sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Desemprego no Brasil é o maior da América Latina - ONU


Desemprego no Brasil é o

maior da América Latina e 

Caribe, diz CEPAL.


Publicado em 07/02/2018                                               Atualizado em 08/02/2018 

De 2015 para 2016, o desemprego no Brasil passou de 9,3% para 13%, segundo dados coletados em 20 regiões metropolitanas do país. O índice de desocupação é o maior da América Latina e do Caribe, revela a nova edição do Anuário Estatístico da Comissão Econômica da ONU para a região, a CEPAL.



Desemprego no Brasil chegou a 13% em 2016, maior índice registrado 
em países da América Latina e Caribe. Foto: Agência Brasil


Em 2016, ano em que foram obtidos dados desagregados por gênero sobre desemprego, as mulheres eram as mais afetadas pela falta de postos de trabalho — a desocupação entre elas chegou a 14,7%, ao passo que, entre os homens, o índice era de 11,6%.

Tanto em 2015 quanto em 2016, o Brasil teve taxas de desemprego acima das médias da América Latina e Caribe, apesar da tendência crescente identificada na região. Em 2015, a desocupação afetava 7,4% da população latino-americana e caribenha. Em 2016, o índice subiu para 8,9%. As desigualdades de gênero também foram observadas a nível regional. Quase 11% das mulheres não tinham trabalho em 2016. Entre os homens, a proporção era de 7,9%.

Em 2015, apesar de o desemprego ultrapassar 9%, o Brasil estava melhor que países como Bahamas, Barbados, Belize, Jamaica e Costa Rica. No ano seguinte, o país chegou à pior posição da lista organizada pela CEPAL, com o mais alto índice de desocupação.

Faixa etária e qualificação


Em 2016, a taxa média de desemprego nas cidades latino-americanas e caribenhas chegou a 6,7%, valor que representa um aumento de 0,3 ponto percentual na comparação com 2014. Mas o índice mascara variações consideráveis quando considerada a faixa etária da mão de obra. Entre os jovens de 15 a 24 anos, o desemprego chegou a 15,9% em 2016. Em 2014, o índice entre esse segmento populacional era de 15,1%.

O levantamento da CEPAL também mostra que 44% dos homens e 51% das mulheres atualmente empregados nas cidades latino-americanas e caribenhas trabalham em setores de baixa produtividade (setor informal). O organismo da ONU avaliou a qualificação dos trabalhadores da região. Segundo a comissão, metade das pessoas em idade produtiva — dos 25 aos 59 anos — estudou menos de dez anos e apenas 22% continuaram seus estudos após terminar o ensino médio.

Clique aqui para acessar o relatório completo (em espanhol).

EM: https://nacoesunidas.org/desemprego-no-brasil-e-maior-da-america-latina-e-caribe-diz-cepal/


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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

PRECISAMOS MUDAR PARA MUDAR O BRASIL.




PRECISAMOS MUDAR

PARA MUDAR O BRASIL.


Marcus Pereira



O que fazer para mudar um país? Certamente bastaria mudar a mentalidade do seu povo, assim estaríamos dando o primeiro passo para uma verdadeira mudança, passo este que tem de ser acompanhado por todos, no dia-a-dia de todo cidadão: o pai, o educador, o empresário, o religioso e principalmente os políticos.

A construção de uma grande nação se faz com valores morais, respeito, trabalho, cultura e uma democracia de verdade, que não nos obrigue a votar, até que saibamos verdadeiramente, O VALOR DO NOSSO VOTO.


Para se mudar se faz necessário urgentemente estarmos todos do mesmo lado, e sinceramente eu não sei se em nosso país isso é possível, a começar pela politica brasileira com tantos erros. acertos? Quase não os vejo. Fica quase que impossível (fantasia) se falar em mudanças quando olhamos a realidade. Esperar que haja mudanças sem contribuirmos para isso, difícil. Precisamos dá nossa parcela de contribuição.

Para mudarmos o país precisamos de grandes pessoas, pessoas certas, honestas e positivas.

Precisamos de uma imprensa digna, honesta, imparcial, de alto nível, que reflita a opinião pública, que dê voz e manifeste os anseios e a visão de mundo de todas as camadas sociais, que não seja apenas uma representante da ideologia da camada economicamente dominante da sociedade, que não reproduza cegamente as ordens dos que se encontram no poder (uma imprensa vendida).

Precisamos respeitar os diferentes, precisamos ter um trabalhador com remuneração digna (a imensa maioria, vive com um salário mínimo indigno e desumano), rever essas práticas seria uma excelente forma de começarmos a mudar, precisamos ter uma distribuição de renda de verdade, as camadas mais humildes precisam ser mais respeitada (voz e vez).


O povo brasileiro precisa parar de ser contemplado com esmolas (Passe Livre - Bolsa Família - Auxilio moradia), precisa ter seus direitos respeitados, precisamos acabar com a escravidão que ainda impera nesse modelo de Brasil onde quem manda são os coronéis.

Dá para mudar o pais mantendo tudo isso? Precisamos mostrar nossas idéias sobre o Brasil que queremos, que certamente não é o país da REDE GLOBO, precisamos de um país inteiro e não dividido onde pobres e ricos  possam viver harmonicamente. O Brasil que queremos é um país onde todos tenham igualdade social e econômica, onde não exista violência nem discriminação racial ou social.


O Brasil somos nós. Mudamos nós, muda o Brasil!
Mudar se faz necessário em todas as esferas, dessa forma todos só teriam a ganhar.




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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA - ONU


Cerca de 68 milhões de 

meninas e mulheres sofrerão 

mutilação genital até 2030, diz 

Fundo de População da ONU

Publicado em 06/02/2018 Atualizado em 06/02/2018


Caso nada seja feito, as estimativas atuais de 3,9 milhões de meninas mutiladas por ano subirão para 4,6 milhões. Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) divulgou dados atualizados sobre essa forma de violência nesta terça-feira (6), Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.


Data mobilizou dirigentes da ONU, como o secretário-geral António Guterres, a enviada para Juventude, Jayathma Wickramanayake, e a diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Henrietta Fore, que condenaram a prática.


Latifatou Compaoré , de 14 anos, foi salva da mutilação genital feminina por sua
mãe, uma vítima dessa prática que se recusou a deixar sua filhar ser submetida
ao procedimento. Foto: UNFPA/Luca Zordan


Até 2030, cerca de 68 milhões de meninas e mulheres terão sofrido *mutilação genital, de acordo com novas pesquisas do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Agência da ONU aponta que, caso nada seja feito, as estimativas atuais de 3,9 milhões de meninas mutiladas por ano subirão para 4,6 milhões. Organismo internacional divulgou dados atualizados nesta terça-feira (6), Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.

Segundo o UNFPA, o aumento de casos de mutilação se deve ao crescimento da população vivendo nas comunidades onde a prática ainda é realizada.

“Até 2030, mais de um terço de todos os nascimentos em todo o mundo será nos 30 países onde a mutilação genital feminina é praticada”, afirmaram em declaração conjunta para a data a diretora-executiva do UNFPA, Natalia Kanem, e a diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Henrietta Fore.

Em sua avaliação, “é inconcebível que essas meninas se somem às 200 milhões de mulheres e meninas do mundo hoje que já sofreram mutilação genital feminina”.

Os novos números do UNFPA são fruto de métodos mais precisos para calcular riscos específicos, de acordo com a idade das meninas. O levantamento também passou a incluir dados da Indonésia, onde o método de pesquisa revisado identificou aproximadamente 1 milhão de meninas que sofrem mutilação no primeiro ano de vida.

“A boa notícia é saber o que funciona: maior vontade política, envolvimento da comunidade e investimentos direcionados estão mudando normas sociais, práticas e vidas. Precisamos acelerar rapidamente esses esforços”, explicou Natalia.

O UNFPA e o UNICEF lideram o maior programa global pelo fim dessa forma de violência.

“Nos países em que o UNFPA e o UNICEF trabalham em conjunto para acabar com a mutilação genital feminina, as meninas são hoje um terço menos propensas a serem submetidas a esta prática prejudicial do que em 1997. Mais de 25 milhões de pessoas em cerca de 18 mil comunidades em 15 países repudiaram publicamente a prática desde 2008. Globalmente, a incidência (da mutilação) diminuiu quase um quarto desde de 2000”, afirmou o pronunciamento das duas agências.

De acordo com Natalia e Henrietta, as taxas de mutilação podem cair rapidamente “onde as normas sociais são confrontadas, aldeia por aldeia, onde profissionais médicos se unem para se opor à prática e se recusam a realizá-la, onde leis são promulgadas para fazer desta prática um crime e onde essas leis são aplicadas”.

Além de ser uma prática violenta que causa infecções, doenças, complicações no parto e até a morte, a mutilação é um ato “cruel”, que perpetua o status inferior de meninas e mulheres em determinadas comunidades, disseram as dirigentes.

“Ninguém – nem as meninas, suas famílias ou comunidades – se beneficia econômica ou socialmente em sociedades desiguais onde essa violência contra as meninas é aceita”, condenou a mensagem.

Mutilação perpetua ‘papeis subservientes’ da mulher


Também por ocasião do Dia Internacional, a enviada do secretário-geral da ONU para Juventude, Jayathma Wickramanayake, denunciou o fato de que a mutilação “seja feita em nome da tradição, da cultura, da religião e para garantir que mulheres assumam papeis subservientes em relação aos homens com quem eventualmente se casarão”. Das 200 milhões de vítimas da prática, cerca de 44 milhões são meninas com 14 anos ou menos.

Em novembro de 2015, a Gâmbia proibiu e criminalizou a mutilação genital feminina. Muitos outros países africanos já possuem legislação para banir esse tipo de violência.

https://www.geledes.org.br/gambia-na-africa-proibe-mutilacao-genital-feminina/

Jayathma convocou nações a implementar suas leis e a avaliar eventuais lacunas existentes nos atuais enquadramentos legais.

“A história nos ensinou que as sociedades humanas podem criar práticas sociais repreensíveis, justificadas sob falsos argumentos, para fortalecer estruturas de poder ou manter o status quo para certos grupos na sociedade. Felizmente, também sabemos que as práticas sociais não são estáticas e que elas podem mudar, conforme nosso entendimento evolui”, concluiu a enviada para Juventude.

Chefe da ONU condena prática


O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, descreveu a mutilação genital feminina como uma “violação flagrante dos direitos humanos de meninas e mulheres”. O dirigente máximo da ONU lembrou que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS) contêm uma meta específica sobre o problema.

O terceiro item do ODS de nº 5, sobre igualdade de gênero, prevê “eliminar todas as práticas nocivas, como os casamentos prematuros, forçados e de crianças e mutilações genitais femininas”.

“Com a dignidade, saúde e bem-estar de milhões de meninas em jogo, não há tempo a perder”, enfatizou Guterres, que cobrou ações imediatas de países onde o crime ocorre. “Juntos, podemos e devemos eliminar essa prática prejudicial.”

*A mutilação genital feminina (MGF), também conhecida por circuncisão feminina, é a remoção ritualista de parte ou de todos os órgãos sexuais externos femininos.

Em:https://nacoesunidas.org/cerca-de-68-milhoes-de-meninas-e-mulheres-sofrerao-mutilacao-genital-ate-2030-diz-fundo-de-populacao-da-onu/


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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

VELHO CHICO - Brasil de Fato


VELHO CHICO

As águas do Rio São Francisco e os clamores do povo

Mais de 79% das águas do São Francisco são usadas para irrigação, efetivamente pelos grandes projetos do agronegócio

*Rafaela Alves em: Brasil de Fato | Poço Redondo (SE), 3 de Fevereiro de 2018 às 08:00


Menina bebe água do rio em Niterói, sertão de Sergipe / João Sinclair / Acervo CBHSF

“O Rio São Francisco está sentindo
Que o progresso está atropelando
Ô meu povo escute esse chamado
Não podemos jamais ficar calados
Nosso rio, de nossa luta, precisando!”



Tratar das questões ambientais e do Rio São Francisco é falar do modelo de desenvolvimento do sistema capitalista que se nutre da exploração dos trabalhadores e da natureza, bem como da atual conjuntura de golpe no país, que vem exigindo do povo lutas diárias para defender a vida, os direitos sociais, as empresas estatais, os territórios e os recursos naturais.

Em toda região semiárida é crescente na população a preocupação com a questão da água que se liga efetivamente ao São Francisco. Recentemente, sua vazão foi reduzida a 550 m³/s para evitar que os reservatórios chegassem ao volume morto. Os ribeirinhos temem o desaparecimento de um dos rios mais importante do país. Bem disse o Papa Francisco na sua recente encíclica: “É preciso cuidar do meio ambiente, da natureza como a casa comum, pois está ameaçada”.

Por isso, trazer à tona os impactos causados pela construção das barragens hidrelétricas é fundamental. Além do papel das empresas do agronegócio que avançam sobre os territórios com seus grandes projetos. Eles ameaçam, oprimem, expulsam o povo pescador, indígena, quilombola, camponês e se apropriam das terras e das águas. Mais de 79% das águas do São Francisco são usadas para irrigação, efetivamente pelos grandes projetos do agronegócio de fruticultura e cana de açúcar.


Imagem do google.

Diante do complexo cenário, precisamos afirmar que os recursos naturais devem estar sob o controle popular em seus territórios. Só assim teremos forças para um verdadeiro e amplo programa de revitalização e preservação dos biomas e rios brasileiros.

O ano de 2018 será, sem dúvidas, bastante decisivo para os rumos do país. A luta por direitos sociais, soberania nacional e pelo São Francisco está colocada. Precisaremos construir o Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA) e o Congresso do Povo com muitos trabalhadores do campo e da cidade. Seguindo com a clareza de que muitas batalhas precisaremos vencer, acumulando força para assegurar uma vitória eleitoral da classe trabalhadora em 2018. É fato que os processos de mudança e transformações na sociedade só nascem da incansável luta do povo que se banha nas águas da esperança, da solidariedade, da ousadia e da resistência.

*Rafaela Alves é sergipana e da direção nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)

Este conteúdo foi originalmente publicado na versão impressa (Edição 0) da Expressão Sergipana. https://issuu.com/expressaosergipana/docs/express__o_sergipana_-_edi____o_0



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sábado, 3 de fevereiro de 2018

PREVIDÊNCIA? A PRIORIDADE AGORA É OUTRA!

PREVIDÊNCIA. 
ATÉ QUANDO ESSE  MARTÍRIO?

Marcus Pereira



Até quando o VAMPIRÃO vai insistir em colocar em votação a Reforma da Previdência? Os Deputados (os covardes) já enterraram essa proposta no Congresso, mas não é porque estão  comprometidos com o povo, a grande maioria está com medo de não se reeleger. Qual deles se arriscará a apostar suas fichas votando um projeto criminoso de um bandido com aprovação de 5%.



Estava na hora mesmo era de propor uma "reforma" nos salários dos (podres) poderes: EXECUTIVO, LEGISLATIVO e JUDICIÁRIO.

A grande verdade dessa história de "Reforma na Previdência", seu principal intuito, é cobrir o rombo dos 300 bilhões que usaram para comprar deputados em outras votações, pois o "ROMBO" da PREVIDÊNCIA os grandes sonegadores cobre.

SEGUNDO AS CONTAS DO GOVERNO (Quadrilha) O ROMBO DA PREVIDÊNCIA É DE 269 BI, NO ENTANTO AS GRANDES EMPRESAS DEVEM, DE SONEGAÇÃO PREVIDENCIÁRIA, 426 BILHÕES!

Satisfazer os bancos e empresas de previdência privada, é outro objetivo da QUADRILHA, a Previdência é SUPERAVITÁRIA, o que quebra a previdência na realidade é a sonegação das grandes empresas (que o governo não cobra), eles estão querendo mesmo é botar p'ra quebrar nos, já tão humilhados e  infelizes, trabalhadores. Espero que  não sejamos hipócritas ao ponto de não darmos o troco nesses abutres. "Brasileiros e Brasileiras", se a reforma é boa, por que não é para todos? (JUDICIÁRIO - LEGISLATIVO - EXECUTIVO)?

VOCÊ ACHA JUSTO?

ASSISTA AO VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=cJ6RQw2YH04


O que precisa ser revisto no Brasil (poucos querem admitir) são os critérios de isenções, anistias e refis ( igrejas, clubes, ruralistas, etc.), afinal a "crise" tem que ser suportada por "todos".  

Brasileiros do bem! Tá na hora de pararmos de falar em reforma da previdência, esse governo já acabou, a  preocupação agora é outra: Quem será o próximo presidente? Se faz necessário urgentemente, começarmos a pensar que não podemos eleger alguém que não seja comprometido com o povo, não podemos correr o risco de colocarmos outro bandido, e o que é pior comprometido com uma agenda criminosa.


Esse é o ano de fazermos a nossa própria "JUSTIÇA" (justiça de verdade) e não esperarmos as decisões seletivas, interesseiras e partidárias do STF, está na hora de mandarmos boa parte dessa cambada trabalhar (se bem que não irão, padrinhos não vão faltar para acomodá-los em um bom cargo). Quem lhes dão os mandatos somos nós, então, não vamos reeleger bandidos. SIMPLES ASSIM!

ATENÇÃO DEPUTADOS! QUEM VOTAR À REFORMA, NÃO VOLTA NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES!!!



ASSISTA AO VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=JPOgc8_s56M




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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Entre Estrelas



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CAPITALISMO E DESIGUALDADES



CAPITALISMO

E DESIGUALDADES

Marcus Pereira


Em que tipo de sociedade vivemos no Brasil? Façamos esse questionamento e veremos que para respondermos a essa pergunta não precisaremos nos debruçarmos sobre nenhuma enciclopédia, basta que olhemos para as desigualdades e as injustiças (uma das características) nossas de cada dia e responderemos: em uma sociedade capitalista exploradora da classe trabalhadora dividida por classes sociais. E não adianta fechar os olhos, nosso país vive sim uma divisão de classes.

Vivemos em uma estrutura social capitalista que nada mais é do que uma sociedade, excludente, cheia de desigualdade social. Uma sociedade, onde a minoria concentra maior parte da riqueza da nação (poder - dinheiro - propriedades) e a outra parte, a maioria das pessoas, vive com o mínimo (poder - dinheiro - propriedades), mas que tem a oferecer sua força de trabalho, esta muito bem explorada pela classe dominante, que aliada aos mandatários do poder, outra classe (a dos bandidos), está destruindo os direitos dessa maioria. 

As diferenças sociais se acentuam nas condições de vida da população, muitas vezes trágicas, o maior legado de uma nação dividida por classes é: subnutrição, mortalidade infantil, doenças endêmicas, menores e idosos abandonados, desemprego, prostituição, analfabetismo, criminalidade, favelas.

Na sociedade capitalista essa separação, entre o capital e o trabalho, é fato. Quem trabalha somos nós (a força) e quem tem o capital são eles (o poder financeiro) esse o que vale, portanto em nosso país existe uma divisão de classe. Burguesia x Proletariado, alguém tem coragem de afirmar que essa divisão deixou de existir em nosso pais?


Esse é o modelo em que vivemos (acumulação de capital) onde o proletário não acumula nada e ainda é explorado todos os dias no mercado de trabalho, para poder viver, ou  sobreviver, geralmente muito mal, com muitas dificuldades e ainda é obrigado a ver seus políticos (bandidos) querendo a todo custo (muito alto) transformar a todos em escravos (Reforma Trabalhista - Congelamento de investimentos sociais - Reforma da Previdência - Lei da Terceirização). 

Daqui pra frente alguém saberia dizer como vai ser a relação Força de trabalho x Capital? Até quando seremos livres para vendermos nossa força de trabalho? Até quando teremos o mínimo de dignidade?


Alguém duvida que o único projeto dessa elite (burguesa) é apenas a manutenção de seus privilégios? Alguém duvida que o maior interesses desses que foram as ruas é dá um basta à ASCENSÃO SOCIAL do proletariado, bem como o medo deste sair da SENZALA e reclamar direitos?. 

Quem questiona e não aceita essa ascensão é principalmente a classe intermediária (classe media), que viu sua "empregada domestica" ficar mais cara, que viu o filho do porteiro se tornar advogado, o preto virar doutor. Essa "classe" que também tem pouca importância para os reais detentores do poder econômico e político, se sentiu mais atingida e nem percebeu que virou massa de manobra da verdadeira elite desse país.


Mas lembremos que, independente de qualquer ascensão social, na sociedade capitalista jamais deixaremos de ter essa divisão, pois o capitalismo traz em seu ranço a divisão da sociedade em classes com interesses antagônicos.

E não adianta nós, os proletários, nos enganarmos, pois quanto mais essa minoria (eles)  vai acumulando bens, a maioria (nós) vai afundando na pobreza e na miséria. Nunca foi tão claro, na história desse país, quem está ao lado de quem.

QUAL A SOCIEDADE QUE QUEREMOS? QUAL O FUTURO QUE MERECEMOS?

Não tenhamos a ilusão que os herdeiros da CASA GRANDE um dia irão se integrar com os herdeiros da SENZALA.


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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

BRASIL PAÍS DESIGUAL - ONU

Brasil está entre os cinco países mais desiguais, diz estudo de centro da ONU

Publicado em 29/01/2018 Atualizado em 29/01/2018

Desigualdades no Rio de Janeiro. Foto: Luiz Gonçalves Martins – ODS 10


Estudo que analisou 29 países — entre desenvolvidos e em desenvolvimento — mostrou que o Brasil está no grupo de cinco nações em que a parcela mais rica da população recebe mais de 15% da renda nacional. O 1% mais rico do Brasil concentra entre 22% e 23% do total da renda do país, nível bem acima da média internacional.

A conclusão é de estudo dos pesquisadores Pedro Herculano Guimarães e Marcelo Medeiros, do Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea), publicado recentemente pelo Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (IPC-IG/PNUD).

Com base nos dados de Imposto de Renda referentes ao período de 2006 a 2014, os autores do estudo “The concentration of income at the top in Brazil” (a concentração de renda no topo da pirâmide no Brasil, em tradução livre) mostram que a desigualdade não diminuiu no país nos oito anos analisados, diferentemente do apontado por pesquisas domiciliares.

“Quase nada mudou no que se refere à concentração de renda no topo da pirâmide durante o período analisado”, disseram os pesquisadores.

“Embora as diferenças metodológicas não nos permitam dar um ranking oficial e definitivo de países, as evidências disponíveis mostram claramente que o Brasil está entre os mais desiguais, muito à frente da maioria dos outros países”, afirmou a conclusão do estudo.

Os pesquisadores atribuem a diferença de resultados na comparação com as pesquisas domiciliares aos ganhos de capital, mais bem detectados pelas declarações de Imposto de Renda.

Segundo eles, a desigualdade de renda no Brasil é preocupante, uma vez que está muito acima dos padrões internacionais.  A proporção do total da renda recebida pelo 1% mais rico da população fica entre 5% e 15% em 24 dos 29 países analisados, um grupo heterogêneo que inclui Holanda e Uruguai. Apenas cinco países — Brasil, África do Sul, Argentina, Colômbia e Estados Unidos — estão acima desse nível. No Brasil, a concentração da renda nas mãos do 1% mais rico é o dobro da média geral.

“O Brasil só atingirá níveis moderados de desigualdade, como os da Europa, se a concentração de renda no topo diminuir dramaticamente”, disseram os pesquisadores. “Isso demandará políticas que promovam tanto o rápido crescimento da renda dos mais pobres como a direta redistribuição (da renda) do topo”.

Os resultados ressalvam que, de fato, houve alguma redistribuição de renda entre as camadas intermediárias da população brasileira, mas a desigualdade se manteve estável entre os setores mais ricos e mais pobres. Como a renda continua muito concentrada no topo, não houve uma diminuição significativa da desigualdade nesse período, concluíram.

Os pesquisadores criticam os incontáveis exemplos de ações estatais tomadas no sentido oposto à redução da desigualdade de renda nesses países, tais como aposentadorias generosas para funcionários públicos, a baixa participação da tributação direta na carga tributária bruta e o acesso privilegiado a crédito público subsidiado.

“A experiência histórica mostra que buscar o crescimento a todo custo e esperar que ele resolva todos os nossos problemas distributivos não funcionou no passado e dificilmente funcionará no futuro”, declararam.

Imagem do google


https://nacoesunidas.org/brasil-esta-entre-os-cinco-paises-mais-desiguais-diz-estudo-de-centro-da-onu/


Clique aqui para acessar o estudo completo (em inglês).

Clique aqui para acessar a versão resumida do estudo (em português). 


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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

DESEJOS CHEIOS



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VIOLÊNCIA E AS CRIANÇAS NO CONGO - ONU


Violência desloca 

800 mil crianças no

 leste da República

 Democrática do

 Congo


Publicado em 26/01/2018 Atualizado em 26/01/2018

Crianças em campo para deslocados internos em Kivu do Norte, na
República Democrática do Congo. Foto: OCHA/Naomi Frerotte


Mais de 800 mil crianças do leste da República Democrática do Congo tiveram de deixar seus lares devido a confrontos armados. O número foi divulgado nesta semana (25) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que descreveu a situação como “uma das piores crises de deslocamento forçado do mundo” para meninos e meninas. Agência da ONU e parceiros já identificaram mais de 800 casos de abuso sexual contra menores.

Nas províncias de Tanganyika e Kivu do Sul, a violência entre etnias distintas, somada aos conflitos entre o exército nacional e milícias, já deixou cerca de 1,3 milhão de pessoas em situação de deslocamento forçado. Dados recentes coletados pelo UNICEF revelam que, ao longo do ano passado, mais de 3 mil crianças foram recrutadas como soldados por grupos armados.

Também em 2017, os dois departamentos registraram cerca de 18 mil ocorrências suspeitas de cólera — o dobro do identificado em 2016 — e 18 mil casos de sarampo. Nos províncias, muitos centros de saúde deixaram de funcionar.

“Centenas de milhares de crianças na região não têm mais acesso a cuidados médicos ou educação. Outras sofreram atrocidades nas mãos dos combatentes”, afirmou o diretor interino do UNICEF no país, Tajudeen Oyewale.

A violência também impediu que congoleses do leste do país trabalhassem em suas plantações — o que agrava o risco de má nutrição entre milhares de meninos e meninas.


UNICEF precisa de US$ 65 mi


Em resposta à situação no Kivu do Sul e Tanganyika, a agência da ONU está levando assistência para as crianças deslocadas. Serviços incluem tratamento médico e prevenção contra a cólera; vacinação contra o sarampo; apoio nutricional; e assistência psicossocial para os menores afetados pela violência e também para os que ficaram feridos ou estão desacompanhados.


Para implementar e manter programas de ajuda humanitária pelos próximos seis meses, o UNICEF lançou um apelo por 65 milhões de dólares. “Trata-se de uma situação brutal para crianças, sem um fim à vista”, enfatizou Oyewale.

domingo, 28 de janeiro de 2018

RECLAMAR DE QUÊ?

RECLAMAR DE QUÊ?

Marcus Pereira


A reforma trabalhista?

O preço da gasolina?

E o gás?

Famílias que voltam a usar fogão a lenha?

E a Reforma da Previdência?

E o mais médicos?

Minha Casa Minha Vida?

R$ 17,00 reais?

Privatizações de setores estratégicos?

Mala com dinheiros?


Reclamar de que?, se você um pobre "sem eira nem beira" foi as ruas pedir "fora Dilma, fora PT!" Reclamar de quê? se você não vai as ruas para pedir prisão para Aécio, Jucá e companhia?


Reclamar de quê?

A cesta básica aumentou? Procura o Supermercado da Globo que te manipula e dita as normas de como deve ser tua vida (e você abre a boca para dizer que vai votar no Luciano, o Hulk deles), procura teu Pastor (o pobrezinho) que você elegeu para te representar (Vereador ou Deputado) e que se vende no congresso, para votar projetos que prejudicam a você (pena que não prejudicam só a você) prejudicam teus irmãos, teus filhos e no futuro teus netos, prejudicam o povo brasileiro, e você ainda vai lá pedir bênçãos e  doar teu suor.



Reclamar de que?

Temer esta querendo acabar com o Bolsa Família? Pobre não entra mas na Universidade? Mandar pelos ares tua aposentadoria? reclama não, ele está fazendo um Brasil melhor, mais dinâmico, está te dando o básico para que sobrevivas e quem sabe quando você estiver com 80 anos se aposente! Ele não está fazendo mau nenhum não é mesmo? Quem não prestava era o PT com LULA e Dilma, os ladrões.

OS MALAS

Que mal te pergunte: eles roubaram o que mesmo? Alguém de plantão pode me responder? De quem era o apartamento mesmo, aquele que tinha malas e mais malas de dinheiro? Quem foi pego em correria para esconder outra mala de dinheiro? Deixa pra lá, o mais importante é que os pobres hoje estão melhores do que ontem. E falando sério, acho que esses R$ 17 reais de aumento no salário foi desnecessário. Temer foi generoso demais. Vocês não acham?



ENQUANTO A "SENZALA" CHORA A PERDA DE SEUS DIREITOS, A "CASA GRANDE" ENCHE SUAS MALAS DE DINHEIRO.

Não chorem! O Brasil que vocês tanto querem está ai, ao alcance de suas mãos, ou melhor, ao alcance de seus dedos. Votem e lembrem-se: nossas vidas estão em jogo e essa dedada que vamos dá, pode se virar contra nós!

Viva o povo brasileiro!

Salvem o Brasil!!!


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sábado, 27 de janeiro de 2018

ESSA É A ROTINA


ESSA É A ROTINA

Marcus Pereira

Em pleno século 21, cá estamos nós, nas redes sociais, a solidão virtual aliado ao eu carente, querendo se apaixonar pela(o) primeira(o) que se apresentar na tela do seu PC ou Smart. Sabe por que tudo isso? Porque a grande maioria vive uma vida sem expectativas, sem graça e tudo pode acontecer no virtual quando encontramos quem nos ver de forma diferente.
No final a aventura acabará em depressão, amitripilina, fluoxetina e remédio para dormir que agora esqueci o nome (clonazepan).


Claro a rotina estressante que é da natureza humana, tem ajudado nesse sentido, e praticamente não temos feito nada, ou quase não podemos fazer, para mudar. Mas mudar porque?

A minha vida é uma rotina, mas lembro toda os dias (procuro não lembar) que tenho que vivê-la e o fim de semana passa rápido trazendo novamente a segunda feira e la vou eu, para um novo recomeço.

A rotina faz parte, claro que não a queremos e nem acredito que precisamos de uma aventura por dia (mas que seria muito bom seria), porém quando olho ao meu redor percebo as pessoas sem sonhos, sem expectativas, sentimento de sufoco, de tristeza.


Será que é isso que as pessoas querem para si o resto da vida? Nada disso importa? Claro que importa, o mundo é pequeno (parece grande) e a rotina esta ai para ser vivida, eu vivo, ele vive, nós vivemos e ai fazer o que? Há vida lá fora, o tempo passa, os problemas existem, mas nada mudará do dia para noite.Temos que descobrir a hora de parar, a hora do prazer, recomeçar, preencher nosso espaço no mundo, sermos felizes (ao menos tentarmos). Se bem que não acredito em infelicidade!.

O principal é não procurarmos culpados ou as culpas, tudo isso faz parte, é um conjunto de situações que leva a isso, principalmente as escolhas pessoais, estas escolhas nos aprisionam às consequências, infelizmente.

Achamos sempre que a vida não é justa (justa é a calça de Zezé de Camargo), não nos conformamos (não sei se deveríamos) nunca, mas existem os outros (seres), as pessoas que ainda nos impulsionam para os desCAMINHOS e os sonhos. Sabe de uma coisa! Acho que precisamos viver as emoções (como viver sem as emoções?). Precisamos viver as emoções ainda que tardias.


Chega de rotina, chega de amores virtuais. Precisamos viver os sonhos e dá um chega pra lá na depressão, no desamor.


quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

24 de janeiro de 2018.


24 de janeiro de 2018 

Marcus Pereira



Dia em que os brasileiros (os mais pobres) foram "cassados" e condenados a ficarem subjugados ao poder daqueles que pouco se importam se os mesmos tem um prato de comida na mesa para fazer no mínimo as as três refeições necessária, como dizia um velho trabalhador metalúrgico, pobre, nordestino, que chegou ao mais alto posto do país, coisa que estes que  agora o achincalha nunca chegarão.

Mas se faz necessário lembrar a alguns pobres coitados e manipulados que vibraram com a condenação de Lula, que os verdadeiros bandidos continuam no poder e que estes estão fazendo de tudo para exterminarem com os poucos direitos que nós relés mortais e massa de manobra ainda temos. Em breve seremos  transformados (todos) em escravos.


A Reforma Trabalhista continuará para transformar os poucos trabalhadores que ainda restam,  no Brasil, em escravos ou robôs. A seca no Nordeste continua exterminando as lavouras e matando gente de fome e sede, A lei de terceirização continua e vai aos poucos transformando, todas aquelas vagas que muitos almejavam conseguir com um concurso, em artigo de luxo subordinado a algum político mau caráter, o gás continua aumentando (enquanto parte dos pobres voltam a cozinhar a carvão ou lenha), a gasolina vai as alturas e aqueles pobres que agora se acham ricos, muitos terão de vender seus carros e aplaudirem  o aumento de R$17, 00 (dezessete reais)  em seus salários (o menor dos últimos 24 anos 1,88%).


Querem mais? Vem ai a venda da ELETROBRAS para saborearmos mais a frente  o aumento de energia. Querem mais? Vem ai uma reforma para acabar de enterrar e sacrificar aqueles que agora (minoria) vibram com a condenação de Lula, a REFORMA DA PREVIDÊNCIA. Querem mais? Aguardem as próximas eleições e votem naqueles que correm com malas de dinheiro, que enchem apartamentos com milhões, que ostentam comprovadamente contas na Suíça e em outros paraísos fiscais. Querem mais?  Votem naqueles que fazem dos seus votos peça de barganha e nunca os utilizam para defender aqueles que os colocaram lá (os pobres miseráveis que agora soltam fogos).


Quantos dos brasileiros sabem qual foi o verdadeiro motivo da condenação do Ex-presidente? A grande maioria se quer imaginam os verdadeiros motivos e quem realmente está sendo condenado e perseguido com toda essa parafernália que armaram. O verdadeiro punido é o povo, o verdadeiro "cassado" é o povo, os únicos que perderão com tudo isso somos nós que a tão pouco tempo atrás ascendíamos a famigerada classe média (motivo principal de tudo isso), os  verdadeiros punidos serão os jovens brasileiros que deixarão de entrar na faculdade, que deixarão de viajar para o exterior  (intercambio), os usuários do SUS que já veem as FARMÁCIAS POPULARES serem fechadas.

O verdadeiro crime de LULA foi colocar o pobre no centro da discussão, foi dá voz e vez ao povo nordestino, ao favelado, ao negro, foi dá voz a senzala, ai a casa grande se revoltou. Filho de porteiro médico pra que? Filha de empregada doméstica fazendo Direito pra que?. "Faculdade é para quem pode pagar" (Frase de um desses imbecis que se apoderaram  no poder).

Agora vibrem nas redes sociais, vibrem em seus trabalhos (enquanto os tem), vibrem na esquina, mas lembrem- se: os grandes perdedores somos nós e não a ELITE PODRE que se esconde dentro de seus gabinetes. No JUDICIÁRIO, no LEGISLATIVO e  no EXECUTIVO.

Lembrem-se: Do FIES, das Universidades construídas, dos IFes, do Bolsa Família, das Farmácias Populares. Quem sabe mais tarde descobrirão que os grandes perdedores dessa história somos todos NÓS.

VIVA O POVO BRASILEIRO!



segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Pará: Justiça Federal condena Vale por danos ambientais em comunidades quilombolas - Brasil de Fato


Pará: Justiça Federal 

condena Vale por danos 

ambientais em 

comunidades quilombolas

Mineradora terá que recuperar rios e igarapés, realizar projetos de geração de renda e pagamentos por danos ambientais.


Lilian Campelo - Belém (PA), 19 de Janeiro de 2018 às 12:07

MPF avalia recorrer da ação para incluir comunidades afetadas indiretamnente
pela mineradora e que ficaram de fora da sentença / Fotos Públicas

A Justiça Federal condenou a mineradora Vale a reparar os danos ambientais referentes ao assoreamento de rios e igarapés e ao enfraquecimento do solo em comunidades quilombolas do território de Jambuaçu, em Moju (PA). A sentença foi encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF), nesta segunda-feira (15).

O juiz federal da 9ª Vara em Belém, Arthur Pinheiro Chaves, determinou também que a empresa deve implementar um projeto de geração de renda para as famílias e manter o pagamento de compensação financeira no valor de dois salários-mínimos mensais às famílias atingidas que participarem do projeto. 

Nas áreas que devem ser reparadas vivem 58 famílias distribuídas em sete comunidades. Porém, na ação movida pelo MPF contra a empresa, os impactos abrangem as 15 comunidades que compõem o território quilombola onde vivem 788 famílias. Para o procurador da República, Felipe de Moura Palha e Silva, da área do MPF especializada na defesa dos direitos de populações indígenas e comunidades tradicionais, os impactos indiretos não foram considerados. 

“Na avaliação do MPF existem impactos indiretos nas demais comunidades, impactos que nós chamamos de efeitos sinérgicos, para além dos impactos ambientais, como por exemplo a erosão dos rios, o assoreamento dos córregos e das nascentes que afeta. O território tradicional quilombola ele deve ser visto como um território que tem traços em comum que ligam os espaços à cultura”, argumenta.

Moura afirma que o MPF “assim que receber a intimação irá avaliar a possibilidade de recorrer da decisão para incluir as demais comunidades que não foram abrangidas pela decisão” e  na avaliação do procurador o resultado representa uma vitória às comunidades tradicionais.

Impactos


O território quilombola de Jambuaçu é cortado por dois empreendimentos da empresa: uma linha de transmissão e um mineroduto, que transporta bauxita da Mina Miltônia 3, em Paragominas, para a refinaria da Alunorte em Barcarena, município vizinho a Belém. De acordo com ação civil pública do MPF no total são 244 km de mineroduto cortando municípios e comunidades.

Na ação, o MPF citou ainda a pesquisa da professora da Universidade Federal do Pará (UFPa), Rosa Elizabeth Acevedo Martins, que identifica como impactos dos empreendimentos a perda das condições de navegabilidade do rio Jambuaçu, onde as famílias pescam e obtêm sua fonte de renda.




“O balanço feito pelas comunidades é que houve uma diversidade de perdas materiais e imateriais. Houve perdas de árvores castanheiras, açaizeiros, pupunheiras, abacateiros, ingazeiros – com derrubada da mata para as obras de infraestrutura”, ressalta a pesquisadora no documento.

Para Dayane Erica Ribeiro, integrante do Movimento pela Soberania Popular na Mineração, e moradora na comunidade Santana do Baixo, uma das oito comunidades quilombolas que a Justiça não considerou atingidas, o rio Jambuaçu além de não se encontrar totalmente navegável como antes, está contaminado.

“Boa parte [das comunidades] lavam suas roupas, tomam banho, toma água vinda do igarapé. Muitas pessoas só tinham esse recurso: a água, principalmente do igarapé. Então as crianças começaram a adoecer, peixes morreram, doenças de pele [começaram a aparecer] porque água estava contaminada”, diz.

O juiz federal cita no despacho a análise do perito sobre as condições do rio, que sugere uma “avaliação científica para localizar e identificar qualquer alteração ou agente poluidor”.

Em nota, a Vale afirma que “não foi oficialmente comunicada da sentença e informa que adotará os recursos legais cabíveis, assim que for notificada”. Ainda segundo a mineradora ocorreram impactos na fase inicial de implantação da Mina de Bauxita Paragominas que teriam solucionados com a recuperação das áreas afetadas.

Em:https://www.brasildefato.com.br/2018/01/19/para-justica-federal-condena-vale-por-danos-ambientais-em-comunidades-quilombolas/


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