quarta-feira, 3 de abril de 2019

ACREDITE NO AMOR - Ique Carvalho

ACREDITE NO AMOR

Por Ique Carvalho



"Amar alguém é querer essa pessoa sempre por perto."

“Em junho de 2013, poucos dias antes do dia dos namorados, minha namorada terminou comigo. Eu fiquei sem entender. Voltei pra casa e durante todo o caminho me perguntava: “Por que?”. A única coisa que vinha na minha cabeça era a voz dela dizendo: “Eu amo você”. Eu passei um mês sofrendo procurando respostas para o que estava acontecendo.

Um dia, entrei no quarto do meu pai chorando e perguntei: “Pai, ela dizia que me amava. Então, por que ela terminou comigo?”. Ele respondeu: “Meu filho,quando alguém entra na sua vida e depois de algum tempo vai embora, pode ser qualquer coisa menos amor”. Eu disse: “Não da para entender. Um dia, existe amor e no outro tudo acabou”. Ele respondeu: “Você nunca vai superar seus traumas se continuar procurando no amor uma lógica. Construa uma nova história”. Eu perguntei: “E de onde vem essa força pra começar algo novo?” Ele respondeu: “Não se preocupe com isso todo começo vem de um final”.

Uma semana depois, meu pai foi diagnosticado com uma doença rara e degenerativa que iria matá-lo em alguns dias. Minha mãe não o abandonou. Ela ficou. Meu pai saia toda sexta para comer pizza com dois irmãos. Quando ele parou de andar, meus tios começaram a trazer a pizza aqui em casa.

Eles diziam: “Sem o seu pai, não tem graça”. E ficavam a noite inteira dando gargalhadas. Hoje, meu pai não consegue mais comer. Mesmo assim, toda sexta meus tios passam aqui em casa. Meu pai estudou em Ouro Preto-MG. Na formatura ele combinou com três amigos de se encontrarem de cinco em cinco anos. Este ano, meu pai não pode ir porque ele não anda mais. Os amigos dele saíram do interior de Minas e vieram até aqui em casa. Todo formando tem uma foto pregada na parede na república que estudou. Os amigos do meu pai trouxeram a foto dos quatro. Pregaram a foto de cada um na parede do quarto e disseram: “Agora, a nossa república é a sua casa”. E combinaram que daqui cinco anos estariam de volta.




Meu pai chorou. Meus pais completaram 47 anos de casados dia 2 de junho. Eles sempre dançaram nesse dia. Meu pai não consegue mais se levantar. Minha mãe entrou no quarto e colocou a música que eles dançavam. Ela disse: “Meu filho, traz a cadeira de rodas”. Eu perguntei: “O que você vai fazer?” Ela respondeu: “Vou fazer o que seu pai faria por mim”. Eu busquei a cadeira de rodas. Minha mãe colocou meu pai na cadeira. Ela ajoelhou ao lado dele e disse: “Vamos dançar”. Abraçou meu pai e fez a cadeira girar. Ela ficou ajoelhada a música toda. Meu pai chorava e ria ao mesmo tempo. Eles ficaram ali dançando e se divertindo. Eu voltei pro meu quarto chorando.

Abri o notebook e resolvi escrever esse texto.

Porque eu vejo o mundo distorcendo ou complicando demais o amor. Um monte de gente dizendo fique com alguém que faz isso, que faz aquilo, que te de isso, que não sei o que mais. Esse monte de regras e exigências são coisas criadas pela cabeça. E, meu velho, não sei se você sabe mas o amor é criado pelo coração. O resto, é ilusão.

Então, acredite. O amor, amor completo é quando você quer o outro sempre perto.
Só isso.”

Autor :Ique Carvalho!
EM : https://eoh.com.br/

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terça-feira, 2 de abril de 2019

BRASIL: ignorância, truculência e desinformação generalizada.


BRASIL: ignorância, truculência e desinformação generalizada.


Por Marcus Pereira





O que falar do Brasil em tempos de ignorância, truculência e desinformação generalizada?!

Para onde caminhamos, infelizmente é uma incógnita, talvez, na última eleição as urnas tenham nos mostrado algum sinal,  de qualquer forma visualizamos a quantas anda a revolta da população, ou parte dela, constatamos também, sem sombra de dúvidas, a impregnação da cultura do ódio das elites com o trabalhador pobre, com os indígenas, com os LGBTs, com o negros.


Hoje ainda podemos ver que os sentimentos continuam acirrados, a verdade  é que poucos se deram conta que a campanha terminou e que o eleito se quer assumiu ainda seu papel. As agressões continuam, alimentadas por  quem deveria se contrapor e buscar a pacificação da nação, mas ao contrário se deleita e é o principal alimentador da divisão e do ódio.

Estamos a deriva e não é fácil para os APAIXONADOS BOLSONARISTAS admitirem ( aqueles que dizem não terem bandido de estimação), mas é essa  verdade,  nua e crua,  para 57 milhões de eleitores, que por um outro motivo acreditaram  nas mentiras ( não foram poucas) de campanha.

O brasileiro precisa abrir os olhos e fazer um exame de consciência e não será difícil perceber que algo está errado, claro, isso não acontecerá de uma hora pra hora, mas cedo ou tarde perceberão que ao elegerem um presidente do nível que elegeram, foi o mesmo que darem um tiro no pé, nesse momento entenderão que demos um passo muito largo para a obscuridade, perceberão que o discurso da disseminação do ódio, o discurso do extermino daqueles que pensam diferente, não se sustentará por muito tempo. Entenderão que perdemos todos nós, entenderão que o Brasil perdeu.

Três meses é muito pouco para reajustar o país depois de 16 anos de roubo do PT/PMDB. E o PT? Vamos exterminar a todos! Nordestino é burro. Lula encantador de jumentos. Eis alguns dos argumentos de quem votou no energúmeno.

Mas onde estão os projetos para a Educação (ideologia de gênero? o que é isso), Reforma da Previdência (os pobres vão pagar as contas dos grandes sonegares?), liberação de posse de armas (é a solução para o Brasil?). Onde está o crescimento e as melhorias que alguns teimam em propagar, como se estivéssemos a todo crescimento?.

Na verdade aqueles que estão nas redes sociais brigando com os que não votaram, estão fazendo o papel que lhes cabe, defender o indefensável.



Até quando parte da sociedade será cúmplice do desajuste mental do Presidente eleito? Até quando será conivente com a ignorância, a truculência e desinformação generalizada?! Até quando o Brasil vai sofrer por não entender que tem alguma coisa errada? Até quando  o povo vai compactuar com todo ódio produzido por Bolsonaro e os seus?

Tudo se faz urgente antes que seja tarde demais!



segunda-feira, 1 de abril de 2019

Jesus Cristo: A Tortura da Cruz!

Jesus Cristo: A Tortura da Cruz!

Francisco Assis dos Santos - 07/04/2017

 


O texto Sagrado, diz que Jesus foi tido como um malfeitor. Era com a crucificação que Roma, dizem os historiadores, punia escravos, estrangeiros e os mais vis criminosos, que não fossem cidadãos romanos. A tortura da cruz era a forma de punição mais horrenda, desumana e sem misericórdia que jamais foi inventada pelo homem, e a palavra excruciante, termo moderno para indicar tortura ou dor intensa, se deriva desse vocábulo “cruz”.

A crucificação sempre tinha lugar fora dos muros da cidade e a vitima carregava a sua cruz até o local da execução. Não deixar de relembrar, que horas antes Jesus fora açoitado com azorrague cuja ponta era munida de um pedacinho de metal. Foi espancado até quase não poder ser reconhecido.

A cruz que Jesus, ali já com ferimentos abertos a derramar sangue, teve que levar do pretório ao calvário, pesava cerca de oitenta quilos, o fato levou Jesus a cair por três vezes ao longo da mais cruel caminhada que um homem já fez. Nessas condições Jesus foi cravado na cruz.

Reitero que a crucificação era a morte mais agoniada e ignominiosa que uma época de crueldade podia inventar. Deste modo, abro parêntese, para citar Cícero (106-45 a.C): “O próprio nome, crucificação, deveria ser excluído não só do corpo, mas também dos pensamentos, dos olhos e dos ouvidos dos cidadãos romanos”.

O ápice atroz da crucificação dava-se quando os soldados cravavam as mãos e os pés dos “malfeitores”. As mãos (provavelmente no pulso) eram vazadas, com requintes de frieza e barbaridade; primeiramente pregava-se a mão direita, e então à esquerda, enquanto o condenado jazia sobre a terra. Quanto aos pés, há divergências entre autoridades religiosas sobre em que ponto eles eram cravados; em separado ou se ambos eram pregados juntos. Cravada, pelos os pregos nas mãos e pés, a vítima agora suspensa, entre o céu e a terra, é submetida a um verdadeiro ritual macabro.

Não bastasse o agonizar, o enxame de moscas, a fome, a sede intolerável, as convulsões de dores cruciantes (as dores eram intensas, e as artérias da cabeça e do estomago ficavam grossas de sangue), a febre traumática e o tétano. A propósito, o Profeta Isaias, em seu livro no Antigo Testamento, diz que o “aspecto de Jesus (na cruz) estava muito desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua aparência, sem formosura, mais do que a dos outros homens”.

Na verdade, o que Jesus Cristo sofreu naquelas horrendas horas de cruz, jamais saberá neste mundo. Comumente a morte sobrevinha depois de quatro a seis dias. No caso de Jesus veio depois de seis horas. Portanto, a agonia da crucificação de Jesus, o Cristo, assim como o peso da sua cruz ainda não foi medido, na sua plenitude, pelo homem.


Hoje, quando são passados mais de 2.000 anos, podemos contemplar com gratidão o sacrifício vicário de Jesus Cristo. Para nós, cristãos, a crucificação de Jesus Cristo foi mais do que a morte de um mártir, mais do que um bom exemplo com oferecimento de sua vida pelos seus semelhantes. Todos os cristãos deveriam ser gratos ao Senhor Jesus Cristo, por ter atravessado o vale da sombra da morte por nós.

A vida cristã se resume em fixar o olhar para o Cristo crucificado. A não ser que nos voltemos à cruz, não podemos avançar em nossa vida cristã, pois como diz Santo Agostinho: “Ninguém pode atravessar o mar deste século se não for carregado pela cruz de Cristo.” Assim sendo, a cruz de Jesus Cristo é muito mais do que um símbolo da fé cristã; ela é o segredo da vida cristã. O que foi antes um objeto de vergonha e desprezo, no mundo romano, tornou-se uma fonte de benção e glória para os que nela confiam.


Francisco Assis dos Santos, Pesquisador Bibliográfico em Humanidades.

https://agazetadoacre.com/jesus-cristo-a-tortura-da-cruz/