O objetivo é construir um espaço em que as pessoas tenham uma leitura saudável, seja através de um poema, um texto didático ou até mesmo imagens que possam suscitar reflexões. Um espaço voltado para discutir problemas sociais , políticos e culturais.
sexta-feira, 31 de agosto de 2018
Ser inteligente é
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
Fome volta a crescer no Brasil e ameaça o Nordeste - Brasil de Fato
Fome volta a crescer no Brasil e ameaça o Nordeste
População do semiárido volta a sentir a ausência de políticas estruturais para a região
Vinícius Sobreira - Brasil de Fato |
Recife (PE)
O Mapa da Fome deste ano tende a apontar uma piora no cenário brasileiro / Agência Brasil |
E o Brasil tem reduzido esse triste número ano após ano desde o fim da década de 1990, conseguindo em 2014 chegar a menos de 5% da população na situação de subnutrição e, por isso, foi retirado do Mapa da Fome. A tendência de queda foi interrompida em 2017, quando a fome no Brasil voltou a crescer, mas ainda não ultrapassara os 3%. Os que estudam e trabalham com alimento e com a população de regiões mais vulneráveis dizem que o Mapa da Fome deste ano tende a apontar uma piora no cenário brasileiro. E talvez a região mais vulnerável seja o semiárido.
Cristina Nascimento integra a coordenação da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) no estado do Ceará. Ela conta que o cenário de fome na região passa muito mais pela presença e responsabilidade do poder público do que pela estiagem ou seca. “A seca é um fenômeno natural que ninguém pode combater, mas temos que aprender a conviver com ela. Já a fome é um fenômeno social que tem como centro a política, pois a falta de compromisso do Estado brasileiro com essas famílias é que provoca a miséria”, reclama.
Ela lembra que por décadas os governos fizeram ações que não solucionavam a situação. Mas a mudança começou através da mobilização popular para lutar e construir soluções, inclusive através da própria ASA, que reúne organizações da sociedade civil que atuam por todo o semiárido. E encontrou no Planalto um grande aliado a partir de 2003, com a eleição de Lula. “A partir do governo dele conseguimos introduzir a pauta da água como direito e alimento. Lula trouxe o tema para a centralidade política, inverteu a lógica e passou a construir políticas públicas para a região pensando em ajudar as famílias a construírem suas próprias soluções”.
Ela também coloca como fundamentais outras políticas públicas que fortaleceram a região, como o Bolsa Família, a aposentadoria rural, a valorização do salário mínimo, o acesso a creche, às sementes e à água, além do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Os avanços, todavia, foram interrompidos com a derrubada da presidenta eleita Dilma Rousseff, em 2016. “O golpe chegou reduzindo o tamanho do Estado e cortando os gastos com as pessoas pobres, mas não cortaram os gastos com bancos e grandes empresas”, reivindica.
Reflexos na saúde
EM:https://www.brasildefato.com.br/2018/08/01/fome-volta-a-crescer-no-brasil-e-ameaca-o-nordeste/
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terça-feira, 28 de agosto de 2018
O povo, o papa, a ONU e a mídia - Brasil de Fato
O povo, o papa, a ONU e a mídia
João Paulo Cunha em Brasil de Fato
Em relação à ONU, a imprensa se juntou ao aparelho judiciário para diminuir a força da manifestação, com um misto de descaso e cabotinismo
Foto: Ricardo Stuckert
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Em poucas semanas a candidatura de Lula ganhou uma impensável força, mesmo com os ataques desferidos sem trégua. Além do incansável esforço para impedir o debate sobre a injustiça de seu julgamento, conforme avaliação de especialistas em todo o mundo. A primeira constatação foi a ampliação da margem de preferência popular em todas as pesquisas, mesmo com o candidato preso e sem autorização para falar à nação. Não há dúvida de que o eleitor brasileiro, em sua maioria, quer Lula na eleição.
As pesquisas flagraram um momento de inédita união virtuosa em torno do candidato: a crítica ao golpe, a condenação das medidas antipopulares do atual governo e a recuperação da memória histórica das conquistas populares. Não é um acaso que outras candidaturas não floresçam no campo conservador e a ameaça da barbárie se estabeleça como possibilidade que amedronta até mesmo o mais reacionário dos liberais esclarecidos.
A pauta destrutiva, bancada a princípio pela hipertrofia do moralismo e pela confiança desmedida na manipulação midiática, se esqueceu de que contra evidências do fracasso não há neoliberalismo que se sustente. A candidatura do PT é um símbolo de retomada de trajetória política, social e econômica interrompida, que agora ganha outra dimensão. A autocrítica levará o governo eleito a entender que a recuperação da força da base política popular é inadiável. Nessa eleição – e, sobretudo, depois – não cabe carta ao povo brasileiro, mas olho no olho.
A segunda situação que conflui para a campanha petista foi a decisão do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, em defesa da candidatura de Lula e acesso adequado aos meios de comunicação e aos integrantes de seu partido. O grupo é formado por especialistas independentes, sem participação de brasileiros. A decisão está relacionada ao Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional sobre Direitos Políticos e Civis e suas decisões são mandatórias. Mesmo que muitos tenham se empenhado em atacar o comitê por razões extrajurídicas.
É preciso esclarecer alguns pontos. Em primeiro lugar, o Brasil assinou o protocolo voluntariamente e ratificou sua decisão seguindo todos os trâmites legais e políticos. Uma escolha em fazer parte do grupo dos países civilizados. Em seguida, trata-se de decisão que não defende o candidato em si, mas a possibilidade de concorrência em igualdade de condições, até que sejam julgadas devidamente todas as possibilidades de recurso.
Por fim, no campo dos direitos humanos (e também políticos), as decisões internacionais são a única garantia de universalidade possível num tempo travado por interesses de momento e divisões. Os países que descumprem as medidas do comitê não perdem apenas oportunidades de negócios, como nos tratados comerciais, mas o conceito de nação civilizada, o que é muito mais grave. A garantia da candidatura de Lula, a partir da decisão proferida pelo comitê, coloca o Judiciário brasileiro em teste: populismo midiático ou responsabilidade jurídica?
O terceiro fator que reforça a campanha de Lula é a manifestação do papa Francisco, feita em reunião com o chanceler Celso Amorim, na presença de dois ex-ministros do continente, o argentino Alberto Fernández e o chileno Carlos Omimami. Veio do papa não apenas a solidariedade ao preso político. Em homilia recente, Francisco fez a mais sucinta e exata descrição dos processos de deslegitimação das conquistas populares no continente, com a consequente derrubada dos governos eleitos democraticamente: o ataque pela mídia como fundamento simbólico na construção de um caldo de cultura autoritário e antipolítico; o conluio judiciário como arremedo de legitimidade; e o golpe. Sem misericórdia.
O mais incrível tem sido a capacidade da mídia comercial em fechar os olhos à realidade.
Com relação ao lugar nas pesquisas, os veículos de imprensa têm adotado a tática de fugir aos fatos colocando no lugar o que gostariam de ver. Apenas dois exemplos, entre dezenas. O Jornal Nacional anunciou a cobertura das agendas dos “principais” candidatos, deixando claro que Lula estaria fora por se encontrar preso. Assim, o noticiário não apenas cassa a candidatura antes da Justiça eleitoral, como deixa de fora as informações sobre a campanha, de interesse de grande parte do eleitorado. A conclusão é óbvia: não se trata de informar para a cidadania, mas de censurar para a plutocracia.
O jornal O Estado de S. Paulo, em manchete recente, estampou que Bolsonaro é líder das pesquisas. Assim, na lata, sem sequer esclarecer que se tratava de posição em enquete na qual Lula não está presente. A leitura é igualmente sórdida. Em primeiro lugar, a notícia se sobrepõe à realidade dos fatos para criar uma situação incontestável. Em seguida, serve de alerta para o eleitor que rejeita o candidato do PSL, para fortalecer alternativa conservadora mais palatável à elite. Por fim, consagra a manipulação como estratégia jornalística.
Em relação ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, a imprensa se juntou ao aparelho judiciário para diminuir a força da manifestação, com um misto de descaso e cabotinismo. Em primeiro lugar, se esforçou para resumir a abrangência da medida, submetendo-a a primazia da legislação nacional e de seus fóruns de decisão. Para isso, usou de dois subterfúgios.
Em primeiro lugar, vazou juízos anônimos, justamente de magistrados que costumam falar pelos cotovelos quando lhes convêm. No caso, como afrontar um protocolo internacional de alta respeitabilidade não pegaria bem, entregaram o mais fraco dos togados supremos, Alexandre de Moraes, como boi de piranha de sua própria indigência em direito internacional. O mesmo foi feito em relação aos juristas críticos da medida, que relevaram a obrigatoriedade em favor de contingências ou de uma pretensa soberania em assuntos internos. Alguns deles, em franca contradição com outros momentos de suas trajetórias de hermeneutas atilados.
O segundo desvio reforçou a sempre pertinaz defesa do pensamento único. Não houve sequer o esforço de ponderar posições contra e a favor, ampliando o debate público. Pareceu mais sagaz fingir-se de morto, esquecendo-se que o mundo é maior que a imprensa brasileira. A conclusão ficou estampada num dilema que deixa o país em má situação no concerto das nações: ou o Brasil não foi responsável ao assinar o protocolo, ou não está sendo sério ao ameaçar descumpri-lo.
Com relação ao papa, a situação da mídia foi ainda mais pecaminosa. Começou com a tentativa, em junho, de descaracterizar a visita do advogado argentino Juan Grabois a Lula, no cárcere em Curitiba. Houve um açodamento em caracterizar como fake news, com direito a carimbos e chancelas de “falso” em tudo que envolvia o encontro: da representatividade do emissário, consultor e interlocutor próximo ao papa, ao terço entregue ao presidente.
Sobre a audiência com o chanceler Celso Amorim, observou-se o mesmo esforço em apequenar a preocupação do pontífice com a situação política brasileira, cujos riscos para a democracia ele conhece bem, como latino-americano e analista político fino. Inspirado no nome que escolheu para assumir como pastor de seus fiéis, o papa inverteu o ditado: a voz de Deus precisa ser a voz do povo.
Entre o povo, a ONU e o papa, a mídia brasileira preferiu fazer uma opção preferencial pela mentira, nas três vezes em que o galo cantou. Não é questão de ideologia, mas de caráter.
EM:https://www.brasildefato.com.br/2018/08/27/o-povo-o-papa-a-onu-e-a-midia/
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Nada vai ofuscar nossa estrela (O Brasil é a nossa estrela)
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
Degradação dos solos pode agravar flutuação dos preços de alimentos, alerta FAO - ONU
Degradação dos solos pode agravar flutuação dos preços de alimentos, alerta FAO
Em pronunciamento para a abertura do Congresso Mundial de Ciências do Solo, o chefe da FAO, José Graziano da Silva, alertou no domingo (12) que a degradação das terras produtivas pode agravar no futuro a volatilidade dos preços dos alimentos. O empobrecimento do solo também causa migrações involuntárias de agricultores, que ficam em maior risco de viver na miséria, acrescentou o dirigente.
Saúde dos solos é importante para promover segurança nutricional, diz FAO. Foto: FAO |
Em pronunciamento para a abertura do Congresso Mundial de Ciências do Solo, o chefe da FAO, José Graziano da Silva, alertou no domingo (12) que a degradação das terras produtivas pode agravar no futuro a volatilidade dos preços dos alimentos. O empobrecimento do solo também causa migrações involuntárias de agricultores, que ficam em maior risco de viver na miséria, acrescentou o dirigente.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), os solos do planeta estão ameaçados pela erosão, desequilíbrio de nutrientes, acidificação, salinização e outras formas de poluição. Perigos à saúde das terras incluem ainda a perda de carbono e de biodiversidade, bem como o fenômeno da compactação — quando a terra é comprimida, reduzindo os poros que permitem a entrada de ar e água no solo.
Atualmente, um terço de todas as terras do planeta são consideradas degradadas. “Embora os solos estejam escondidos e, frequentemente, esquecidos, contamos com eles para nossas atividades diárias e para o futuro do planeta”, afirmou Graziano em mensagem de vídeo para o congresso, que reúne mais de 2 mil cientistas no Rio de Janeiro até a próxima sexta-feira (17).
“A degradação do solo afeta a produção de alimentos, causando fome e desnutrição, amplificando a volatilidade dos preços dos alimentos, forçando o abandono da terra e levando milhões de migrantes involuntários à pobreza”, acrescentou o chefe da FAO.
O diretor do organismo internacional defendeu ainda que a gestão sustentável desse recurso natural deve ser “parte essencial da equação do Fome Zero”.
Os solos, lembrou Graziano, funcionam também como importantes ferramentas para a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas. Isso porque as terras têm a capacidade de armazenar carbono. “Manter e aumentar o estoque de carbono no solo deve se tornar uma prioridade”, afirmou o dirigente.
A FAO desenvolve o projeto Global Soil Partnership (Parceria Global dos Solos), mobilizando governos e outros parceiros para melhorar capacidades técnicas e trocar conhecimentos sobre a saúde do solo.
“Façamos do solo um veículo de prosperidade e paz e mostremos a contribuição dos solos para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável“, completou Graziano.
EM: https://nacoesunidas.org/degradacao-dos-solos-pode-agravar-flutuacao-dos-precos-de-alimentos-alerta-fao/
EM: https://nacoesunidas.org/degradacao-dos-solos-pode-agravar-flutuacao-dos-precos-de-alimentos-alerta-fao/
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terça-feira, 14 de agosto de 2018
UMA FESTA A DOIS
domingo, 12 de agosto de 2018
O que sentia por você
sexta-feira, 3 de agosto de 2018
UNICEF: a cada três minutos, uma adolescente é infectada pelo HIV no mundo - ONU
UNICEF: a cada três minutos, uma adolescente é infectada pelo HIV no mundo.
No Brasil, os efeitos mais graves da epidemia de Aids recaem sobre os adolescentes. Entre 2004 e 2015, o número de novos casos entre meninos e meninas de 15 a 19 anos aumentou 53%.
Foto: UNAIDS |
A cada hora, cerca de 30 adolescentes de 15 a 19 anos foram infectados pelo HIV em 2017 no mundo, segundo um novo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Desses, dois terços eram meninas.
“Esta é uma crise de saúde, bem como uma crise de ação”, disse a diretora-executiva do UNICEF, Henrietta Fore. “Na maioria dos países, mulheres e meninas não têm acesso a informação, aos serviços ou mesmo ao poder de dizer não ao sexo inseguro. O HIV cresce entre os mais vulneráveis e marginalizados, deixando as adolescentes no centro da crise”.
O relatório “Women: At the heart of the HIV response for children” (Mulheres: No coração da resposta ao HIV para crianças – disponível somente em inglês) oferece estatísticas preocupantes sobre a contínua epidemia global de Aids e seu impacto sobre os mais vulneráveis. No ano passado, 130 mil crianças e adolescentes com menos de 19 anos morreram em decorrência da Aids, enquanto 430 mil – quase 50 por hora – foram infectados.
Apresentado na Conferência Internacional de Aids, realizada na semana passada em Amsterdã, o relatório diz que os adolescentes continuam a sofrer o impacto da epidemia e que o fracasso em os alcançar está atrasando o progresso que o mundo fez nas últimas duas décadas na luta contra a epidemia de Aids.
O relatório observa que adolescentes entre 10 e 19 anos representam quase dois terços dos 3 milhões de crianças de até 19 anos vivendo com HIV; mesmo que as mortes para todos os outros grupos etários, incluindo adultos, tenham diminuído desde 2010, as mortes entre adolescentes mais velhos (15-19) não tiveram redução.
Além disso, cerca de 1,2 milhão de pessoas de 15 a 19 anos viviam com o HIV em 2017 – desses, três de cada cinco são meninas. A disseminação da epidemia entre as adolescentes está sendo alimentada práticas sexuais não seguras, inclusive com homens mais velhos; sexo forçado; falta de poder nas negociações sobre sexo; pobreza; e falta de acesso a serviços confidenciais de aconselhamento e testagem.
“Precisamos tornar as meninas e as mulheres suficientemente seguras economicamente para que não precisem recorrer ao trabalho sexual. Precisamos ter certeza de que elas tenham as informações corretas sobre como o HIV é transmitido e como se proteger”, disse Angelique Kidjo, embaixadora do UNICEF, em um ensaio apresentado no relatório. “E, é claro, precisamos ter certeza de que elas tenham acesso a quaisquer serviços ou medicamentos de que precisem para se manter saudáveis. Acima de tudo, precisamos incentivar o empoderamento de meninas e mulheres – e a educação é frequentemente o melhor caminho para isso”.
Para ajudar a conter a propagação da epidemia, o UNICEF – trabalhando em estreita colaboração com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e outros parceiros – lançou uma série de iniciativas, incluindo a “All In to End Adolescent AIDS” (Todos juntos para acabar com a Aids na adolescência), que visa alcançar os adolescentes nos 25 países prioritários onde se encontra o maior número de adolescentes vivendo com o HIV no mundo.
Outras iniciativas incluem “Start Free, Live Free, AIDS Free” (Comece livre, viva livre, livre da Aids), um marco destinado a reduzir o número de novas infecções por HIV entre as mulheres adolescentes e jovens para menos de 100 mil até 2020. Outra ação é o Roteiro para a Prevenção do HIV 2020, um plano para acelerar a prevenção do HIV, concentrando-se em barreiras estruturais – como leis punitivas e falta de serviços adequados – e destacando o papel das comunidades.
Essas iniciativas, e outras antes delas, levaram a um sucesso significativo na prevenção da transmissão do HIV de mãe para filho, de acordo com o relatório. O número de novas infecções entre crianças com até 4 anos de idade caiu em um terço entre 2010 e 2017. Agora, quatro de cinco mulheres grávidas que vivem com HIV estão tendo acesso ao tratamento para mantê-las saudáveis e reduzir o risco de transmissão para seus bebês.
Por exemplo, na região da África Meridional, há muito o epicentro da crise da Aids, Botswana e África do Sul têm agora taxas de transmissão da mãe para o filho de apenas 5%, e mais de 90% das mulheres com HIV estão em regimes eficazes de tratamento do vírus. Perto de 100% das mulheres grávidas no Zimbábue, no Malaui e na Zâmbia conhecem o seu status sorológico.
“As mulheres são as mais afetadas por esta epidemia – tanto no número de infecções quanto como cuidadoras principais daqueles com a doença – e devem permanecer na linha de frente da luta contra ela”, disse Fore. “A luta está longe de terminar”.
No Brasil
Uma das grandes conquistas dos últimos anos no Brasil foi o sucesso no controle da transmissão do HIV da mãe para o bebê, que caiu pela metade entre 1995 e 2015.
Hoje, os efeitos mais graves da epidemia de Aids no país recaem sobre os adolescentes. Entre 2004 e 2015, o número de novos casos entre meninos e meninas de 15 a 19 anos aumentou 53%.
Viva Melhor Sabendo Jovem
Para enfrentar o aumento do HIV/Aids entre adolescentes, o UNICEF no Brasil criou o Viva Melhor Sabendo Jovem. Trata-se de uma estratégia em saúde do UNICEF e seus parceiros para ampliar o acesso de adolescentes e jovens entre 15 e 24 anos ao teste do HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis e o início imediato do tratamento. A iniciativa também tem como prioridades a retenção ao tratamento dos jovens positivos e o acesso às informações sobre prevenção.
EM: https://nacoesunidas.org/unicef-a-cada-tres-minutos-uma-adolescente-e-infectada-pelo-hiv-no-mundo/
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quarta-feira, 1 de agosto de 2018
ESCRAVIDÃO: SIM OU NÃO?!
ESCRAVIDÃO: SIM OU NÃO?!
“Quem vendia os escravos eram os próprios negros africanos, por isso não havia escravidão.” Jair Bolsonaro
Por Marcus Pereira - atualizado em 25/04/2020
Na lógica do atual mandatário da presidência e para grande parte de seus seguidores os verdadeiros culpados pela escravidão foram os próprios negros.
De fato alguns historiadores registram algo sobre tribos africanas escravizarem seus "semelhantes" em guerras tribais, antes mesmo do homem branco chegar (nos dias de hoje ainda o fazem). Porém com a chegada do homem branco nasce uma outra forma de escravidão, com a introdução do comercio e o uso de armas de fogo em parceria com criminosos nativos (negros africanos), que eram arrebanhados pelo homem branco e passavam a atacar e prenderem outros negros e posteriormente os vendiam aos mercadores portugueses e ingleses. A partir desse advento surgiu o COMÉRCIO NEGREIRO.
Hoje porém não é tarefa fácil falarmos, para tentarmos esclarecer alguma coisa, a pessoas presas em narrativas de ódio. E não é só sobre a questão racial (preconceito), mas também sobre diversos outros temas, Qualquer tentativa de esclarecimentos a essas pessoas (quase sempre canalhas) serão palavras ao vento, exposição ao vazio.
A CULPA DA ESCRAVIDÃO NÃO FOI DO NEGRO!!!
Foi de quem então?
A participação de negros africanos (CRIMINOSOS NATIVOS) na captura e comercialização de escravos foi uma realidade da época, porém para os brancos escravagistas com ou sem a participação deles o tráfico negreiro existiria do mesmo jeito, pois ali fizeram morada com intenções nada amigáveis, esta aliança só facilitou seus propósitos (a escravização dos negros).
Com essa aliança os traficantes brancos, que já tinham realizado um trabalho de catequização, muitas vezes nem adentravam o continente, ficavam com seus navios na costa esperando pelos escravos. Era mais lucrativo pagar aos africanos (CRIMINOSOS) do que se armarem e correrem o risco de perderem vidas nessas capturas.
Como argumentar com alguém que acredita que a culpa da escravidão dos negros é do próprio negro? Como argumentar com alguém que chama de mito um cara que fala tantas asneiras?
Inútil, quando essas mesmas pessoas acham natural falar que a culpa do estupro é da estuprada, aplaudem a fala do presidente, quando esse diz em alto e bom som, que não estupraria uma certa mulher por ela ser feia.
Mas vamos lá! A escravidão na África era uma prática das guerras tribais, e nestas se escravizavam cerca de 200 a 300 negros para manter uma tribo!
Porém, com a expansão e descobertas de novas terras, os brancos precisavam dos negros para construírem as novas colônias, pois não era esse o tipo de trabalho ao qual os brancos se sujeitariam a fazer. Logo o que era centenas nas guerras tribais, passaria a milhões, por questões expansionistas e comercias.
A CULPA DA ESCRAVIDÃO FOI DOS NEGROS?
Por aqui quando foi promulgada a lei de abolição, que não se sabe quando realmente passou a ser respeitada (aqui não se respeitam nem as leis recém promulgadas), Portugal criou cotas (isto mesmo, as cotas estão aqui a tempos), para que BRANCOS "invadissem" o Brasil eles receberiam uma COTA DE NEGROS, que iriam trabalhar de graça e a base de chibata (ESCRAVOS) para o agraciado (BRANCO). Na verdade, com essa bondade, Portugal tinha como intenção tornar mais branco este pedaço de terra (Já tinham tentado escravizar os índios).
Alguém duvida que trabalhar de graça na base da chibata é escravidão?
DESCULPA AI! A CULPA DA ESCRAVIDÃO É DOS ESCRAVAGISTAS BRANCOS (Portugueses e tantos outros que por aqui passaram e muitos que se comportam como tal até hoje)
Para os que não leem e/ou não buscam a verdade histórica vamos relembrar: A lei que aboliu a escravidão tem 132 anos, contra 400 anos de escravidão, o que, convenhamos, torna praticamente impossível não encontrar a influência do pensamento racista ao contrário do pensamento abolicionista (há de se entender ou não). Afinal quem decide o que é melhor para a colônia é o colonizador BRANCO ou vamos acreditar que o colonizador era o NEGRO AFRICANO?
Mais um detalhe, pouco tempo depois da abolição da escravidão, foi editada a Lei da Vadiagem (Art. 59 da Lei das Contravenções Penais - Decreto Lei 3688/41), quem "não tivesse emprego era preso". Quem era o maior punido depois da promulgação dessa lei? E hoje? Quem superlota nossos presídios?!
Não estou aqui querendo ser melhor ou ofender ninguém, porém ando enojado com tanta hipocrisia que tenho visto nas redes sociais, nas rodas de pseudos intelectuais, pseudos cientistas políticos (um em cada esquina) que se diz correligionário/eleitor/fã (PUXA SACO), seja lá como se intitulem, de quem fala asneiras do tipo:" A culpa da escravidão é dos negros", "a culpa do estupro é da mulher", "homossexualismo se cura no cacete", etc etc... E pior ainda buscam argumentos que justifiquem essas aberrações (ASNOS).
Disponível em Ebook na Amazon.com.br
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quarta-feira, 25 de julho de 2018
A VIAGEM (Reencontros)
A VIAGEM (Reencontros)
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Qual o projeto de país que almejamos? - Brasil de Fato
Qual o projeto de país que almejamos?
Difícil deixar o pessimismo para dias melhores. O panorama visto da ponte não inspira confiança de nos levar ao futuro, e há indícios de retrocessos (“Intervenção militar já!”). A riqueza mundial se afunila sobre a horda de miseráveis; 68,5 milhões de pessoas se deslocam pelo mundo em busca de um pouso acolhedor; a democracia dos EUA submerge aos humores imprevisíveis de um presidente xenófobo e racista.
Freud define a melancolia como luto patológico advindo da perda de um objeto que, em última instância, é o próprio eu. A pátria brasileira perdeu a identidade? Onde está ela? No bico de uma chuteira? No crescimento do PIB? Na cegueira da Justiça perante a corrupção?
O fator identitário é essencial à autoestima. Tanto de uma pessoa quanto de uma nação. Na esfera pessoal, muitos o buscam na religião, no êxito profissional, no apego ao cargo que ocupam. No social, na confiança de que há empenho do governo na redução da desigualdade social, na melhora da economia, na inclusão dos que se encontram na miséria e na pobreza. As tradições espirituais comprovam que duas vertentes se entrelaçam na vida daqueles que são exemplos de forte autoestima: imprimir à existência um sentido altruísta e perseguir um projeto coletivo de justiça e paz. São pessoas que abandonaram a zona de conforto e entregaram suas vidas para que outros tivessem vida. São multidão. A maioria, anônima. E poucos conhecidos: Jesus, Francisco de Assis, Gandhi, Luther King, Mandela, Teresa de Calcutá, Chico Mendes, Betinho etc.
Já a felicidade de um povo advém de sua autoestima como nação, de seu projeto histórico, de sua proposta civilizatória. Quando um povo abdica de perseguir um projeto de nação e se contenta na busca individual de melhoria de vida pelo consumo, ele se esgarça em coletividade anódina, refém dos caprichos do mercado e insensível aos dramas sociais.
Recuperar a autoestima supõe responder a esta questão: qual projeto de Brasil almejamos para as futuras gerações?
* Escritor e assessor de movimentos sociais
“Numa terra radiosa vive um povo triste”, escreveu Paulo Prado em “Retrato do Brasil”. Eis o clima no Brasil hoje.
Por Frei Betto*
Diálogos do Sul, 13 de Julho de 2018 às 18:00
Não é para menos. O desemprego atinge quase 14 milhões de pessoas; a reforma trabalhista de Temer retirou direitos conquistados; o pré-sal é vendido a estrangeiros; o PIB recua; a violência urbana e rural se acentua; o assassinato da vereadora Marielle Franco prossegue sem elucidação; mais de 60% dos jovens gostariam de deixar o país; a seleção brasileira de futebol é derrotada na Copa; o presidente mais impopular da história do país ocupa o Planalto, e o mais popular, a prisão.
Não é para menos. O desemprego atinge quase 14 milhões de pessoas; a reforma trabalhista de Temer retirou direitos conquistados; o pré-sal é vendido a estrangeiros; o PIB recua; a violência urbana e rural se acentua; o assassinato da vereadora Marielle Franco prossegue sem elucidação; mais de 60% dos jovens gostariam de deixar o país; a seleção brasileira de futebol é derrotada na Copa; o presidente mais impopular da história do país ocupa o Planalto, e o mais popular, a prisão.
Hipócrates diria que os brasileiros se dividem hoje entre coléricos e melancólicos. As redes digitais propagam todo tipo de ódio e preconceito, enquanto as farmácias proliferam em cada esquina e faturam alto com a venda de Prozac e similares.
Max Weber definiu modernidade como “desencantamento do mundo”. E nós, desencantados com o Brasil? Essa baixa autoestima explica o índice recorde de votos brancos e nulos nas próximas eleições: um em cada quatro eleitores assim se posicionam (Datafolha, junho).
Recuperar a autoestima supõe responder a esta questão:
qual projeto de Brasil almejamos para as futuras gerações?
Foto: Marcos Santos / USP Imagens
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Freud define a melancolia como luto patológico advindo da perda de um objeto que, em última instância, é o próprio eu. A pátria brasileira perdeu a identidade? Onde está ela? No bico de uma chuteira? No crescimento do PIB? Na cegueira da Justiça perante a corrupção?
O fator identitário é essencial à autoestima. Tanto de uma pessoa quanto de uma nação. Na esfera pessoal, muitos o buscam na religião, no êxito profissional, no apego ao cargo que ocupam. No social, na confiança de que há empenho do governo na redução da desigualdade social, na melhora da economia, na inclusão dos que se encontram na miséria e na pobreza. As tradições espirituais comprovam que duas vertentes se entrelaçam na vida daqueles que são exemplos de forte autoestima: imprimir à existência um sentido altruísta e perseguir um projeto coletivo de justiça e paz. São pessoas que abandonaram a zona de conforto e entregaram suas vidas para que outros tivessem vida. São multidão. A maioria, anônima. E poucos conhecidos: Jesus, Francisco de Assis, Gandhi, Luther King, Mandela, Teresa de Calcutá, Chico Mendes, Betinho etc.
Já a felicidade de um povo advém de sua autoestima como nação, de seu projeto histórico, de sua proposta civilizatória. Quando um povo abdica de perseguir um projeto de nação e se contenta na busca individual de melhoria de vida pelo consumo, ele se esgarça em coletividade anódina, refém dos caprichos do mercado e insensível aos dramas sociais.
Recuperar a autoestima supõe responder a esta questão: qual projeto de Brasil almejamos para as futuras gerações?
* Escritor e assessor de movimentos sociais
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O BRASIL DIVIDIDO...
O Brasil dividido...
2014 nos revelou o quanto a nossa nação esta perigosamente dividida e não é só uma divisão política partidária.
Por Marcus Pereira
Da derrubada da Presidenta Dilma em 2016 (O GOLPE) até o último episódio ocorrido no dia 08/07/2018 (A PROTELAÇÃO DO HABEAS CORPUS DO EX-PRESIDENTE LULA) podemos ver o quanto perto estamos chegando do fundo do poço (Jurídico, Moral, Social e Político).
Encontramos nesses últimos dois anos todo o ranço, todo preconceito e todo ódio, parte da herança das classes dominantes do período colonial, nos reencontramos com o passado (que na realidade nunca ficou para trás) onde a divisão de classes era mais explicita e talvez mais fácil de se conviver com ela, pois não se maquiava a sua existência, hoje mais presente do que nunca essa divisão está nas RUAS, nas FAVELAS, no JUDICIÁRIO, no LEGISLATIVO e no EXECUTIVO.
E a política se tornou o termômetro dessa divisão ou alguém duvida que os últimos acontecimentos, que atingiram diretamente a classe trabalhadora, não seja fruto um movimento organizado pela elite nacional com o propósito de derrubarem ou frearem a ascensão dos herdeiros da senzala? Para OS GOLPISTAS pouco importa se para conseguirem seus objetivos estejam comprometendo a nossa tão sonhada soberania.
Onde quer que possamos imaginar, em todos os setores da sociedade esta divisão está presente e não venham com essa história que temos centro, centro direita. O que existe é a elite e a classe trabalhadora ou como queiram DIREITA e ESQUERDA.
Nos três poderes quem defende a direita (ELITE) criminaliza quem defende qualquer pensamento progressista, qualquer pensamento que possa melhorar a vida dos trabalhadores. Direita X Esquerda, esta é a grande batalha do momento, não se enganem pois em meio a toda essa bagunça, imoralidade que vemos a cada novo dia, não existe a menor preocupação em buscar um verdadeiro combate a corrupção, existe de forma explicita (só não ver quem não quer) uma orquestração, por parte da classe dominante, para nos colocarem, no lugar que pra eles nunca deveríamos ter saído, na SENZALA.
Nessa briga (DIREITA x ESQUERDA) não podemos nos iludir, todos tem um lado, ou se está do lado do povo ou se está do lado das oligarquias coloniais, ressuscitadas com ascensão dos canalhas que se alojaram no comando do país. (PELO GOLPE).
E as oligarquias repressoras tem na mídia sua principal parceira, esta encarregada de disseminarem na mente da população, que nessa história, quem esta lutando contra as reformas são os BANDIDOS e quem está destruindo o projeto de nação é o MOCINHO.
Mas não podemos ser inocentes, em nenhum momento os GOLPISTAS demonstraram a preocupação de buscar a pluralidade de uma sociedade mais justa e igualitária, estes até o momento só estão preocupados em criar barreiras sociais (APARTHEID) excluindo e colocando às margens a classe trabalhadora.
O Brasil está dividido, está é a verdade, e permanecerá por muito tempo. E essa divisão, não duvidem, é uma grande ameaça a instabilidade social do país, onde o povo já começa a dá sinais de que não suportará por muito tempo. Estamos a beira de uma CONVULSÃO POPULAR não se enganem.
É no desenrolar dos atos políticos vindouros que grande parte da população ainda aposta suas fichas, as próximas eleições nos dirá muito sobre essa divisão, mas a elite nacional está armada até os dentes e está escolhendo a dedo o líder do BRASIL QUE ELES QUEREM e vão jogar de goela abaixo do povo brasileiro com a propaganda ilusionista de que será O BRASIL QUE QUEREMOS.
Precisamos mostrar a essa canalhada que, o amanhã começa a se desenhar hoje, com nossos atos de repúdio a forma como somos tratados, precisamos dizer nas urnas que O BRASIL QUE QUEREMOS não está no mapa que eles desenham, precisamos dizer que não queremos um país dividido, queremos um país inteiro, onde todos tenham ao menos o direito de sonhar, precisamos desenhar o verdadeiro mapa do Brasil nas ELEIÇÕES DE OUTUBRO.
VIVA O POVO BRASILEIRO!!!!
sexta-feira, 6 de julho de 2018
FAMÍLIAS BRASILEIRAS E O MAPA DA FOME - Brasil de Fato
FAMÍLIAS BRASILEIRAS VEEM O RISCO DE VOLTAR AO MAPA DA FOME DA ONU
Com a redução de políticas sociais e a grave crise econômica do país, a situação de miséria volta a atormentar
26 de Junho de 2018 às 10:36
Joana acha alface no meio do monte de legumes trazidos na carroceria do caminhão por Onofre / Nilmar Lage |
Joana tem 64 anos e há 17 mora às margens da BR 458, no entorno do colar metropolitano do Vale do Aço (MG). Natural de Bom Jesus do Galho (MG), viúva do primeiro marido e deixada pelo segundo, é ela quem gerencia o pequeno barraco onde mora com seu filho de 25 anos e o neto Claiton de 12 anos. Três pessoas e a única renda fixa vem do benefício de R$ 171 do Bolsa Família.
Foto: Nilmar Lage |
“Com todo o peso do mundo em suas costas”, Joana é de riso fácil. Cheguei cedo e só ela estava acordada e ativa. Tinha feito café, buscado um pouco de água na cisterna e cuidava da criação. Muito curioso, Claiton levantou com a minha chegada, veio sem escovar os dentes mesmo e me ofereceu uma mexerica. Arredio, o filho de Joana não me olhou nos olhos, não cumprimentou e eu o deixei a vontade na sua particularidade.
Atenciosa, Joana começa a compartilhar sua história de vida. Fala com carinho dos tapetes que costura, conta com orgulho a sua luta e da decisão de tentar melhores condições ao ocupar um pedacinho de terra para subsistência. Isso porque com o rendimento não conseguia mais pagar o aluguel, fazer compras, pagar passagens, comprar roupas.
Mineiro tem fama de desconfiado. O filho de Joana é a expressão viva desse estereótipo. “Quando saí da cadeia, fiquei dois anos e meio longe do crime. Um dia minha mãe passou mal, eu não tinha dinheiro para um mototaxi para levá-la ao hospital”. Foi o chamado para voltar ao tráfico e tentar uma renda a mais na casa.
Joana não aprova as escolhas do filho, mas acolhe e sabe dos riscos e das consequências deste caminho. Para ele, a falta de oportunidades foram o levando para esse caminho. “A televisão mostra altos financiamentos e eu moro em um lugar que não tem nem reboco. Eles me ilude (sic) a ter uma coisa que não posso e depois me oprime (sic) porque eu corro atrás daquilo”. Ele acha que as consequências tem que ser cobradas, “mas nem todo mundo faz porque quer. As vezes o filho de quem julga tá bem, mas porque teve uma escola.”
Fome
No final dos anos 80, a década perdida, Jorge Furtado apresentou famílias que sobreviviam do resto de feira no documentário “Ilha das Flores”.
Em 2018, com um país dominado pelo agronegócio e pela ditadura da estética, o desperdício atinge até mesmo frutas, legumes e hortaliças “feias”, que por não estarem vistosas, são descartadas ao lixo. Foi nesse lixo que Joana achou alface no meio do monte de legumes trazidos na carroceria do caminhão por Onofre. Ela sorriu timidamente e, de maneira assertiva, disse que só precisava lavar e colocar um pouco de cloro para limpar. “Pra gente sobreviver, a gente tem que ter coragem”.
A família de Joana busca estar um degrau acima da miséria. Falta fair play com o povo brasileiro.
quarta-feira, 4 de julho de 2018
A SAUDADE QUE TE RESTARÁ!
A SAUDADE QUE TE RESTARÁ!
quinta-feira, 28 de junho de 2018
TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO! QUE FIM LEVOU?
TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO! QUE FIM LEVOU? SUMIU DOS NOTICIÁRIOS!!!
Por Marcus Pereira
Multidão as margens do Rio Paraiba - PB |
27 de Junho de 2018, Vendo a Globo com suas chamadas para o jogo Brasil X Sérvia, buscando os festejos do povo brasileiro (todos induzidos), não que eu não esteja torcendo pela seleção, mas torço mais pelo Brasil.
Brasil 2 x 0 Servia.
E me vem a vontade de pesquisar sobre as obras da transposição do Rio São Francisco, e para o meu espanto (nem tanto assim), vejo o quanto essa obra tem cumprido o seu papel para com o povo nordestino.
E na Globo? vejo as chamadas criticando os que soltaram Dirceu - mas que antes já soltaram algumas dezenas de outros - e eu me perguntando quanto tempo não ouço falar da transposição, quanto tempo não ouço falar das benfeitorias deste elefante branco (assim tratada por tantos) Por que será? Fui atrás do google:
Após 1 ano, transposição do São Francisco já retira 1 milhão do colapso - Folha on line
11.mar.2018 às 2h00 Atualizado: 12.mar.2018 às 11h39 - https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/03/apos-1-ano-transposicao-do-sao-francisco-ja-retira-1-milhao-do-colapso.shtml
11.mar.2018 às 2h00 Atualizado: 12.mar.2018 às 11h39 - https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/03/apos-1-ano-transposicao-do-sao-francisco-ja-retira-1-milhao-do-colapso.shtml
Transposição do rio São Francisco muda
vida no sertão da Paraíba - Globo Rural
Exibição em 25 fev 2018) - https://globoplay.globo.com/v/6530988/
vida no sertão da Paraíba - Globo Rural
Exibição em 25 fev 2018) - https://globoplay.globo.com/v/6530988/
Transposição do São Francisco leva água e valorização fundiária à Paraíba - O valor
09/03/2018 (06m02s)http://www.valor.com.br/video/5747117925001/transposicao-do-sao-francisco-leva-agua-e-valorizacao-fundiaria-a-paraiba
Tá ai uma grande obra, talvez a mais importante dos últimos 500 anos (perguntem aos nordestinos/sertanejos do semiárido) - lá atrás já era sonho de D. Pedro II (1847) - e talvez encontre o porquê de um bando de mal intencionados ainda fingirem não saber o que faz o povo gostar tanto do Lula.
Ora, só uma pessoa com a sensibilidade de quem já passou por necessidades, uma pessoa do povo, é capaz de conhecer e entender profundamente o que realmente essa obra representa em importância para tantos homens e mulheres sertanejas, só quem sabe o significado da palavra povo é capaz de conceber, independente do que todos possam falar, uma obra com a dimensão da Transposição do Rio São Francisco.
Agora triste mesmo é ver a mídia nacional esconder o que confirmam os números: os benefícios e os beneficiários , esconder os nomes de Lula que iniciou a obra e de Dilma que deu continuidade. Será que sem os governos petistas tudo isso teria acontecido?
Precisamos aplaudir o que deu certo e a transposição do Rio São Francisco, não tem como esconder ou negar, foi uma das boas coisas que o PT desenvolveu, junto com os políticos do Nordeste (sem restrição de sigla partidária). Duvidam? Venham conferir, venham ver e perguntem o quanto é sofrível viver numa terra seca.
Contraste entre as águas que chegam e o solo estorricado pela seca. |
Fora a corrupção (beneficiários as escondidas) que tanto propagam, (que certamente houve) - como em todos os governos e em todos os tempos - precisamos olhar para aqueles que realmente precisam, olhar com olhos voltados para além das ideologias, precisamos buscar a integração das Regiões e não dividi-las como fazem a Globo e suas adjacentes.
Esta é uma obra fantástica! E é por isso que a esqueceram, ninguém propaga as mudanças provocadas por ela. Sabem por que? Essa obra tem o DNA de Lula e é por isso que Lula é tão querido (principalmente no Nordeste), é por isso que Lula é perseguido pelas elites, principalmente pelos coronéis da política moderna, que ainda usam da prática de explorar os miseráveis para se manterem no poder
Um dos pontos principais quanto se critica a obra é o valor gasto: No início do governo Dilma Rousseff, o custo total da obra pulou de R$ 4,8 bilhões para R$ 8,2 bilhões. No entanto podemos fazer uma comparação com outra obra de grande impacto no Brasil que é a despoluição do Rio Tietê:
"O projeto de despoluição do Rio Tietê, que corta quase todo o estado de São Paulo, começou há 23 anos e já consumiu o equivalente a R$ 8,1 bilhões, entre investimentos do governo do estado e de organismos internacionais. Para que o rio deixe de ser considerado morto em um trecho que atravessa a capital paulista e parte da Grande São Paulo ainda serão necessários 10 anos de obras e um investimento de cerca de R$ 4 bilhões" - O globo.
A Transposição do São Francisco transformou a vida de milhões de pessoas, que viviam totalmente abandonadas pelo poder público. E incluir os pobres no orçamento federal, não é favor, essa inclusão deveria ser prioridade de qualquer governo, mas não é. E por não aceitar a inclusão dos miseráveis nesse orçamento é que a elite nacional está fazendo de tudo para transformar e colocar todo e qualquer político progressista como criminoso.
É lamentável tudo isso, bem como o atraso e o ranço no Brasil. A começar pelo comportamento dos brasileiros pertencentes a esta classe sócio econômica (a elite) que condena um projeto ( obra), simplesmente em razão de serem oposição ao seu autor ou por que não admitem a ascensão dos herdeiros da Senzala.
O Brasil que queremos não é esse que tá ai, cheio de bandidos e de políticos que só envergonham o nosso pais ( e não estou falando do PT) estou falando do conjunto da obra, LEGISLATIVO, JUDICIÁRIO E EXECUTIVO.
Queremos um Brasil onde a mistura das raças, das religiões, das culturas seja orgulho, onde o respeito as diferenças seja um ingrediente novo, aliado a honestidade e competência, livre dos privilégios às custas dos menos favorecidos, o povo pobre brasileiro. Queremos um país onde cada região seja respeitados por suas características sócio culturais e não por seus CACIQUES POLÍTICOS.
Queremos um Brasil diferente onde não se faça política com o sofrimento e a necessidade do povo trabalhador (prática secular no semi árido nordestino). Queremos um pais onde não se faça oposição sistemática só por se perder uma eleição e pouco se importar com as consequências que venha ter a sua população.
Que a vida real brasileira seja mais importante que a vida palaciana e parasitária daqueles que pouco se importam se eu, você ou nossos vizinhos do lado tem ou deixa de ter um projeto de vida.
Hoje tenho a certeza que o brasileiro (aquele que se acha melhor que o brasileiro)
precisa tomar um banho de povo, um banho nos canais da transposição, esse povo precisa tomar banho de civilidade, virar gente, cair na real.
VIVA O POVO BRASILEIRO!!!!
P.S. - A revitalização do São Francisco não pode ser esquecida. É URGENTE!!!!!
terça-feira, 26 de junho de 2018
EU, VOCÊ E O MAR!!!!
EU, VOCÊ E O MAR!!!
sexta-feira, 22 de junho de 2018
É preto, é pobre, é favelado - Eric Jóia (RJ)
É preto, é pobre, é favelado...
Atira primeiro depois a gente vê no que dá.
Por Eric Jóia
"Eu perguntei quem tinha atirado e ele respondeu: 'foi um blindado, mãe, que não viu minha roupa de escola'", revelou Bruna da Silva |
"Ele não viu que eu estava com roupa da escola, mãe?"
Olhe nos olhos dessa mãe, bem no fundo e diga: Para de mi mi mi, esse vitimismo é ridículo.
Não sei mesmo identificar, nessa babel política, o que é ser de direita ou de esquerda. Mas de uma coisa eu tenho absoluta certeza, eu opto por ficar do lado desse povo sofrido aí.
Use seus argumentos, distorça o seu discurso, suborne e estupre a própria consciência ou simplesmente feche os olhos pra não ver. Você pode fazer isso.
Mas sabe uma coisa que não pode mais?
Um cheiro, um abraço, um sorriso, um parabéns de aniversário, uma risada escandalosa, roupa espalhada em cima do sofá, uma tosse renitente que incomoda, um boletim de escola, um jogo de futebol... a festa de dia das mães nunca mais será uma festa. A voz nunca mais ouvida. As roupas continuam no mesmo lugar no armário, a comida preferida não terá mais destinatário... NUNCA MAIS, NUNCA MAIS.
Muita luz e serenidade pra você, mamãe. Eu sei, ele não era bandido, o menino era invertido. Nasceu na favela mas queria ir pra escola. Acordou tarde mas foi porta a fora. Queria ser alguém, não queria ser do tráfico. Mas era preto e pobre, mais um com o fim trágico.
E você vem me dizer que no Brasil não tem discriminação, que não é a práxis tratar preto como ladrão. Aqui todo mundo tem oportunidade, uns de uma bala no baço outros de reinar na cidade.
Mas vou parar por aqui, chega desse vitimismo. Te contar... tô cansado de tanto cinismo!
Olhe nos olhos dessa mãe, bem no fundo e diga: Para de mi mi mi, esse vitimismo é ridículo.
Não sei mesmo identificar, nessa babel política, o que é ser de direita ou de esquerda. Mas de uma coisa eu tenho absoluta certeza, eu opto por ficar do lado desse povo sofrido aí.
Use seus argumentos, distorça o seu discurso, suborne e estupre a própria consciência ou simplesmente feche os olhos pra não ver. Você pode fazer isso.
Mas sabe uma coisa que não pode mais?
Um cheiro, um abraço, um sorriso, um parabéns de aniversário, uma risada escandalosa, roupa espalhada em cima do sofá, uma tosse renitente que incomoda, um boletim de escola, um jogo de futebol... a festa de dia das mães nunca mais será uma festa. A voz nunca mais ouvida. As roupas continuam no mesmo lugar no armário, a comida preferida não terá mais destinatário... NUNCA MAIS, NUNCA MAIS.
Muita luz e serenidade pra você, mamãe. Eu sei, ele não era bandido, o menino era invertido. Nasceu na favela mas queria ir pra escola. Acordou tarde mas foi porta a fora. Queria ser alguém, não queria ser do tráfico. Mas era preto e pobre, mais um com o fim trágico.
E você vem me dizer que no Brasil não tem discriminação, que não é a práxis tratar preto como ladrão. Aqui todo mundo tem oportunidade, uns de uma bala no baço outros de reinar na cidade.
Mas vou parar por aqui, chega desse vitimismo. Te contar... tô cansado de tanto cinismo!
domingo, 17 de junho de 2018
quarta-feira, 13 de junho de 2018
O que é o Trabalho Infantil? - Toda Matéria
O que é o Trabalho Infantil?
Disponível em:https://www.todamateria.com.br/trabalho-infantil/
Acessado em 13/06/2018 as 13:43
O trabalho infantil é uma forma de trabalho que envolve a exploração de mão-de-obra das crianças e dos adolescentes. Além de gerar diversos problemas sociais, ele afeta diretamente os envolvidos.
Crianças trabalhando |
- Pobreza e baixa renda
- Baixa escolaridade dos pais
- Grande quantidade de filhos
- Má qualidade da educação
- Busca de mão-de-obra barata
- Falta de mão-de-obra e de fiscalização
- Afeta o desenvolvimento da criança e/ou adolescente
- O indivíduo perde a infância
- Gera diversos problemas sociais
- Provoca doenças e problemas psicológicos
- Induz ao baixo rendimento e abandono escolar
- Causa despreparo para o mercado de trabalho
Existem diversas maneiras de explorar a mão-de-obra infantil, sendo que as mais comuns são os trabalhos em:
- Casas de família
- Campo (sítios e fazendas)
- Minas, canaviais e fábricas
- Narcotráfico
- Prostituição e pornografia de menores
- Tráfico de pessoas
Muitos deles podem ser comparados com trabalho escravo, onde as condições são extremamente inapropriadas e precárias e onde, muitas vezes, o trabalho é forçado.
Vale ressaltar que o trabalho infantil doméstico é também um agravante. Muitas crianças, sobretudo as meninas, são forçadas a trabalharem em casa durante horas diárias.
Segundo dados do Relatório Brasil Livre de Trabalho Infantil (2013) da ONG Repórter Brasil, estima-se que cerca de 258 mil crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos trabalham em casas de famílias. Desse número, 94% são do sexo feminino.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 15,5 milhões de pessoas com menos de 18 anos exercem atividades domésticas.
Há ainda os casos de abuso sexual por parte da própria família. Em muitos países do mundo, diversas crianças são forçadas a se prostituírem desde cedo.
Legislação
Cada país do mundo possui uma legislação que determina a idade mínima para adentrar ao mercado de trabalho. Nas leis também é posto o que é considerado como exploração de mão-de-obra infantil.
Geralmente, a partir de 16 anos a pessoa está apta para trabalhar. No entanto, em diversos países, considerados menos favorecidos, a lei permite trabalhar a partir dos 14 anos.
Segundo o artigo 7.º da Convenção n.º 138 da Organização Internacional do Trabalho (OIT):
A legislação nacional poderá permitir o emprego ou trabalho de pessoas de treze a quinze anos de idade, em trabalhos leves, com a condição de que estes:
a) não sejam suscetíveis de prejudicar a saúde ou o desenvolvimento dos referidos menores; e
b) não sejam de tal natureza que possam prejudicar sua freqüência escolar, sua participação em programas de orientação ou formação profissionais, aprovados pela autoridade competente, ou o aproveitamento do ensino que recebem.
No Brasil, o trabalho infantil é considerado ilegal para crianças e adolescentes entre 5 e 13 anos. A partir dos 14, o trabalho é legalizado se a pessoa estiver na condição de aprendiz.
Entre os 16 e 18 anos, a lei brasileira permite as atividades laborais, desde que sejam realizadas no período entre as 06h as 22h.
Saiba mais sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Trabalho Infantil no Brasil
Um dos grandes problemas sociais que afetam nosso país é o trabalho infantil. Segundo estatísticas do PNAD (2017), 1,2 milhões de crianças estão trabalhando na faixa etária de 5 a 13 anos.
Infelizmente, esses dados mostram a crua realidade do País. É comum ver nas ruas diversas crianças trabalhando nos semáforos, trens, etc.
Elas deixam de frequentar a escola por razões que estão associadas a diversos problemas sociais, como a desestruturação familiar, a falta de renda, abandono, entre outros.
Muitas delas trabalham no campo e desde cedo não recebem remuneração. Nesses casos, a fiscalização torna-se uma tarefa difícil.
Atualmente, diversos programas trabalham em prol da melhoria desse panorama, do qual merece destaque o Peti (Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil).
No Brasil, o Nordeste é a região que mais apresenta a exploração laboral infantil. Cerca de 50% trabalham em fazendas e sítios. Vale notar que as crianças negras são o maior alvo do trabalho infantil no País.
Trabalho Infantil no Mundo
A UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância, em inglês United Nations Children's Fund) é um órgão responsável por defender os direitos das crianças no mundo.
Esse órgão foi fundado em 1946 e desde então tem contribuído para ações que incluem o desenvolvimento e os direitos das crianças.
De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), atualmente existem mais de 7 bilhões de crianças no mundo que estão incluídas na lista do trabalho infantil.
No mundo, a prática de uso de mão de obra infantil é mais comum em países subdesenvolvidos, sobretudo dos continentes africano, americano e asiático.
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