mais destinatário... NUNCA MAIS, NUNCA MAIS.
Muita luz e serenidade pra você, mamãe. Eu sei, ele não era bandido, o menino era invertido. Nasceu na favela mas queria ir pra escola. Acordou tarde mas foi porta a fora. Queria ser alguém, não queria ser do tráfico. Mas era preto e pobre, mais um com o fim trágico.
E você vem me dizer que no Brasil não tem discriminação, que não é a práxis tratar preto como ladrão. Aqui todo mundo tem oportunidade, uns de uma bala no baço outros de reinar na cidade.
Mas vou parar por aqui, chega desse vitimismo. Te contar... tô cansado de tanto cinismo!
Olhe nos olhos dessa mãe, bem no fundo e diga: Para de mi mi mi, esse vitimismo é ridículo.
Não sei mesmo identificar, nessa babel política, o que é ser de direita ou de esquerda. Mas de uma coisa eu tenho absoluta certeza, eu opto por ficar do lado desse povo sofrido aí.
Use seus argumentos, distorça o seu discurso, suborne e estupre a própria consciência ou simplesmente feche os olhos pra não ver. Você pode fazer isso.
Mas sabe uma coisa que não pode mais?
Um cheiro, um abraço, um sorriso, um parabéns de aniversário, uma risada escandalosa, roupa espalhada em cima do sofá, uma tosse renitente que incomoda, um boletim de escola, um jogo de futebol... a festa de dia das mães nunca mais será uma festa. A voz nunca mais ouvida. As roupas continuam no mesmo lugar no armário, a comida preferida não terá mais destinatário... NUNCA MAIS, NUNCA MAIS.
Muita luz e serenidade pra você, mamãe. Eu sei, ele não era bandido, o menino era invertido. Nasceu na favela mas queria ir pra escola. Acordou tarde mas foi porta a fora. Queria ser alguém, não queria ser do tráfico. Mas era preto e pobre, mais um com o fim trágico.
E você vem me dizer que no Brasil não tem discriminação, que não é a práxis tratar preto como ladrão. Aqui todo mundo tem oportunidade, uns de uma bala no baço outros de reinar na cidade.
Mas vou parar por aqui, chega desse vitimismo. Te contar... tô cansado de tanto cinismo!
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