A seca no Semiárido nordestino até quando?
Marcus Pereira
Lamentavelmente nem as melhores previsões são capazes de trazerem esperança aos que vivem no semi-árido nordestino (o homem do campo pobre e desinformado), mas, a cada eleição que se aproxima meia dúzia de políticos (geralmente os canalhas) ensaiam com melhorias pontuais em busca dos votos dos pobres que lá vivem, abandonados por políticas sociais e política de desenvolvimento de verdade.
Não é preciso ser um grande conhecedor da região para ter a certeza que a região nordestina tem diversas possibilidades, que tem potencial de desenvolvimento, basta olharmos os projetos ja instalados na região, bastariam os recursos não serem desviados para os bolsos dos coronéis que ali se instalaram a séculos e de lá não querem sair. A grande verdade é que o nordeste sofre com dois fenômenos: o natural (ausência de chuva) e o politico-socio-econômico (provocado pela ausência do estado), mas que tem um significado muito maior que a seca.
Não é pela ausência de verbas é pela ausência de um Estado com pulso firme, capaz de usar esses recursos de forma séria (DNOCS, Codevasf, CHESF, BNB, Sudene e tantos outros), um Estado que faça chegar esses benefícios à quem realmente necessita, mas ao contrário o dinheiro chega justamente para quem menos precisa, chega para a elite econômica dessa região, e esta, posteriormente é quem vai alimentar com os famosos votos de "cabresto" ao "bandidos" (politicos sem decência) que continuarão com a pratica danosa (circulo do mal) no Congresso, nas Câmaras Municipais, no Executico (Municipal, Estadual e Federal).
E assim o povo nordestino vem sendo explorado e esquecido a séculos, pelo câncer que se instalou no Brasil, e o que é pior, com a conivência da mídia nacional, grande parte das Igrejas Evangélicas, que se instalaram no congresso com o único intuito, o de manterem seus privilégios (isenções) e de algumas centrais sindicais, que usam do mesmo expediente dos patrões (exploram os trabalhadores e acabam enriquecendo na política). A verdade é que todo o mal que existe, em nossa nação, tem por trás a mão da sua elite, a grande financiadora de tudo que acontece na atual conjuntura política e que cresceu e continua crescendo com a exploração da brava gente brasileira.
E a seca que mata no Nordeste, esta vem sempre acompanhada de grandes projetos, mas não são projetos para melhoria das condições de vida dos que ali vivem, a seca no Nordeste vem atrelada a projetos de políticos que se perpetuaram no poder, de políticos que estão explorando o povo a décadas e que pretendem se eternizarem com a colocação de seus parentes em seus lugares.
Os verdadeiros projetos que chegam ao Nordeste (sertão mais propriamente dito) chegam aos aliados, aos grupos econômicos dominantes, chegam às oligárquicas, aos empresariais. Os verdadeiros (quem tira proveitos) beneficiários da Seca, da ignorância, da ausência de Estado forte, de um estado com bandidos. Estes sim matam mais que a seca propriamente dita.
O que o Nordeste precisa é de um Estado que não esteja a serviço de formas excludentes de convivência com o semiárido brasileiro.
O que o Nordeste precisa, é romper com essa forma de tratar a seca, romper com essa forma de fazer político, romper com esse modelo de Brasil.
O que o Nordeste precisa, é dizer que merecemos respeito. E eles (os donos do poder) precisam responder: SECA NO SEMI-ÁRIDO NORDESTINO ATÉ QUANDO?
Assistir: https://www.youtube.com/watch?v=NA1bAvpbPf0
DO BRASIL ( VANDER LEE)
Falar do Brasil sem ouvir o sertão
como estar cego em pleno clarão
Olhar o Brasil e não ver o sertão
É como negar o queijo com a faca na mão
Esse gigante em movimento
Movido a tijolo e cimento
Precisa de arroz com feijão
Que tenha comida na mesa
Que agradeça sempre a grandeza
De cada pedaço de pão
Agradeça a Clemente
Que leva a semente
Em seu embornal
Zezé e o penoso balé
De pisar no cacau
Maria que amanhece o dia
Lá no milharal
Joana que ama na cama do canavial
João que carrega
A esperança em seu caminhão
Pra capital
Lembrar do Brasil sem pensar no sertão
É como negar o alicerce de uma construção
Amar o Brasil sem louvar o sertão
É dar o tiro no escuro
Errar no futuro
Da nossa nação.
Esse gigante em movimento
Movido a tijolo e cimento
Precisa de arroz com feijão
Que tenha comida na mesa
Que agradeça sempre a grandeza
De cada pedaço de pão
Agradeça a Tião
Que conduz a boiada do pasto ao brotão
Quitéria que colhe miséria
Quando não chove no chão
Pereira que grita na feira
O valor do pregão
Zé coco, viola, rabeca, folia e canção
Zé coco, viola, rabeca, folia e canção
Amar o Brasil é fazer
Do sertão a capital..
É como negar o queijo com a faca na mão
Esse gigante em movimento
Movido a tijolo e cimento
Precisa de arroz com feijão
Que tenha comida na mesa
Que agradeça sempre a grandeza
De cada pedaço de pão
Agradeça a Clemente
Que leva a semente
Em seu embornal
Zezé e o penoso balé
De pisar no cacau
Maria que amanhece o dia
Lá no milharal
Joana que ama na cama do canavial
João que carrega
A esperança em seu caminhão
Pra capital
Lembrar do Brasil sem pensar no sertão
É como negar o alicerce de uma construção
Amar o Brasil sem louvar o sertão
É dar o tiro no escuro
Errar no futuro
Da nossa nação.
Esse gigante em movimento
Movido a tijolo e cimento
Precisa de arroz com feijão
Que tenha comida na mesa
Que agradeça sempre a grandeza
De cada pedaço de pão
Agradeça a Tião
Que conduz a boiada do pasto ao brotão
Quitéria que colhe miséria
Quando não chove no chão
Pereira que grita na feira
O valor do pregão
Zé coco, viola, rabeca, folia e canção
Zé coco, viola, rabeca, folia e canção
Amar o Brasil é fazer
Do sertão a capital..
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