segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A SOMBRA DA TRAGÉDIA DE MARIANA - PÚBLICA




Flávio Tavares/ Agência Pública
23 de Janeiro de 018
Texto: Lucas Ferraz
EM: https://apublica.org/2018/01/a-sombra-da-tragedia-de-mariana/

À sombra da tragédia de Mariana


Ampliação de projeto de mineração no interior de Minas prevê barragem quatro vezes maior do que a do Fundão acima de comunidades que já sofrem com seca do rio e ameaças de morte

O agricultor José Matozinhos dos Santos, 66 anos, pertence à terceira geração da família a nascer em Água Quente, uma comunidade espalhada nos morros da zona rural de Conceição do Mato Dentro, no centro de Minas Gerais. Sua mãe, Rosa Jesus, nascida e criada naquelas terras, completou 106 anos em 2017 vivendo no mesmo lugar. Matozinhos conta que seu bisavô foi o primeiro descendente a se assentar em Água Quente, há quase dois séculos – o município, um dos tantos criados no ciclo do ouro mineiro, tem 315 anos.

A vida de Matozinhos, de sua mãe e das dezenas de famílias da comunidade – assim como a de centenas de moradores de outros distritos da região – foi profundamente alterada desde o início de um dos mais emblemáticos e polêmicos projetos de mineração no país, o Minas-Rio, há dez anos.

Idealizado pelo empresário Eike Batista, que não demorou a passá-lo para a frente, o empreendimento tornou-se um dos principais na carta mundial da Anglo American, mineradora de origem sul-africana que, sediada em Londres, é responsável por toda a operação – as minas em Conceição do Mato Dentro, o mineroduto de mais de 500 quilômetros que transporta o minério de ferro até o porto de Açu, no Rio de Janeiro, e o terminal de onde ele é exportado.

Três anos depois de começar a extração, e ainda sem dar o retorno esperado, será aprovado provavelmente ainda neste mês o licenciamento que permitirá ampliar a produção das minas em uns 60% – um salto para estimáveis 26,5 milhões de toneladas de minério por ano, ante uma capacidade máxima que hoje varia entre 16 e 18 milhões de toneladas. Para isso, estão previstos o alargamento das cavas de exploração e o alteamento da barragem de rejeitos, que ganhará 20 metros para cima – terá capacidade para armazenar quatro barragens de Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana, protagonista do maior acidente ambiental do Brasil. Como o minério de ferro de Conceição do Mato Dentro não é dos mais puros, ele é submetido a um processamento, o que demanda mais água e, consequentemente, gera mais rejeitos.

Batizado de “step 3” e envolto em polêmicas desde a sua apresentação em 2015, o que inclui denúncias que vão de crimes ambientais a ameaças de morte contra parte da comunidade atingida, o projeto tem o apoio do governo mineiro, que o classificou com o selo de “empreendimento prioritário”, mesma classificação dada à volta das atividades da Samarco, suspensas desde a tragédia de novembro de 2015.

Um dos principais nós em Conceição do Mato Dentro é o que fazer com famílias como a de José Matozinhos, que vivem logo abaixo da barragem de rejeitos. Além de Água Quente, ainda estão nessa rota Passa Sete (nome do córrego homônimo onde a barragem foi erguida) e o também bicentenário distrito de São José do Jassém. No total, são cerca de 400 moradores, quase todos negros e dependentes da vida da roça, que nos últimos três anos viram desaparecer a água antes limpa e abundante.

A mineradora Anglo American é responsável pela mineração de ferro em
Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais 
 Flávio Tavares/ Agência Pública

A barragem foi erguida sobre o córrego Passa Sete, que corta e abastecia as três comunidades. Hoje a água é turva, fedida e escassa, sem os peixes de outrora – a mortandade foi detectada em estudos de biólogos, mas o governo mineiro os considera inconclusivos. Uma pequena cachoeira em Água Quente desapareceu. A população vizinha ao córrego relata que sempre há alguma substância “estranha” descendo da barragem. (As águas do Passa Sete estão indiretamente ligadas ao rio Doce: o córrego desagua no rio Santo Antônio, que por sua vez é um dos afluentes do Doce, ainda contaminado em toda a sua extensão pela lama da Samarco.)

“Já disse para a empresa que é impossível comunidades como Passa Sete e Água Quente ficarem onde estão. Isto é real: os caras tinham um rio e hoje não têm mais”, afirma o prefeito de Conceição do Mato Dentro, José Fernando Aparecido de Oliveira (PMDB).

Atualmente a água chega nas comunidades em caminhões providenciados pela empresa – a Anglo American não respondeu aos questionamentos sobre a escassez hídrica.

“Antes fazíamos tudo com a água daqui, tratávamos os animais, lavávamos roupa, pescávamos. Mas acabou”, lamenta-se Matozinhos. Da chácara onde ele vive com a mãe centenária se veem algumas das caixas-d’água instaladas no alto de um morro.

O medo, contudo, aflige as três comunidades: elas estão na chamada zona de autossalvamento da barragem, como era o caso do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (que ficava a 5 km de Fundão, enquanto Passa Sete, a mais próxima, está a 1,5 km da barragem da Anglo American). A maioria dos moradores, atemorizados, quer ir embora. Caso haja um rompimento, eles terão poucos minutos para se salvarem, por sua conta e risco, sendo alertados somente por uma sirene – já instalada pela empresa.

Desde que começou a ser implementado numa das regiões mais preservadas de Minas Gerais, o projeto de mineração é marcado por polêmicas e denúncias de violações aos direitos humanos – quatro pessoas que têm propriedades em disputa com a empresa estão atualmente num programa de proteção do governo estadual por ameaças de morte.

O projeto detonou um conflito na região de Conceição do Mato Dentro (município com 18 mil moradores, a 160 km de Belo Horizonte) que parece longe do fim. A mineradora e outras três empresas terceirizadas já foram autuadas até por manter trabalhadores em situação análoga à escravidão.

Passada a primeira fase de reassentamentos, quando 52 famílias foram obrigadas a sair da área onde hoje se desenvolve a mineração, restaram centenas de pessoas que estão ao redor do empreendimento. Como esses “vizinhos” estão fora da área de operação, a lei desobriga a mineradora de realocá-los. Nessa situação, além das comunidades localizadas abaixo da barragem, estão várias outras, de nomes como Gondó, Sapo e Cabeceira do Turco (na zona rural de Conceição), que passaram a conviver com os barulhos das máquinas e explosões, pó, poeira e mau cheiro.

O assunto vem sendo discutido pelo Ministério Público Estadual, que tenta um acordo entre a empresa e o governo mineiro para evitar a judicialização do caso, o que provavelmente arrastaria as remoções na Justiça por anos.

A Anglo American não se manifestou. A mineradora disse ter aberto conversas individuais com os moradores, disponibilizando-se às remoções opcionais. O governo de Fernando Pimentel (PT) corrobora a decisão: as realocações devem ser opcionais. Até porque a obrigatoriedade criaria um precedente perigoso num estado que tem a mineração como razão de ser: não são poucas as cidades cujas barragens (e até mesmo minas) estão dentro das áreas urbanas.

“Ninguém aprendeu nada com o maior desastre ambiental do país. O estado comete os mesmos erros vistos em Mariana”, afirma Marcelo Mata Machado, promotor da comarca de Conceição do Mato Dentro.

A tragédia da Samarco não alterou a velha simbiose entre mineradoras e o poder público. Além da fragmentação das licenças ambientais, aspecto criticado pelo Ministério Público Federal, a postura da Anglo American – acusada de manter a truculência dos anos iniciais da MMX de Eike Batista e até de sonegar informações públicas sobre o empreendimento – continua a ser questionada pelos moradores e instituições que atuam no município.

A mineradora, passados mais de dez anos, ainda não teve o lucro esperado – ao contrário, os gastos para a implementação são considerados elevadíssimos, US$ 8,4 bilhões, segundo informou a Anglo American em nota. A aposta da empresa – e, por tabela, do endividado governo mineiro – é que a ampliação do complexo ajude a melhorar as cifras em breve. Para isso, a mineradora promete novos investimentos da ordem de R$ 1 bilhão.

Não eram cavalos


A história do projeto Minas-Rio começa com o sonho grande de Eike Batista e sua MMX, a mineradora do Grupo X que deu o pontapé inicial na operação, em 2006. As minas seriam conectadas ao porto de Açu, no Rio Janeiro, por um mineroduto que corta 33 municípios mineiros e fluminenses, um total de 529 quilômetros.

A empreitada, porém, começou maculada. As aquisições eram feitas por uma empresa que chegou à região dizendo estar interessada na criação de um haras, mas as terras, soube-se depois, eram ricas em minério de ferro. Valiam muito mais. A Polícia Federal investigou o caso, mas o inquérito foi arquivado sem conclusão.

A Anglo American tornou-se parceira de Eike Batista em 2007, adquirindo primeiro 49% das ações, até que no ano seguinte a empresa comprou todo o Minas-Rio. O centenário grupo africano herdou também os problemas deixados pela MMX: o atropelo no trato com a comunidade e as estimativas infladas de produção.

A crise financeira de 2008 e a abrupta queda do preço do minério agravaram a situação. A esses problemas se somaram os excessos de custos e os atrasos na implementação do projeto, que desde aqueles anos conta com o apoio dos governos de Minas e do Rio de Janeiro (à época, respectivamente, as gestões de Aécio Neves e Sérgio Cabral). Defensora da negociação com Eike Batista, a norte-americana Cynthia Carroll, então da CEO da Anglo American, acabou demitida diante dos maus resultados.

A ampliação em curso é também mais uma tentativa da mineradora de tentar resgatar um projeto que, por algum tempo, fora visto como promissor, mas cujos resultados se mostraram insatisfatórios. Em fóruns da atividade mineral mundo afora, já se especulou que a Anglo American poderia vender o Minas-Rio, ou ao menos contar com um parceiro para amenizar os custos.

Sobre a relação da empresa com a comunidade, ponto crítico de sua atuação em Minas, a mineradora não quis se manifestar.

“Há várias formas de violações, da informação sonegada à comunidade, com a empresa fazendo apenas marketing, ao plano de segurança apresentado, cuja rota de fuga das comunidades foi cercada com arame farpado pela própria empresa. Ninguém se importa com a população”, disse o procurador Helder Magno da Silva, que responde pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em Minas Gerais.

Uma de suas ações foi pedir investigação por improbidade administrativa contra servidores da Secretaria de Meio Ambiente do governo estadual pela forma “açodada” com que o Executivo atuou no processo de licenciamento. “É muito estranha a postura”, resume.

O governo mineiro não se manifestou.

Rosa Jesus, completou 106 anos em 2017 vivendo no mesmo lugar. 
Ela diz que só sai da região se todos saírem 
Flávio Tavares/ Agência Pública

Território onde está a maior parte da mina, Conceição do Mato Dentro era – não faz muito tempo – mais conhecida no estado como um atraente polo do ecoturismo, uma área de transição da mata atlântica para o cerrado, com serras como a do Espinhaço e dezenas de cachoeiras, entre elas a do Tabuleiro, com seus 273 metros de queda livre, a mais alta de Minas e a terceira do Brasil.

Cidade que preservou parte considerável de seu patrimônio histórico e representante legítima da chamada “Minas profunda”, na rota de outras cidades históricas como Serro (a 50 km) e Diamantina (a 100 km), ela começa a enfrentar agora as transformações vividas no século passado por dezenas de municípios mineradores.

Os efeitos colaterais tornaram-se conhecidos: aumento dos crimes, crescimento desordenado, aumento da demanda do precário serviço de saúde, além dos impactos ambientais. O prefeito José Fernando de Oliveira, no terceiro mandato, diz que a cidade precisa tirar proveito da nova situação: “Minério não dá duas safras”. A mineração responde atualmente por 40% do orçamento de Conceição – cerca de R$ 40 milhões por ano, valor que oscila de acordo com o preço do mineral no mercado internacional.

O político, contudo, adverte que o município deve procurar outros exemplos no estado (como Mariana, em colapso desde o acidente de novembro de 2015) para evitar justamente a “minério-dependência”. Ele afirma que é preciso reforçar a vocação local para o ecoturismo, atividade que ele admite renegada nos últimos anos, mas que será reforçada com os milhões provenientes da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), cuja divisão é a seguinte: 65% ficam com os municípios, 23% com o estado e 12% com a União).

Filho de José Aparecido de Oliveira (1929-2007), que nasceu na cidade e foi embaixador e ministro da Cultura, José Fernando afirma que a empresa gastou “muito e mal” no início de sua operação, mas que a postura agora é outra. “O problema é que não se pode obrigar uma pessoa a sair da área. Quem quiser sair vai ter que negociar.”

No ápice da construção do empreendimento, entre 2012 e 2014, mais de 10 mil pessoas chegaram à região de Conceição do Mato Dentro para trabalhar no projeto. Cerca de 400 são nativos que continuaram empregados, a maioria nas empresas terceirizadas.

A chegada em massa de trabalhadores (a palavra “peão”, em alguns círculos, ganhou conotação maldita) também foi sentida nos municípios vizinhos como Dom Joaquim (onde a empresa capta água para o mineroduto, além de ser morada de alguns dos funcionários terceirizados) e Alvorada de Minas (que abriga parte da mina).

Cidade de 4 mil habitantes que está a 30 km de Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim ganhou uma “casa de tolerância” (prostíbulo), frequentada sobretudo pelos forasteiros. O intenso tráfego de caminhões na pequena cidade também criou inconvenientes como rachaduras nas paredes das casas.

“A cidade perdeu a identidade e está de pernas para o ar, acabou a tranquilidade”, afirma Juliana da Silva Alexandre, 34 anos, uma dom-joaquinense casada e mãe de três filhos que é servidora da prefeitura municipal. No rio de Peixe, que passa em seu quintal, foi erguida uma adutora de água da Anglo American.

Os moradores reclamam que operação diminui o nível do rio, que abastece a cidade e os municípios vizinhos de Serro e Alvorada de Minas. A empresa nega. Ela afirma que a captação ocorre fora da área urbana, não prejudicando o abastecimento.

Num parecer anexado ao processo de licenciamento em curso, o governo mineiro reconhece que “a questão da qualidade das águas é, com certeza, um dos principais problemas a serem enfrentados” na expansão do empreendimento.

Desintegração


O tempo da multinacional não é o mesmo das comunidades rurais. O modelo de mineração vigente, desenvolvido em Minas a partir da década de 1940, acaba por impactar de forma abrupta a vida local.

Uma das transformações está relacionada à produção de queijos e cachaças artesanais, uma tradição em Conceição do Mato Dentro que diminuiu com a chegada da mineração. O mesmo ocorre com a redução das chamadas “terras de bolo”, prática comum na região em que os terrenos (de um ou mais donos) eram compartilhados pelos roceiros e agricultores. Os produtos eram depois trocados entre eles como forma de pagamento ou recompensa pelo uso da terra alheia.

Como grandes áreas já foram adquiridas, as “terras de bolo” escassearam, assim como as oportunidades de trabalho nas fazendas.

A não observância dessas questões pela empresa e pelo poder público tende a fragmentar as comunidades, algumas delas com características quilombolas e tradicionais, conforme alerta o Ministério Público. A solução seria realocá-las inteiramente, o que parece fora de discussão para a Anglo American – a empresa se recusou a tratar do assunto, restringindo-se a dizer que, nos assentamentos já realizados, as “aquisições de terras foram feitas individualmente porque as famílias preferiram assim, mas a empresa sempre ofereceu a opção de negociação coletiva”.

Quem resistiu aos acordos de desapropriação foi, inevitavelmente, atropelado – e com base no artigo 20 da Constituição, que diz serem da União “os recursos minerais, inclusive do subsolo”. Foi o caso do agricultor Lúcio da Silva Pimenta, 52 anos, que só deixou o terreno onde vivia – no início de 2017 – à força, numa ação de reintegração de posse. Ele acabou improvisando a moradia – num ato de resistência – num pequeno terreno de sua propriedade, fora da área da Anglo American na serra da Ferrugem, onde ocorre a extração mineral. Lá viviam cerca de dez famílias, mas agora só sobrou ele.


O agricultor Lúcio da Silva Pimenta foi ameaçado e incluído no
Programa de Proteção do governo mineiro
Flávio Tavares/ Agência Pública

Lúcio é um dos quatro moradores da região incluídos no Programa de Proteção aos Direitos Humanos do governo do estado – conta que foi ameaçado na internet e no WhatsApp, serviços a que ele não têm acesso. A origem das ameaças é difusa e ainda está sob investigação – alguns dos envolvidos seriam funcionários da Anglo American contrariados com a postura crítica desses moradores.

“Ameaça não é só colocar uma arma na cabeça de alguém. É tirar o modo de sobreviver, é tirar a água, o lugar de viver”, resume.

No galpão onde dorme, Lúcio armou a cama dentro de um caixote (para se proteger de insetos e animais). Ele não tem energia elétrica. O agricultor se recusou a negociar uma indenização no plano fundiário da empresa e até o salário mínimo que poderia receber no programa de proteção do governo. A justificativa: “Não sou o único, o estado deveria fazer o mesmo por todos os atingidos”. Ele atualmente recebe R$ 85 por mês do programa Bolsa Família (no qual foi incluído) e cultiva mandioca, cana e milho em outras áreas de Conceição do Mato Dentro.

Segundo Rodrigo Ribas, superintendente de projetos prioritários da Secretaria de Meio Ambiente do governo mineiro, os estudos ambientais apresentados pela empresa para a ampliação do empreendimento são satisfatórios, mas ele reconhece que a Anglo American ainda tem “dívidas” com a comunidade. “O histórico da relação é ruim, mas está sendo resolvido”, afirma. Um dos aspectos do licenciamento considerado inadequado pelo estado, segundo Ribas, é exatamente o plano de solução de conflitos.

Apesar disso, o plano de expansão que será aprovado em breve vai definir a exploração de minério de ferro na região pelos próximos 28 anos. As polêmicas e conflitos não devem arrefecer tão cedo.

Uma das possibilidades aventadas pelo procurador Helder Magno da Silva é federalizar as ações sobre o caso, o que ele acredita possível pelo fato de o mineroduto passar por 33 municípios de dois estados.

Na fase de expansão, a empresa afirma que vai criar 800 novas vagas, menos de 10% do total de trabalhadores utilizados na fase de instalação do Minas-Rio. Como antes, muitos vão embora assim que as obras são concluídas. A chegada do empreendimento quase que dobrou o número de empresas atuantes em Conceição, mas depois da euforia inicial restou o tédio dos comércios vazios.

Novas instituições também acompanham o desenrolar do processo. Uma delas é o Polos de Cidadania, ligada à Universidade Federal de Minas Gerais, que desde 2015 acompanha a pedido do Ministério Público Estadual a situação na região, seguindo as denúncias de violações e as eventuais contrapartidas sociais que a mineradora é obrigada a cumprir.

“Se o minério é importante para o Brasil e outros países, que minere, mas principalmente respeitando as pessoas, as nascentes, a fauna, a flora. E isso eu não vejo acontecer. Não sou contra mineração, sou contra covardia e hipocrisia. Mas quem pode enfrentar uma elite dessa junta?”, pergunta-se Lúcio.



PARA SEGUIR O BLOG


domingo, 25 de fevereiro de 2018

O BURRINHO DA DIREITA E O BURRINHO DA ESQUERDA

Uma imagem fala mais que mil palavras! 

Pobre burro de direita e pobre burro de esquerda


Essa imagem é a representação do que se passa no nosso país, onde os políticos (todos ricos)  que foram eleitos para representarem os anseios do povo (eleitores) se organizam no Congresso em  diversas categorias e classes: EMPRESÁRIOS, MILITARES, RURALISTAS, RELIGIOSOS e outras tantas categorias que não me lembro no momento. A verdade é que lá só não encontramos  de forma explicita e organizada o POVO.

Quantos dos POLÍTICOS QUE ELEGEMOS na última eleição estão de fato  determinados em legislar para o POVO?

Definitivamente precisamos repensar, enquanto cidadãos conscientes, sobre as responsabilidades de cada um de nós, pois enquanto vivemos a eterna luta por melhores empregos, melhores salários, melhores condições de vida e muitos até por um pedaço de pão, estes canalhas (a grande maioria) que ocupam o poder nada irão fazer de concreto pelo POVO (os pobres burrinhos da DIREITA e os pobres burrinhos da ESQUERDA).

Precisamos parar com essa história de endeusarmos quem quer que seja o político e nos conscientizarmos  que para eles a politica é mais do que uma ideologia de DIREITA ou ESQUERDA, politica para esses bandidos é uma eterna busca pelo enriquecimento (deles e dos seus) e pouco se importam se aqui nos degladiamos, eles querem na próxima eleição  a fidelidade dos trouxas (nós). Com raríssimas exceções.

Nesse meio aquele que se atreve a andar ao lado do povo tem um preço muito alto a pagar.

Lá na frente se não pararmos de nos tratarmos como inimigos, nós os pobres burrinhos da DIREITA e os pobres burrinhos da ESQUERDA, se quer teremos o pão de cada dia.

Chega de procurarmos heróis onde só vemos pilantras, chega de salva pátrias, nós somos os heróis dessa nação. Eu, você, nós (os BURRINHOS DA DIREITA e os BURRINHOS DA ESQUERDA) que acordamos cedo todas as manhãs em busca do pão de cada dia.

Os heróis dessa nação somos nós o POVO BRASILEIRO.

Chega de sermos enganados.

viva ao povo brasileiro!



Disponível em Ebook na Amazon.com.br


Palavras ao Vento: Poesia por [Pereira, Marcus]







PARA SEGUIR O BLOG



sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

A AGRICULTURA FAMILIAR NÃO É AGRO, NÃO E POP E MUITO MENOS TUDO!



NO BRASIL : A AGRICULTURA


FAMILIAR NÃO É AGRO, NÃO E


POP E MUITO MENOS TUDO!


Marcus Pereira


As chuvas voltaram ao semiárido Nordestino estampando a alegria nos rostos de cada sertanejo, que tem como sinônimo de vida a sua terra. Quantos deles agora ja não estão arando suas terras, ávidos de desejos de verem brotar suas roças: de milho, de feijão?. De verem brotar a vida?. São estes agricultores das pequenas cidades pelo interior a dentro desse nosso imenso país que traz a mão calejada, o rosto ressequido de sol e suor, que colocam na mesa das grandes cidades o arroz com feijão nosso de cada dia.


Está na hora de aproveitarmos essa chuva que cai e começarmos a lembrar da necessidade do governo incrementar  programas que beneficiem os agricultores familiares, e que esses incrementos não limite-se ao crédito. Que esse incremento tenha em suas bases a valorização desse trabalhador, começando com títulos de posse da terra, que esse mesmo estado seja incentivador desse pequeno agricultor com o uso de seus excedentes para o fornecimento de merendas das escolas públicas.

Os alimentos  adquiridos da agricultura familiar, contribuirá para a segurança alimentar e ao mesmo tempo funcionará como  importante fonte de renda para milhares de trabalhadores rurais de pequeno porte.

A quantas anda o PRONAF criado em  1996, pelo Decreto nº. 1.946, de 28 de junho (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) que tinha, entre outros, o objetivo da comercialização e a infraestrutura da agricultura familiar?.

O PRONAF possibilitou que muitos agricultores, que antes não participavam das linhas oficiais de financiamento do crédito rural passassem, a ter e utilizar recursos do Governo Federal.




“A AGRICULTURA FAMILIAR FOI A ÁREA QUE MAIS PERDEU NO GOVERNO TEMER”, Valter Bianchini, Oficial Nacional da Food and Agriculture Organization of The United Nations (FAO) par a Unidade Sul do Brasil  em 13 de junho de 2017.

Embora  a agropecuária brasileira seja conhecida mundialmente por sua grande produção de alimentos, em grande parte para a exportação, poucos sabem ou se importam que esse universo seja dominado pelos mais capitalizados (minoria) e protegidos pelo Governo com seus perdões e juros quase chegando a zero, estes são os que estão inseridos no mercado, enquanto aqueles que verdadeiramente (agricultura familiar) colocam o alimento na mesa  dos brasileiros (a grande maioria) estão descapitalizados e desprotegidos, encontram-se até com dificuldades de produzir.



Além do menor volume de crédito para a agricultura familiar, tem também  o aumento das restrições que limitam o acesso, além do sucateamento da Assistência Técnica e Extensão Rural. O reflexo dessa anti política agrícola vai ser sentido na próxima safra (2018) no preço dos alimentos. 

Hoje o país assiste o desmonte da estrutura agrícola na produção de alimentos para a mesa dos brasileiros, da cidade e do campo, e o fortalecimento da área de commodities.  Amanhã será outro dia e ai teremos um preço muito alto a pagar.



Para o pequeno agricultor resta continuar sonhando com um futuro melhor. As chuvas chegram. As verbas?  Estas também chegaram à agricultura tipo exportação, E para a agricultura familiar (o pequeno trabalhador rural), para os consumidores?  A conversa é outra, não é mesmo: Pouco crédito, pouco subsídio e nada de tecnologia avançada!


Imagem do google

PARA SEGUIR O BLOG

26,8 milhões de desempregados - AGORARN


No Brasil, falta trabalho 

adequado para 26,8 milhões de 

pessoas, diz IBGE


Indicador fechou o ano em 23,8% e inclui pessoas que não tinham emprego e estavam procurando, e aqueles que trabalham menos de 40 horas semanais.


Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A taxa média de subutilização da força de trabalho no ano de 2017 foi de 23,8%, ou seja, faltou trabalho, em média, para 26,5 milhões de pessoas no ano passado, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) trimestral, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa composta de subutilização da força de trabalho recuou de 23,8% no terceiro trimestre de 2017 para 23,6% no quarto trimestre do ano. O resultado equivale a dizer que faltava trabalho para 26,4 milhões de pessoas no País no quarto trimestre do ano passado.

O indicador inclui a taxa de desocupação (pessoas que não tinham trabalho e estavam procurando), a taxa de subocupação por insuficiência de horas (aqueles que trabalham menos de 40 horas por semana) e a taxa da força de trabalho potencial (pessoas que não estão em busca de emprego, mas estariam disponíveis para trabalhar). No quarto trimestre de 2016, a taxa de subutilização da força de trabalho estava mais baixa, em 22,2%.

Entre as unidades da Federação, no 4º trimestre de 2017, o Piauí (40,7%), a Bahia (37,7%), Alagoas (36,5%) e Maranhão (35,8%) apresentaram as maiores taxas de subutilização da força de trabalho e as menores taxas foram em Santa Catarina (10,7%), Mato Grosso (14,3%), Rio Grande do Sul (15,5%) e Rondônia (15,8%).





A taxa de desocupação, que compreende as pessoas que não tinham trabalho e estavam efetivamente procurando, no 4º trimestre ficou em 11,8% e apresentou redução de 0,6 ponto percentual na comparação com o 3º trimestre (12,4%) e ficou estatisticamente estável frente ao 4º trimestre de 2016 (12,0%).

Ainda na comparação com o 3º trimestre de 2017, houve retração desse indicador em quase todas as regiões: Norte (de 12,2% para 11,3%), Nordeste (de 14,8% para 13,8%) e Sudeste (de 13,2% para 12,6%). O Nordeste (13,8%), apesar da queda na comparação trimestral, permaneceu com a maior taxa de desocupação entre todas as regiões. Na comparação anual a taxa recuou nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, permanecendo estável no Sudeste e no Sul.


VER MAIS :http://agorarn.com.br/nacionais/falta-trabalho-para-265-milhoes-de-brasileiros-aponta-estudo-do-ibge/

VER MAIS :https://www.brasil247.com/pt/247/economia/343707/A-trag%C3%A9dia-do-golpe-desalento-no-mercado-de-trabalho-bate-recorde.htm



Imagem do google

PARA SEGUIR O BLOG

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Amizade




A amizade

Marcus Pereira


"Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.", karl Marx


O homem não nasceu para viver só (creio) e certamente uma das coisas mais maravilhosa e de grande importância na vida de todo ser humano é o circulo de amizades que este consegue durante toda existência. Quem nessa vida não precisa de um amigo verdadeiro?



Quantas vezes nos preocupamos em saber quem são nossos verdadeiros amigos? Você tem um amigo ou  amiga? Um que você possa contar seus problemas, dividir suas angústias e que sempre que possível ainda esteja disposto a curtir a vida, aquele "amigo das horas incertas".

Onde andam seus grandes amigos? Aqueles que você poderia guardar do "lado esquerdo do peito" como tanto cantou o poeta? Você tem uma lista de amigos?  Confira!

Não podemos esquecer que cada amigo tem seu jeito, esse é o lado bom dos amigos, a diferença que eles trazem para a nossa passagem no plano terrestre (dificilmente um é igual ao outro), e quanto mais amigos nós fazemos, mais divertida e gratificante é a vida. E viver rodeado deles torna esta muito mais leve e saudável.

Se pararmos e analisarmos,  veremos que cada amigo tem uma função na vida da gente cabe a nós termos o discernimento e a sensibilidade para aproveitarmos de forma gratificante os nossos amigos. Confira no exemplo dos seus: A amizade nasce de momentos importantes e espontaneamente, e se perpetua gradativamente, caracterizando-se pela afinidade, baseando-se no respeito,  na ternura, na compreensão e na troca.

Amizade é um sentimento que não depende de faixa etária, poder  aquisitivo, status, ou seja, amizade é o encontro entre duas ou mais pessoas que decidem  colocarem-se no mesmo plano de outras, onde não há diferenças e ninguém é superior ou inferior. Mas já houve alguém  em algum tempo que disse que adulto não precisa de amigos. Talvêz esteja ai uma das inverdades que muitos ainda acreditam.

As amizades nascem de atrações, de comportamentos, de desejos pelo encontro, nunca pelo que um ou outro possua. Faz parte da amizade não negar os defeitos do outro, dividir os bons e maus momentos. Se olharmos por este angulo, infelizmente, veremos que está cada vez mais, nos dias de hoje, dificil de se encontrar e se manter amizades puras e verdadeiras.

Mas a grande verdade é que o ser humano não consegue viver sozinho e para conservarmos um amigo, antes de tudo, não podemos ser egoístas, sufocando ou cobrando aquilo que ele não pode nos dar, pois cada um precisa se sentir livre para compartilhar conosco o carinho da sua amizade.





Amizade Sincera
        Renato Teixeira

A amizade sincera é um santo remédio
É um abrigo seguro
É natural da amizade
O abraço, o aperto de mão, o sorriso
Por isso se for preciso
Conte comigo, amigo disponha
Lembre-se sempre que mesmo modesta
Minha casa será sempre sua
Amigo
Os verdadeiros amigos
Do peito, de fé
Os melhores amigos
Não trazem dentro da boca
Palavras fingidas ou falsas histórias
Sabem entender o silêncio
E manter a presença mesmo quando ausentes
Por isso mesmo apesar de tão raros
Não há nada melhor do que um grande amigo

ASSISTA: https://www.youtube.com/watch?v=5NnJc0hlmLs


Imagens do google

PARA SEGUIR O BLOG





domingo, 18 de fevereiro de 2018

Reforma da Previdência é mais um golpe. - Brasil de Fato




Reforma da Previdência é mais um

 golpe contra os trabalhadores



Gastos do Governo em propagandas da Reforma da Previdência já ultrapassaram os R$ 100 milhões
Brasil de Fato  Curitiba (PR),  15 de Fevereiro de 2018 às 14:07

Temer em conversa com os apresentadores do telejornal RedeTV News - Créditos: Marcos Corrêa/PR



Temer em conversa com os apresentadores do telejornal RedeTV News / Marcos Corrêa/PR
O governo federal gastou em propagandas da Reforma da Previdência (PEC 287/16) R$ 100 milhões em 2017, e tem previsto mais R$ 50 milhões em 2018. Com isso, oculta os prejuízos da reforma, uma medida que vem para concentrar riquezas e garantir os privilégios dos mais ricos.

A primeira votação está prevista pela Câmara dos Deputados para uma data entre 19 e 28 de fevereiro. Os deputados já conhecem o recado: se votarem, não voltam nas urnas.

Imagem do google


Por isso afirmamos que a reforma da Previdência é um novo golpe, dando sequência ao que Temer fez desde que assumiu o governo via impeachment, em abril de 2016. Desde então, o povo sofre impactos com o congelamento de gastos em saúde e educação, o desmonte das leis trabalhistas e a privatização de empresas importantes, dadas de graça para os banqueiros. É preciso lutar contra essa situação.

Mas a resposta aos que golpeiam o povo já foi dada em pleno carnaval, pela Paraíso do Tuiuti. A escola de samba carioca vestiu de vampiro o presidente ilegítimo, seguido pela ala dos “manifestoches”, resgatando também a história de opressão da população negra. O samba enredo mostrou que, quando nos juntamos em um só bloco, somos “sentinela da libertação”.

EM: https://www.brasildefato.com.br/2018/02/15/editorial-or-reforma-da-previdencia-e-mais-um-golpe-contra-os-trabalhadores/

ASSISTA: https://www.youtube.com/watch?v=fGTt1d92C5Q

ASSISTA: https://www.youtube.com/watch?v=HLf_VtT6CHU&list=PLl8S-gkom9ECii3POdck7hYF7qwZg4j7m



PARA SEGUIR O BLOG

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

A volta da chuva aos sertões - Brasil de Fato



A volta da chuva aos sertões

Em paralelo, transnacionais preparam encontro que apresenta privatização da água como soluções aos problemas hídricos


Roberto Malvezzi (Gogó) em Brasil de Fato, 14 de Fevereiro de 2018 às 09:56


Sem Amazônia e o Cerrado o ciclo de nossas águas estará interrompido,
 com a extinção dos grandes aquíferos. / Reprodução


Depois de longos anos com chuvas abaixo da média, agora chove por todo sertão do Semiárido Brasileiro. Como cantava Gonzaga: “rios correndo, as cachoeiras tão zoando, terra molhada, mato verde que riqueza e a asa branca à tarde canta, ai que beleza, ai, ai o povo alegre, mais alegre a natureza”.

Os grandes reservatórios ainda estão secos ou muito baixos, mas os reservatórios médios, pequenos e micros, como as cisternas, já estão todos cheios. São eles que importam realmente no cotidiano de nosso povo. As grandes obras têm pouca serventia à população difusa do Semiárido. Por isso, o problema da água hoje é mais grave no meio urbano que no meio rural Nordestino.

O ciclo das águas é fundamental para todos os mananciais de superfície e subterrâneos. São as chuvas que repões os rios, lagos e aquíferos. Sem a renovação constante do ciclo a vida se interrompe.

É esse alerta dramático que pessoas sábias, cientistas e movimentos sociais fazem ao mundo predador do capitalismo, particularmente ao agro e hidronegócios. Sem Amazônia e sem Cerrado o ciclo de nossas águas estará interrompido, com a extinção dos grandes aquíferos que se localizam no Cerrado e abastecem perenemente rios como o São Francisco, Araguaia e Tocantins.

A Oligarquia Internacional da Água, rótulo que lhe atribui Ricardo Petrella, vai se reunir em Brasília no mês de março. São as grandes transnacionais da água, que querem sua privatização geral, sua mercantilização e sua transformação em um produto comercial qualquer. Essas empresas elaboraram o novo discurso da água, com sua teoria de escassez, valor econômico, privatização e mercantilização como soluções para os problemas hídricos do mundo inteiro.

Ao mesmo tempo se reunirá o Fórum Mundial Alternativo da Água (FAMA) para contrapor ao discurso do capital os valores da água como o biológico, social, ambiental, paisagísticos, etc., recusando a sua privatização e garantindo a água como direito fundamental de toda pessoa humana e de todos os seres vivos.

Essa é uma das guerras mais insanas da humanidade. Num país caoticamente político como o nosso, Temer está realizando a entrega de nossos aquíferos, particularmente o Guarani, para grandes empresas como a Coca-Cola, Nestlé e outras transnacionais da água. Uma tragédia cruel e anunciada.

O golpe chegou também na água.

 OBS: Viva a politizada Tuiuti! Nem toda consciência dorme.

EM: https://www.brasildefato.com.br/2018/02/14/artigo-or-a-volta-da-chuva-aos-sertoes/

ASSISTA: https://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/noticia/chuva-de-granizo-e-registrada-no-sertao-de-pernambuco-veja-video.ghtml


PARA SEGUIR O BLOG


FAO - US$ 1 bilhão para combater fome - ONU


FAO pede mais de 

US$ 1bilhão para combater

 fome em 26 países


Publicado em 08/02/2018                                          Atualizado em 08/02/2018 

Orçamento financiará assistência humanitária para 30 milhões de pessoas em países onde conflitos e fenômenos climáticos têm devastado meios de subsistência no campo. Intervenções da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) visam restaurar produção local de comida.

No Sudão do Sul, serviços de saúde veterinária ajudam agricultores a manter o gado vivo.
Foto: FAO/Sarah Wright

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) solicitou nesta quinta-feira (8) 1,06 bilhão de dólares a doadores internacionais. Orçamento financiará assistência humanitária para 30 milhões de pessoas em 26 países onde conflitos e fenômenos climáticos têm devastado meios de subsistência no campo. Intervenções da agência da ONU visam restaurar produção local de alimentos.

Entre as iniciativas previstas pela FAO, estão a distribuição de sementes, de utensílios e de outros recursos necessários ao cultivo de vegetais, bem como a prestação de serviços de saúde veterinária para criadores de gado. O organismo das Nações Unidas planeja também capacitar agricultores em produção, processamento e gestão da água e da terra. Outras ações incluem a distribuição direta de renda, para garantir que populações vulneráveis tenham o que comer.



“A realidade é que, embora as vidas de milhões de pessoas tenham sido salvas por conta da rápida resposta humanitária em 2017, outros milhões (de indivíduos) continuam à beira da inanição. Manter a produção de alimentos e recuperar a agricultura é fundamental para evitar mortes por causa da fome severa e para alcançar a resiliência em meio a crises humanitárias”, explica o diretor da Divisão de Emergência e Reabilitação da FAO, Dominique Burgeon.

Segundo a agência da ONU, o agravamento das necessidades humanitárias se deve em grande parte à persistência, intensificação e propagação da violência e dos conflitos. Em alguns casos, esse problema se combina a questões climáticas ou biológicas, como pragas. O último informe da FAO sobre segurança alimentar revelou que a fome voltou a crescer em todo o mundo, após décadas de quedas contínuas. A escassez de alimentos afeta atualmente 815 milhões de pessoas.

Entre os 26 países contemplados pelo apelo humanitário da FAO, está o Iêmen, que possui o maior número de pessoas em situação de insegurança alimentar aguda — 17 milhões, o equivalente a 60% da população nacional. A FAO pretende levar assistência para 5,7 milhões de iemenitas.

Na República Democrática do Congo, a Organização quer ajudar cerca de 2,8 milhões de pessoas. No Sudão do Sul, as ações da FAO têm um público-alvo de 3,9 milhões de cidadãos. Na Síria, o número chega a 2,3 milhões. Na Somália, 2,7 milhões.

EM: https://nacoesunidas.org/fao-pede-mais-de-us-1-bilhao-para-combater-fome-em-26-paises/


Imagens do google


PARA SEGUIR O BLOG


quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

"Meu Deus!, meu Deus!, Está extinta a escravidão?".


"Meu Deus!

Meu Deus!


Está extinta a escravidão?".


Marcus Pereira


Peço licença a Paraiso do Tuiuti para usar como título desse texto o tema de seu carnaval.


Aproveito e convido a todos para fazerem uma reflexão com base nas perguntas que agora lanço: Quantos dos que assistiram ao desfile da Escola conhecem a importância do regime escravocrata e toda influência que este desempenhou na estrutura social do Brasil? Quantos anos durou esse regime em nosso país? O que aconteceu de fato quando a escravidão foi abolida?  Não existem mais escravos?  Quem são os escravos modernos?



*Trabalho escravo contemporâneo - é o trabalho forçado que envolve restrições à liberdade do trabalhador, onde ele é obrigado a prestar um serviço, sem receber um pagamento ou receber um valor insuficiente para suas necessidades e as relações de trabalho costumam ser ilegais. Diante destas condições, as pessoas não conseguem se desvincular do trabalho. A maioria é forçada a trabalhar para quitar dívidas, muitas vezes contraída por um ancestral.

*Escravidão moderna - é uma expressão genérica aplicada às relações de trabalho, particularmente na história moderna ou contemporânea, segundo as quais pessoas são forçadas a exercer uma atividade contra sua vontade, sob a ameaça de indigência, detenção, violência ou mesmo morte. Muitas dessas formas de trabalho podem ser acobertadas pela expressão "trabalhos forçados", embora quase sempre impliquem o uso de violência. A escravidão moderna inclui todas as formas de escravidão, sendo que o termo "servidão" é geralmente usado apenas com referência a sociedades pré-modernas ou feudais.

Quase 46 milhões vivem em regime de escravidão no mundo, segundo o último relatório da ONG Walk Free Foundation (Índice Global da Escravidão elaborado em 2016). O Brasil, com 161 mil, aparecia na 151ª posição em ranking com 167 países. E os nossos liberais de plantão ainda impulseram uma Lei Trabalhista (2017) com menos direitos e mais obrigações aos trabalhadores, ou seja, esses números certamente não são mais os mesmos. Quem perde e quem ganha? Certamente quem menos ganha são os herdeiros da SENZALA, a grande maioria do povo brasileiro.



Infelizmente é assim que o Brasil vai fortalecendo a pratica do TRABALHO ESCRAVO, um país com tanta gente pobre, sem estudo e vivendo em lugares onde a economia e desenvolvimento tem padrões africanos, onde a mão de obra braçal quase não tem valor de fato. Além de escravos dos patrões, estes são escravos do Brasil, país que regulamenta leis que, ao invéz de trazer avanços, nos leva ao passado, a exemplos da destruição da CLT e a Lei da Terceirização que só servirá para jogar os trabalhadores, em massa, para a dependência dos políticos, os verdadeiros donos das excludentes TERCEIRIZADAS. O que tornará o ser humano (trabalhador), em boa parte, mão de obra barata.




Salário tem a ver com capacitação e o mercado paga o que o trabalhador merece, mas quantos nesse famigerado Congresso Nacional está preocupado de fato com a capacitação e a eficiência de trabalhador (dos pobres)?. No Brasil a maioria tem que se contentar com um mísero salário mínimo ( Desde o dia 01 de janeiro cerca de 40 milhões trabalhadores passaram a desfrutar dos 1,81% de aumento do salário mínimo nacional de R$ 954,00 ) e que para a grande maioria desses congressistas nem somos merecedores. Mas o Estado  não esta preocupado com a falta de estudo e estímulo (ignorâncoa do povo), pois é assim que se mantém e se manterá por muito tempo a classe trabalhadora . "Ignorância é aliada ao poder", James Arthur Baldwin (1924-87),

Mas onde estão os escravocatas do Brasil? Ora, estes estão alojados neste Congresso, fazendo justamente as leis que vão reger os seus trabalhadores. Esta uma das piores representações política em nosso páis (um verdadeiro câncer) é justamente a bancada ruralista, 1/4 da Câmara, simbolizada por  Ronaldo Caiado e seus "comparsas". Os maiores escravocratas contemporâneos.




Quando o trabalhador não consegue se desligar do patrão por fraude ou violência, quando é forçado a trabalhar contra sua vontade, quando é sujeito a condições desumanas de trabalho ou é obrigado a trabalhar tão intensamente que seu corpo não aguenta e sua vida pode ser colocada em risco, isso é trabalho escravo. Trabalho escravo não é apenas desrespeito a leis trabalhistas, é uma grave violação aos direitos humanos.

Ninguém é pobre porque quer, e o propósito do capitalismo é esse mesmo, gerar desigualdade, pois no topo da pirâmide não tem lugar para todos, e se você está nele, meus parabéns, porque a maioria da população brasileira é assalariada, embora exista parte desses assalariados que se comporta como burgues, mas basta seu pagamento (salario) atrasar três dias já quase infarta, pois não terá dinheiro para ae quer pagar as contas do mês.



A Escravidão no Brasil não acabou e nem acabará, a não ser que mudemos o nosso modo de pensar, que lutemos para garantimos a todos os trabalhadores: salario digno, cesta básica, tempo para o lazer, saúde e condições para que continuem estudando. Não podemos (nós brasileiros) de forma alguma fecharmos os olhos para o desrespeito as leis na cidade ou no campo, a mudança tem e deve começar em nós mesmos. Com pequenas atitudes e gestos.

PRECISAMOS DÁ UM PASSO ADIANTE PARA MUDARMOS NOSSO FUTURO!!!

ASSISTA:https://www.youtube.com/watch?v=cv5UvJoMVZo

ASSISTA: https://www.youtube.com/watch?v=28r78hh3ihE

https://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_escravo_contempor%C3%A2neo

Imagens do google


PARA SEGUIR O BLOG

sábado, 10 de fevereiro de 2018

A seca no Semiárido nordestino até quando?

A seca no Semiárido nordestino até quando?

Marcus Pereira




Lamentavelmente nem as melhores previsões são capazes de trazerem esperança aos que vivem no semi-árido nordestino (o homem do campo pobre e desinformado), mas, a cada eleição que se aproxima meia dúzia de políticos (geralmente os canalhas) ensaiam com melhorias pontuais em busca dos votos dos pobres que lá vivem, abandonados por políticas sociais e política de desenvolvimento de verdade.

Não é preciso ser um grande conhecedor da região para ter a certeza que a região nordestina tem diversas possibilidades, que tem potencial de desenvolvimento, basta olharmos os projetos ja instalados na região, bastariam os recursos não serem desviados para os bolsos dos coronéis que ali se instalaram a séculos e de lá não querem sair. A grande verdade é que o nordeste sofre com dois fenômenos: o natural  (ausência de chuva)  e o politico-socio-econômico (provocado pela ausência do estado), mas que tem um significado muito maior que a seca.



Não é pela ausência de verbas é pela ausência de um Estado com pulso firme, capaz de usar esses recursos de forma séria (DNOCS, Codevasf, CHESF, BNB, Sudene e tantos outros), um Estado que faça chegar esses benefícios à quem realmente necessita, mas ao contrário o dinheiro chega justamente para quem menos precisa, chega para a elite econômica dessa região, e esta, posteriormente é quem vai alimentar com os famosos votos de  "cabresto" ao "bandidos" (politicos sem decência) que continuarão com  a pratica danosa (circulo do mal) no Congresso, nas Câmaras Municipais, no Executico (Municipal, Estadual e Federal).




E assim o povo nordestino vem sendo explorado e esquecido a séculos, pelo câncer que se instalou no Brasil, e o que é pior, com a conivência da mídia nacional, grande parte das Igrejas Evangélicas, que se instalaram no congresso com o único intuito, o de manterem seus privilégios (isenções) e de algumas centrais sindicais, que usam do mesmo expediente dos patrões (exploram os trabalhadores e acabam enriquecendo na política). A verdade é que todo o mal que existe, em nossa nação, tem por trás a mão da sua  elite, a grande financiadora de tudo que acontece na atual conjuntura política e que cresceu e continua crescendo com a exploração da brava gente brasileira.




E a seca que mata no Nordeste, esta vem sempre acompanhada de grandes  projetos, mas não são projetos para melhoria das condições de vida dos que ali vivem, a seca no Nordeste vem atrelada a projetos de políticos que se perpetuaram no poder, de políticos que estão explorando o povo a décadas e que pretendem se eternizarem com a colocação de seus parentes em seus lugares.

Os verdadeiros projetos que chegam ao Nordeste (sertão mais propriamente dito) chegam aos aliados, aos grupos econômicos dominantes, chegam às oligárquicas, aos empresariais. Os verdadeiros (quem tira proveitos) beneficiários da Seca, da ignorância, da ausência de Estado forte, de um estado com bandidos.  Estes sim matam mais que a seca propriamente dita.




O que o Nordeste precisa é de um Estado que não esteja a serviço de formas excludentes de convivência com o semiárido brasileiro.

O que o Nordeste precisa, é romper com essa forma de tratar a seca, romper com essa forma de fazer político,  romper com esse modelo de Brasil.

O que o Nordeste precisa, é  dizer que merecemos respeito. E eles (os donos do poder) precisam responder: SECA NO SEMI-ÁRIDO NORDESTINO ATÉ QUANDO?


Assistir: https://www.youtube.com/watch?v=NA1bAvpbPf0

DO BRASIL ( VANDER LEE)

Falar do Brasil sem ouvir o sertão
como estar cego em pleno clarão
Olhar o Brasil e não ver o sertão
É como negar o queijo com a faca na mão

Esse gigante em movimento
Movido a tijolo e cimento
Precisa de arroz com feijão
Que tenha comida na mesa
Que agradeça sempre a grandeza
De cada pedaço de pão

Agradeça a Clemente
Que leva a semente
Em seu embornal
Zezé e o penoso balé
De pisar no cacau
Maria que amanhece o dia
Lá no milharal
Joana que ama na cama do canavial
João que carrega
A esperança em seu caminhão
Pra capital

Lembrar do Brasil sem pensar no sertão
É como negar o alicerce de uma construção
Amar o Brasil sem louvar o sertão
É dar o tiro no escuro
Errar no futuro
Da nossa nação.

Esse gigante em movimento
Movido a tijolo e cimento
Precisa de arroz com feijão
Que tenha comida na mesa
Que agradeça sempre a grandeza
De cada pedaço de pão

Agradeça a Tião
Que conduz a boiada do pasto ao brotão
Quitéria que colhe miséria
Quando não chove no chão
Pereira que grita na feira
O valor do pregão

Zé coco, viola, rabeca, folia e canção
Zé coco, viola, rabeca, folia e canção

Amar o Brasil é fazer
Do sertão a capital..


Imagens do google


PARA SEGUIR O BLOG