Fim
de Ano
Marcus Pereira
Estamos a um passo (um mês) do fim de 2018, estamos encerrando mais um ciclo e agora? está chegando um novo ano, está terminando mais um ano. O que fazermos de diferente? O que ficou de importante da história que vai ficando pra trás (tudo que vivemos ou deixamos de viver)? Quais caminhos devemos trilhar? Para onde vamos? Que futuro nos espera (principalmente os rumos que vão tomar o nosso país)?
Fizemos isso a cada segundo, minuto, hora e dia, fizemos isso todos os meses do ano que está terminando (2018) e mais uma vez precisamos abrir nosso baú dos encantos, espantar nossos medos, lembrar dos sonhos que realizamos e também daqueles que nem demos oportunidade de realizarmos (o tempo foi curto demais), repensar nossos desejos.
Um dia alguém falou que o tempo que passa não volta mais, que devemos entender que a vida continua, será que não vale a pena olharmos para trás, rebuscar nossas felicidades do passado, nos embrenharmos nas lembranças do que foi bom, lembrarmos daqueles que não conseguiram chegar até aqui, 2018, (finalzinho) antes de abrirmos as portas de 2019?.
Como não chorar outra vez? Como não querer um abraço de quem só nos deixou saudades. Ah! como seria se ao abrirmos essa porta (2019) pudéssemos trazer o passado de volta?, trazermos consigo cada amor perdido?, o amigo que não vemos mais?, como não querer de novo aqueles que não temos mais ao nosso lado? Como não querer sentir-se criança novamente? Quem não queria tudo isso de novo?
Mas as portas que se abrirão não nos trará esse passado, levará nosso presente e ai sim teremos de criar as novas emoções, os novos sonhos, teremos de buscar novas formas de sorrir, uma nova maneira de enxugar as lágrimas, buscarmos uma nova história, pois a vida continua e nos precisamos refazer nossas escolhas, plantarmos novas sementes, fincarmos raízes, deixarmos brotar novas esperanças, sem esquecermos do mundo e quando o novo ano chegar, que estejamos aqui também, juntos, de mãos dadas, a espera do ano novo que vem!
Natal, Ano novo! E agora?
Não podemos esquecer de Jesus, aquele da manjedoura, que nasceu na periferia e viveu defendendo assassinos, ladrões, putas, pobres e leprosos. Aquele que fez muito barulho, que conquistou desafetos na classe média e na elite. E considerado subversivo (Comunista) pelos poderosos, foi preso pelo império, torturado e humilhado.
A classe media pediu sua pena de morte, mas não tinha justificativa. Ele era inocente! Pilatos sabia, todos sabiam. A responsabilidade de julgá-lo foi repassada para Herodes, que, percebendo a bronca, a devolveu para Pilatos que rapidamente colocou o povo na jogada, como naquele tempo (assim como hoje) já tinha manipuladores dispostos a fazerem o jogo sujo, o resto da história todos sabem, deu no que deu.
Jesus foi condenado, foi executado e ainda ouviu as piadinhas dos justiceiros. O detalhe é que ele não foi só executado entre bandidos, ele foi executado como bandido, pelo Estado, enquanto os justiceiros aplaudiam. O povo perdeu seu maior líder.
Em 2019, se Jesus voltar, certamente será morto novamente por essa gente de bem (a nossa elite oligárquica), que vai comer panetone e peru na ceia de natal.
Não esqueçamos: se não fizermos nada de diferente, nada de novo vai acontecer. Que venha 2019!
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