REFLEXÃO EM
FORMA DE CORDEL
Por Marcus Pereira
Após postar alguns artigos em que o tema principal é fome, eis que ao vasculhar sobre o assunto no google me deparei com uma obra prima da Literatura de Cordel, um belíssimo poema, embora triste, pois o tema a muito que deveria está banido, não por censura, mas pela ausência do motivo do tema em nosso país. A FOME.
Este poema tem um que de tristeza, mas ao mesmo tempo é um grito que sai da garganta daquele que passa fome, daquele que já não aguenta mais as práticas políticas, a falta de pudor, a falta de vergonha e de ética daqueles que tem muito e continuam querendo mais, independente da forma que venha esse mais
Esse poema é a dor da desilusão de tantos e tantos brasileiros, que não gostariam de falar sobre o assunto, é a representação de Josué de Castro (Pernambucano do Século) e Betinho que como ninguém souberam denunciar e lutarem para que essa mesma fome, de décadas passadas não estivesse presente em nossos dias (infelizmente está), são essas pequenas (grandes) mensagens que certamente farão com que o mundo não feche os olhos para esse mal.
A ORIGEM DA FOME, fenomenal poema recitado pelo Poeta Repentista Braúlio Bessa, é uma dessas obras do cancioneiro popular que mostra a indignação de nós brasileiros, e traz a reflexão em forma de cordel. Metendo o dedo na ferida não cicatrizada da corrupção institucionalizada em nosso país.
A ORIGEM DA FOME
Eu procurei entender
Qual a receita da fome
Quais são seus ingredientes
A origem do seu nome
Entender também porque
Falta tanto o de comer
Se todo mundo é igual
Chega dá um calafrio
Saber que o prato vazio
É o prato principal
Do que é que ela é feita
Se não tem gosto, nem cor
Não cheira, nem fede a nada
E o nada é seu sabor
Qual o endereço dela
Se ela tá lá na favela
Ou nas brenhas do sertão
É companheira da morte
Mesmo assim não é mais forte
Do que um pedaço de pão!
Que rainha estranha é essa
Que só reina na miséria
Que entra em milhões de lares
Sem sorrir, com a cara séria
Que provoca dor e medo
E sem encostar um dedo
Causa em nós tantas feridas
A maior ladra do mundo
Que nesse exato segundo
Roubou mais algumas vidas!
Continuei sem saber
Do que é, que a fome é feita
Mais vi que a desigualdade
Deixa ela satisfeita
Foi aí que eu percebi
Por isso que eu não a vi
Eu olhei pro lado errado
Ela tá em outro canto
Entendi que a dor e o pranto
Era só seu resultado!
Eu achei seus ingredientes
Na origem da receita
No egoísmo do homem
Na partilha que é má feita!
E mexendo num caldeirão
Eu vi a corrupção
Cozinhando a tal da fome
Temperando com vaidade
Misturando com maldade
Pro pobre que lhe consome!
Acrescentou na receita
Notas superfaturadas
1 Kg de desemprego
Qual a receita da fome
Quais são seus ingredientes
A origem do seu nome
Entender também porque
Falta tanto o de comer
Se todo mundo é igual
Chega dá um calafrio
Saber que o prato vazio
É o prato principal
Do que é que ela é feita
Se não tem gosto, nem cor
Não cheira, nem fede a nada
E o nada é seu sabor
Qual o endereço dela
Se ela tá lá na favela
Ou nas brenhas do sertão
É companheira da morte
Mesmo assim não é mais forte
Do que um pedaço de pão!
Que rainha estranha é essa
Que só reina na miséria
Que entra em milhões de lares
Sem sorrir, com a cara séria
Que provoca dor e medo
E sem encostar um dedo
Causa em nós tantas feridas
A maior ladra do mundo
Que nesse exato segundo
Roubou mais algumas vidas!
Continuei sem saber
Do que é, que a fome é feita
Mais vi que a desigualdade
Deixa ela satisfeita
Foi aí que eu percebi
Por isso que eu não a vi
Eu olhei pro lado errado
Ela tá em outro canto
Entendi que a dor e o pranto
Era só seu resultado!
Eu achei seus ingredientes
Na origem da receita
No egoísmo do homem
Na partilha que é má feita!
E mexendo num caldeirão
Eu vi a corrupção
Cozinhando a tal da fome
Temperando com vaidade
Misturando com maldade
Pro pobre que lhe consome!
Acrescentou na receita
Notas superfaturadas
1 Kg de desemprego
30 verbas desviadas
Rebolou num caldeirão
20 gramas de inflação
E 30 escolas fechadas!
Sendo assim, se a fome é feita
De tudo que é do mal
É consertando a origem
Que a gente muda o final
Fiz uma ponte ligeiro
Se juntar todo dinheiro
Dessa tal corrupção
Mata fome em todo canto
E ainda sobra outro tanto
Pra saúde e Educação!
Assista
https://m.youtube.com/watch?v=fTSOoM06_Js#menu
PARA SEGUIR O BLOG
https://www.blogger.com/follow.g?view=FOLLOW&blogID=4233549122190180727
Rebolou num caldeirão
20 gramas de inflação
E 30 escolas fechadas!
Sendo assim, se a fome é feita
De tudo que é do mal
É consertando a origem
Que a gente muda o final
Fiz uma ponte ligeiro
Se juntar todo dinheiro
Dessa tal corrupção
Mata fome em todo canto
E ainda sobra outro tanto
Pra saúde e Educação!
Assista
https://m.youtube.com/watch?v=fTSOoM06_Js#menu
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