Relação patrão e empregado.
Por Marcus Pereira
Brasil, maio de 2020, século XXI e mais do que nunca vemos a falta que faz, a boa parte da população (os imbecis claro), a frequência às aulas de HISTÓRIA, mais especificamente sobre o período da Revolução Industrial, talvez agora facilitasse a reflexão sobre a relação entre patrão e empregado que, à época, era baseada em exploração e opressão.
Como não existiam leis que os protegessem, *OS PROLETARIADOS eram explorados de forma exaustiva pelos patrões e nada podiam fazer. Mulheres e crianças eram vitimas de constantes castigos físicos e abusos sexuais. Era comum e quase que diariamente uma criança ou mesmo adultos, serem mutilados pelas máquinas e muitos morriam sem a menor assistência.
Aqueles que reclamavam ou faziam corpo mole, rapidamente era substituído, sempre tinha uma enorme fila de desempregados dispostos a substitui-lo.
Alguma semelhança com os dias atuais?
Muitos podem até discordarem, dizerem que vivemos outra realidade, que os trabalhadores estão protegidos pelas leis trabalhistas (CLT) "cheios de direitos e que ser patrão no Brasil é uma tarefa árdua".
Até onde essa afirmativa é verdadeira? Será que nós estamos mesmo tão protegidos (TRABALHADORES)?
Será que as recentes reformas foram tão benevolentes com a classe trabalhadora desse país?
O nossos homens de "bens" ( Legislativo, Judiciário e Executivo) pensaram realmente no povo ou a este "as batatas"?
Esqueçamos a Revolução Industrial e cheguemos aos dias atuais, de uma realidade tão cruel quanto, falemos dos riscos que corremos, acerca da saúde, relacionados a PANDEMIA (coronavirus), pela forma como vem se configurando pelo mundo naqueles que se expõem na linha de frente, ou seja os trabalhadores (PROLETARIADO MODERNO) dos serviços essenciais.
Essa PANDEMIA está causando impactos desastrosos e profundos para a economia, porém muito piores são os males causados aos trabalhadores, tais como: o aumento da jornada e a intensificação do trabalho àqueles que são obrigados a trabalharem.
Tudo isso vem se somar aos problemas já adquiridos com as famigeradas reformas: empregos temporários, subempregos, terceirização, polivalência, flexibilização e a precarização das relações e dos contratos de trabalho (perda de direitos sociais, redução das proteção sociais e jurídicas).
Essa realidade só não enxerga quem está disposto a servir de escada e escudo protetor para quem pouco se importa se o trabalhador se expõe a um VÍRUS que pode o levar a sua morte, bem como a daqueles a quem ele ama.
Hoje existe uma aposta naqueles que, de fato, vivem sob a tutela do medo do desemprego, para estes, até o afastamento do trabalho é sinônimo de redução de salários, uma espécie de terror psicológico.
Esse é o verdadeiro dilema que vive a CLASSE PROLETARIADA do século XXI. A atual situação em que vivemos não pode ser descolada das relações de trabalho da REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, infelizmente a resposta do Estado diante da situação e de conivência com aqueles que pedem a volta ao trabalho (O CAPITALISTA), negando ou restringindo políticas de Seguridade Social.
A volta ao trabalho, pregada pelos canalhas de plantão nada mais é do que um provável incentivo ao suicídio coletivo do PROLETARIO MODERNO, nada mais é do que um assassinato de um povo, com a certeza de que, assim como na REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, não faltarão filas a espera das vagas daqueles que se lançaram à morte.
Viva ao povo brasileiro.
Chega de exploração, chega de mortes.
*Proletariado (do latim proles, “filho, descendência, progênie”) é um conceito usado para definir a classe oposta à classe capitalista. O proletário consiste daquele que não tem nenhum meio de vida exceto sua força de trabalho (suas aptidões), que ele vende para sobreviver.
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