O Evagelicanismo Brasileiro
Por Pedro Silva - in Facebook - 3 de abril às 21:50 ·
O Evangelicalismo Brasileiro sem-pre foi de erigir altares, para si, de novos DEUSES PENATES, e a capa-cidade desse grupo de constituí-los sempre me impres-sionou. Durante seus mais de 150 anos, ele inventou diversos; e em nome desses DEUSES PENATES perseguiu, denunciou e expulsou aqueles que pensavam diferente ou que denunciavam a idolatria. Algumas pesquisas atestam que foram, muitas vezes, pastores que denunciavam seus colegas e ovelhas para a tortura, durante o regime militar, oferecendo, com isso, a maior prova de fidelidade ao regime: entregar seus próprios filhos.
Tal movimento, no entanto, não é estranho no cerne religioso, e não é uma jabuticaba do Evangelicalismo Brasileiro. Nosso coração, dirá João Calvino, é uma fabrica inexorável de ídolos, dando a resposta teológica protestante para esse movimento.
De reformados a neopentecostais, os altares são erigidos e nomes consagrados. Agora, mais uma vez, transferimos nossa idolatria para altares cívicos, julgando que nossos bezerros de ouro revestidos de política salvarão nossa nação. Os DEUSES PENATES sopram seu sopro, e o evangelicalismo brasileiro responde com toda boa vontade: "eis-me aqui". Entregará novamente seus filhos em nome da fidelidade? O tempo dirá, embora o que se mostra no horizonte não seja diferente do que foi vivido. G. K. Beale teoriza dizendo que nos tornamos parecidos com o que adoramos. Se nossos DEUSES PENATES são perversos e sanguinários, segregacionistas e impositivos, não demorará que o adorador se torne igual ao adorado.
É aqui que a adoração ao Cristo se torna especial, "Ele me ensinou a ver novas todas as coisas" (Fernando Pessoa). Sua doutrina guarda a verdadeira revolução que precisamos, e a única radicalidade que necessitamos. Ao contrário do grande teólogo africano, a Beleza da Minha Vida eu conheci ainda jovem, e até hoje ele é tudo o que quero e preciso. Me pastoreia em dias bons e maus, me aceita em todas as minhas muitas imperfeições, tem sido refúgio seguro em meio a tempestades.
É ele que reafirmo ser o centro de meu culto, outro eu não quero. E que nenhuma esperança fora dele eu tenho. E se você tem esse Cristo como seu Deus também, e nesses tempos de idolatria tem sofrido também, então, eu parafraseio para você a fala do bispo Myriel, do romance Os Miseráveis, de Victor Hugo, não importa seu nome, "chama-me teu irmão".
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