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sexta-feira, 31 de agosto de 2018
Ser inteligente é
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
Fome volta a crescer no Brasil e ameaça o Nordeste - Brasil de Fato
Fome volta a crescer no Brasil e ameaça o Nordeste
População do semiárido volta a sentir a ausência de políticas estruturais para a região
Vinícius Sobreira - Brasil de Fato |
Recife (PE)
O Mapa da Fome deste ano tende a apontar uma piora no cenário brasileiro / Agência Brasil |
E o Brasil tem reduzido esse triste número ano após ano desde o fim da década de 1990, conseguindo em 2014 chegar a menos de 5% da população na situação de subnutrição e, por isso, foi retirado do Mapa da Fome. A tendência de queda foi interrompida em 2017, quando a fome no Brasil voltou a crescer, mas ainda não ultrapassara os 3%. Os que estudam e trabalham com alimento e com a população de regiões mais vulneráveis dizem que o Mapa da Fome deste ano tende a apontar uma piora no cenário brasileiro. E talvez a região mais vulnerável seja o semiárido.
Cristina Nascimento integra a coordenação da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) no estado do Ceará. Ela conta que o cenário de fome na região passa muito mais pela presença e responsabilidade do poder público do que pela estiagem ou seca. “A seca é um fenômeno natural que ninguém pode combater, mas temos que aprender a conviver com ela. Já a fome é um fenômeno social que tem como centro a política, pois a falta de compromisso do Estado brasileiro com essas famílias é que provoca a miséria”, reclama.
Ela lembra que por décadas os governos fizeram ações que não solucionavam a situação. Mas a mudança começou através da mobilização popular para lutar e construir soluções, inclusive através da própria ASA, que reúne organizações da sociedade civil que atuam por todo o semiárido. E encontrou no Planalto um grande aliado a partir de 2003, com a eleição de Lula. “A partir do governo dele conseguimos introduzir a pauta da água como direito e alimento. Lula trouxe o tema para a centralidade política, inverteu a lógica e passou a construir políticas públicas para a região pensando em ajudar as famílias a construírem suas próprias soluções”.
Ela também coloca como fundamentais outras políticas públicas que fortaleceram a região, como o Bolsa Família, a aposentadoria rural, a valorização do salário mínimo, o acesso a creche, às sementes e à água, além do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Os avanços, todavia, foram interrompidos com a derrubada da presidenta eleita Dilma Rousseff, em 2016. “O golpe chegou reduzindo o tamanho do Estado e cortando os gastos com as pessoas pobres, mas não cortaram os gastos com bancos e grandes empresas”, reivindica.
Reflexos na saúde
EM:https://www.brasildefato.com.br/2018/08/01/fome-volta-a-crescer-no-brasil-e-ameaca-o-nordeste/
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terça-feira, 28 de agosto de 2018
O povo, o papa, a ONU e a mídia - Brasil de Fato
O povo, o papa, a ONU e a mídia
João Paulo Cunha em Brasil de Fato
Em relação à ONU, a imprensa se juntou ao aparelho judiciário para diminuir a força da manifestação, com um misto de descaso e cabotinismo
Foto: Ricardo Stuckert
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Em poucas semanas a candidatura de Lula ganhou uma impensável força, mesmo com os ataques desferidos sem trégua. Além do incansável esforço para impedir o debate sobre a injustiça de seu julgamento, conforme avaliação de especialistas em todo o mundo. A primeira constatação foi a ampliação da margem de preferência popular em todas as pesquisas, mesmo com o candidato preso e sem autorização para falar à nação. Não há dúvida de que o eleitor brasileiro, em sua maioria, quer Lula na eleição.
As pesquisas flagraram um momento de inédita união virtuosa em torno do candidato: a crítica ao golpe, a condenação das medidas antipopulares do atual governo e a recuperação da memória histórica das conquistas populares. Não é um acaso que outras candidaturas não floresçam no campo conservador e a ameaça da barbárie se estabeleça como possibilidade que amedronta até mesmo o mais reacionário dos liberais esclarecidos.
A pauta destrutiva, bancada a princípio pela hipertrofia do moralismo e pela confiança desmedida na manipulação midiática, se esqueceu de que contra evidências do fracasso não há neoliberalismo que se sustente. A candidatura do PT é um símbolo de retomada de trajetória política, social e econômica interrompida, que agora ganha outra dimensão. A autocrítica levará o governo eleito a entender que a recuperação da força da base política popular é inadiável. Nessa eleição – e, sobretudo, depois – não cabe carta ao povo brasileiro, mas olho no olho.
A segunda situação que conflui para a campanha petista foi a decisão do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, em defesa da candidatura de Lula e acesso adequado aos meios de comunicação e aos integrantes de seu partido. O grupo é formado por especialistas independentes, sem participação de brasileiros. A decisão está relacionada ao Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional sobre Direitos Políticos e Civis e suas decisões são mandatórias. Mesmo que muitos tenham se empenhado em atacar o comitê por razões extrajurídicas.
É preciso esclarecer alguns pontos. Em primeiro lugar, o Brasil assinou o protocolo voluntariamente e ratificou sua decisão seguindo todos os trâmites legais e políticos. Uma escolha em fazer parte do grupo dos países civilizados. Em seguida, trata-se de decisão que não defende o candidato em si, mas a possibilidade de concorrência em igualdade de condições, até que sejam julgadas devidamente todas as possibilidades de recurso.
Por fim, no campo dos direitos humanos (e também políticos), as decisões internacionais são a única garantia de universalidade possível num tempo travado por interesses de momento e divisões. Os países que descumprem as medidas do comitê não perdem apenas oportunidades de negócios, como nos tratados comerciais, mas o conceito de nação civilizada, o que é muito mais grave. A garantia da candidatura de Lula, a partir da decisão proferida pelo comitê, coloca o Judiciário brasileiro em teste: populismo midiático ou responsabilidade jurídica?
O terceiro fator que reforça a campanha de Lula é a manifestação do papa Francisco, feita em reunião com o chanceler Celso Amorim, na presença de dois ex-ministros do continente, o argentino Alberto Fernández e o chileno Carlos Omimami. Veio do papa não apenas a solidariedade ao preso político. Em homilia recente, Francisco fez a mais sucinta e exata descrição dos processos de deslegitimação das conquistas populares no continente, com a consequente derrubada dos governos eleitos democraticamente: o ataque pela mídia como fundamento simbólico na construção de um caldo de cultura autoritário e antipolítico; o conluio judiciário como arremedo de legitimidade; e o golpe. Sem misericórdia.
O mais incrível tem sido a capacidade da mídia comercial em fechar os olhos à realidade.
Com relação ao lugar nas pesquisas, os veículos de imprensa têm adotado a tática de fugir aos fatos colocando no lugar o que gostariam de ver. Apenas dois exemplos, entre dezenas. O Jornal Nacional anunciou a cobertura das agendas dos “principais” candidatos, deixando claro que Lula estaria fora por se encontrar preso. Assim, o noticiário não apenas cassa a candidatura antes da Justiça eleitoral, como deixa de fora as informações sobre a campanha, de interesse de grande parte do eleitorado. A conclusão é óbvia: não se trata de informar para a cidadania, mas de censurar para a plutocracia.
O jornal O Estado de S. Paulo, em manchete recente, estampou que Bolsonaro é líder das pesquisas. Assim, na lata, sem sequer esclarecer que se tratava de posição em enquete na qual Lula não está presente. A leitura é igualmente sórdida. Em primeiro lugar, a notícia se sobrepõe à realidade dos fatos para criar uma situação incontestável. Em seguida, serve de alerta para o eleitor que rejeita o candidato do PSL, para fortalecer alternativa conservadora mais palatável à elite. Por fim, consagra a manipulação como estratégia jornalística.
Em relação ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, a imprensa se juntou ao aparelho judiciário para diminuir a força da manifestação, com um misto de descaso e cabotinismo. Em primeiro lugar, se esforçou para resumir a abrangência da medida, submetendo-a a primazia da legislação nacional e de seus fóruns de decisão. Para isso, usou de dois subterfúgios.
Em primeiro lugar, vazou juízos anônimos, justamente de magistrados que costumam falar pelos cotovelos quando lhes convêm. No caso, como afrontar um protocolo internacional de alta respeitabilidade não pegaria bem, entregaram o mais fraco dos togados supremos, Alexandre de Moraes, como boi de piranha de sua própria indigência em direito internacional. O mesmo foi feito em relação aos juristas críticos da medida, que relevaram a obrigatoriedade em favor de contingências ou de uma pretensa soberania em assuntos internos. Alguns deles, em franca contradição com outros momentos de suas trajetórias de hermeneutas atilados.
O segundo desvio reforçou a sempre pertinaz defesa do pensamento único. Não houve sequer o esforço de ponderar posições contra e a favor, ampliando o debate público. Pareceu mais sagaz fingir-se de morto, esquecendo-se que o mundo é maior que a imprensa brasileira. A conclusão ficou estampada num dilema que deixa o país em má situação no concerto das nações: ou o Brasil não foi responsável ao assinar o protocolo, ou não está sendo sério ao ameaçar descumpri-lo.
Com relação ao papa, a situação da mídia foi ainda mais pecaminosa. Começou com a tentativa, em junho, de descaracterizar a visita do advogado argentino Juan Grabois a Lula, no cárcere em Curitiba. Houve um açodamento em caracterizar como fake news, com direito a carimbos e chancelas de “falso” em tudo que envolvia o encontro: da representatividade do emissário, consultor e interlocutor próximo ao papa, ao terço entregue ao presidente.
Sobre a audiência com o chanceler Celso Amorim, observou-se o mesmo esforço em apequenar a preocupação do pontífice com a situação política brasileira, cujos riscos para a democracia ele conhece bem, como latino-americano e analista político fino. Inspirado no nome que escolheu para assumir como pastor de seus fiéis, o papa inverteu o ditado: a voz de Deus precisa ser a voz do povo.
Entre o povo, a ONU e o papa, a mídia brasileira preferiu fazer uma opção preferencial pela mentira, nas três vezes em que o galo cantou. Não é questão de ideologia, mas de caráter.
EM:https://www.brasildefato.com.br/2018/08/27/o-povo-o-papa-a-onu-e-a-midia/
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Nada vai ofuscar nossa estrela (O Brasil é a nossa estrela)
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
Degradação dos solos pode agravar flutuação dos preços de alimentos, alerta FAO - ONU
Degradação dos solos pode agravar flutuação dos preços de alimentos, alerta FAO
Em pronunciamento para a abertura do Congresso Mundial de Ciências do Solo, o chefe da FAO, José Graziano da Silva, alertou no domingo (12) que a degradação das terras produtivas pode agravar no futuro a volatilidade dos preços dos alimentos. O empobrecimento do solo também causa migrações involuntárias de agricultores, que ficam em maior risco de viver na miséria, acrescentou o dirigente.
Saúde dos solos é importante para promover segurança nutricional, diz FAO. Foto: FAO |
Em pronunciamento para a abertura do Congresso Mundial de Ciências do Solo, o chefe da FAO, José Graziano da Silva, alertou no domingo (12) que a degradação das terras produtivas pode agravar no futuro a volatilidade dos preços dos alimentos. O empobrecimento do solo também causa migrações involuntárias de agricultores, que ficam em maior risco de viver na miséria, acrescentou o dirigente.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), os solos do planeta estão ameaçados pela erosão, desequilíbrio de nutrientes, acidificação, salinização e outras formas de poluição. Perigos à saúde das terras incluem ainda a perda de carbono e de biodiversidade, bem como o fenômeno da compactação — quando a terra é comprimida, reduzindo os poros que permitem a entrada de ar e água no solo.
Atualmente, um terço de todas as terras do planeta são consideradas degradadas. “Embora os solos estejam escondidos e, frequentemente, esquecidos, contamos com eles para nossas atividades diárias e para o futuro do planeta”, afirmou Graziano em mensagem de vídeo para o congresso, que reúne mais de 2 mil cientistas no Rio de Janeiro até a próxima sexta-feira (17).
“A degradação do solo afeta a produção de alimentos, causando fome e desnutrição, amplificando a volatilidade dos preços dos alimentos, forçando o abandono da terra e levando milhões de migrantes involuntários à pobreza”, acrescentou o chefe da FAO.
O diretor do organismo internacional defendeu ainda que a gestão sustentável desse recurso natural deve ser “parte essencial da equação do Fome Zero”.
Os solos, lembrou Graziano, funcionam também como importantes ferramentas para a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas. Isso porque as terras têm a capacidade de armazenar carbono. “Manter e aumentar o estoque de carbono no solo deve se tornar uma prioridade”, afirmou o dirigente.
A FAO desenvolve o projeto Global Soil Partnership (Parceria Global dos Solos), mobilizando governos e outros parceiros para melhorar capacidades técnicas e trocar conhecimentos sobre a saúde do solo.
“Façamos do solo um veículo de prosperidade e paz e mostremos a contribuição dos solos para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável“, completou Graziano.
EM: https://nacoesunidas.org/degradacao-dos-solos-pode-agravar-flutuacao-dos-precos-de-alimentos-alerta-fao/
EM: https://nacoesunidas.org/degradacao-dos-solos-pode-agravar-flutuacao-dos-precos-de-alimentos-alerta-fao/
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terça-feira, 14 de agosto de 2018
UMA FESTA A DOIS
domingo, 12 de agosto de 2018
O que sentia por você
sexta-feira, 3 de agosto de 2018
UNICEF: a cada três minutos, uma adolescente é infectada pelo HIV no mundo - ONU
UNICEF: a cada três minutos, uma adolescente é infectada pelo HIV no mundo.
No Brasil, os efeitos mais graves da epidemia de Aids recaem sobre os adolescentes. Entre 2004 e 2015, o número de novos casos entre meninos e meninas de 15 a 19 anos aumentou 53%.
Foto: UNAIDS |
A cada hora, cerca de 30 adolescentes de 15 a 19 anos foram infectados pelo HIV em 2017 no mundo, segundo um novo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Desses, dois terços eram meninas.
“Esta é uma crise de saúde, bem como uma crise de ação”, disse a diretora-executiva do UNICEF, Henrietta Fore. “Na maioria dos países, mulheres e meninas não têm acesso a informação, aos serviços ou mesmo ao poder de dizer não ao sexo inseguro. O HIV cresce entre os mais vulneráveis e marginalizados, deixando as adolescentes no centro da crise”.
O relatório “Women: At the heart of the HIV response for children” (Mulheres: No coração da resposta ao HIV para crianças – disponível somente em inglês) oferece estatísticas preocupantes sobre a contínua epidemia global de Aids e seu impacto sobre os mais vulneráveis. No ano passado, 130 mil crianças e adolescentes com menos de 19 anos morreram em decorrência da Aids, enquanto 430 mil – quase 50 por hora – foram infectados.
Apresentado na Conferência Internacional de Aids, realizada na semana passada em Amsterdã, o relatório diz que os adolescentes continuam a sofrer o impacto da epidemia e que o fracasso em os alcançar está atrasando o progresso que o mundo fez nas últimas duas décadas na luta contra a epidemia de Aids.
O relatório observa que adolescentes entre 10 e 19 anos representam quase dois terços dos 3 milhões de crianças de até 19 anos vivendo com HIV; mesmo que as mortes para todos os outros grupos etários, incluindo adultos, tenham diminuído desde 2010, as mortes entre adolescentes mais velhos (15-19) não tiveram redução.
Além disso, cerca de 1,2 milhão de pessoas de 15 a 19 anos viviam com o HIV em 2017 – desses, três de cada cinco são meninas. A disseminação da epidemia entre as adolescentes está sendo alimentada práticas sexuais não seguras, inclusive com homens mais velhos; sexo forçado; falta de poder nas negociações sobre sexo; pobreza; e falta de acesso a serviços confidenciais de aconselhamento e testagem.
“Precisamos tornar as meninas e as mulheres suficientemente seguras economicamente para que não precisem recorrer ao trabalho sexual. Precisamos ter certeza de que elas tenham as informações corretas sobre como o HIV é transmitido e como se proteger”, disse Angelique Kidjo, embaixadora do UNICEF, em um ensaio apresentado no relatório. “E, é claro, precisamos ter certeza de que elas tenham acesso a quaisquer serviços ou medicamentos de que precisem para se manter saudáveis. Acima de tudo, precisamos incentivar o empoderamento de meninas e mulheres – e a educação é frequentemente o melhor caminho para isso”.
Para ajudar a conter a propagação da epidemia, o UNICEF – trabalhando em estreita colaboração com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e outros parceiros – lançou uma série de iniciativas, incluindo a “All In to End Adolescent AIDS” (Todos juntos para acabar com a Aids na adolescência), que visa alcançar os adolescentes nos 25 países prioritários onde se encontra o maior número de adolescentes vivendo com o HIV no mundo.
Outras iniciativas incluem “Start Free, Live Free, AIDS Free” (Comece livre, viva livre, livre da Aids), um marco destinado a reduzir o número de novas infecções por HIV entre as mulheres adolescentes e jovens para menos de 100 mil até 2020. Outra ação é o Roteiro para a Prevenção do HIV 2020, um plano para acelerar a prevenção do HIV, concentrando-se em barreiras estruturais – como leis punitivas e falta de serviços adequados – e destacando o papel das comunidades.
Essas iniciativas, e outras antes delas, levaram a um sucesso significativo na prevenção da transmissão do HIV de mãe para filho, de acordo com o relatório. O número de novas infecções entre crianças com até 4 anos de idade caiu em um terço entre 2010 e 2017. Agora, quatro de cinco mulheres grávidas que vivem com HIV estão tendo acesso ao tratamento para mantê-las saudáveis e reduzir o risco de transmissão para seus bebês.
Por exemplo, na região da África Meridional, há muito o epicentro da crise da Aids, Botswana e África do Sul têm agora taxas de transmissão da mãe para o filho de apenas 5%, e mais de 90% das mulheres com HIV estão em regimes eficazes de tratamento do vírus. Perto de 100% das mulheres grávidas no Zimbábue, no Malaui e na Zâmbia conhecem o seu status sorológico.
“As mulheres são as mais afetadas por esta epidemia – tanto no número de infecções quanto como cuidadoras principais daqueles com a doença – e devem permanecer na linha de frente da luta contra ela”, disse Fore. “A luta está longe de terminar”.
No Brasil
Uma das grandes conquistas dos últimos anos no Brasil foi o sucesso no controle da transmissão do HIV da mãe para o bebê, que caiu pela metade entre 1995 e 2015.
Hoje, os efeitos mais graves da epidemia de Aids no país recaem sobre os adolescentes. Entre 2004 e 2015, o número de novos casos entre meninos e meninas de 15 a 19 anos aumentou 53%.
Viva Melhor Sabendo Jovem
Para enfrentar o aumento do HIV/Aids entre adolescentes, o UNICEF no Brasil criou o Viva Melhor Sabendo Jovem. Trata-se de uma estratégia em saúde do UNICEF e seus parceiros para ampliar o acesso de adolescentes e jovens entre 15 e 24 anos ao teste do HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis e o início imediato do tratamento. A iniciativa também tem como prioridades a retenção ao tratamento dos jovens positivos e o acesso às informações sobre prevenção.
EM: https://nacoesunidas.org/unicef-a-cada-tres-minutos-uma-adolescente-e-infectada-pelo-hiv-no-mundo/
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quarta-feira, 1 de agosto de 2018
ESCRAVIDÃO: SIM OU NÃO?!
ESCRAVIDÃO: SIM OU NÃO?!
“Quem vendia os escravos eram os próprios negros africanos, por isso não havia escravidão.” Jair Bolsonaro
Por Marcus Pereira - atualizado em 25/04/2020
Na lógica do atual mandatário da presidência e para grande parte de seus seguidores os verdadeiros culpados pela escravidão foram os próprios negros.
De fato alguns historiadores registram algo sobre tribos africanas escravizarem seus "semelhantes" em guerras tribais, antes mesmo do homem branco chegar (nos dias de hoje ainda o fazem). Porém com a chegada do homem branco nasce uma outra forma de escravidão, com a introdução do comercio e o uso de armas de fogo em parceria com criminosos nativos (negros africanos), que eram arrebanhados pelo homem branco e passavam a atacar e prenderem outros negros e posteriormente os vendiam aos mercadores portugueses e ingleses. A partir desse advento surgiu o COMÉRCIO NEGREIRO.
Hoje porém não é tarefa fácil falarmos, para tentarmos esclarecer alguma coisa, a pessoas presas em narrativas de ódio. E não é só sobre a questão racial (preconceito), mas também sobre diversos outros temas, Qualquer tentativa de esclarecimentos a essas pessoas (quase sempre canalhas) serão palavras ao vento, exposição ao vazio.
A CULPA DA ESCRAVIDÃO NÃO FOI DO NEGRO!!!
Foi de quem então?
A participação de negros africanos (CRIMINOSOS NATIVOS) na captura e comercialização de escravos foi uma realidade da época, porém para os brancos escravagistas com ou sem a participação deles o tráfico negreiro existiria do mesmo jeito, pois ali fizeram morada com intenções nada amigáveis, esta aliança só facilitou seus propósitos (a escravização dos negros).
Com essa aliança os traficantes brancos, que já tinham realizado um trabalho de catequização, muitas vezes nem adentravam o continente, ficavam com seus navios na costa esperando pelos escravos. Era mais lucrativo pagar aos africanos (CRIMINOSOS) do que se armarem e correrem o risco de perderem vidas nessas capturas.
Como argumentar com alguém que acredita que a culpa da escravidão dos negros é do próprio negro? Como argumentar com alguém que chama de mito um cara que fala tantas asneiras?
Inútil, quando essas mesmas pessoas acham natural falar que a culpa do estupro é da estuprada, aplaudem a fala do presidente, quando esse diz em alto e bom som, que não estupraria uma certa mulher por ela ser feia.
Mas vamos lá! A escravidão na África era uma prática das guerras tribais, e nestas se escravizavam cerca de 200 a 300 negros para manter uma tribo!
Porém, com a expansão e descobertas de novas terras, os brancos precisavam dos negros para construírem as novas colônias, pois não era esse o tipo de trabalho ao qual os brancos se sujeitariam a fazer. Logo o que era centenas nas guerras tribais, passaria a milhões, por questões expansionistas e comercias.
A CULPA DA ESCRAVIDÃO FOI DOS NEGROS?
Por aqui quando foi promulgada a lei de abolição, que não se sabe quando realmente passou a ser respeitada (aqui não se respeitam nem as leis recém promulgadas), Portugal criou cotas (isto mesmo, as cotas estão aqui a tempos), para que BRANCOS "invadissem" o Brasil eles receberiam uma COTA DE NEGROS, que iriam trabalhar de graça e a base de chibata (ESCRAVOS) para o agraciado (BRANCO). Na verdade, com essa bondade, Portugal tinha como intenção tornar mais branco este pedaço de terra (Já tinham tentado escravizar os índios).
Alguém duvida que trabalhar de graça na base da chibata é escravidão?
DESCULPA AI! A CULPA DA ESCRAVIDÃO É DOS ESCRAVAGISTAS BRANCOS (Portugueses e tantos outros que por aqui passaram e muitos que se comportam como tal até hoje)
Para os que não leem e/ou não buscam a verdade histórica vamos relembrar: A lei que aboliu a escravidão tem 132 anos, contra 400 anos de escravidão, o que, convenhamos, torna praticamente impossível não encontrar a influência do pensamento racista ao contrário do pensamento abolicionista (há de se entender ou não). Afinal quem decide o que é melhor para a colônia é o colonizador BRANCO ou vamos acreditar que o colonizador era o NEGRO AFRICANO?
Mais um detalhe, pouco tempo depois da abolição da escravidão, foi editada a Lei da Vadiagem (Art. 59 da Lei das Contravenções Penais - Decreto Lei 3688/41), quem "não tivesse emprego era preso". Quem era o maior punido depois da promulgação dessa lei? E hoje? Quem superlota nossos presídios?!
Não estou aqui querendo ser melhor ou ofender ninguém, porém ando enojado com tanta hipocrisia que tenho visto nas redes sociais, nas rodas de pseudos intelectuais, pseudos cientistas políticos (um em cada esquina) que se diz correligionário/eleitor/fã (PUXA SACO), seja lá como se intitulem, de quem fala asneiras do tipo:" A culpa da escravidão é dos negros", "a culpa do estupro é da mulher", "homossexualismo se cura no cacete", etc etc... E pior ainda buscam argumentos que justifiquem essas aberrações (ASNOS).
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