segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

QUAIS AS NOSSAS DIFERENÇAS? - Criz Frazão

Quais as nossas diferenças?

Um texto de todos nós (Criz Frazão)



  • Sou a favor das políticas sociais.Concordo que bandido bom é bandido ressocializado; e que lugar de criança é na escola;
  • Considero que criminosos de colarinho branco também são bandidos, independentemente do viés ideológico;
  • Concordo que apologia à tortura é crime;


  • Sou pró-família, independentemente de sua constituição;
  • Sou contra a erotização de crianças (como vemos há décadas na TV brasileira, diante do quê nunca ninguém se indignou), mas a favor de educação sexual;
  • Sou a favor de acabar com todo e qualquer privilégio da classe política nos três poderes;
  • Entendo que cotas devem existir para pessoas de classes sociais menos favorecidas, para negros, índios e pessoas com deficiência;
  • Considero que os direitos humanos são direito de todos (inclusive dos que odeiam os direitos humanos sem saber bem do que se trata), e que, se não fosse por esses direitos, nem seríamos uma sociedade;
  • Concordo que Policiais, Professores e Profissionais da Saúde deveriam ganhar mais do que deputados e senadores;
  • Sei que o Brasil é laico, e todas as religiões merecem respeito, tanto quanto a posição de quem não tem religião nenhuma;


  • Entendo que o feminismo protege a mulher contra todos os tipos de violência a que está submetida e luta por direitos iguais, nem mais, nem menos;
  • Considero que o racismo é abominável;
  • Sei que, embora sejamos todos iguais, é notório o preconceito ainda enraizado na nossa sociedade;
  • Sou a favor de políticas públicas que beneficiem as minorias;
  • Sou contra quem prega violência de qualquer tipo. A solução de problemas sociais NÃO passa pela militarização;
  • Sou contra a liberação do porte de arma e a caça “esportiva”;
  • Sou contra educação básica à distância e defendo a educação integral;
  • Sou contra a censura;
  • Sou contra autoritarismo;


  • Defendo a Democracia, a Constituição e o Republicanismo;
  • Sou a favor da preservação ambiental e da demarcação das terras indígenas;
  • Sou a favor do amor, diversidade, respeito, igualdade social, união, desenvolvimento humano e digo NÃO à violência!

Fico feliz por ter amigas e amigos que também são assim, e que não são poucos. Temos esses mesmos valores e não os consideramos algo negociável.

Esse texto não é de minha autoria, copiei de uma amiga, que já copiou de outra amiga que já copiou de outra, no entanto esse texto é de todos nós que acreditamos que dentro de cada ser humano existe um outro ser humano capaz de se manifestar com valores que podem fazer o mundo melhor.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

A fome ainda é um problema no Brasil - Guilherme Eler

A fome ainda é um problema no Brasil

Dados da ONU indicam que população faminta do Brasil está em torno de 5 milhões – número que é praticamente o mesmo desde 2010.


Por Guilherme Eler -  Publicado em 5 ago 2019, 21h07

 (Guido Dingemans, De Eindredactie/Getty Images)

“Existe fome no Brasil? ‘Somados Bolsa Família, BPC [Benefício de Prestação Continuada] e Aposentadoria Rural, há uma massa de R$ 200 bilhões que vão para o bolso dos mais pobres todo ano. Logo, se você entender a fome como sistêmica e endêmica, o Brasil não a tem'”, disse o presidente Jair Bolsonaro, em sua conta do Twitter, fazendo menção a uma fala de Osmar Terra, atual ministro da Cidadania.

A declaração de Bolsonaro, feita nesta segunda (5), marca a segunda vez no intervalo de um mês em que o presidente comenta a situação da fome no Brasil. Durante um encontro com jornalistas estrangeiros no dia 19 de julho, Bolsonaro afirmou que “falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira”. Depois, recuou, dizendo que “alguns [brasileiros] passam fome”.

O conceito de “fome endêmica”, a que Bolsonaro recorre em seu tweet mais recente, foi introduzido por Josué de Castro, médico, escritor e ativista contra a fome no Brasil morto em 1974. Em sua obra Geografia da Fome (1948), Castro traça o primeiro mapa da fome no país e estabelece uma série de nomenclaturas para orientar estudos na área. Segundo o autor, pode-se chamar de área de fome endêmica, “uma determinada área geográfica em que pelo menos metade da população apresenta nítidas manifestações de carências nutricionais permanentes”.

Resultado de imagem para imagens da fome no brasil"
https://istoe.com.br/a-volta-da-fome/

Para dizer que todo o país atravessa um cenário de fome endêmica, segundo Castro, mais de 100 milhões de brasileiros precisariam estar privados do acesso adequado a alimentos. Não é, de fato, o que o Brasil registra hoje. Segundo o relatório O estado da segurança alimentar e da nutrição no mundo, divulgado recentemente pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) a parcela de brasileiros desnutridos caiu de 4,6% da população total entre 2004-2006 para um índice menor que 2,5% entre 2016 e 2018. Entre 2004 e 2006, estima-se que 8,6 milhões de brasileiros passavam fome. Se o número de desnutridos está, hoje, na casa dos 5 milhões, a queda foi de 42%.

No Brasil, a diminuição no número de famintos aconteceu de forma mais acentuada no período de 2004 a 2014 – quando 26.5 milhões de pessoas deixaram a pobreza. 2014, aliás, é tido como um marco, já que representa o ano em que o país saiu do Mapa da Fome elaborado pela FAO.

O grande problema é que não é preciso entender a fome “como sistêmica ou endêmica”, como destaca Bolsonaro em seu tweet, para que ela continue existindo – e preocupando. Como dito acima, os dados do último levantamento da FAO, permitem estimar que mais de 5 milhões de brasileiros ainda sofrem com a escassez de alimentos.

E apesar de a queda de 42% ser considerável (e o total de desnutridos ser menor do que no começo do milênio), não registramos avanços significativos nesse quesito desde 2010.
Essa estagnação apareceu no Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional na América Latina e Caribe, outro relatório da ONU, divulgado em novembro de 2018. O documento indicou, inclusive, que a quantidade de pessoas famintas no Brasil fez o caminho inverso – aumentando ligeiramente nos últimos anos.

Entre 2015 e 2017, o número de brasileiros desnutridos era de 5,2 milhões. Entre os períodos de 2014 a 2016 e 2013 a 2015, o total calculado era de 5,1 milhões. E dois anos antes, de 5 milhões. O índice mais baixo permanece sendo o de 2010, quando cerca de 4,9 milhões de Brasileiros passavam fome.

Há exemplos de países vizinhos de América Latina que, no mesmo período, apresentaram resultados bem mais relevantes. Na Colômbia, onde 5 milhões de pessoas passavam fome em 2010, o total chegou a 3,2 milhões em 2017 – uma queda de 36%. No caso do México, que foi de 5,5 milhões para 4,8 milhões de famintos, a diminuição desde 2010 foi de quase 13%. Mesmo o Peru, que teve uma baixa menos relevante, o número de desnutridos foi de 3 milhões para 2,8 milhões – quase 7% de queda.

Como disse José Graziano, engenheiro agrônomo brasileiro que foi diretor-geral da FAO, em entrevista ao Estadão, “não se combate a fome dizendo que ela não existe”. Ou seja, mesmo que os dados não sejam agradáveis a quem vê, ignorar a demanda dos brasileiros por alimentação de qualidade (como parece estarmos fazendo há um tempo) não vai erradicar o problema – muito pelo contrário.


Em:https://super.abril.com.br/sociedade/por-que-ainda-nao-da-para-afirmar-que-nao-existe-fome-no-brasil/


terça-feira, 26 de novembro de 2019

ENTÃO, É NATAL!

ENTÃO, É NATAL!

O céu e o inferno.


Autor anônimo
Texto adaptado por Marcus Pereira




Um homem santo teve um dia para conversar com Deus e o indagou:

̵   "Senhor, eu gostaria de saber como são o Céu e o Inferno"

Silenciosamente Deus levou o homem santo a duas portas. 

Abriu a primeira e o deixou olhar para dentro, onde havia uma grande mesa redonda com um  enorme  recipiente com bastante comida, deliciosamente temperada e perfumada.

O homem santo ficou com água na boca.

Mas percebeu que as pessoas sentadas ao redor da mesa estavam magras, pálidas e com aspecto doentio. Todos aparentavam estarem com fome, embora tivessem colheres com cabos longos presas ao braço.

Todos alcançavam o prato de comida e podiam pegar um pouco, mas como o cabo da colher era mais comprido que o braço, não conseguiam levar a comida até a boca.

O homem santo tremeu ao ver a miséria e o sofrimento deles.

E Deus disse-lhe:  

̵  "Você acabou de ver o inferno".

Então os dois seguiram em direção a segunda porta.

E Deus a abriu.

A cena que o homem viu era idêntica a que observara na primeira porta. Uma grande mesa redonda com um recipiente ao centro cheio de comida, tão atraente quanto a anterior e novamente lhe fez encher de água a boca.

E mais uma vez observou que, assim como na outra porta, as pessoas ao redor da mesa tinham colheres com cabos longos, no entanto eles estavam bem alimentados, felizes e conversando uns com os outros, uma harmonia.

E o homem santo dirigindo a  Deus falou: 

̵  "Eu não entendo. Qual a diferença?

̵  É simples - respondeu-lhe Deus.

̵  Aqui eles aprenderam que o cabo da colher não permite que você se alimente, porém permite que você alimente seu vizinho.

̵  Eles aprenderam a alimentar uns aos outros! Aqueles na outra mesa, por outro lado, só pensam em si mesmos.

E prosseguiu:

̵  Inferno e o Paraíso tem as  mesmas  estruturas, dentro de nós é que devemos encontrar as diferenças!!!

O que teria Deus a ensinado a esse homem santo?


Eis o que diria Mahatma Gandhi:

"Na terra há o suficiente para satisfazer as necessidades de todos, mas não para satisfazer a ganância de alguns, nossos pensamentos, por melhores que sejam, são falsas pérolas, se não são transformadas em ações. Seja a mudança que você quer ver no mundo ".


                                                                                                                  Mahatma Gandhi




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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

2 ANOS DA REFORMA TRABALHISTA.


2 ANOS DA REFORMA TRABALHISTA.

Quem ganhou?  Quem perdeu?


Por Marcus Pereira


PRINCIPAIS EFEITOS:

  • Aumentou o número de desempregados;
  • O poder aquisitivo dos menos favorecidos caiu;
  • Aumentou a informalidade - Como motoristas de aplicativos, entregadores de alimentos (motos, bicicletas), vendedores nos sinais, etc.
  • A reforma não gerou empregos;
  • Boa parte dos empregos gerados são intermitentes (baixos salários e poucos direitos);
  • Queixas na Justiça trabalhistas despencaram - acontece por conta do enfraquecimento dos Sindicatos de diversas categorias, agora perseguidos e vendo suas arrecadações reduzidas.

A verdade é que o trabalhador brasileiro está desprotegido e abandonado e a promessa de geração de empregos (5 milhões na ocasião do projeto da Reforma Trabalhista) não se concretizou. O que vemos é o aumento do desemprego consequência das demissões com intenção de recontratar com redução de salários ou por vagas intermitentes.

Mais uma vez o povo brasileiro foi enganado e a realidade não é nada animadora, vem por ai: mais demissões, mais "trabalhos", em condições precárias, menos direitos, menos dinheiro no bolso dos trabalhadores, persistência do desemprego, aumento da informalidade, aumento das desigualdades, economia estagnada, recessão.

Os maiores beneficiados continuam sendo os mesmos que a séculos tiram proveito da escravidão do povo, o empresariado brasileiro, que livrou-se de encargos  trabalhistas, reduziu a contratação formal e tem todo aparato de um Governo, que tem apenas um objetivotratar o trabalhador como inimigo.

Onde estão aqueles que propagavam aos quatro cantos que esta Reforma seria a salvação do país?, seria a grande "galinha dos ovos de ouro" para o trabalhador desalentado. Eram os mesmos especialistas que agora aplaudem as reformas que estão por vir, e mais uma vez enganando a todos com a mesma história de 2 anos atrás.

A verdade é que todas essas "armações" (as absurdas mudanças que estão ocorrendo) fazem parte de um projeto excludente/entreguista neoliberal  onde o que menos importa é o bem estar social do povo, lideradas pelo Sr. Paulo Guedes. O mesmo que foi o responsável pelas REFORMAS CHILENAS  que agora dá sinais de desajustes econômicos e sociais.

O povo brasileiro não merece passar pelo que está passando o povo chileno. Para que isso não acontece devemos ficar alertas e não assistirmos de forma pacífica a essa tentativa de enfiar de goela abaixo um projeto que joga a margem os menos favorecido (o trabalhador),  enquanto incompetentes do Judiciário, Legislativo e Executivos desfrutam das benesses do estado em seus  auxílios variados, elegendo e empregando filhos, amigos e parentes.



Até quando vamos aceitar pacificamente esse descaso?

Onde estão os paneleiros?

Abre o olho "Brazil", senão explodirá em nossas mãos um CHILE.

VIVA O POVO BRASILEIRO!


quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Cerrado brasileiro – fauna, flora e outras características

Cerrado brasileiro – fauna, flora

Por Prof. Luana Polon em https://www.estudopratico.com.br/cerrado-brasileiro-fauna-flora-e-outras-caracteristicas/

O Cerrado é um dos biomas existentes no território brasileiro, sendo considerado como o segundo maior dentre os biomas do Brasil. Como bioma entende-se um conjunto de diferentes ecossistemas existentes num dado local, onde há a predominância de vegetações baixas e árvores retorcidas, adotando certa homogeneidade visual.

O que é o bioma do Cerrado?


O Cerrado é um dos biomas que compõe o território brasileiro, juntamente com os biomas da Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa (campos sulinos) e Pantanal. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ponto de partida para definição dos biomas é a formação vegetal, ou seja, o tipo predominante de planta existente em uma área específica.




O Cerrado foi, por bastante tempo, considerado como um bioma pobre em espécies. Isso ocorria pela falta de estudos e conhecimento sobre o bioma, visão esta que se modificou em anos mais recentes, sendo que hoje o bioma Cerrado é visto como um ambiente rico em biodiversidade. O Cerrado é conhecido como Savana brasileira, por suas características similares as do bioma das Savanas. 
 

Foto: Reprodução/EBC/Marcelo Camargo

 

Onde está localizado o Cerrado?


O bioma do Cerrado ocupa uma extensa área do território brasileiro, a qual corresponde a cerca de 24% das áreas do país. Este bioma está presente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, com abrangência da totalidade do Distrito Federal, bem como uma ampla porção de Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul e ainda de Minas Gerais. Com menor expressividade, é possível se verificar a presença do Cerrado em estados como Amazonas, Rondônia, São Paulo, Paraná, Paraíba e ainda Pernambuco, ocupando áreas de menor proporção territorial.

Vegetação do Cerrado 


A flora do Cerrado é constituída por um misto de ampla diversidade de espécies vegetais, e o aspecto do Cerrado se assimila bastante com as savanas, comumente existentes no continente africano. Os Cerrados podem apresentar ambientes com predominância de extensões com campos limpos, mas também ambientes com formação arbórea densa. Portanto, há uma heterogeneidade em relação ao tipo vegetativo dos Cerrados.
São comuns no bioma as formações vegetais com plantas de médio porte, as quais misturam-se com gramíneas que se estendem por vastos espaços. É comum ainda que os Cerrados apresentem dois estratos de plantas, sendo um deles formado por árvores de pequeno porte, as quais possuem um formato retorcido em seus troncos. Enquanto o outro estrato é constituído por vegetação rasteira, com ampla predominância das gramíneas.


Foto: Reprodução/Caliandra do Cerrado

 

Fauna do Cerrado


Diferentemente do que foi por muito tempo imaginado, o Cerrado é um bioma com grande diversidade faunística, o que significa que existem várias espécies animais que vivem neste bioma. Por sua localização geográfica, o Cerrado recebe espécies animais advindas da Amazônia, da Mata Atlântica, do Pantanal e da Caatinga, o que transforma o Cerrado em um ambiente de grande diversificação em relação aos animas que vivem ou transitam pelo bioma.
No Cerrado são possíveis de serem visualizados animais mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes de várias espécies. Além de insetos variados, muitos dos quais ainda pouco conhecidos pelos pesquisadores.
No Cerrado existem ainda espécies de animais que já estão na lista de ameaçados de extinção, como a onça-pintada, o tatu-canastra, e ainda, o lobo-guará, a águia-cinzenta, bem como o cachorro-do-mato-vinagre. Existem espécies endêmicas no Cerrado, ou seja, espécies de animais que só existem neste bioma, como o tamanduá-bandeira, que também integra a lista de animais ameaçados de extinção. 
 

Foto: Pixabay

 

Solos do Cerrado 

 
Os solos do bioma Cerrado são formados por espessas camadas de sedimentos, constituindo solos profundos. A cor deste solo costuma ser vermelha ou vermelho-amarelada, sendo que são solos porosos com alto potencial de drenagem. Os solos do Cerrado possuem baixa fertilidade, ficando ao entorno de 3% até 5% em relação ao teor de matéria orgânica. Em algumas regiões, encontram-se solos bastante ácidos, especialmente por conta dos elevados índices de alumínio, ferro e ainda de manganês. Além disso, são solos bastante antigos e, justamente por isso, também intensamente intemperizados. 

Problemas no Cerrado


O Cerrado é o segundo bioma que mais sofreu as consequências da intervenção humana no Brasil, ficando atrás apenas da Mata Atlântica. Um dos maiores impactos no bioma dos Cerrados é a presença histórica dos garimpos nos locais que abrangem o bioma. A atividade mineradora promove a contaminação dos rios com elementos químicos, como o mercúrio, e este tipo de atividade ocasiona o assoreamento do leito dos rios.
Apesar da importância da ação mineradora na devastação do bioma dos Cerrados, a ameaça mais recente e mais impactante no bioma é o avanço das atividades da monocultura intensiva, com a plantação de grãos, em geral para exportação. E ainda, a pecuária extensiva, dotada de baixo investimento e uso de poucas tecnologias, o que denota ampliação das áreas para sua realização. Atrela-se a isso também o uso demasiado de produtos como agrotóxicos e fertilizantes, os quais também contaminam e desestabilizam o bioma.
Estima-se que cerca de 80% das áreas totais do Cerrado já tenham sido impactadas pelas ações antrópicas, especialmente com atividades relacionadas a expansão agropecuária, mas também com a ampliação de áreas urbanas e a construção de infraestrutura, como estradas necessárias para o escoamento da produção. O uso indiscriminado das áreas do Cerrado tem gerado um alerta sobre os impactos em sua biodiversidade, com a consequente perda de espécies vegetais e animais.

Unidades de conservação no Cerrado 


O bioma do Cerrado abrange uma extensão de 2.036.448km² do total do território brasileiro, sendo considerada como a Savana mais rica em biodiversidade do mundo. No entanto, apesar de sua abrangência, apenas 8,21% de sua extensão é preservada legalmente por meio de unidades de conservação. Dentre as principais áreas de conservação do Cerrado estão o Parque Nacional das Emas, o Parque Nacional Grande Sertão Veredas, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, o Parque Nacional da Serra da Canastra, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e ainda o Parque Nacional de Brasília.





Imagem: Reprodução/Senado
Referências» AMEAÇAS ao Cerrado. WWF Brasil. Disponível em: . Acesso em: 05 de junho de 2017.
» BRASIL. Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN). Fauna do Cerrado. Disponível em: . Acesso em: 05 de junho de 2017.
» BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Cerrado. Disponível em: . Acesso em: 05 de junho de 2017.
» RIOS, Eloci Peres; THOMPSON, Miguel. Biomas brasileiros. São Paulo: Melhoramentos, 2013.
» UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Departamento de Ecologia. Aspectos do Cerrado: conservação. Disponível em: . Acesso em: 05 de junho de 2017.
» VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Ática, 2011.

 Mestre em Geografia e Graduada em Geografia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Especialista em Neuropedagogia pela Faculdade Alfa de Umuarama (FAU) e em Educação Profissional e Tecnológica (São Braz)


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quarta-feira, 24 de julho de 2019

Quase dois terços da força de trabalho global estão na economia informal, diz estudo da ONU

Quase dois terços da força de trabalho 

global estão na economia informal, diz 

estudo da ONU



Publicado: 13 Fevereiro, 2019 - 15h23 | Última modificação: 13 Fevereiro, 2019 - 16h10

Mais de 61% da população empregada no mundo — 2 bilhões de pessoas — está na economia informal, segundo estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado na segunda-feira (30), enfatizando que a transição para a economia formal é essencial para garantir proteção social e condições de trabalho decente.


Bici-táxis no bairro antigo de Deli, Índia. De acordo com um novo relatório da OIT,
cerca de 93% do emprego informal no mundo está em países emergentes
 e em desenvolvimento. Foto: OIT/Vijay Kutty

"O principal problema do mercado de trabalho no mundo é o emprego de má qualidade, aponta a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Milhões de pessoas estão sendo obrigadas a aceitar condições precárias de trabalho para conseguir conquistar alguma renda". (CUT)

"Um relatório divulgado nesta quarta-feira 13/02/2019  pela OIT, com dados de fevereiro/maio de 2018, mostra que 61% das pessoas que compõem a força de trabalho mundial atuam de maneira informal. Segundo a pesquisa, são dois bilhões de pessoas trabalhando na informalidade do total de 3,3 bilhões empregadas em todo o mundo". (CUT)


“A alta incidência de informalidade em todas as suas formas têm múltiplas consequências adversas para trabalhadores, empresas e sociedades, e é um importante desafio para a conquista do trabalho decente para todos”, disse Rafael Diez de Medina, diretor do Departamento de Estatísticas da OIT.

As conclusões constam no mais novo relatório da OIT, “Mulheres e homens na economia informal: uma foto estatística“. O estudo também fornece estimativas comparáveis sobre o tamanho da economia informal e um perfil estatístico do setor, usando critérios de mais de 100 países.

“Medir essa dimensão importante, agora incluída nos indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), pode ser visto como um passo excelente rumo à ação, particularmente graças a dados mais comparáveis dos países”, disse Medina.

A distribuição geográfica do emprego no setor informal mostra um cenário impressionante.

Na África, 85,8% do emprego é informal. A proporção é de 68,2% na Ásia e no Pacífico, de 68,6% nos Estados Árabes, de 40% nas Américas, e pouco acima de 25% na Europa e na Ásia Central.

No Brasil, o índice de informalidade no emprego total é de 46%, sendo maior entre os homens (37%), do que entre as mulheres (21,5%) no setor informal.


De maneira geral, 93% do emprego informal do mundo está nos países emergentes e em desenvolvimento. Globalmente, o relatório também concluiu que o emprego informal é mais frequente entre homens (63%) do que entre mulheres (52,1%).

“Dos 2 bilhões de trabalhadores informais do mundo, pouco mais de 740 milhões são mulheres”, disse a OIT, lembrando que elas estão mais presentes nos mercados informais em países de baixa e média renda, onde estão em situação de maior vulnerabilidade.

Fatores que afetam o nível de informalidade


A educação é o principal fator a afetar o nível de informalidade, disse o estudo, notando que quanto maior a escolaridade, menor o nível de informalidade.

“Pessoas que concluíram a educação secundária e superior têm menos chance de estar no mercado informal na comparação com trabalhadores que não têm escolaridade ou só completaram a educação primária”, disse a OIT.

Além disso, pessoas vivendo em áreas rurais têm duas vezes mais chances de estar no mercado informal na comparação com os trabalhadores de áreas urbanas, acrescentou o estudo.

De acordo com Florence Bonnet, um dos autores do relatório, os dados sobre essas questões são cruciais para a elaboração de políticas públicas efetivas.


“Para centenas de milhões de trabalhadores, a informalidade significa falta de proteção social, direitos no trabalho e condições de trabalho decente, e para as empresas significa baixa produtividade e falta de acesso a financiamento”, disse.


EM:https://nacoesunidas.org/quase-dois-tercos-da-forca-de-trabalho-global-estao-na-economia-informal-estudo-da-onu/



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sábado, 20 de julho de 2019

QUE PAÍS QUEREMOS PARA O FUTURO? - Marcus Pereira

QUE PAÍS QUEREMOS PARA O FUTURO?

Por Marcus Pereira 

  

Essa pergunta ainda ecoa no ar. Mas outra pergunta também precisa ser feita: qual a serventia daquela lavagem cerebral que a GLOBO fazia todos os dias antes da eleição em seus jornais diários?

 



Serviu para esclarecer e buscar o enfrentamento dos problemas sociais, políticos e ecológicos do Pais? Quais eram as verdadeiras intenções por trás de tanta parafernália?

As respostas dos entrevistados (população), que ouvíamos como um mantra, compostos nos porões do nosso telejornalismos, tinham quase as mesmas palavras, os mesmos sentidos:

"Queremos uma sociedade justa e igualitária", "Que possamos ter direito à saúde, a educação, a alimentação e a segurança". "Que nossos mares e rios sejam respeitados". "Que os políticos cumpram com suas promessas". "Corruptos punidos".

"Queremos um país livre da violência". "Queremos um país sem divisão de classe social". "Queremos um país sem preconceito de cor, gênero, cultura ou religião".

O que estamos vendo de real, além dessa balbúrdia que se prolifera na nação brasileira? Essa é uma análise que enquanto cidadãos temos de fazer, essa é uma preocupação constante, temos o dever de nos preocuparmos, com o principal propósito: o de impedirmos que a situação se agrave ao ponto de perdermos a esperança de sermos uma nação de verdade, uma nação para nossos filhos e netos.

Se não abrirmos os olhos, o Brasil só não deixará de existir enquanto país para esses canalhas que vivem em função do Estado, porém, para aqueles que vivem além das fronteiras das grandes cidades, já não existe mais nem a noção do que é ser cidadão brasileiro, estamos deixando de ser uma nação de verdade, para sermos apenas um amontoado de gente sem rumo e sem direção.

Hoje o que precisamos urgentemente, é implantar uma POLÍTICA DE GOVERNO que tenha como principal objetivo a diminuição das desigualdades sociais. É inadmissível que sejamos um dos piores países em distribuição de renda, o que só se agrava.

Em quantos países a diferença entre ricos e pobres É tão gritante quanto em nosso país?  "ISSO É UMA VERGONHA"!

Moradia, terra para quem precisa, emprego, diminuição da violência. Entra governo e sai governo e o que realmente tem sido feito de diferente? Precisamos também dessa análise.

Precisamos de políticas de distribuição de renda, precisamos de uma educação de qualidade, sem essa de escola sem partido, isso é hipocrisia, de quem não tem o que mostrar de concreto, isso é atestado de incompetência de quem só pensa em dividir o país em dois lados. Foi para isso que elegemos (eu não) um cara que se propunha a ser diferente?


A verdade é que, independente de quem esteja mandando (se apossando), quem perde é o povo.

Não podemos mais nos enganarmos, toda briga pelo poder não tem, infelizmente, o povo como alvo, mas sim as benesses que esse poder trás. Para o povo tem é pau no ovo, o resto é manipulação e farsa.

As pessoas (os eleitores) se digladiam, enquanto eles os poderosos batem palma. É o famoso: os cães ladram e a caravana passa (os babacas ladram e a burguesia lambe os beiços) uma grande ópera bufa que se instalou no país desde 22 de abril de 1500.

Temos em nossas mãos uma grande oportunidade diz o Sociólogo Jessé Souza: “É a oportunidade não só da classe média mas de toda a sociedade brasileira aceitar esse fardo e se autocriticar porque essa farsa está sendo desmontada”.




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quinta-feira, 18 de julho de 2019

18 de julho: aniversário de Mandela e a resistência negra e popular - Rosa Maria

18 de julho: aniversário de Mandela e a resistência negra e popular

Caso vivo, Mandela completaria 101 anos; líder representa a luta de todo o povo negro


Por Rosa Maria* 18 de Julho de 2019 às 10:09

 

Símbolo de luta do povo negro, Mandela resistiu a 27 anos de prisão - Créditos: Keith Bernstein

O racismo é estruturante na sociedade capitalista e patriarcal e, no caso brasileiro, durante o processo histórico de construção da nação, o povo negro sempre esteve às margens da sociedade. Na África do Sul, o apartheid foi a forma encontrada para excluir a maioria da população e destiná-las a condições sub-humanas de vida em prol do desenvolvimento da economia capitalista.

Apartheid significa “separação” em africâner, língua falada na África do Sul. O apartheid foi um sistema de segregação racial instituído na África do Sul em 1948 pelas elites brancas que controlavam o país e sustentava-se no mito da superioridade racial europeia. Baseando-se na crença de que os brancos europeus eram superiores aos negros e outras etnias, os brancos acreditavam que deveriam viver separados. Os não-brancos eram proibidos de frequentar os mesmos lugares que os brancos, de ter a posse de terras, de circular livremente pelo território e, é claro, de participar das decisões políticas do país.

A partir do início do apartheid, o compro- metimento de Mandela ao movimento pela liberdade se intensificou. A sua atuação logo chamou a atenção do governo, que o incluiu na lista de líderes banidos. O banimento e a perseguição do governo levaram Mandela a anos de trabalho na clandestinidade. Mandela passou 27 anos de sua vida preso. Mesmo de dentro da prisão conseguiu manter a liderança do seu povo pela luta contra o sistema racista.

No Brasil, também é a população negra quem mais sente os retrocessos impostos em função do racismo estrutural. Os cortes e congelamento de investimentos públicos em educação e saúde, a destruição da política de aumento real do salário mínimo, o aumento do desemprego e essa precarização das relações de trabalho, o aumento da exploração dos bens naturais, entre outras medidas, justificadas como saídas para crise, impactam diretamente no aumento da desi- gualdade racial e social.

É preciso considerar a necessidade de compreensão de que nossa história, desconhecida pela maior parte da população, foi semeada de episódios sangrentos, brutais, mas também de muita resistência no enfrentamento à exploração e opressão. Assim como o reconhecimento dessa identidade na construção de uma plataforma democrática e popular.


*Rosa Maria é educadora do campo e militante do MST

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sexta-feira, 12 de julho de 2019

Bolsonarismo: uma mutação social com o mais baixo grau de inteligência e desmedido mau caratismo - Dino Barsa

Bolsonarismo: uma mutação social com o mais baixo grau de inteligência e desmedido mau caratismo


Por Dino Barsa

Professor de História, Fabiano da Costa define “Pessoas de Bem“, o termo sobre o qual está fundamentada toda a falsa ideologia bolsonarista, que revelou os mutantes de nossa sociedade desde os meses que precederam a eleição de seu ‘mito’. LEIA:



PESSOAS DE BEM

“A gente já percebeu que não adiantou o vazamento dos diálogos entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol. Como não adiantou nada quando pegaram o Dallagnol comprando apartamentos do “Minha Casa Minha vida” para especulação imobiliária.

A turma dos Bolsomitos entrou defendendo o Promotor e o defendeu mesmo quando ele, ruborizado, decidiu devolver os apartamentos. Não adiantou nem mesmo os números do IBGE: O desemprego aumentou no Governo Bolsonaro e chegamos à marca, recorde, de 43 milhões de pessoas sem renda. No mesmo dia em que o IBGE publicou este alarmante dado, o que eu mais vi foi gente dizendo “Bolsonaro está arrumando o país e o IBGE está cheio de comunistas“.

E por que não adiantou?

 


Estamos lidando com uma mutação social, construída entre a Biologia e a Sociologia, que mistura o mais baixo grau de inteligência com um nível desmedido de mau caratismo. Gente que afirma categoricamente que juiz (o que realiza julgamento) pode ter lado, pode sentar frente às partes já com a sentença na cabeça, por encomenda, não só não entende o que é justiça, mas também não tem limites para alcançar o que deseja.

Sua confusão entre Justiça e Revanche é natural, por que para ela, certo é o que lhe convém.

Não sei se estou sendo bem claro, mas estou dizendo que estamos lidando com pessoas sem limite ético (o que é pior que estar sem limitação moral).

Existe gente assim no PT? Existe. Existe também no PSOL, existe no PCdoB, no PCB, nas igrejas e clubes de futebol, e em todos os cantos, mas foi e é em Bolsonaro, Moro, PSL e seus compadres, que eles melhor se encontram.

Por quê?


Por que a Extrema Direita é constituída justamente pela falta de limites e o descompromisso com o respeito e os Direitos Humanos. A Extrema Direita se construiu historicamente nas bases do frenesi, do fanatismo e no horror das Massas que se repetiam nos séculos anteriores.

As chamadas “Pessoas de Bem“, que assim se auto-intitulam, reservam a si mesmas o alto posto da mais alta correção. E para fazer cumprir esta suposta correção, recorrem à interpretações doentias: são contra o estupro, mas vibram quando sabem que o acusado de estupro será violentado em uma cadeia suja. São contra a violência, mas querem portar armas para aumentar o nível de violência e matar quando acharem necessário.

Assim, são também contra a violência no trânsito, mas acham que crianças devem andar desprotegidas no carro.

Para quem se acha “pessoa de bem“, não existe racionalidade e julgamento ético: Existe sim a sua moral, que sempre lhe convém no momento certo. Pessoas de bem são bedéis e juízes ao mesmo tempo, mas nunca serão réus. Na sua cabeça maluca, deus opera por todo o tempo, mas somente pelo bem delas.

Estou desenhando este quadro medonho, apavorante, por que além de artista, sou professor de História na Rede pública e lecionando, eu tenho a capacidade de compreender como esta gente perambula pelos mais tenebrosos períodos: linchando judeus no Período da Peste Negra (1342); empalando muçulmanos na Cruzadas no Século 13; realizando os Pogrons do Czarismo no Século 19; defendendo o Darwinismo Social e deixando os desempregados morrerem de fome durante a Segunda Revolução Industrial, também no Século 19…

É só imaginar aquela histeria coletiva, quando falando em nome de Cristo, esta mesma gente, amontoada, vibrava com uma suposta bruxa tendo sua língua arrancada em praça pública.

Resumindo: Pessoas de bem defendem todo o mal necessário, por que na cabeça delas, o vale tudo é constante: As milícias de São Domingos; as Cruzadas; a Inquisição…

Nos próximos dias, o site The Intercept divulgará mais e mais conteúdo das entranhas da Operação Lava Jato. Gente como eu (que não é pessoa de bem), já sabe tudo o que se esconde nos muquifos destes diálogos.


 Desde que Sergio Moro começou a cortar cabeças em 2014 e apareceu sua biografia, ficou muito claro para quem este espetáculo seria oferecido: quem era platéia e quem seria enforcado.

Assim, não devemos esperar muito de reação popular, por que as pessoas de bem estão convictas de que aconteça o mal que acontecer, isto será sempre pelo bem delas. Tenhamos em mente o momento em que Joana Darc foi queimada pelos católicos ingleses em 1431: enquanto o cheiro de carne queimada, tal qual um churrasco, invadia a cidade, alguns voltavam sorridentes por que haviam feito o que era certo.

No futuro, quando lerem sobre o Brasil de hoje, sentirão o mesmo que tu sentisses ao ler isto: uma incompreensão total de como pode haver tanta crueldade.

Mas não nos assustemos: Pessoas de bem vem e vão na história, mas graças a Deus, não ficam sempre.”

Fabiano da Costa é professor de História

EM: https://urbsmagna.com/2019/06/27/professor-de-historia-fabiano-da-costa-define-pessoas-de-bem-o-termo-sobre-o-qual-esta-fundamentada-toda-a-falsa-ideologia-bolsonarista-que-revelou-os-mutantes-de-nossa-sociedade-desde-os-meses



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segunda-feira, 8 de julho de 2019

Jesus não amava a religião. Ele amava as pessoas - Luciano Cazz

Jesus não amava a religião. Ele amava as pessoas

Por Luciano Cazz • 19 de abril de 2018*



Jesus não espera que a gente sempre concorde com as pessoas. Assim como Ele fez, quer que nós as amemos, porque ódio não destrói males. O que cura o mundo é o amor.

“As palavras de Jesus: Amem uns aos outros assim como eu vos amei, não devem ser apenas luz para nós, mas uma chama que incendeia nossa alma.” – Madre Teresa de Calcutá


Por isso, quem realmente acredita nas palavras de Jesus e tem seus valores no coração, sabe que Ele jamais aprovaria os seguintes comportamentos: 

1. Destratar o ser humano

Jesus deixou claro em sua postura que devemos fazer o bem sem ver a quem. Amar o próximo como a si mesmo é o maior desafio da humanidade. Ser caridoso sem esperar nada em troca, como também reagir com silêncio à ofensa, são atitudes de almas nobres que verdadeiramente entendem a palavra de Jesus. Porque de nada adianta ajudar um mendigo com roupas velhas se viramos as costas aos nossos amigos e família.  O bom coração de Jesus abdicou de muito em troca de quase nada.

2. Desrespeito às outras religiões

Jesus deixou claro que mais importante do que ter uma religião é fazer o bem.  Não adianta nada ajoelhar-se diante do altar, se não somos capazes de respeitar o outro. Que serventia tem a prece, se dentro do nosso coração guardamos raiva contra quem possui outras crenças. Cada um tem sua forma de chegar até Deus, que significa amor, bondade, compreensão e perdão. Qualquer pessoa que age em desacordo com esses princípios trai qualquer religião e todos princípios de Deus.

3. Ferir em nome de um Deus

Jesus jamais se orgulharia de quem fere ou mata em nome da religião. Satisfação maior para Deus é ver uma pessoa fazer o bem em seu nome. Levar amor em Seu nome e mais do que palavras, agir em Seu nome. Se Jesus amava as pessoas, não há razão nenhuma para que os homens fomentem o ódio entre si. Nenhum terreno onde há qualquer semente do mal, pode se dizer sagrado.

4. Ódio à diferença

Jesus, que era filho de Deus, com sua alma divina, nunca teve preconceito e nem julgou seus semelhantes. Mesmo com os braços perfurados na cruz, ele pregou apenas amor e nunca o ódio. O perdão e nunca a vingança. A compreensão e nunca a retaliação. Enquanto nós discriminamos o outro por seu diferente estilo de vida, Jesus oferecia a outra face. O ódio ocupa em nossos corações um espaço que deveria ser de Deus. Aliás, um coração que realmente tem Jesus, nunca terá espaço para preconceitos.

5. Crer para ir para o céu

Quando Jesus diz “crês em mim e abrirás as portas do céu”, Ele não quer dizer que precisamos ter uma religião. Deus é amor, então precisamos crer nos bons sentimentos e fazer o bem para ter um lugar no seu reino dos céus. Porque mais de acordo com os preceitos de Jesus está aquele que não julga e não tem maldade no coração do que aquele religioso que é incapaz de ser solidário e tem a alma escura de cólera.

6. Crimes nas Igrejas

Diante de tudo que Jesus pregou é inadmissível que testemunhemos crimes dentro de qualquer Igreja. Sejam de qualquer natureza. Tais atentos já são gravíssimos no cotidiano das pessoas comuns, sendo praticados por aqueles que defendem as ideias divinas, têm uma expressão religiosa e uma missão sagrada, tornam-se hediondos. São inaceitáveis! E todos nós devemos lutar juntos contra eles.

Há muita gente mascarando sua maldade usando Deus, porque muito mais do que sermos religiosos e acreditarmos na palavra de Jesus, devemos trabalhar com ela através do nosso comportamento na condução da vida. Por mais que ninguém possa perceber nossos maus sentimentos, Deus sempre será capaz de ver o que habita nossa alma.
Por isso, antes de amar sua religião, ame as pessoas. Porque se alguém é incapaz de respeitar o próximo, não é religião que lhe falta, mas, sim, amor no coração.


Luciano Cazz é autor do livro "A tempestade depois do arco-íris".

*Em https://osegredo.com.br/jesus-nao-amava-a-religiao-ele-amava-as-pessoas/?fbclid=IwAR16IRftRIZoh6LOsvx8ZGfeIHG8ZdGyTNMioAAblx_a1USbWYMAxVj0Zrk


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SÉRGIO MORO E A PSICOSE PARANÓICA!!! - Mário Lima

SÉRGIO MORO E A PSICOSE PARANÓICA!!!

 Por Mário Lima*


Ministro Sérgio Moro, você é uma grande vergonha para o nosso país!!!

Que mau exemplo é você para os meus ex-alunos do Curso de Direito, que um dia decidiram seguir uma carreira
jurídica!!!

E agora, Ministro da Justiça, Sérgio Moro, como é que eu irei poder abordar nas disciplinas  Sociologia Jurídica, TGE (Teoria Geral do Estado), Ciências Políticas e Ética Jurídica, conteúdos como Estado Democrático de Direito, Imparcialidade do Juiz e Ética e Justiça, se o Senhor é um exemplo de negação de tudo isso???

Depois que o Senhor jogou no lixo a nossa constituição, pedra basilar e estruturante do Estado Democrático de Direito, Sérgio Moro, como continuar acreditando que o Sistema Jurídico e os seus operadores do Direito ainda serão capazes de promover justiça!!! Fica muito difícil, o senhor não acha???

Lembre-se que por sua causa, sem provas, inocentemente, o Ex Presidente LULA padece preso, injustamente, em uma cela fria da Polícia Federal na "Republiqueta" de Curitiba!!!

O Senhor tem agido como um ser perverso, Senhor Moro! O senhor representa um grande perigo para a  SOCIEDADE BRASILEIRA!!!

O Senhor, Sérgio Moro, não tem o mínimo de vocação para servir ao Serviço Público ocupando um cargo no aparelho do Estado, porque o senhor, como nos ensinou o Pai da Psicanálise, Sigmundo Freud, não passa de uma criança mimada, ainda instalada no Narcisismo Infantil  dos primórdios de sua infância. Por isso mesmo não sabe o que é Alteridade e não reconhece a existência do outro e nem dos grandes outros, no dizer LACANIANO!!!

Sérgio Moro, em seus atos você deixa transparecer indício de quem pensa que é Deus, sintoma próprio de um quadro de PSICOSE PARANOICA, transtorno psíquico do qual também padeceu um  célebre Juiz alemão chamado Daniel Paul Schreber.

Esse Magistrado durante suas alucinações e delírios acreditava ser esposa do Pai Celestial e dele estava grávido, esperando uma criança que viria salvar o mundo.

Como o Senhor tem apresentado traços semelhantes de comportamento, sugerimos que procure com URGÊNCIA tratamento em SAÚDE MENTAL, porque o  O POVO BRASILEIRO já não aguenta mais ser vítima de seus DEVANEIOS!!!

O Divã Psicanalítico aguarda o Senhor, Ministro da "Justiça" Sérgio Moro!!!

#LulaLivre




*Mário Lima - foi professor do Curso de Direito da Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO, das disciplinas Sociologia Jurídica, Ciências Políticas, TGE - Teoria Geral do Estado, Antropologia Jurídica, Metodologia da Pesquisa Aplicada ao Direito e, Ética Jurídica, durante um período de quase oito anos. Atualmente é docente de Sociologia, no IFPE - Campus Recife


quarta-feira, 3 de julho de 2019

NOTA DE REPÚDIO E VERGONHA

NOTA DE REPÚDIO E VERGONHA


Por Eric Jóia


Não há qualquer problema em optar por uma corrente ideológica ou outra, você pode ser republicano ou democrata, de direita ou de esquerda. Pode acreditar no livre comércio ou entender que o Estado é necessário para superar desigualdades... tudo isso é compreensível, saudável é a beleza da democracia, a convivência harmônica com a diversidade.


Mas não há qualquer possibilidade, para quem se pretende ser humano, de reverenciar com honras alguém que participou de um dos piores espetáculos de horror e barbárie da história da humanidade: O HOLOCAUSTO.


Sob nenhum ponto de vista isso se justifica. O exército brasileiro cospe na tradição de seu povo, cujo voto conduzido pelo diplomata brasileiro Oswaldo Aranha em 1947 levou à criação do Estado de Israel (por isso o Brasil é quem faz o discurso de abertura da assembleia geral da ONU).

Sob o silêncio e anuência do Presidente da República o Brasil tem a coragem de cometer esse acinte à humanidade.

“Eu estive frente a frente com a morte muitas vezes. Numa delas, um oficial apontou uma arma para mim e minha reação foi mostrar indiferença, pois estava desnutrida, pesando cerca de 30 quilos e ainda com muitas dúvidas sobre tudo o que acontecia”
Nanete Blitz Konig


“Todos aqui sofremos coisas que a mente humana não pode imaginar. Debaixo de um jardim, há um porão com dois recintos infinitamente grandes: um deles é usado para tirar as roupas. O outro é uma câmara da morte. As pessoas entram nuas e, quando o espaço está cheio com cerca de três mil pessoas, ele é fechado, e todos são asfixiados com gás.”
Marcel Nadjari


"Um dos piores momentos em Auschwitz eram as seleções, quem iria para a câmara de gás, quem ficaria e retornaria a todo o sofrimento nos pavilhões. Tudo se tornava irrelevante ao som de um apito e aos gritos que nos paralisavam: ‘Todas as judias para fora!’ ou ‘Judias, não se dispersem após a chamada geral!’. Em momentos assim, nós imediatamente esquecíamos a fome que torcia nossas entranhas. O frio, as horas que passávamos ajoelhadas na lama, com tijolos nas mãos, na chuva ou na neve… O que interessava exclusivamente era a espera do veredicto – o movimento da mão de um de nossos ‘mestres alemães’: para a esquerda, a morte; para a direita, a vida, ou mais sofrimento no campo."


Pastores evangélicos que apoiaram e fizeram campanha pra esse governo (inclusive a própria FIERJ), que ignoraram o fato de que sua voz tem grande influência sobre seus ouvintes e que em razão disso deveriam ser muito mais cautelosos, vocês todos tem parte nessa tragédia. E a menos que, publicamente, vocês tenham a coragem de se manifestar em repúdio suas mãos também estão sujas desse sangue. Sugiro que retirem as imagens que se referem a Israel de seus templos, removam Menorás, réplicas de arca, não mencionem mais Jerusalém em seus cânticos e muito menos tentem ensinar o Salmo 122.6: Orai pela paz de Jerusalém, prosperarão aqueles que te amam.

Jamais senti tanta vergonha da igreja. Se calar ante a uma homenagem ao holocausto? A história, nem o Diário de Anne Frank, perdoarão isso. JAMAIS

MAIS DE 20 MILHÕES DE MORTOS NO HOLOCAUSTO, VOCÊS INSULTAM A MEMÓRIA DE MAIS DE 20 MILHÕES DE PESSOAS.

VERGONHA!!!


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segunda-feira, 1 de julho de 2019

Parada do Orgulho Gado! - Marcus Pereira

Parada do Orgulho Gado !

Por Marcus Pereira

30/06/2019 - Dia em que a burguesia, aquela que cheira pó e que grita "bandido bom é bandido morto", foi as ruas se manifestar.  Essas pessoas, em sua grande maioria,  são as mesmas, que  no submundo das grandes cidades, financiam ou fazem parte do crime organizado. Nessa manifestação via-se também, a presença daqueles que estão destruindo a nossa Previdência Social, os sonegadores. 
Aqueles que foram as ruas nesse dia 30 de junho, são os mesmos que nos matam por racismo, homofobia, feminicídio e alimentam, de forma indiscriminada, toda forma de preconceito e andam livremente sob a proteção do Estado.

Nessa manifestação (ou seria marcha da farinha?) estavam presentes o que existe de pior da sociedade brasileira, estavam presentes, com certeza, aqueles que aparelham o Estado nefasto a décadas, entra governo e sai governo, essas figuras, que se dizem defensoras da moral e dos bons costumes, continuam entrelaçadas ao poder, e nunca estiveram ou estão dispostas a abrirem mão da proteção do Estado ou das benesses do erário publico e em nenhum momento estiveram ou estão  preocupados em defender o país ou a sua população.


Foram esses pseudos defensores da moral e bons costumes, que saíram as ruas (Marcha da farinha), para defender o indefensável, ou seja, a destruição dos direitos trabalhistas, a terceirização que só precarizou a relação empregado/patrão, defender a Reforma da Previdência, que entre outras coisas estabelece um benefício de R$400,00 para idosos de 60 anos e a idade mínima para aposentadoria de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.

Foi essa elite retrógrada que esteve nas ruas, defendendo um bandido que se travestia de juiz, para cometer delitos, acobertado por tantos outros pilantras, os mesmos que recebem auxilio moradia (alguns até 2), auxilio escola, auxilio paletó, auxilio educação para os filhos de até 21 anos, sem falar dos seus altos salários (os verdadeiros marajás). Esta gente se enraizou nos 3 poderes - Judiciário, Executivo e legislativo - seja em nível Municipal, Estadual ou federal.


A luta contra a corrupção está sendo e sempre foi  usada como pano de fundo para garantias de  privilégios, na verdade essa luta nunca passou de uma luta por manutenção dessas regalias institucionais, seja da classe política, do judiciário ou da elite brasileira, que estão intrinsecamente relacionadas.

Falharemos se acreditarmos que essa manada ("gados"), estava representando os trabalhadores assalariados, aqueles que trabalham de segunda a domingo e recebem salário mínimo.


Lá estava essa burguesa hipócrita e escravocrata (herdeira da Casa - Grande) que traz no sangue o ranço, o preconceito enraizado e o revanchismo. Aqueles que querem manter sobre o "cabresto e o reio" a grande maioria do povo brasileiro (os herdeiros da senzala). Lamentável!


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