sexta-feira, 24 de abril de 2020

Está faltando amor - Marcus Pereira

ESTA FALTANDO AMOR

(Pra não dizer que não falei do vírus)


Por Marcus Pereira


Quando o assunto é corona vírus, ultimamente estamos nos empenhando  em acharmos culpados para tudo que vem acontecendo a nossa volta, mas será que a culpa está nos outros e não em nos mesmos?



Se pararmos para pensarmos, veremos que o problema não esta só nosso vizinho que vive se expondo em suas voltinhas pela praça, ou daquele  que vai ali ou acolá, o problema está em mim, está em você, está em todos nós.  Estamos todos na mesma situação.

Por que quando não encontramos a solução de um problema, acabamos por elegermos um culpado, um inimigo, um vilão?

Hoje por exemplo estamos em um impasse sobre o fim ou não do isolamento social, mas:
será que está na hora de tudo voltar ao normal?
Quantas mortes ainda estão por vir até nos conscientizarmos que estamos todos errados?
Se continuarmos nesse  isolamento quantas empresas irão fechar suas portas definitivamente?

Essas informações ninguém tem.
Não!
Na atual conjuntura estamos todos desnorteados, estamos todos sem rumo. Estamos todos perdidos em meio a um pandemônio de (DES)informaçoes. O MUNDO TODO ESTA PERDIDO, TANTO QUANTO NÓS.

Ora! Não tivemos nem tempo de prepararmos um manual de procedimentos e ele, O VÍRUS, já estava bem ali, às nossas portas, levando nossos amigos, nossos parentes, nossas vidas.

E tão rápido quanto, cada um de nos, viramos especialistas ACHANDO que sabemos muito, mas a verdade é que NINGUÉM sabe de NADA e continuamos cheios de INCERTEZAS.

O que está acontecendo com a humanidade (os seres humanos) ? Estamos nos destruindo e destruindo o mundo que deveríamos preservar para nossos filhos, netos e bisnetos.

O vírus está batendo às nossas portas e nos dizendo: está na hora de jogarem fora  seus orgulhos, suas certezas individuais, suas arrogâncias, seus excessos de sabedorias. Parem definitivamente de atirarem pedras uns aos outros.

Ele está nos dizendo que:

Precisamos nos AMARMOS MAIS;
CHORARMOS MAIS;
VALORIZAMOS MAIS  os AMIGOS e a FAMÍLIA .

Talvez seja essa a solução!

VIVAMOS A VIDA, AMEMOS UNS AOS OUTROS. AINDA DÁ TEMPO.

Não esqueça: fique em casa!



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Palavras ao Vento: Poesia por [Pereira, Marcus]







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domingo, 19 de abril de 2020

BASTA. - Marcus Pereira

BASTA

Por Marcus Pereira


O ano era 2018, eleições, hora de decidirmos o meu, o seu, o nosso futuro, claro tudo isso estava ligado a quem iríamos escolher e como queríamos que fossem geridas as politicas públicas do nosso país, naquele momento restáva-nos a preocupação se  o  escolhido  serviria ao capitalismo exacerbado ou o povo teria uma fatia nas preocupações do novo eleito?

Já se passou mais de 1 ano e aqui chegamos com uma crise sem precedentes na história da humanidade no que diz respeito a saúde, um vírus que chega de forma devastadora mostrando-nos o quanto somos insignificantes, o quanto somos frágeis e o quanto dependemos de Politicas Públicas sérias e em nosso país vivemos paralelamente uma crise moral, económica e politica o que só agrava a vida de todos.

Mas uma uma pergunta, nesse momento, se faz necessária: onde está a moral de um povo (uma boa parte)  que sem o menor pudor não enxergou um crápula quando esse em diversas ocasiões lançou mão de frases como estas: "mulheres devem ganhar menos pois engravidam", "não corro o risco de ter uma nora negra, meus filhos foram bem educados", "os governos militares deveriam ter matado 30 mil". Afinal esperavam o que de uma pessoa como esta, que mais do que preparo, falta-lhe caráter.

Mas não precisamos ir muito longe para decifrarmos esse enigma, ele é o representante da ignorância, do ódio às esquerdas, do ranço das elites, enraizado por mais de 500 anos, e mais do que isso, ele é o perfeito idiota manipulável dessa minoria (elite) que é movida pelo ódio de classe, que alguns ainda não finge que não perceberam, mas que logo sentirão na pele, o ódio das oligarquias patriarcais que está se manifestando aos poucos em formas de carreatas e pedidos de implementação do AI-5.

Agora analisemos: quando a nossa economia estava em pleno vapor  tínhamos gente passando fome? Por quê? Em algum momento vimos estes empresários, que agora fazem carreatas, preocupados com a distribuição de renda no país? Nada falavam, e pouco se importavam com a fome da grande maioria.

Agora, basta uma ameaça aos lucros, pelo isolamento, pela necessidade da vida, e surgem, curiosamente, as manifestações cheias de preocupações com aqueles que vão passar fome, ou seja, com aqueles que ainda lhes restam a vida, esta que tem pouca importância para quem faz manifestações a base de máscaras e proteções, mas precisam dos herdeiros das SENZALAS para continuarem com o projeto de poder que nunca deixou de existir, desde o período da ESCRAVIDÃO

Infelizmente eles contam com o apoio daquele crápula que elegemos lá em 2018, e que pouco se importa se a população mais carente vai morrer, até porque em mais uma de suas célebres frases ele diz: "INEVITAVELMENTE ALGUNS VÃO MORRER, SÓ NÃO PODEMOS É DESTRUIR NOSSA ECONOMIA".

E nós vamos falar o que para esse ser?

https://youtu.be/h6G1R75gKUo

Segundo Gandhi: "aquilo que não dizemos acumula-se no corpo, transforma-se em noites sem dormir, nós na garganta, insatisfação e tristeza. O que não dizemos não morre. MATA-NOS".


Digamos em uma só voz: basta de desmando, basta de tanta falta de respeito. BASTA. Queremos nosso pais de volta.

Chega de molecagem. Está na hora de cuidar da população que está morrendo.



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Palavras ao Vento: Poesia por [Pereira, Marcus]







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domingo, 12 de abril de 2020

A Igreja somos nós! - Jorge E. N. Pereira

A Igreja Somos Nós!

 Por Jorge E. N. Pereira - 12/04/2020


Boa Páscoa a todos!


Antes que eu esqueça: por onde andam os Pastores das  toalhas abençoadas, dos lenços ungidos, das águas milagrosas, das fogueiras santas, das varas de Arão, das orações de poder?

Nada contra os poderes de Deus, desses não podemos duvidar, mas indignado com os Malafáias da vida, os Waldomiros,  os Macedos,  os Soares , os Agenores e tantos outros mercenários da fé.




Quantas vezes tenho falado, incansadamente, que Igreja é coisa de homem segundo o profeta Estêvão, provavelmente Deus está nesse momento  mostrando isso a todo planeta, pois, hoje,  estamos mais juntos do que nunca, e finalmente podemos dizer que estamos em COMUNHÃO COM CRISTO e provando para nós mesmos que:  A IGREJA SOMOS NÓS e que DEUS  habita dentro de MIM, dentro de VOCÊ, em NOSSOS CORAÇÕES.

Ah!, e quanto àqueles,  os mercenários da fé, os pastores da fé comprada, aprendamos com eles a ficar bem escondidinhos na quarentena, isso eles sabem fazer melhor que ninguém.

Que DEUS nos ensine nesse momento que ELE é AMOR, é FÉ, é UNIÃO, é FAMÍLIA. Que não esqueçamos: DEUS está em NOSSAS CASAS, em NOSSOS TRABALHOS, nas RUAS, nas  PRAÇAS, nos  HOSPITAIS, NOS PRESÍDIOS.

Ah!  Quanto a Igreja, não esqueçam: isso é coisa de homem!


JENP, Agrestina, PE



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sábado, 11 de abril de 2020

TODOS ESTÃO ERRADOS, MENOS O DEMÔNIO. - Marcus Pereira

Todos estão errados, menos o demônio.

Por Marcus Pereira


Gilmar Fraga: fantasia | GaúchaZH


Quantos ainda morrerão para que meia dúzia de pessoas de "bens" aliadas a outras tantas infelizes, pobres herdeiros da Senzala que acreditam ser parte da elite escravocrata brasileira, enxerguem o mal que fizeram a nossa nação?

Eis que o mundo já descobriu o verme tupiniquim que escolhemos para comandar o maior país latino americano, um fantoche que representante como ninguém uma elite escrota e sem moral, que esconde-se atrás de uma falsa moralidade, usando o nome da família, do amor a Pátria e aos preceitos de Deus.

No entanto era essa elite que chicoteava com uma mão e acariciava a bíblia com a outra, era essa elite canalha que levava as negras escravas (e mais recentemente as empregadas domésticas, também tratadas como escravas) para a cama para serviciá-las, essa é a mesma elite que cobra agora a volta dos escravos modernos ao trabalho, pouco se importando se essa volta representa suas mortes ou a de seus parentes.

Assim sempre foi e não seria diferente agora. Diferente mesmo é o comportamento de boa dos herdeiros da Senzala que se acham  parte dessa elite, que se acham parte de um contexto de  transformação que se quer existe. Diferente mesmo é ver essa gente aplaudir  tanta maldade e ainda acreditarem que não é com eles.

O mundo todo está errado menos o demônio e seus asseclas.

O mundo já descobriu quem ele é, Só falta você


1. The Guardian (Inglaterra)
"Jair Bolsonaro diz que crise de coronavírus é um truque da mídia"
https://www.theguardian.com/world/2020/mar/23/brazils-jair-bolsonaro-says-coronavirus-crisis-is-a-media-trick

2. The Economist
"Bolsonero: Presidente do Brasil "toca arpa" enquanto a pandemia cresce"
https://www.economist.com/the-americas/2020/03/26/brazils-president-fiddles-as-a-pandemic-looms

3. Wall Street Journal.
'Volte ao trabalho': Bolsonaro descarta riscos mortais do coronavírus no Brasil
https://www.wsj.com/articles/bolsonaros-casual-stance-on-coronavirus-meets-resistance-in-brazil-11585846012

4. Forbes
"Em Coronavírus versus Brasil, Bolsonaro fica quase sozinho"
https://www.forbes.com/sites/kenrapoza/2020/03/29/in-coronavirus-versus-brazil-bolsonaro-stands-almost-alone/#1743509242cc

5. BBC
"Enquanto o mundo tenta desesperadamente combater a pandemia de coronavírus, o presidente do Brasil está fazendo o possível para desacreditá-la"
https://www.bbc.com/news/world-latin-america-52080830

6. New York Times
"O presidente Jair Bolsonaro, que chamou o vírus de "uma gripezinha", é o único "grande" líder mundial que continua questionando os méritos das medidas de bloqueio para combater a pandemia.
https://www.nytimes.com/2020/04/01/world/americas/brazil-bolsonaro-coronavirus.html

7. Washington Post
"Bolsonaro é o líder negacionista mundial do coronavirus"
https://www.washingtonpost.com/world/2020/04/07/bolsonaro-may-be-worlds-coronavirus-skeptic-in-chief/

 8. El País
"A atitude imprudente e irresponsável do líder do maior país da América do Sul ameaça causar inúmeras mortes"
https://elpais.com/elpais/2020/04/03/opinion/1585937358_193172.html

9. Business Inder
"O presidente Bolsonaro sugeriu que seu povo é naturalmente imune ao coronavírus, alegando que eles podem nadar no esgoto e 'nada acontece'"
https://www.businessinsider.com/coronavirus-jair-bolsonaro-suggests-brazilians-immune-to-disease-baseless-2020-3

10. The Japan Times
"Jair Bolsonaro isolado e enfraquecido pela negação de coronavírus"
https://www.japantimes.co.jp/news/2020/04/04/world/brazil-jair-bolsonaro-coronavirus/

11. The  Wire
"Bolsonaro está usando uma crise de saúde pública para ampliar divisões no Brasil"
https://thewire.in/world/bolsonaro-is-using-a-public-health-crisis-to-amplify-divisions-in-brazil

12. The Time of India
"Presidente do Brasil tira selfies e aplaude manifestantes apesar de riscos da pandemia"
https://timesofindia.indiatimes.com/world/rest-of-world/brazil-president-takes-selfies-cheers-demonstrators-despite-virus-warnings/articleshow/74644572.cms

13. The Chicago Tribune
"O presidente Jair Bolsonaro do Brasil promoveu repetidamente tratamentos não comprovados de coronavírus e sugeriu que o vírus é menos perigoso do que dizem os especialistas."
https://www.chicagotribune.com/coronavirus/sns-nyt-why-coronavirus-conspiracy-theories-flourish-20200408-lkggqo5ozrh7fna6kk4p6v33na-story.html

14. The Independent
"Coronavírus: Bolsonaro alega que a mídia 'engana' os brasileiros em meio ao agravamento da pandemia"
https://www.independent.co.uk/news/world/americas/coronavirus-brazil-bolsonaro-death-toll-cases-covid-19-latest-a9420911.html

15. The Asahi Shimbun (Japão)
"Pelo menos um líder mundial seguiu as alegações de Trump de promover o uso das drogas. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, elogiou repetidamente os benefícios da hidroxicloroquina e da azitromicina".
http://www.asahi.com/ajw/articles/13277451

16. Al Jazeera English
"COVID-19: Bolsonaro está colocando 'vidas em perigo'"
https://www.aljazeera.com/programmes/upfront/2020/04/covid-19-brazil-bolsanaro-putting-lives-danger-200403075826646.html

17. The Sydney Morning Herald (Austrália)
"Bolsonaro joga com a vida e a morte em meio a pandemia"
https://www.smh.com.au/world/south-america/brazils-bolsonaro-makes-life-or-death-coronavirus-gamble-20200329-p54ey7.html

18. Daily Herald
"Facebook se une resistência contra as alegações de Bolsonaro sobre o vírus"
https://www.dailyherald.com/article/20200328/news/303289960/

19. Jacobin Magazine
"Numa pandemia, Bolsonaro é mais perigoso do que nunca"
https://www.jacobinmag.com/2020/03/jair-bolsonaro-coronavirus-pandemic-impeachment?

20. TIME - O presidente do Brasil ainda insiste que o coronavírus é um exagero. Governadores revidam.
https://time.com/5816243/brazil-jair-bolsonaro-coronavirus-governors/


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segunda-feira, 6 de abril de 2020

A política da estupidez, insensatez e insanidade humanas - Gaudêncio Frigotto

A política da estupidez, insensatez e insanidade humanas

Trata-se de uma agenda que não só congela direitos fundamentais à vida, mas os extermina


Gaudêncio Frigotto - Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) | 07 de Junho de 2019 às 12:36



Menos educação e ciência, mais armas e balas: jovens da periferia são vitimas da mão repressiva e armada do Estado

Todos aqueles que entendem que o ser humano vem em primeiro lugar e não o mercado devem estar estarrecidos com o que vem ocorrendo no Brasil a partir de 2016 e, em particular, a partir de 2019. Com efeito, este estarrecimento advém do fato que a agenda política do Estado Brasileiro se afirma cada vez mais sob a tríade da estupidez, da insensatez e da insanidade humana que se manifesta no fundamentalismo econômico, político e religioso.

A estupidez humana, terreno da doutrina fundamentalista do neoliberalismo, inverte a relação entre a sociedade e o mercado. Não mais a sociedade, com suas instituições públicas, regula o mercado, mas este, agora, é que regula a sociedade e as suas instituições. Aos estados nacionais que adotam o culto ao mercado puro na regulação das relações sociais o sociólogo italiano Luciano Gallino, em seu livro O dinheiro, a dívida e a dupla crise – explicado aos nossos netos  (2015),   os denominou de governos da estupidez humana.

No caso brasileiro, o ataque à esfera pública na educação, na saúde, na ciência, na tecnologia e na cultura, à estupidez se acresce a insensatez como agenda política. Com efeito, a insensatez se revela na emenda constitucional 95, que congela por vinte anos o investimento na esfera pública, na contrarreforma trabalhista, que regrida à barbárie na relação capital e trabalho ao século XVIII; na contrarreforma do ensino médio, que regride à década de 1950 e liquida com a conquista do direito à educação básica; e, em curso, na contrarreforma da Previdência. Esta é a mais letal, pois interdita o direito à vida digna a maioria da população.

Trata-se de uma agenda insensata porque não só congela direitos fundamentais à vida, mas os extermina, jogando milhões de trabalhadores ao desemprego, subemprego e ao desespero, tornando-se vítimas das mais brutais violências do estado. Tudo isso com promessas falsas em nome de salvaguardar os lucros, especialmente dos bancos.


A contrarreforma trabalhista tinha como argumento a retomada do crescimento e a geração emprego. Contudo, o que se vê é tudo ao contrário: o PIB despencando e o desemprego e subemprego crescendo. Os magos que tratam da economia e os “especialistas” que divulgam suas teses parecem ter um único neurônio, o que faz do mercado uma espécie de deus Janus que tem duas faces: uma para destruir a esfera pública e a outra para defender, de forma fanática,  os lucros do mercado.

A manutenção da estupidez e insensatez humana se efetiva, ao mesmo tempo, pelo desmanche da sociedade democrática e do  convívio democrático e pela insanidade do fundamentalismo político e religioso. O primeiro se embasa em teses neofacistas de criminalizar os adversários para depois condená-los e aniquilá-los moral e fisicamente. As vítimas do ódio são os denominados pejorativamente petralhas e mortadelas. Os primeiros  demonizados  porque teriam  destruído o Brasil. Além disso esse termo, de forma idiota, é tomado como sinônimo de esquerda e de comunistas disseminadores do  “marxismo cultural” . Mortadelas, estes duplamente odiados. Primeiro, porque, supostamente, pelas políticas públicas dos petralhas conseguiram benefícios que agrediriam  a “meritocracia” e, segundo, vitimas da mão repressiva e armada do Estado por serem socialmente prejulgados indevidamente  como criminosos em potencial.


A insanidade se expande no fundamentalismo religioso centrado na “teologia da prosperidade no mercado religioso. Este potencia a insanidade política pelo combate ao que denominam de ideologia de gênero e pelo ximbate à educação e à ciência laica, por serem entendidas como disseminadoras do mal. Avança, por esta via, a subordinação da ciência ao dogma religioso e do estado laico ao estado religioso, retroagindo à idade média.

A insanidade, assim, expõe o lado patológico aninhado no estado e nas forças que o sustentam. Uma esfinge que atua não apenas no desmanche da esfera pública, único espaço que pode garantir direitos universais, mas que engendra o ódio ao diferente, ao pensamento crítico e ao pobre.  A matança de pobres e, sobretudo, de negros, pertencentes ou suspeitos de pertencerem a grupos do crime já está naturalizada. A esfinge que pode engendrar um aumento exponencial de mortes e estopim para uma guerra civil tem já uma fórmula: menos educação e ciência e mais armas e balas. A história do passado no mundo e, recente na América Latina, tem lições dolorosas a serem aprendidas. A exclusão, a injustiça e a violência com os pobres têm limites. Tratemos de nos dar conta disto, antes que seja tarde.

* Gaudêncio Frigotto é professor do Programa de Pós Graduação de Políticas Públicas e Formação Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).


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sábado, 28 de março de 2020

QUAL O PREÇO QUE VAMOS PAGAR? - Marcus Pereira

QUAL O PREÇO QUE VAMOS PAGAR

 Por Marcus Pereira 

 


Não acredito que ainda exista alguém  estranhando o comportamento do atual mandatário da presidência do Brasil, um elemento que ficou 28 anos no Legislativo e por lá nada fez além de pegar o auxilio moradia dos parlamentares para "comer gente", um indivíduo que não tem o menor pudor em dizer que  os militares, quando no poder, "tinham que matar 30.000 ou mais, e que em caso de mortes de inocentes fazia parte da guerra, nada mais natural".

Eis que esse elemento encontra a oportunidade em um VÍRUS, avalizada por um bando de imbecis (seus seguidores), de por em prática o que sempre defendeu, indo de encontro a tudo que o mundo vem praticando. O isolamento social.

O que ele é afinal: Um simples canalha? Um genocida? Ou um psicopata?

Talvez seja tudo isso ao mesmo tempo, ele só não é um líder digno de respeito, alguém que mereça ser presidente de uma nação como o Brasil.


A cidade de Milão, o grande exemplo ao mundo do que não se deve fazer, esta levando (conforme as últimas notícias) mais de 10.000 para cova. Detalhe o Prefeito era defensor da mesma linha de pensamento do nosso presidente.

O momento se faz necessário, que sejamos mais racionais e que analisemos aonde queremos chegar, quem vai pagar e se realmente estamos dispostos a pagar o preço (COM A VIDA).

A verdade é que se não temos amor as nossas vidas, precisamos ter com as vidas daqueles que nos esperam em casa de braços abertos, cheios de carinhos.

Hoje estamos vendo um bando de covardes convocando a população a sair de casa e enfrentar aglomerações em metrôs e ónibus, mas este mesmo bando não tem a coragem, se quer, de sair de seus carros (carreata). Pois é, eles não vão às ruas se aglomerar de peito aberto, estão com medo de contaminarem uns aos outros.

Eles estão querendo mesmo é que nós, os herdeiros das SENZALAS, paguemos para eles verem. São empresários inescrupulosos (na sua maioria) que quase nunca aparecem nas empresas ( agora mais do que nunca ) que trabalhamos e pouco se importam com nossas vidas, e sabem que em caso de morte sempre haverá outro na primeira esquina a espera de nossas vagas.


E o presidente está criando um clima de rivalidade entre a sociedade inteligente e sua corja (energúmenos), e não demora muito, para isso acabar em tragédia, aliada a esse vírus, ai sim, morrerão milhões. Quem impedirá?

Por outro lado nossos hospitais clamam por materiais de primeira necessidade, Governadores pedem à China ajuda, enquanto esse genocida gasta milhões em propaganda com a finalidade de chamar trabalhadores à morte, ou seja pouco se importando com quem vai morrer ou não.

O que falta para afastarem esse assassino do poder? Nenhum país do mundo está fazendo essa loucura, e ele segue cometendo um crime atrás do outro e sai ileso de todos. Por menos que isso tiraram Dilma e Collor do Poder, mas esse ser parece intocável. Por que?

 Alguém precisa parar este psicopata antes que ele provoque uma catástrofe irreversível. Antes que estejamos todos enterrados em caixões lacrados.

A pneumologista da Fiocruz Margareth Dalcolmo fez um alerta "a covid-19 não é uma “gripezinha”, como diz Jair Bolsonaro". “Sabemos que esse vírus é muito mais transmissível e letal do que a gripe comum. E é imprevisível. Que fique claro, ele não causa uma pneumonia clássica, do tipo que os médicos estão acostumados a ver”.

 Não sejamos inocentes, o que estes empresários, que saem em carreatas, querem na verdade é reconstruírem as SENZALAS e urgência se faz que derrubemos a empáfia e a arrogância dessa CASA GRANDE. Formada por gente fria e deselegante.

FIQUE BEM. FIQUE EM CASA!

quinta-feira, 19 de março de 2020

O PROGRESSO

O PROGRESSO


Roberto Carlos e Erasmo Carlos

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Eu queria poder afagar uma fera terrível
Eu queria poder transformar tanta coisa impossível
Eu queria dizer tanta coisa que pudesse fazer eu ficar bem comigo
Eu queria poder abraçar meu maior inimigo.

Eu queria não ver tantas nuvens escuras nos ares
Navegar sem achar tantas manchas de óleo nos mares
E as baleias desaparecendo por falta de escrúpulos comerciais
Eu queria ser civilizado como os animais.

Eu queria não ver todo o verde da Terra morrendo
E das águas dos rios os peixes desaparecendo
Eu queria gritar que esse tal de ouro negro não passa de um negro veneno
E sabemos que por tudo isso vivemos bem menos.

Eu não posso aceitar certas coisas que eu não entendo
O comércio das armas de guerra, da morte vivendo
Eu queira falar de alegria ao invés de tristeza mas não sou capaz
Eu queria ser civilizado como os animais.

Não sou contra o progresso
Mas apelo pro bom-senso
Um erro não conserta o outro
Isso é o que eu penso.


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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Nem todo bolsonarista é canalha, mas todo canalha é bolsonarista. - Paulo Brondi

Nem todo bolsonarista é canalha, mas todo canalha é bolsonarista.

Por PAULO BRONDI*

Bolsonaro é um cafajeste. Não há outro adjetivo que se lhe ajuste melhor.


Cafajestes são também seus filhos, decrépitos e ignorantes. Cafajeste é também a maioria que o rodeia.

Porém, não é só. E algo que se constata é pior. Fossem esses os únicos cafajestes, o problema seria menor.

Mas, quantos outros cafajestes não há neste país que veem em Bolsonaro sua imagem e semelhança?

Aquele tio idiota do churrasco, aquele vizinho pilantra, o amigo moralista e picareta, o companheiro de trabalho sem-vergonha…

Bolsonaro, e não era segredo pra ninguém, reflete à perfeição aquele lado mequetrefe da sociedade.

Sua eleição tirou do armário as criaturas mais escrotas, habitués do esgoto, que comumente rastejam às ocultas, longe dos olhos das gentes.

Bolsonaro não é o criador, é tão apenas a criatura dessa escrotidão, que hoje representa não pela força, não pelo golpe, mas, pasmem, pelo voto direto. Não é, portanto, um sátrapa, no sentido primeiro do termo.

Em 2018 o embate final não foi entre dois lados da mesma moeda. Foi, sim, entre civilização e barbárie. A barbárie venceu. 57 milhões de brasileiros a colocaram na banqueta do poder.

Elementar, pois, a lição de Marx, sempre atual: "não basta dizer que sua nação foi surpreendida. Não se perdoa a uma nação o momento de desatenção em que o primeiro aventureiro conseguiu violentá-la".

Muitos se arrependeram, é verdade. No entanto, é mais verdadeiro que a grande maioria desse eleitorado ainda vibra a cada frase estúpida, cretina e vagabunda do imbecil-mor.

Bolsonaro não é "avis rara" da canalhice. Como ele, há toneladas Brasil afora.

A claque bolsonarista, à semelhança dos "dezembristas" de Luís Bonaparte, é aquela trupe de "lazzaroni", muitos socialmente desajustados, aquela "coterie" que aplaude os vitupérios, as estultices do seu "mito".

Gente da elite, da classe média, do lumpemproletariado.

Autodenominam-se "politicamente incorretos". Nada. É só engenharia gramatical para "gourmetizar" o cretino.

Jair Messias é um "macho" de meia tigela. É frágil, quebradiço, fugidio. Nada tem em si de masculino. É um afetado inseguro de si próprio.

E, como ele, há também outras toneladas por aí.

O bolsonarismo reuniu diante de si um apanhado de fracassados, de marginais, de seres vazios de espírito, uma patuléia cuja existência carecia até então de algum significado útil. Uma gentalha ressentida, apodrecida, sem voz, que encontrou, agora, seu representante perfeito.

O bolsonarismo ousou voar alto, mas o tombo poderá ser infinitamente mais doloroso, cedo ou tarde.

Nem todo bolsonarista é canalha, mas todo canalha é bolsonarista.

Jair Messias Bolsonaro é a parte podre de um país adoecido.




*Paulo Brondi é Promotor de Justiça em Jataí, Goiás.*




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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

QUAIS AS NOSSAS DIFERENÇAS? - Criz Frazão

Quais as nossas diferenças?

Um texto de todos nós (Criz Frazão)



  • Sou a favor das políticas sociais.Concordo que bandido bom é bandido ressocializado; e que lugar de criança é na escola;
  • Considero que criminosos de colarinho branco também são bandidos, independentemente do viés ideológico;
  • Concordo que apologia à tortura é crime;


  • Sou pró-família, independentemente de sua constituição;
  • Sou contra a erotização de crianças (como vemos há décadas na TV brasileira, diante do quê nunca ninguém se indignou), mas a favor de educação sexual;
  • Sou a favor de acabar com todo e qualquer privilégio da classe política nos três poderes;
  • Entendo que cotas devem existir para pessoas de classes sociais menos favorecidas, para negros, índios e pessoas com deficiência;
  • Considero que os direitos humanos são direito de todos (inclusive dos que odeiam os direitos humanos sem saber bem do que se trata), e que, se não fosse por esses direitos, nem seríamos uma sociedade;
  • Concordo que Policiais, Professores e Profissionais da Saúde deveriam ganhar mais do que deputados e senadores;
  • Sei que o Brasil é laico, e todas as religiões merecem respeito, tanto quanto a posição de quem não tem religião nenhuma;


  • Entendo que o feminismo protege a mulher contra todos os tipos de violência a que está submetida e luta por direitos iguais, nem mais, nem menos;
  • Considero que o racismo é abominável;
  • Sei que, embora sejamos todos iguais, é notório o preconceito ainda enraizado na nossa sociedade;
  • Sou a favor de políticas públicas que beneficiem as minorias;
  • Sou contra quem prega violência de qualquer tipo. A solução de problemas sociais NÃO passa pela militarização;
  • Sou contra a liberação do porte de arma e a caça “esportiva”;
  • Sou contra educação básica à distância e defendo a educação integral;
  • Sou contra a censura;
  • Sou contra autoritarismo;


  • Defendo a Democracia, a Constituição e o Republicanismo;
  • Sou a favor da preservação ambiental e da demarcação das terras indígenas;
  • Sou a favor do amor, diversidade, respeito, igualdade social, união, desenvolvimento humano e digo NÃO à violência!

Fico feliz por ter amigas e amigos que também são assim, e que não são poucos. Temos esses mesmos valores e não os consideramos algo negociável.

Esse texto não é de minha autoria, copiei de uma amiga, que já copiou de outra amiga que já copiou de outra, no entanto esse texto é de todos nós que acreditamos que dentro de cada ser humano existe um outro ser humano capaz de se manifestar com valores que podem fazer o mundo melhor.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

A fome ainda é um problema no Brasil - Guilherme Eler

A fome ainda é um problema no Brasil

Dados da ONU indicam que população faminta do Brasil está em torno de 5 milhões – número que é praticamente o mesmo desde 2010.


Por Guilherme Eler -  Publicado em 5 ago 2019, 21h07

 (Guido Dingemans, De Eindredactie/Getty Images)

“Existe fome no Brasil? ‘Somados Bolsa Família, BPC [Benefício de Prestação Continuada] e Aposentadoria Rural, há uma massa de R$ 200 bilhões que vão para o bolso dos mais pobres todo ano. Logo, se você entender a fome como sistêmica e endêmica, o Brasil não a tem'”, disse o presidente Jair Bolsonaro, em sua conta do Twitter, fazendo menção a uma fala de Osmar Terra, atual ministro da Cidadania.

A declaração de Bolsonaro, feita nesta segunda (5), marca a segunda vez no intervalo de um mês em que o presidente comenta a situação da fome no Brasil. Durante um encontro com jornalistas estrangeiros no dia 19 de julho, Bolsonaro afirmou que “falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira”. Depois, recuou, dizendo que “alguns [brasileiros] passam fome”.

O conceito de “fome endêmica”, a que Bolsonaro recorre em seu tweet mais recente, foi introduzido por Josué de Castro, médico, escritor e ativista contra a fome no Brasil morto em 1974. Em sua obra Geografia da Fome (1948), Castro traça o primeiro mapa da fome no país e estabelece uma série de nomenclaturas para orientar estudos na área. Segundo o autor, pode-se chamar de área de fome endêmica, “uma determinada área geográfica em que pelo menos metade da população apresenta nítidas manifestações de carências nutricionais permanentes”.

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Para dizer que todo o país atravessa um cenário de fome endêmica, segundo Castro, mais de 100 milhões de brasileiros precisariam estar privados do acesso adequado a alimentos. Não é, de fato, o que o Brasil registra hoje. Segundo o relatório O estado da segurança alimentar e da nutrição no mundo, divulgado recentemente pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) a parcela de brasileiros desnutridos caiu de 4,6% da população total entre 2004-2006 para um índice menor que 2,5% entre 2016 e 2018. Entre 2004 e 2006, estima-se que 8,6 milhões de brasileiros passavam fome. Se o número de desnutridos está, hoje, na casa dos 5 milhões, a queda foi de 42%.

No Brasil, a diminuição no número de famintos aconteceu de forma mais acentuada no período de 2004 a 2014 – quando 26.5 milhões de pessoas deixaram a pobreza. 2014, aliás, é tido como um marco, já que representa o ano em que o país saiu do Mapa da Fome elaborado pela FAO.

O grande problema é que não é preciso entender a fome “como sistêmica ou endêmica”, como destaca Bolsonaro em seu tweet, para que ela continue existindo – e preocupando. Como dito acima, os dados do último levantamento da FAO, permitem estimar que mais de 5 milhões de brasileiros ainda sofrem com a escassez de alimentos.

E apesar de a queda de 42% ser considerável (e o total de desnutridos ser menor do que no começo do milênio), não registramos avanços significativos nesse quesito desde 2010.
Essa estagnação apareceu no Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional na América Latina e Caribe, outro relatório da ONU, divulgado em novembro de 2018. O documento indicou, inclusive, que a quantidade de pessoas famintas no Brasil fez o caminho inverso – aumentando ligeiramente nos últimos anos.

Entre 2015 e 2017, o número de brasileiros desnutridos era de 5,2 milhões. Entre os períodos de 2014 a 2016 e 2013 a 2015, o total calculado era de 5,1 milhões. E dois anos antes, de 5 milhões. O índice mais baixo permanece sendo o de 2010, quando cerca de 4,9 milhões de Brasileiros passavam fome.

Há exemplos de países vizinhos de América Latina que, no mesmo período, apresentaram resultados bem mais relevantes. Na Colômbia, onde 5 milhões de pessoas passavam fome em 2010, o total chegou a 3,2 milhões em 2017 – uma queda de 36%. No caso do México, que foi de 5,5 milhões para 4,8 milhões de famintos, a diminuição desde 2010 foi de quase 13%. Mesmo o Peru, que teve uma baixa menos relevante, o número de desnutridos foi de 3 milhões para 2,8 milhões – quase 7% de queda.

Como disse José Graziano, engenheiro agrônomo brasileiro que foi diretor-geral da FAO, em entrevista ao Estadão, “não se combate a fome dizendo que ela não existe”. Ou seja, mesmo que os dados não sejam agradáveis a quem vê, ignorar a demanda dos brasileiros por alimentação de qualidade (como parece estarmos fazendo há um tempo) não vai erradicar o problema – muito pelo contrário.


Em:https://super.abril.com.br/sociedade/por-que-ainda-nao-da-para-afirmar-que-nao-existe-fome-no-brasil/