sexta-feira, 3 de agosto de 2018

UNICEF: a cada três minutos, uma adolescente é infectada pelo HIV no mundo - ONU

UNICEF: a cada três minutos, uma adolescente é infectada pelo HIV no mundo.


No Brasil, os efeitos mais graves da epidemia de Aids recaem sobre os adolescentes. Entre 2004 e 2015, o número de novos casos entre meninos e meninas de 15 a 19 anos aumentou 53%.


Foto: UNAIDS


A cada hora, cerca de 30 adolescentes de 15 a 19 anos foram infectados pelo HIV em 2017 no mundo, segundo um novo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Desses, dois terços eram meninas.

“Esta é uma crise de saúde, bem como uma crise de ação”, disse a diretora-executiva do UNICEF, Henrietta Fore. “Na maioria dos países, mulheres e meninas não têm acesso a informação, aos serviços ou mesmo ao poder de dizer não ao sexo inseguro. O HIV cresce entre os mais vulneráveis e marginalizados, deixando as adolescentes no centro da crise”.

O relatório “Women: At the heart of the HIV response for children” (Mulheres: No coração da resposta ao HIV para crianças – disponível somente em inglês) oferece estatísticas preocupantes sobre a contínua epidemia global de Aids e seu impacto sobre os mais vulneráveis. No ano passado, 130 mil crianças e adolescentes com menos de 19 anos morreram em decorrência da Aids, enquanto 430 mil – quase 50 por hora – foram infectados.

Apresentado na Conferência Internacional de Aids, realizada na semana passada em Amsterdã, o relatório diz que os adolescentes continuam a sofrer o impacto da epidemia e que o fracasso em os alcançar está atrasando o progresso que o mundo fez nas últimas duas décadas na luta contra a epidemia de Aids.

O relatório observa que adolescentes entre 10 e 19 anos representam quase dois terços dos 3 milhões de crianças de até 19 anos vivendo com HIV; mesmo que as mortes para todos os outros grupos etários, incluindo adultos, tenham diminuído desde 2010, as mortes entre adolescentes mais velhos (15-19) não tiveram redução.

Além disso, cerca de 1,2 milhão de pessoas de 15 a 19 anos viviam com o HIV em 2017 – desses, três de cada cinco são meninas. A disseminação da epidemia entre as adolescentes está sendo alimentada práticas sexuais não seguras, inclusive com homens mais velhos; sexo forçado; falta de poder nas negociações sobre sexo; pobreza; e falta de acesso a serviços confidenciais de aconselhamento e testagem.

“Precisamos tornar as meninas e as mulheres suficientemente seguras economicamente para que não precisem recorrer ao trabalho sexual. Precisamos ter certeza de que elas tenham as informações corretas sobre como o HIV é transmitido e como se proteger”, disse Angelique Kidjo, embaixadora do UNICEF, em um ensaio apresentado no relatório. “E, é claro, precisamos ter certeza de que elas tenham acesso a quaisquer serviços ou medicamentos de que precisem para se manter saudáveis. Acima de tudo, precisamos incentivar o empoderamento de meninas e mulheres – e a educação é frequentemente o melhor caminho para isso”.

Para ajudar a conter a propagação da epidemia, o UNICEF – trabalhando em estreita colaboração com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e outros parceiros – lançou uma série de iniciativas, incluindo a “All In to End Adolescent AIDS” (Todos juntos para acabar com a Aids na adolescência), que visa alcançar os adolescentes nos 25 países prioritários onde se encontra o maior número de adolescentes vivendo com o HIV no mundo.

Outras iniciativas incluem “Start Free, Live Free, AIDS Free” (Comece livre, viva livre, livre da Aids), um marco destinado a reduzir o número de novas infecções por HIV entre as mulheres adolescentes e jovens para menos de 100 mil até 2020. Outra ação é o Roteiro para a Prevenção do HIV 2020, um plano para acelerar a prevenção do HIV, concentrando-se em barreiras estruturais – como leis punitivas e falta de serviços adequados – e destacando o papel das comunidades.




Essas iniciativas, e outras antes delas, levaram a um sucesso significativo na prevenção da transmissão do HIV de mãe para filho, de acordo com o relatório. O número de novas infecções entre crianças com até 4 anos de idade caiu em um terço entre 2010 e 2017. Agora, quatro de cinco mulheres grávidas que vivem com HIV estão tendo acesso ao tratamento para mantê-las saudáveis e reduzir o risco de transmissão para seus bebês.

Por exemplo, na região da África Meridional, há muito o epicentro da crise da Aids, Botswana e África do Sul têm agora taxas de transmissão da mãe para o filho de apenas 5%, e mais de 90% das mulheres com HIV estão em regimes eficazes de tratamento do vírus. Perto de 100% das mulheres grávidas no Zimbábue, no Malaui e na Zâmbia conhecem o seu status sorológico.

“As mulheres são as mais afetadas por esta epidemia – tanto no número de infecções quanto como cuidadoras principais daqueles com a doença – e devem permanecer na linha de frente da luta contra ela”, disse Fore. “A luta está longe de terminar”.

No Brasil

Uma das grandes conquistas dos últimos anos no Brasil foi o sucesso no controle da transmissão do HIV da mãe para o bebê, que caiu pela metade entre 1995 e 2015.

Hoje, os efeitos mais graves da epidemia de Aids no país recaem sobre os adolescentes. Entre 2004 e 2015, o número de novos casos entre meninos e meninas de 15 a 19 anos aumentou 53%.

Viva Melhor Sabendo Jovem

Para enfrentar o aumento do HIV/Aids entre adolescentes, o UNICEF no Brasil criou o Viva Melhor Sabendo Jovem. Trata-se de uma estratégia em saúde do UNICEF e seus parceiros para ampliar o acesso de adolescentes e jovens entre 15 e 24 anos ao teste do HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis e o início imediato do tratamento. A iniciativa também tem como prioridades a retenção ao tratamento dos jovens positivos e o acesso às informações sobre prevenção.




EM: https://nacoesunidas.org/unicef-a-cada-tres-minutos-uma-adolescente-e-infectada-pelo-hiv-no-mundo/



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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

ESCRAVIDÃO: SIM OU NÃO?!

ESCRAVIDÃO: SIM OU NÃO?!

“Quem vendia os escravos eram os próprios negros africanos, por isso não havia escravidão.” Jair Bolsonaro

Por Marcus Pereira -  atualizado em 25/04/2020

 

 

Na lógica do atual mandatário da presidência e para grande parte de seus seguidores os verdadeiros culpados pela escravidão foram os próprios negros.

De fato  alguns historiadores registram algo sobre tribos africanas escravizarem seus "semelhantes"  em guerras tribais, antes mesmo do homem branco chegar (nos dias de hoje ainda o fazem). Porém com a chegada do homem branco nasce uma outra forma de escravidão, com a introdução do comercio e o uso de armas de fogo em parceria com criminosos nativos (negros africanos), que eram arrebanhados pelo homem branco e passavam a atacar e prenderem outros negros e posteriormente os vendiam aos mercadores portugueses e  ingleses. A partir desse advento surgiu o COMÉRCIO NEGREIRO.



Hoje porém não é tarefa fácil falarmos, para tentarmos esclarecer alguma coisa, a pessoas presas em narrativas de ódio. E não é só sobre a questão racial (preconceito), mas também sobre diversos outros temas, Qualquer tentativa de esclarecimentos a essas pessoas (quase sempre canalhas) serão palavras ao vento, exposição ao vazio.

A CULPA DA ESCRAVIDÃO NÃO FOI DO NEGRO!!!


Foi de quem então?

A participação de negros africanos (CRIMINOSOS NATIVOS) na captura e comercialização de escravos foi uma realidade da época, porém para os brancos escravagistas com ou sem a participação deles o tráfico negreiro existiria do mesmo jeito, pois ali fizeram morada com intenções nada amigáveis, esta aliança só facilitou seus propósitos (a escravização dos negros).

Com essa aliança os traficantes brancos, que já tinham realizado um trabalho de catequização, muitas vezes nem adentravam o continente, ficavam com seus navios na costa esperando pelos escravos. Era mais lucrativo pagar aos africanos (CRIMINOSOS) do que se armarem e correrem o risco de perderem vidas nessas capturas.

Como argumentar com alguém que acredita que a culpa da escravidão dos negros é do próprio negro? Como argumentar com alguém que chama de mito um cara que fala tantas asneiras?

Inútil, quando essas mesmas pessoas acham natural  falar que a culpa do estupro é da estuprada, aplaudem a fala do presidente, quando esse diz em alto e bom som, que não estupraria uma certa mulher por ela ser feia.

Mas vamos lá! A escravidão na África era uma prática das guerras tribais, e nestas se escravizavam  cerca de 200 a 300 negros para manter uma tribo!

Porém, com a expansão e descobertas de novas terras, os brancos precisavam dos negros para construírem as novas colônias, pois  não era esse o tipo de trabalho ao qual os brancos se sujeitariam a fazer. Logo o que era centenas nas guerras tribais, passaria a milhões, por questões expansionistas e comercias.

A CULPA DA ESCRAVIDÃO FOI DOS NEGROS?


Por aqui quando foi promulgada a lei de abolição, que não se sabe quando realmente passou a ser respeitada (aqui não se respeitam nem as leis recém promulgadas), Portugal criou cotas (isto mesmo, as cotas estão aqui a tempos), para que BRANCOS "invadissem" o Brasil eles receberiam uma COTA DE NEGROS, que iriam trabalhar de graça e a base de chibata (ESCRAVOS) para o agraciado (BRANCO). Na verdade, com essa bondade, Portugal tinha como intenção tornar mais branco este pedaço de terra (Já tinham tentado escravizar os índios).

Alguém duvida que trabalhar de graça na base da chibata é escravidão? 


DESCULPA AI! A CULPA DA ESCRAVIDÃO É DOS ESCRAVAGISTAS BRANCOS (Portugueses e tantos outros que por aqui passaram e muitos que se comportam como tal até hoje)


Para os que não leem e/ou não buscam a verdade histórica vamos relembrar: A lei que aboliu a escravidão tem 132 anos, contra 400 anos de escravidão, o que, convenhamos, torna praticamente impossível não encontrar a influência do pensamento racista ao contrário do pensamento abolicionista (há de se entender ou não). Afinal quem decide o que é melhor para a colônia é o colonizador BRANCO ou vamos acreditar que o colonizador era o NEGRO AFRICANO?

Mais um detalhe, pouco tempo depois da abolição da escravidão, foi editada a Lei da Vadiagem (Art. 59 da Lei das Contravenções Penais - Decreto Lei 3688/41), quem "não tivesse emprego era preso". Quem era o maior punido depois da promulgação dessa lei? E hoje? Quem superlota nossos presídios?!




Não estou aqui querendo ser melhor ou ofender ninguém, porém ando enojado com tanta hipocrisia que tenho visto nas redes sociais, nas rodas de pseudos intelectuais, pseudos cientistas políticos (um em cada esquina) que se diz correligionário/eleitor/fã (PUXA SACO), seja lá como se intitulem, de quem fala asneiras do tipo:" A culpa da escravidão é dos negros", "a culpa do estupro é da mulher", "homossexualismo se cura no cacete", etc etc... E pior  ainda buscam argumentos que justifiquem essas aberrações (ASNOS).




domingo, 15 de julho de 2018

Qual o projeto de país que almejamos? - Brasil de Fato

Qual o projeto de país que almejamos?

“Numa terra radiosa vive um povo triste”, escreveu Paulo Prado em “Retrato do Brasil”. Eis o clima no Brasil hoje.

 

Por Frei Betto* 

Diálogos do Sul, 13 de Julho de 2018 às 18:00

Não é para menos. O desemprego atinge quase 14 milhões de pessoas; a reforma trabalhista de Temer retirou direitos conquistados; o pré-sal é vendido a estrangeiros; o PIB recua; a violência urbana e rural se acentua; o assassinato da vereadora Marielle Franco prossegue sem elucidação; mais de 60% dos jovens gostariam de deixar o país; a seleção brasileira de futebol é derrotada na Copa; o presidente mais impopular da história do país ocupa o Planalto, e o mais popular, a prisão.

Hipócrates diria que os brasileiros se dividem hoje entre coléricos e melancólicos. As redes digitais propagam todo tipo de ódio e preconceito, enquanto as farmácias proliferam em cada esquina e faturam alto com a venda de Prozac e similares.

Max Weber definiu modernidade como “desencantamento do mundo”. E nós, desencantados com o Brasil? Essa baixa autoestima explica o índice recorde de votos brancos e nulos nas próximas eleições: um em cada quatro eleitores assim se posicionam (Datafolha, junho).


Recuperar a autoestima supõe responder a esta questão:
 qual projeto de Brasil almejamos para as futuras gerações? 
Foto: Marcos Santos / USP Imagens
Difícil deixar o pessimismo para dias melhores. O panorama visto da ponte não inspira confiança de nos levar ao futuro, e há indícios de retrocessos (“Intervenção militar já!”). A riqueza mundial se afunila sobre a horda de miseráveis; 68,5 milhões de pessoas se deslocam pelo mundo em busca de um pouso acolhedor; a democracia dos EUA submerge aos humores imprevisíveis de um presidente xenófobo e racista.

Freud define a melancolia como luto patológico advindo da perda de um objeto que, em última instância, é o próprio eu. A pátria brasileira perdeu a identidade? Onde está ela? No bico de uma chuteira? No crescimento do PIB? Na cegueira da Justiça perante a corrupção?

O fator identitário é essencial à autoestima. Tanto de uma pessoa quanto de uma nação. Na esfera pessoal, muitos o buscam na religião, no êxito profissional, no apego ao cargo que ocupam. No social, na confiança de que há empenho do governo na redução da desigualdade social, na melhora da economia, na inclusão dos que se encontram na miséria e na pobreza. As tradições espirituais comprovam que duas vertentes se entrelaçam na vida daqueles que são exemplos de forte autoestima: imprimir à existência um sentido altruísta e perseguir um projeto coletivo de justiça e paz. São pessoas que abandonaram a zona de conforto e entregaram suas vidas para que outros tivessem vida. São multidão. A maioria, anônima. E poucos conhecidos: Jesus, Francisco de Assis, Gandhi, Luther King, Mandela, Teresa de Calcutá, Chico Mendes, Betinho etc.


 


Já a felicidade de um povo advém de sua autoestima como nação, de seu projeto histórico, de sua proposta civilizatória. Quando um povo abdica de perseguir um projeto de nação e se contenta na busca individual de melhoria de vida pelo consumo, ele se esgarça em coletividade anódina, refém dos caprichos do mercado e insensível aos dramas sociais.

Recuperar a autoestima supõe responder a esta questão: qual projeto de Brasil almejamos para as futuras gerações?

* Escritor e assessor de movimentos sociais


terça-feira, 10 de julho de 2018

O BRASIL DIVIDIDO...

O Brasil dividido...

2014 nos revelou o quanto a nossa nação esta perigosamente dividida e não é só uma divisão política partidária.

 

Por Marcus Pereira



Da derrubada da Presidenta Dilma em 2016 (O GOLPE) até o último episódio ocorrido no dia 08/07/2018 (A PROTELAÇÃO DO HABEAS CORPUS DO EX-PRESIDENTE LULA) podemos ver o quanto perto estamos chegando do fundo do poço (Jurídico, Moral, Social e Político).




Encontramos nesses últimos dois anos todo o ranço, todo preconceito e todo ódio, parte da herança das classes dominantes do período colonial, nos reencontramos com o passado (que na realidade nunca ficou para trás) onde a divisão de classes era mais explicita e talvez mais fácil de se conviver com ela, pois não se maquiava a sua existência, hoje mais presente do que nunca essa divisão está nas RUAS, nas FAVELAS, no JUDICIÁRIO, no LEGISLATIVO e no EXECUTIVO.

E a política se tornou o termômetro dessa divisão ou alguém duvida que os últimos acontecimentos, que atingiram diretamente a classe trabalhadora, não seja fruto um movimento organizado pela elite nacional com o propósito de derrubarem ou frearem a ascensão dos herdeiros da senzala? Para OS GOLPISTAS pouco importa se para conseguirem seus objetivos estejam comprometendo a nossa tão sonhada soberania.

Onde quer que possamos imaginar, em todos os setores da sociedade esta divisão está presente e não venham com essa história que temos centro, centro direita. O que existe é a elite e a classe trabalhadora ou como queiram DIREITA e ESQUERDA.


 Nos três poderes quem defende a direita (ELITE) criminaliza quem defende qualquer pensamento progressista, qualquer pensamento que possa melhorar a vida dos trabalhadores. Direita X Esquerda, esta é a grande batalha do momento, não se enganem pois em meio a toda essa bagunça, imoralidade que vemos a cada novo dia, não existe a menor preocupação em buscar um verdadeiro combate a corrupção, existe de forma explicita (só não ver quem não quer) uma orquestração, por parte da classe dominante, para nos colocarem, no lugar que pra eles nunca deveríamos ter saído, na SENZALA.


Nessa briga (DIREITA x ESQUERDA) não podemos nos iludir, todos tem um lado, ou se está do lado do povo ou se está do lado das oligarquias coloniais, ressuscitadas com ascensão dos canalhas que se alojaram no comando do país. (PELO GOLPE).

E as oligarquias repressoras tem na mídia sua principal parceira, esta encarregada de disseminarem na mente da população, que nessa história, quem esta lutando contra as reformas são os BANDIDOS e quem está destruindo o projeto de nação é o MOCINHO.

Mas não podemos ser inocentes, em nenhum momento os GOLPISTAS demonstraram a preocupação de buscar a pluralidade de uma sociedade mais justa e igualitária, estes até o momento só estão preocupados em criar barreiras sociais (APARTHEID) excluindo e colocando às margens a classe trabalhadora.

O Brasil está dividido, está é a verdade, e permanecerá por muito tempo. E essa divisão, não duvidem, é uma grande ameaça a instabilidade social do país, onde o povo já começa a dá sinais de que não suportará por muito tempo. Estamos a beira de uma CONVULSÃO POPULAR não se enganem.




É no desenrolar dos atos políticos vindouros que grande parte da população ainda aposta suas fichas, as próximas eleições nos dirá muito sobre essa divisão, mas a elite nacional está armada até os dentes e está escolhendo a dedo o líder do BRASIL QUE ELES QUEREM e vão jogar de goela abaixo do povo brasileiro com a propaganda ilusionista de que será O BRASIL QUE QUEREMOS.

Precisamos mostrar a essa canalhada que, o amanhã começa a se desenhar hoje, com nossos atos de repúdio a forma como somos tratados, precisamos dizer nas urnas que O BRASIL QUE QUEREMOS não está no mapa que eles desenham, precisamos dizer que não queremos um país dividido, queremos um país inteiro, onde todos tenham ao menos o direito de sonhar, precisamos desenhar o verdadeiro mapa do Brasil nas ELEIÇÕES DE OUTUBRO.




VIVA O POVO BRASILEIRO!!!!


sexta-feira, 6 de julho de 2018

FAMÍLIAS BRASILEIRAS E O MAPA DA FOME - Brasil de Fato

FAMÍLIAS BRASILEIRAS VEEM O RISCO DE VOLTAR AO MAPA DA FOME DA ONU


Com a redução de políticas sociais e a grave crise econômica do país, a situação de miséria volta a atormentar

 

Nilmar Lage - Brasil de Fato | Região Metropolitana do Vale do Aço (MG),
26 de Junho de 2018 às 10:36


Joana acha alface no meio do monte de legumes trazidos na carroceria do caminhão
por Onofre / Nilmar Lage

O Brasil está na iminência de um vergonhoso retorno ao mapa da fome da ONU (Organização das Nações Unidas), de onde tinha saído em 2014. Com a entrada do governo golpista de Michel Temer, a partir de 2016, os investimentos sociais deixaram de ser prioridade e o corte em programas como o Bolsa Família ou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) afetou diretamente famílias como a da mineira Maria Joana.

Joana tem 64 anos e há 17 mora às margens da BR 458, no entorno do colar metropolitano do Vale do Aço (MG). Natural de Bom Jesus do Galho (MG), viúva do primeiro marido e deixada pelo segundo, é ela quem gerencia o pequeno barraco onde mora com seu filho de 25 anos e o neto Claiton de 12 anos. Três pessoas e a única renda fixa vem do benefício de R$ 171 do Bolsa Família.


Foto: Nilmar Lage

“Com todo o peso do mundo em suas costas”, Joana é de riso fácil. Cheguei cedo e só ela estava acordada e ativa. Tinha feito café, buscado um pouco de água na cisterna e cuidava da criação. Muito curioso, Claiton levantou com a minha chegada, veio sem escovar os dentes mesmo e me ofereceu uma mexerica. Arredio, o filho de Joana não me olhou nos olhos, não cumprimentou e eu o deixei a vontade na sua particularidade.

Atenciosa, Joana começa a compartilhar sua história de vida. Fala com carinho dos tapetes que costura, conta com orgulho a sua luta e da decisão de tentar melhores condições ao ocupar um pedacinho de terra para subsistência. Isso porque com o rendimento não conseguia mais pagar o aluguel, fazer compras, pagar passagens, comprar roupas.



Mineiro tem fama de desconfiado. O filho de Joana é a expressão viva desse estereótipo. “Quando saí da cadeia, fiquei dois anos e meio longe do crime. Um dia minha mãe passou mal, eu não tinha dinheiro para um mototaxi para levá-la ao hospital”. Foi o chamado para voltar ao tráfico e tentar uma renda a mais na casa.

Joana não aprova as escolhas do filho, mas acolhe e sabe dos riscos e das consequências deste caminho. Para ele, a falta de oportunidades foram o levando para esse caminho. “A televisão mostra altos financiamentos e eu moro em um lugar que não tem nem reboco. Eles me ilude (sic) a ter uma coisa que não posso e depois me oprime (sic) porque eu corro atrás daquilo”. Ele acha que as consequências tem que ser cobradas, “mas nem todo mundo faz porque quer. As vezes o filho de quem julga tá bem, mas porque teve uma escola.”

Fome


No final dos anos 80, a década perdida, Jorge Furtado apresentou famílias que sobreviviam do resto de feira no documentário “Ilha das Flores”.

Em 2018, com um país dominado pelo agronegócio e pela ditadura da estética, o desperdício atinge até mesmo frutas, legumes e hortaliças “feias”, que por não estarem vistosas, são descartadas ao lixo. Foi nesse lixo que Joana achou alface no meio do monte de legumes trazidos na carroceria do caminhão por Onofre. Ela sorriu timidamente e, de maneira assertiva, disse que só precisava lavar e colocar um pouco de cloro para limpar. “Pra gente sobreviver, a gente tem que ter coragem”.

A família de Joana busca estar um degrau acima da miséria. Falta fair play com o povo brasileiro.



quinta-feira, 28 de junho de 2018

TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO! QUE FIM LEVOU?

TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO! QUE FIM LEVOU? SUMIU DOS NOTICIÁRIOS!!!

Por Marcus Pereira

 

Multidão as margens do Rio Paraiba - PB

27 de Junho de 2018, Vendo a Globo com suas chamadas para o jogo Brasil X Sérvia, buscando os festejos do povo brasileiro (todos induzidos), não que eu não esteja torcendo pela seleção, mas torço mais pelo Brasil.

Brasil 2 x 0 Servia.

E me vem a vontade de pesquisar sobre as obras da transposição do Rio São Francisco, e para o meu espanto (nem tanto assim), vejo o quanto essa obra tem cumprido o seu papel para com o povo nordestino.

E na Globo? vejo as chamadas criticando os que soltaram Dirceu - mas que antes já soltaram algumas dezenas de outros - e eu me perguntando quanto tempo não ouço falar da transposição, quanto tempo não ouço falar das benfeitorias deste elefante branco (assim tratada por tantos) Por que será? Fui atrás do google:

Após 1 ano, transposição do São Francisco já retira 1 milhão do colapso - Folha on line

11.mar.2018 às 2h00 Atualizado: 12.mar.2018 às 11h39 - https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/03/apos-1-ano-transposicao-do-sao-francisco-ja-retira-1-milhao-do-colapso.shtml
Transposição do rio São Francisco muda
vida no sertão da Paraíba - Globo Rural


Exibição em 25 fev 2018) - https://globoplay.globo.com/v/6530988/

 Transposição do São Francisco leva água e valorização fundiária à Paraíba - O valor
09/03/2018 (06m02s)http://www.valor.com.br/video/5747117925001/transposicao-do-sao-francisco-leva-agua-e-valorizacao-fundiaria-a-paraiba

Tá ai uma grande obra, talvez a mais importante dos últimos 500 anos (perguntem aos nordestinos/sertanejos do semiárido) - lá atrás já era sonho de D. Pedro II (1847) - e talvez encontre o porquê de um bando de mal intencionados ainda fingirem não saber o que faz o povo gostar tanto do Lula.

Ora, só uma pessoa com a sensibilidade de quem já passou por necessidades, uma pessoa do povo, é capaz de conhecer e entender profundamente o que realmente essa obra representa em importância para tantos homens e mulheres sertanejas, só quem sabe o significado da palavra povo é capaz de conceber, independente do que todos possam falar, uma obra com a dimensão da Transposição do Rio São Francisco.

Agora triste mesmo é ver a mídia nacional esconder o que confirmam os números: os benefícios e os beneficiários , esconder os nomes de Lula que iniciou a obra e de Dilma que deu continuidade. Será que sem os governos petistas tudo isso teria acontecido?

Precisamos aplaudir o que deu certo e a transposição do Rio São Francisco, não tem como esconder ou negar, foi uma das boas coisas que o PT desenvolveu, junto com os políticos do Nordeste (sem restrição de sigla partidária). Duvidam? Venham conferir, venham ver e perguntem o quanto é sofrível viver numa terra seca.


Contraste entre as águas que chegam e o solo estorricado pela seca.

 Fora a corrupção (beneficiários as escondidas) que tanto propagam, (que certamente houve) - como em todos os governos e em todos os tempos - precisamos olhar para aqueles que realmente precisam, olhar com olhos voltados  para além das ideologias, precisamos buscar a integração das Regiões e não dividi-las como fazem a Globo e suas adjacentes.

Esta é uma obra fantástica! E é por isso que a esqueceram, ninguém propaga as mudanças provocadas por ela. Sabem por que? Essa obra tem o DNA de Lula e é por isso que Lula é tão querido (principalmente no Nordeste), é por isso que Lula é perseguido pelas elites, principalmente pelos coronéis da política moderna, que ainda usam da prática de explorar os miseráveis para se manterem no poder

Um dos pontos principais quanto se  critica a obra é o valor gasto: No início do governo Dilma Rousseff, o custo total da obra pulou de R$ 4,8 bilhões para R$ 8,2 bilhões. No entanto podemos fazer uma comparação com outra obra de grande impacto no Brasil que é a despoluição do Rio Tietê:
"O projeto de despoluição do Rio Tietê, que corta quase todo o estado de São Paulo, começou há 23 anos e já consumiu o equivalente a R$ 8,1 bilhões, entre investimentos do governo do estado e de organismos internacionais. Para que o rio deixe de ser considerado morto em um trecho que atravessa a capital paulista e parte da Grande São Paulo ainda serão necessários 10 anos de obras e um investimento de cerca de R$ 4 bilhões" - O globo.

A Transposição do São Francisco transformou a vida de milhões de pessoas, que viviam totalmente abandonadas pelo poder público. E incluir os pobres no orçamento federal, não é favor, essa inclusão deveria ser prioridade de qualquer governo, mas não é. E por não aceitar a inclusão dos miseráveis nesse orçamento é que a elite nacional está fazendo de tudo para transformar e colocar todo e qualquer político progressista como criminoso.

É lamentável tudo isso, bem como o atraso e o ranço no Brasil. A começar pelo comportamento dos brasileiros pertencentes a esta classe sócio econômica (a elite) que condena um projeto ( obra), simplesmente em razão de serem oposição ao seu autor ou por que não admitem a ascensão dos herdeiros da Senzala.

O Brasil que queremos não é esse que tá ai, cheio de bandidos e de políticos que só envergonham o nosso pais ( e não estou falando do PT) estou falando do conjunto da obra, LEGISLATIVO, JUDICIÁRIO E EXECUTIVO.


Queremos um Brasil onde a mistura das raças, das religiões, das culturas seja orgulho, onde o respeito as diferenças seja um ingrediente novo, aliado a honestidade e competência, livre dos privilégios às custas dos menos favorecidos, o povo pobre brasileiro. Queremos um país onde cada região seja respeitados por suas características sócio culturais e não por seus CACIQUES POLÍTICOS.

Queremos um Brasil diferente onde não se faça política com o sofrimento e a necessidade do povo  trabalhador (prática secular no semi árido nordestino). Queremos um pais onde não se faça oposição sistemática só por se perder uma eleição e pouco se importar com as consequências que venha ter a sua população.

Que a vida real brasileira seja mais importante que a vida palaciana e parasitária daqueles que pouco se importam se eu, você ou nossos vizinhos do lado tem ou deixa de ter um projeto de vida.

Hoje tenho a certeza que o brasileiro (aquele que se acha melhor que o brasileiro)
precisa tomar um banho de povo, um banho nos canais da transposição, esse povo precisa tomar banho de civilidade, virar gente, cair na real.

VIVA O POVO BRASILEIRO!!!!

P.S. - A revitalização do São Francisco não pode ser esquecida. É URGENTE!!!!!

sexta-feira, 22 de junho de 2018

É preto, é pobre, é favelado - Eric Jóia (RJ)

 É preto, é pobre, é favelado... 

Atira primeiro depois a gente vê no que dá.

 Por Eric Jóia

"Eu perguntei quem tinha atirado e ele respondeu:
 'foi um blindado, mãe, que não viu minha roupa de escola'", revelou Bruna da Silva


"Ele não viu que eu estava com roupa da escola, mãe?"

Olhe nos olhos dessa mãe, bem no fundo e diga: Para de mi mi mi, esse vitimismo é ridículo.

Não sei mesmo identificar, nessa babel política, o que é ser de direita ou de esquerda. Mas de uma coisa eu tenho absoluta certeza, eu opto por ficar do lado desse povo sofrido aí.

Use seus argumentos, distorça o seu discurso, suborne e estupre a própria consciência ou simplesmente feche os olhos pra não ver. Você pode fazer isso.

Mas sabe uma coisa que não pode mais?
Um cheiro, um abraço, um sorriso, um parabéns de aniversário, uma risada escandalosa, roupa espalhada em cima do sofá, uma tosse renitente que incomoda, um boletim de escola, um jogo de futebol... a festa de dia das mães nunca mais será uma festa. A voz nunca mais ouvida. As roupas continuam no mesmo lugar no armário, a comida preferida não terá mais destinatário... NUNCA MAIS, NUNCA MAIS.

Muita luz e serenidade pra você, mamãe. Eu sei, ele não era bandido, o menino era invertido. Nasceu na favela mas queria ir pra escola. Acordou tarde mas foi porta a fora. Queria ser alguém, não queria ser do tráfico. Mas era preto e pobre, mais um com o fim trágico.

E você vem me dizer que no Brasil não tem discriminação, que não é a práxis tratar preto como ladrão. Aqui todo mundo tem oportunidade, uns de uma bala no baço outros de reinar na cidade.

Mas vou parar por aqui, chega desse vitimismo. Te contar... tô cansado de tanto cinismo!




quarta-feira, 13 de junho de 2018

O que é o Trabalho Infantil? - Toda Matéria

O que é o Trabalho Infantil?

Disponível em:https://www.todamateria.com.br/trabalho-infantil/
Acessado em 13/06/2018 as 13:43

O trabalho infantil é uma forma de trabalho que envolve a exploração de mão-de-obra das crianças e dos adolescentes. Além de gerar diversos problemas sociais, ele afeta diretamente os envolvidos.

Crianças trabalhando

Causas do Trabalho Infantil

  • Pobreza e baixa renda
  • Baixa escolaridade dos pais
  • Grande quantidade de filhos
  • Má qualidade da educação
  • Busca de mão-de-obra barata
  • Falta de mão-de-obra e de fiscalização

Consequências do Trabalho Infantil
  • Afeta o desenvolvimento da criança e/ou adolescente
  • O indivíduo perde a infância
  • Gera diversos problemas sociais
  • Provoca doenças e problemas psicológicos
  • Induz ao baixo rendimento e abandono escolar
  • Causa despreparo para o mercado de trabalho

Tipos de Trabalho Infantil

Existem diversas maneiras de explorar a mão-de-obra infantil, sendo que as mais comuns são os trabalhos em:

  • Casas de família
  • Campo (sítios e fazendas)
  • Minas, canaviais e fábricas
  • Narcotráfico
  • Prostituição e pornografia de menores
  • Tráfico de pessoas

Muitos deles podem ser comparados com trabalho escravo, onde as condições são extremamente inapropriadas e precárias e onde, muitas vezes, o trabalho é forçado.

Vale ressaltar que o trabalho infantil doméstico é também um agravante. Muitas crianças, sobretudo as meninas, são forçadas a trabalharem em casa durante horas diárias.

Segundo dados do Relatório Brasil Livre de Trabalho Infantil (2013) da ONG Repórter Brasil, estima-se que cerca de 258 mil crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos trabalham em casas de famílias. Desse número, 94% são do sexo feminino.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 15,5 milhões de pessoas com menos de 18 anos exercem atividades domésticas.

Há ainda os casos de abuso sexual por parte da própria família. Em muitos países do mundo, diversas crianças são forçadas a se prostituírem desde cedo.

Legislação

Cada país do mundo possui uma legislação que determina a idade mínima para adentrar ao mercado de trabalho. Nas leis também é posto o que é considerado como exploração de mão-de-obra infantil.

Geralmente, a partir de 16 anos a pessoa está apta para trabalhar. No entanto, em diversos países, considerados menos favorecidos, a lei permite trabalhar a partir dos 14 anos.

Segundo o artigo 7.º da Convenção n.º 138 da Organização Internacional do Trabalho (OIT):

A legislação nacional poderá permitir o emprego ou trabalho de pessoas de treze a quinze anos de idade, em trabalhos leves, com a condição de que estes:

a) não sejam suscetíveis de prejudicar a saúde ou o desenvolvimento dos referidos menores; e

b) não sejam de tal natureza que possam prejudicar sua freqüência escolar, sua participação em programas de orientação ou formação profissionais, aprovados pela autoridade competente, ou o aproveitamento do ensino que recebem.

No Brasil, o trabalho infantil é considerado ilegal para crianças e adolescentes entre 5 e 13 anos. A partir dos 14, o trabalho é legalizado se a pessoa estiver na condição de aprendiz.

Entre os 16 e 18 anos, a lei brasileira permite as atividades laborais, desde que sejam realizadas no período entre as 06h as 22h.

Saiba mais sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Trabalho Infantil no Brasil

Um dos grandes problemas sociais que afetam nosso país é o trabalho infantil. Segundo estatísticas do PNAD (2017), 1,2 milhões de crianças estão trabalhando na faixa etária de 5 a 13 anos.

Infelizmente, esses dados mostram a crua realidade do País. É comum ver nas ruas diversas crianças trabalhando nos semáforos, trens, etc.

Elas deixam de frequentar a escola por razões que estão associadas a diversos problemas sociais, como a desestruturação familiar, a falta de renda, abandono, entre outros.

Muitas delas trabalham no campo e desde cedo não recebem remuneração. Nesses casos, a fiscalização torna-se uma tarefa difícil.

Atualmente, diversos programas trabalham em prol da melhoria desse panorama, do qual merece destaque o Peti (Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil).

No Brasil, o Nordeste é a região que mais apresenta a exploração laboral infantil. Cerca de 50% trabalham em fazendas e sítios. Vale notar que as crianças negras são o maior alvo do trabalho infantil no País.

Trabalho Infantil no Mundo

A UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância, em inglês United Nations Children's Fund) é um órgão responsável por defender os direitos das crianças no mundo.

Esse órgão foi fundado em 1946 e desde então tem contribuído para ações que incluem o desenvolvimento e os direitos das crianças.

De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), atualmente existem mais de 7 bilhões de crianças no mundo que estão incluídas na lista do trabalho infantil.

No mundo, a prática de uso de mão de obra infantil é mais comum em países subdesenvolvidos, sobretudo dos continentes africano, americano e asiático.

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segunda-feira, 11 de junho de 2018

A violência não é distribuída de forma homogênea no Brasil - Brasil de Fato

A violência não é distribuída de forma homogênea no Brasil, diz pesquisador



Atlas da Violência mostra que 71,5% das pessoas assassinadas em 2016 eram negras; Norte e Nordeste são as mais atingidas


Emilly Dulce - Brasil de Fato | São Paulo , 10 de Junho de 2018 às 11:01

Das 62.517 mortes no Brasil em 2016, 71,1% foram causadas por armas de fogo - Créditos: Flickr
 Armas de fogo causaram 71,1% das 62.517 mortes no Brasil em 2016. Esse total representa um recorde histórico: o país atingiu a taxa de 30 assassinatos para cada 100 mil habitantes. A taxa de homicídios é 30 vezes a da Europa. Os dados são do Atlas da Violência 2018, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com base em dados do Ministério da Saúde. Nos últimos dez anos, 553 mil pessoas perderam a vida vítimas de violência no Brasil.

Para David Marques, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a violência letal não é distribuída de forma homogênea no tecido social brasileiro, mas está sujeita a interferência de fatores demográficos, socioeconômicos e também da atuação do próprio Estado, responsável pelas políticas públicas de segurança.

"Quando se fala em violência, a gente pode falar em termos de vulnerabilidades, ou seja, de ausências de bens que poderiam, por exemplo, ser fornecidos pelo Estado. Tradicionalmente, a gente trabalha no Brasil com políticas que são meramente reativas ao fenômeno do crime e da violência, muito na chave da repressão. Hoje, a grande necessidade é qualificar as políticas repressivas que temos e construir políticas de prevenção da violência, que se antecipem a ocorrência desses crimes."

Entre 2006 e 2016, a taxa de homicídios entre a população negra aumentou 23,1% enquanto a taxa entre não negros caiu 6,8%. O mesmo acontece entre mulheres negras, quando, nesse período, a taxa de homicídio aumentou 15,4%, mas teve redução de 8% entre as mulheres não negras. De acordo com o Atlas da Violência, 71,5% das pessoas que foram assassinadas no país em 2016 eram negras.

No comparativo anual, de 2015 para 2016, só na região Centro-Oeste a taxa de homicídios se manteve no mesmo patamar. No restante das regiões, foi registrado um aumento no número de mortes, com valores mais significativos no Norte e no Nordeste.

O antropólogo e fundador do curso de graduação em Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense, Lenin Pires, defende que a desigualdade social e racial são reforçadas pela Justiça, que representa "uma expressão das classes abastadas de oligarquias".

"Nesse panorama nós estamos, na verdade, em uma eliminação étnica não declarada. É um genocídio não declarado de alguns segmentos. E essa desigualdade ganha maior proporção justamente em função da desigualdade jurídica, onde cada vez mais fica claro que o sistema judiciário tem predileções; ele vai administrar a justiça entendendo que há sujeitos que são desiguais em relação aos outros: uns são merecedores de cadeia, outros de cadeia especial, outros não são merecedores de cadeia nenhuma."

Pires diz que o recurso da arma de fogo significa que o país está cada vez mais intolerante, seja no caso da violência policial (Estado) seja por parte de um cidadão comum. Ele acrescenta que a impunidade exacerbada fortalece a crença de fazer "justiça pelas próprias mãos".

Marques diz que o Estudo do Desarmamento (2003), que proíbe o porte de armas por civis, com exceção para os casos onde haja necessidade comprovada, amenizou esse contexto de violência. Mas defende que ainda carecemos de uma política de inteligência consistente para a retirada de circulação das armas de fogo, sobretudo das ilegais.

"A existência do Estatuto do Desarmamento conseguiu frear uma certa corrida armamentista e um certo crescimento mais acelerado da violência no Brasil. Não houvesse o Estatuto do Desarmamento, nossa taxa de homicídio seria 12% maior," defende Marques.

O pesquisador destaca que a estrutura de regulação sobre as armas de fogo no mercado legal também apresenta problemas. Ele diz que o controle sobre as armas e as munições institucionais também precisa ser aprimorado: "O caso mais recente, que teve repercussão, foi, por exemplo, o do assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, cujos cartuchos utilizados no assassinato tinham sido desviados de material institucional da Polícia Federal, que havia sido repassado aos estados."

Conforme o Atlas da Violência, a taxa de homicídios no Rio de Janeiro aumentou 18,8% em 2016, em comparação com o ano anterior. Já no comparativo de 2011 a 2016, a alta registrada foi de 22,6%. E por mais que o relatório não contemple os dados da atual crise de segurança no estado, o Rio já ficava bem à frente de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais no número de mortes em 2016.

Marques destaca ainda que a violência letal é decorrente de dinâmicas criminais, em função do narcotráfico e do tráfico de armas: "A partir do momento que existe um sistema internacional de guerra às drogas, em grande medida, isso contribui para esse cenário de estabelecimento de mercados ilegais, com acesso facilitado à armas de fogo, que possibilita então o surgimento desses grupos que vão disputar territórios, rotas e um mercado que é altamente lucrativo."

O estudo destaca ainda que em 2016, 4.645 mulheres foram assassinadas no país, o que representa uma taxa de 4,5 homicídios para cada 100 mil brasileiras. O aumento nos últimos 10 anos foi de 6,4%. Além disso, associando o racismo ao feminicídio, percebe-se que a taxa de homicídios de mulheres negras foi 71% superior à de mulheres não negras.

www.brasildefato.com.br/2018/06/10/a-violencia-nao-e-distribuida-de-forma-homogenea-no-brasil-diz-pesquisador/


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quarta-feira, 6 de junho de 2018

SCHURÍPTAS UM PAIS QUE NÃO EXISTE

SCHURÍPTAS UM PAIS QUE NÃO EXISTE 
(ou será que existe?)


Por Marcus Pereira


SCHURÍPTAS um pais governado por pessoas indecentes (ratos e aves de rapinas), onde ser honesto é exceção. Neste país prevalece a politica do se dar bem a todos custo,


Em SCHURÍPTAS os políticos (facção criminosa) legislam em causa própria buscando sempre a sua reeleição ou a de um parente disposto a contribuir com as malvadezas, que imperam a céu aberto, contra o povo que está sempre de fora a não ser para servi-los


Que país é esse? onde a indecência é regra, onde os valores morais são o inverso do censo comum. Lá em SCHURÍPTAS todos os setores da sociedade estão jogados as traças. As pessoas não se respeitam, onde quer que estejam, todos estão querendo sempre tirar proveito de alguma coisa, levar vantagem ou dá golpe em alguém. O trambiqueiro, o mal educado, os desonestos (os espertos) estão sempre se sobressaindo em detrimento àqueles que agem com ética (a minoria). 

Juiz recebe auxilio moradia, mesmo tendo casa para morar, Ministros do supremo fazem palestras financiadas por pessoas com processos a serem julgados pelo mesmo ou seus pares. Políticos estão a venda e vendem seus votos, votam sempre contra àqueles que os elegeram, policia trabalha lado a lado com quem deveria está a preso, se expondo, embora muitos deles também sejam bandidos a serviço do crime. 

Na administração pública desse país os amigos, parentes e os puxa sacos superlotam gabinetes, nos ambientes onde deveriam residir a moralidade, os micróbios tomam conta. As instituições na verdade encontram-se em constante guerra do bem contra o mal.

E a justiça? Esta trabalha exclusivamente para os poderosos a lei se aplica aos discordantes do regime. O regime do salve-se quem puder.

A imoralidade não está apenas na política, esta na justiça, esta no futebol, esta no dia a dia das pessoas (comportamentos) encontra-se enraizada na economia, espalhando-se em diversos setores, acabando por consolidar o jeitinho Schuriptaniano de administrar: Troca de favores, dinheiro fácil por debaixo dos panos (estes chegando a cifras milionárias)

Quais os rumos que um país pode ter quando gerido pelo crime organizado? Que se apropriam do poder, enriquecem fazendo uso do Estado, fazem uso do dinheiro do povo, como se este crescesse em árvores. Esta é a nação chamada SCHURÍPTAS, um país dominado por uma quadrilha, o paraíso dos indecentes, o país da baderna moral, política e da corrupção. Onde a honestidade e a educação são tratadas como qualidades subverssivas.


O que se ver nesse país é de envergonhar o mundo, la os políticos defendem apenas os seus interesses, a custo da miséria e quase escravidão de sua população que serve àqueles que insistem em ficar no poder, pouco se importando com a promoção, o crescimento econômico e o desenvolvimento do país.

Onde fica esse país (SCHURÍPTAS)? Esse país existe?


terça-feira, 5 de junho de 2018

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE - ONUBR

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE 

ONUBR



A poluição plástica é um dos maiores desafios ambientais do nosso tempo, com estatísticas mostrando que haverá mais plástico nos oceanos do que peixes até 2050. Para mudar o futuro, cada um de nós precisa fazer a nossa parte.
Quer se trate de uma garrafa de refrigerante, uma sacola do supermercado ou uma colher em uma padaria, o plástico descartável está incorporado em nossas vidas diárias. O baixo custo, conveniência e leveza desses produtos revolucionaram a embalagem de mercadorias. No entanto, agora está claro que essa conveniência teve um impacto catastrófico no meio ambiente.



Este ano, com a Índia como anfitriã, o Dia Mundial do Meio Ambiente está chamando as pessoas em todo o mundo para ajudar a Acabar com a Poluição Plástica.

Todos os anos, 8 milhões de toneladas de plástico entram nos nossos oceanos, ameaçando a vida marinha e humana e destruindo os nossos ecossistemas naturais. Queremos trabalhar com governos para ajudá-los a reconsiderar seu uso de plástico, gerar soluções e ajudar a aumentar a conscientização.

Para Acabar com a Poluição Plástica, precisamos que todos se prontifiquem a pensar profundamente sobre como podemos não apenas reduzir, reutilizar e reciclar, mas também inspirar novos comportamentos.

Nosso objetivo é usar o Dia Mundial do Meio Ambiente para reduzir a quantidade de plástico despejado em nossos oceanos, que atualmente é um caminhão carregado a cada minuto. Este material é um convite para colaborar com a ONU Meio Ambiente – trabalhe conosco para agir e inspirar seus funcionários e colegas no governo a ajudar a virar a maré do plástico!

Sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente



O Dia Mundial do Meio Ambiente acontece todos os anos no dia 5 de junho. É o principal dia das Nações Unidas para promover a conscientização e ação em todo o mundo em relação ao meio ambiente. Ao longo dos anos, tornou-se uma das maiores plataformas globais de divulgação pública, celebrada por milhões de pessoas em mais de 100 países.

É o “Dia das Pessoas” fazerem algo positivo para o meio ambiente. Seu objetivo é aproveitar ações individuais e transformá-las em um poder coletivo que tenha um legado de impacto real e duradouro no planeta.

O dia é celebrado de inúmeras maneiras, desde ações de limpeza de praia e plantio de árvores até a convocação de funcionários e parceiros para se envolverem e fazerem a sua parte. É também um ótimo momento para mostrar sua contribuição para a sociedade.

VER:https://brasil.elpais.com/brasil/2018/06/04/album/1528103039_448432.html#foto_gal_17

Baixe os guias para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente


Guia para parceiros educacionais

Guia para organizações e empresas

Guia para parceiros governamentais







segunda-feira, 4 de junho de 2018

A crise dos combustíveis e a resistência aos desmandos do governo - Vermelho

A crise dos combustíveis e a resistência aos desmandos do governo

Para entender os acontecimentos que varreram o Brasil nos últimos dias é preciso ir além do que apresenta a velha mídia. 


Por Maksandro Souza*

O aumento do diesel foi o estopim de um processo que envolve considerações sobre relações de poder nas relações internacionais, compreensão sobre quais fatores influenciam os preços de derivados de petróleo, saber em que consiste e quais são os efeitos da nova política de preços da Petrobras, discutir o papel da estatal e oferecer, prudentemente, saídas para a crise.


A disputa pelo acesso ao petróleo é um elemento chave na disputa geopolítica mundial. A Guerra do Golfo em 1990, do Afeganistão em 2001, Iraque em 2003, Líbia em 2011 e a guerra que se desenvolve hoje na Síria parecem corroborar a afirmação. Trata-se de controlar e ter acesso às fontes de energia para si e impedir que outros países o façam. Nesse sentido, enquanto as principais potências buscam estreitar a relação estratégica entre o Estado e o acesso ao petróleo, o Brasil e a atual política da Petrobras vão na direção contrária, abrindo mão de qualquer visão de longo prazo, com reflexos imediatos nos preços dos derivados.

O preço dos combustíveis disparou e segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE nos últimos 30 dias ocorreram 16 reajustes no valor dos combustíveis. O diesel pulou de R$ 2,89 para R$ 4,00 (aumento de 38,4%). A gasolina subiu inacreditáveis 47%, saindo de R$3,40 para R$ 5,00.

Mas, porque subiu tanto? O crescimento de 23% da cotação do preço do barril do petróleo no mercado internacional guarda relação com as sanções dos EUA sobre o Irã, o aumento da tensão no Oriente Médio, a queda da produção na Venezuela e o acordo entre a Arábia Saudita e a Rússia visando restabelecer preços. É importante frisar que no período recente, os EUA passaram a ser exportadores de petróleo, o que pode ajudar a esclarecer a opção política subserviente da Petrobras. A alta nos preços deve-se tanto por fatores conjunturais (desvalorização do real frente ao dólar) como por razões internas. No entanto, a nova política de preços da Petrobras é decisiva para elucidar o que ocorre atualmente.


O regime de preços da estatal brasileira caracteriza-se por: 1) praticar nas refinarias os mesmos preços vigentes no mercado internacional, sem considerar as devidas compensações adotadas anteriormente, como os custos e o volume de produção de petróleo e de refinado no pais, a variação da demanda, entre outros (DIEESE;) e 2) reduzir a produção nas refinarias próprias da empresa, com o requinte de anunciar a venda de outras 4 refinarias. As refinarias, que tem capacidade de refinar 2,4 milhões de barris/dia, operam com 68% dessa capacidade. Por conseguinte, o país tornou-se mais vulnerável aos efeitos externos.

Quanto menor a utilização das refinarias, maior é a entrada de importadores de petróleo no país. Dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) dão conta de 392 empresas autorizadas a importar derivados. Dessas, 129 (33%) foram cadastradas depois de 2016. Segundo a Reuters, o mercado de distribuição é dominado por empresas como a Raizen, dos grupos Cosan e Shell; Ipiranga, da Ultrapar; e a BR distribuidora.

Como forma de abrandar os efeitos da política de preços da Petrobras, setores mais ligados ao interesse dos sócios-minoritários estrangeiros da empresa apontam a redução de impostos como remédio para todos os males. A verdade é que menos tributos significa limitar o já combalido poder de ação do estado brasileiro.

Ao apontar o dedo para os impostos, os defensores do laissez-faire fogem do debate sobre qual deve ser o papel das empresas estatais: se elas devem se guiar pelo interesse comum ou atender interesses econômico-financeiros. O que poucos ousam revelar é que os ditos sócios-minoritários estrangeiros são, na verdade, pouco mais de 80 fundos de hedge, como o Renaissance Technologies, Millenium Management e Discovery Capital management. Fundos de cobertura, também conhecidos como fundos abutres, se caracterizam por ser pouco regulados e muito agressivos em suas operações.

Não há solução duradoura e socialmente aceitável que não seja o abandono da política de paridade internacional de preços e a ampliação do volume de Petróleo refinado pela própria Petrobras. Os efeitos da greve/locaute dos caminhoneiros, associada à vitoriosa greve dos petroleiros, derrubaram Pedro Parente da presidência da Petrobras e transformaram o governo Temer num morto-vivo. Expedientes autoritários seriam tão desestabilizadores quanto são estúpidos. Só há saída para a crise pelo reforço à democracia.

Assim, há que se ter firmeza para seguir combatendo duramente o governo e qualquer tentativa deste de prosseguir com a aplicação do receituário neoliberal. Uma campanha massiva pela redução dos preços do gás de cozinha e da gasolina pode galvanizar a simpatia e entusiasmo de enormes parcelas do povo, contribuindo na resistência ativa aos desmandos do presidente-zumbi.

No entanto deve-se ter, na mesma medida, habilidade e perspicácia para assegurar a realização de eleições livres e democráticas previstas para 2018.



*Economista

EM: http://www.vermelho.org.br/noticia/311727-1


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