sábado, 23 de maio de 2020

Receita de Feijoada

Receita de Feijoada



Ingredientes



  • 1,5kg de feijão preto
  • 5 linguiças
  • 3 pedaços médios de bacon
  • 1kg de costela de porco salgada
  • 1kg de lombo de porco salgado
  • 1/2kg de costela de porco fresca
  • 1/2kg de lombo de porco fresco
  • 1kg de carne seca
  • 2 pés,
  • 2 orelhas
  • 2 rabos
  • 2 línguas de porco (todos salgados)
  • 2 cebolas grandes picadas
  • 4 dentes de alho picado
  • 6 folhas secas de louro.



Molhinho de pimenta



  • 1 tomate
  • 1 pimenta vermelha dedo de moça
  • 1/2 xícara (chá) de salsinha e cebolinha picada
  • 4 pimentas de cheiro



Arroz



  • 6 xícaras (chá) de arroz (cru)
  • 1 cebola pequena
  • 2 dentes de alho picadinho
  • 2 colheres (sopa) de óleo



Farofa



  • 1 pacote grande de farinha biju (ou de mandioca torrada normal)
  • 2 linguiças calabresa picadas
  • 1 xícara (chá) de bacon picado em quadradinhos
  • 1 pacote de manteiga sem sal (200g)
  • 1 ovo
  • 3 colheres (sopa) de azeitona verde picada
  • 1/2 cebola picada
  • 1 dente de alho picado



Couve



  • 4 maços de couve picada fina
  • 8 dentes de alho
  • Óleo para refogar



Modo de preparo



  • 12 horas antes de servir pegue todas as carnes salgadas (costela, lombo, carne seca e apêndices do porco) e pique o que estiver inteiro (não precisa picar pequeno, seja generoso nos pedaços).
  • Lave as carnes picadas pra tirar o excesso de sal e coloque de molho em bastante água.
  • Se quiser e couber na panela, pode misturar as carnes.
  • Escolha o feijão, lave e coloque de molho cobrindo completamente de água. 
  • Não coloque água ou feijão até a borda da vasilha. 
  • Se a vasilha não for grande, coloque em 2.
  • No dia de servir ou 12 horas depois, jogue a água das carnes fora, lave todas muito bem, devolva tudo pra  panelas com bastante água e coloque pra ferver. 
  • Quando ferver, jogue a água fora, lave tudo, coloque mais água e ferva de novo.
  • Separe as carninhas, já vamos usá-las.
  • Enquanto as carnes fervem, prepare o resto dos ingredientes da feijoada e deixe no jeito.
  • Corte as carnes frescas em pedaços não muito pequenos, corte as linguiças em rodelas, o bacon em pedaços pequenos, pique a cebola e o alho e descasque a laranja.
  • Prontas as carnes, pegue suas panelas de pressão e faça um bem-bolado em cada panela, distribuindo os ingredientes: Coloque feijão, um mix das carnes dessalgadas (um pouco de cada), carnes frescas, linguiça e o bacon.
  • Adicione 2 folhas de louro e 1/4. 
  • Coloque a panela fechada no fogo e, depois que "chiar", conte 15 minutos.
  • Não deixe "só mais um pouquinho", senão o feijão dissolve.
  • Nada de sal, nada de nenhum tipo de tempero na panela de pressão.
  • Enquanto as panelas de pressão estão no fogo cozinhando sua pré-feijoada, prepare o refogado no panelão que vai receber o que sair das panelas de pressão.
  • Coloque óleo na panela, esquente, coloque a cebola picada, refogue um pouco até amolecer.
  • Coloque o alho e misture até dourar bem de leve e desligue o fogo. só depois que o conteúdo de todas as panelas de pressão estiver na panelona é que você vai começar a cozinhar a feijoada propriamente dita.
  • Tudo cozido nas panelas de pressão? misture na panelona, mexa bem e coloque no fogo médio. experimente e conclua que não precisa de um pingo de sal.
  • Mexa de vez em quando (cuidado com o fundo) com aquela colher grande e deixe apurar.



Farofa



  • Pegue uma das frigideiras grandes e coloque metade da manteiga, deixe derreter mas não queimar.
  • Junte o bacon picado e refogue até dourar.
  • Junte a linguiça picada e deixe dourar.
  • Adicione a cebola picada, depois o alho, depois a azeitona.
  • Quando estiver tudo refogadinho, abra um "buraco" no meio da frigideira e quebre um ovo com cuidado.
  • Mexa o ovo rapidamente, procurando criar pedacinhos de ovo que vão se misturar na farofa
  • Junte o restante da manteiga e, quando derreter, coloque a farinha de mandioca e misture como se sua vida dependesse disso. a idéia é que fique tudo bem misturado e que a farinha não queime, então tenha cuidado com o fogo, pode abaixar um pouco e misturar bem.
  • Um pouco de sal pode ser necessário, experimente.
  • Quando estiver tudo misturadinho pode tirar do fogo.
  • Corte a couve bem fininha.
  • Aqueça o óleo na frigideira e coloque o alho picado. atenção, quando dourar o alho, coloque a couve (pode pôr bastante, ela reduz pra menos de 1/4 do volume original), salpique sal, aumente o fogo e mexa bastante até a couve murchar e ficar verde bem escura.
  • Só faça ela mudar de cor, rapidamente, e tire do fogo.
  • Aqueça um pouco de óleo e coloque cebola picadinha, depois alho e depois tomate picado.
  • Deixe refogar e quando o tomate estiver molengo junte as pimentas picadas.
  • Misture um pouco e coloque 4 conchas de caldo de feijão (com uns feijõezinhos, sem exagerar) nessa mistura e mexa bem. se precisar, amasse com o garfo os pedaços de tomate e feijão, faça um molho denso mas não muito grosso e separe pra servir em molheira.
  • Aqueça o óleo, junte a cebola e o alho picadinhos (pode usar só alho, se quiser), coloque o arroz.
  • Mexa bem o arroz, misturando o óleo e os temperos.
  • Quando os grãos de arroz estiverem ficando transparentes, coloque a água.
  • coloque 1 colher (sopa) rasa de sal (pra essa quantidade), misture, experimente a água (lembrando que depois o sal fica mais presente), deixe em fogo médio com a panela semi-tampada.
  • Quando o arroz estiver seco em cima, tire a tampa e fique esperto.
  • Confira de vez em quando se a água acabou.
  • Desligue e sirva.

Rendimento: 20 porções


quarta-feira, 20 de maio de 2020

O frevo

O Frevo

Por Laura Aidar - Arte-educadora e pesquisadora


O frevo é uma dança folclórica típica do carnaval de rua do Brasil.

É uma das principais danças tradicionais brasileiras e uma das manifestações culturais mais conhecidas na região nordeste do país. Merece destaque no carnaval pernambucano, sobretudo, nas cidades de Olinda e Recife.

Essa dança popular foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2007.

Em 2012, o frevo foi incluído na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas (Unesco).


Dança frevo


Origem e História do Frevo

O frevo tem origem no século XIX na cidade de Recife, em Pernambuco. Foi decorrência da rivalidade entre as bandas militares e os escravos que tinham se tornado livres.

A palavra frevo surge como uma corruptela do verbo ferver (“frever”), isso porque o frevo é uma dança frenética, de ritmo muito acelerado.

O povo dançando frevo em Recife (PE) em 1947. Fotografias de Pierre Verger

O contexto histórico em que essa expressão cultural despontou era igualmente frenético em termos políticos e sociais. Vivia-se o pós-abolicionismo, enquanto surgia uma nova classe operária.

Por possuir um grande valor cultural, dia 09 de fevereiro é comemorado o Dia do Frevo.

Características do Frevo
  • presença de música e dança;
  • música tocada por instrumentos de sopro;
  • ritmo acelerado;
  • movimentos acrobáticos;
  • inserção de elementos de outras danças folclóricas;
  • inserção de elementos da capoeira;
  • figurinos coloridos e o utilização de pequenas sombrinhas.

Frevo de pernambuco

O frevo caracteriza-se por ser uma marchinha acelerada ao som de uma banda que segue o estilo dos blocos de carnaval. Ele incorpora elementos de outras danças, tais como maxixe, polca e, inclusive, a capoeira.

A orquestra do frevo recebe o nome de Fanfarra. A música executada no decorrer da dança, por sua vez, também é chamada de frevo.

Não há apenas um tipo de frevo. O mais comum não é cantado, mas apenas executado por instrumentos de sopro e de percussão.

Os instrumentos musicais mais utilizados são o trombone, o trompete, o saxofone e a tuba.

Uma das características mais marcantes é a utilização de sombrinhas coloridas, objeto que assume um papel importante na dança.

Elas auxiliam na coreografia ajudando os dançarinos a obter equilíbrio ao executar passos acrobáticos. Além disso, trazem um colorido especial à dança.

Os passistas, como são chamados os dançarinos do frevo, usam roupas bastante coloridas também.

Tipos de Frevo

São três os tipos de frevo, sendo que o mais tradicional é o frevo de rua.


  • Frevo de rua: não é cantado, mas executado ao ritmo dos instrumentos musicais. É o frevo da dança.
  • Frevo-canção: esse é o frevo orquestrado, o qual apresenta um ritmo mais lento.
  • Frevo de bloco: é cantado, assemelhando-se a uma marchinha de carnaval.


Paço do Frevo


Paço do frevo

Em 2014 foi inaugurado o Paço do Frevo, no Recife.

Trata-se de um local que reúne a história dessa expressão cultural, bem como oferece formação referente ao frevo.

O objetivo é valorizar e divulgar a arte que compreende as áreas da dança e da música que faz parte do folclore brasileiro.


Laura Aidar - Arte-educadora, pesquisadora e fotógrafa. Licenciada em Educação Artística pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2007 e formada em Fotografia pela Escola Panamericana de Arte e Design, localizada em São Paulo, em 2010.

PARA SEGUIR O BLOG

Disponível em Ebook na Amazon.com.br


Palavras ao Vento: Poesia por [Pereira, Marcus]











https://www.google.com/amp/s/www.todamateria.com.br/frevo/amp/

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Ainda resta esperança? - Marcus Pereira

Ainda resta esperança?

Por Marcus Pereira



Quanto tempo faz que não nos abraçamos, não apertamos as mãos? Gestos simples e corriqueiros da vida, gestos que evocam carinho. Quantos se quer conseguem lembrar o dia de ontem. Sei apenas que hoje faz mais de mês que se quer devíamos sair de casa num distanciamento social que está entristecendo o mundo. Os Primeiros dias, para dizer a verdade, não foram fáceis, porém chegamos até aqui. Sem muitas conversas, sentindo as ausências, esquecendo o botequim, o trabalho, a escola, vivendo outra realidade, se relacionando de forma intima com as sombras que nos restam.

Os dias passaram devagar, e as perdas vieram juntas: dos entes, dos amigos, da esperança, tudo muito rapidamente. As notícias de morte bateram as portas, adentraram as nossas casas e ficaram empilhadas bem à nossa frente, assim nos sentimos impotentes e aos poucos vamos morrendo também. Olhamos para o lado e estamos sós, entrelaçados apenas pela tristeza, pelas aflições de um dia, uma noite, um mês.


Agora, de forma mais presente, passamos a entender que toda morte é um deserto que fica em um cenário mudo, sem os holofotes e com a dor do mais fraco exposta à varanda, no corredor, na sombra que se agiganta. Não tem perdão, restarão os gritos engasgados na garganta daqueles que não conseguem enxergar  a luz no final do túnel.

E hoje sentimos falta das pequenas discussões da esquina, do empurra empurra do ónibus lotado, mas o pior é a saudade que ficará daqueles que se foram e não mais voltarão. Onde estará o fim? Onde vão parar as bocas malditas que entoam cânticos de horror e de apologia ao caos? Acaso estes não conseguem sentir que o fim é para todos? Que ainda que demore o bem sempre vencerá o mal?

Parafraseando Mário Quintana eu diria: nós "passarin, eles passarão"! O bom senso vencerá!

Viva o povo brasileiro!

Disponível em Ebook na Amazon.com.br


Palavras ao Vento: Poesia por [Pereira, Marcus]







PARA SEGUIR O BLOG




sexta-feira, 15 de maio de 2020

Relação patrão e empregado. - Marcus Pereira

Relação patrão e empregado.

Por Marcus Pereira



Brasil, maio de 2020, século XXI e mais do que nunca vemos a falta que faz, a boa parte da população (os imbecis claro), a frequência às aulas de HISTÓRIA, mais especificamente sobre o período da Revolução Industrial, talvez agora facilitasse a reflexão sobre a relação entre patrão e empregado que, à época, era baseada em exploração e opressão.

Como não existiam leis que os protegessem, *OS PROLETARIADOS eram  explorados de forma  exaustiva pelos patrões e nada podiam fazer. Mulheres e crianças eram vitimas de constantes castigos físicos e abusos sexuais. Era comum e quase que diariamente uma criança ou mesmo adultos, serem mutilados pelas máquinas e muitos morriam sem a menor assistência.

Aqueles que reclamavam ou faziam  corpo mole, rapidamente era substituído, sempre tinha uma enorme fila de desempregados dispostos a substitui-lo.

Alguma semelhança com os dias atuais?

Muitos podem até discordarem, dizerem que vivemos outra realidade, que os trabalhadores estão protegidos pelas leis trabalhistas (CLT) "cheios de direitos e que ser patrão no Brasil é uma tarefa árdua".

Até onde essa afirmativa é verdadeira?  Será que nós estamos mesmo tão protegidos (TRABALHADORES)? 

Será que as recentes reformas foram tão benevolentes com a classe trabalhadora desse país?

O nossos homens de "bens" ( Legislativo, Judiciário e Executivo) pensaram realmente no povo ou a este  "as batatas"?

Esqueçamos a Revolução Industrial e cheguemos aos dias atuais, de uma realidade tão cruel quanto, falemos dos riscos que corremos, acerca da saúde, relacionados a PANDEMIA (coronavirus), pela forma como vem se configurando  pelo mundo naqueles que se expõem na linha de frente, ou seja os trabalhadores (PROLETARIADO MODERNO) dos serviços essenciais.

Essa PANDEMIA está causando impactos desastrosos e profundos para a economia, porém muito piores são os males  causados aos trabalhadores, tais como: o aumento da jornada e a  intensificação do trabalho àqueles que são obrigados a trabalharem.

Tudo isso vem se somar aos problemas já adquiridos com as famigeradas reformas: empregos temporários, subempregos, terceirização, polivalência, flexibilização e a precarização das relações e dos contratos de trabalho (perda de direitos sociais, redução das proteção sociais e jurídicas).

Essa realidade só não enxerga quem está disposto a servir de escada e escudo protetor para quem pouco se importa se o trabalhador se expõe a um VÍRUS que pode o levar a sua morte, bem como a daqueles a quem ele ama.

Hoje existe uma aposta naqueles que, de fato, vivem sob a tutela do medo do desemprego, para estes, até o afastamento do trabalho  é sinônimo de  redução de salários, uma espécie de terror psicológico.

Esse é o verdadeiro dilema que vive a CLASSE PROLETARIADA do século XXI. A atual situação em que vivemos não pode ser descolada das relações de trabalho da REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, infelizmente a resposta do Estado diante da situação e de conivência com aqueles que pedem a volta ao trabalho (O CAPITALISTA), negando ou restringindo políticas de Seguridade Social.

A volta ao trabalho, pregada pelos canalhas de plantão nada mais é do que um provável incentivo ao suicídio coletivo do PROLETARIO MODERNO, nada mais é do que um assassinato de um povo, com a certeza de que, assim como na REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, não faltarão filas a espera das vagas daqueles que se lançaram à morte.

Viva ao povo brasileiro.
Chega de exploração, chega de mortes.


*Proletariado (do latim proles, “filho, descendência, progênie”) é um conceito usado para definir a classe oposta à classe capitalista. O proletário consiste daquele que não tem nenhum meio de vida exceto sua força de trabalho (suas aptidões), que ele vende para sobreviver.


Disponível em Ebook na Amazon.com.br


Palavras ao Vento: Poesia por [Pereira, Marcus]







PARA SEGUIR O BLOG



quarta-feira, 13 de maio de 2020

A VINGANÇA DE ZUMBI - Luis Mendes

A vingança de Zumbi

 Por Luis Mendes

Zumbi dos Palmares -
Praça da Sé - Salvador - BA
Zumbi dos Palmares chegou a vomitar quando soube da notícia. Logo ele acostumado às guerras, as feridas abertas no campo de batalha, torrões de terras sanguinolentos abrigando corpos mutilados. Seus comandantes tentaram ampara-lo, mas o terrível guerrilheiro das selvas pernambucanas não se conteve. 

- Que porra é essa que estão fazendo com o meu nome? 

Zumbi ficou sabendo que o novo presidente da Fundação Palmares é um conhecido capitão do mato. Um negro que tem ojeriza a tudo que se relaciona à cultura negra. Um negro, como tantos outros, adestrado para proteger a casa grande. Negros sem nenhum compromisso com a luta de seus antepassados. 

- Como esse negro cretino diz que a escravidão foi benéfica para os negros? Será que ele não ouviu o gemido de dor de nossas irmãs sendo estupradas nas senzalas e casa grande? Ouviu o grito de dor de nossos irmãos ao terem um membro decepado? Como ele ousa dizer que não existe racismo no Brasil? Um racismo que sob o positivismo, estava na constituição do Brasil. 

De fato, qualquer criança negra que mora na periferia e que perdeu um irmão ou amigo por uma bala perdida, poderia dar uma aula de racismo estrutural! No entanto os valores na sociedade foram invertidos através da mentira. O evangelho através da chantagem e ameaça, abriu sua boca mentirosa nos púlpitos. Uma mentira que não se esconde mais na boca do diabo! Hoje usam o Cristo para mentir e consolidar uma sociedade fascista.


- Onde estão os negros remanescentes de quilombolas, movimentos sociais e negros para porem fim a essa farsa! Onde estão as lanças e coquetéis molotov? Nosso povo já perdeu tudo, agora querem sua memória? Mudem o nome para Fundação Domingos Jorge Velho, é mais honesto e vai de encontro com essa sociedade machista e racista! Aproveitem e chamem Calabar e Silvério dos Reis para compor essa quadrilha que chamam de governo! Camuanga, Dandara, Acotirene, Ganga Zona e Ganga Muiça não devemos permitir essas afrontas com o nosso povo em hipótese alguma!

Nisso chega Exu, Ogum, Yansan, Oxum Oxóssi e Xango, um calor toma conta do orum. Logo depois chega João Cândido, Luiza Mahin e outros e outras que lutaram e morreram pela liberdade do povo negro. Ogum, conhecido como aquele que vai primeiro cuja espada é fogo, vai até Zumbi e pergunta:

- Zumbi, você está pronto?

- Sim meu pai, respondeu Zumbi.



Aos poucos cabeças de negros traidores, poltrões, sabujos, capitães do mato e racistas aparecem nas periferias. Até então os negros só queriam reparação, agora querem vingança. Uma vingança de 388 anos de escravidão e estupros. 




Email luismendes328@gmail.com 

Luis Mendes é autor do livro Conversa de Encruzilhada disponível através do link https://desconcertoseditora.com.br/produto/conversa-de-encruzilhada-luis-mendes/

quinta-feira, 7 de maio de 2020

O que esperar de um país que elegeu um DOIDO? - Marcus Pereira

O que esperar de um país que elegeu um DOIDO?


Por Marcus Pereira



Sem palavras para definir o que nos tornamos enquanto seres humanos, depois de ler a reportagem do empresário que de forma humilhante  colocou seus funcionários de joelhos na rua, como forma de protesto, pedindo o fim do isolamento social. 

Asqueroso, doloroso e desumano. Se as nossas instituições funcionassem de verdade e não fossem tão comprometidas com o descalabro, o desgoverno e a injustiça, no mínimo esse mal caráter seria preso. Precisávamos ao menos que fossemos uma nação de homens sérios e de vergonha na cara.


A que ponto chegamos! Falta pouco para voltarmos a SENZALA. Onde está o respeito ao ser humano? Será que precisávamos chegar a esse nível?

Regredimos décadas em menos de 4 anos (precisamos abrir os olhos) de um golpe, em que só quem perdeu foi a classe trabalhadora. Pois é, tudo começou em 2016 com a derrubada da Presidenta Dilma por não querer ceder aos anseios de um famoso grupo chamado CENTRÃO, que agora volta com toda força no governo daquele que se dizia diferente, porém não passa do MAIS DO MESMO.

Onde estão os valores dessa gente que tomou o poder de assalto? Será que o povo continuará "pulando em esgotos" como assim o disseram? Em mais uma falta de respeito e bom senso.

A verdade é  que grande parte dos que se dizem empresários no Brasil, aliada a uma classe política que mais parece, está sim,  advinda do submundo dos esgotos,  esqueceu que vivemos em um país  "livre" da escravidão. Esta é a nossa triste realidade, porém inaceitável em pleno século 21.


O Brasil virou de ponta cabeça. Que tempos são esses? Mas essa era uma tragédia anunciada, prevista e óbvia, levando-se em conta quem eram os atores dessa ópera bufa. Hoje vivemos em um país impestado de DOENTES MENTAIS, vindos não se sabe de onde, que acreditam que o povo ainda é ESCRAVO e que não se rebelará.

No Brasil pós escravidão pouco mudamos, trocamos as chicotadas pelo medo da perda de  emprego (trabalhador sem dignidade), os navios negreiros hoje são trêns/ônibus lotados, os quilombos foram trocados por favelas, os senhores de engenho são os mesmos (OS HERDEIROS DA CASA GRANDE) intolerantes  com seus ESCRAVOS, humilhados por  salários vergonhosos e quase nenhum direito.

Um quadro social humilhante para uma nação tão rica, onde ser pobre realmente é ser ESCRAVO, no entanto ainda somos capazes de  amarmos os nossos políticos. Porém precisamos entender, que se nós, os oprimidos, não nos rebelarmos, não soltarmos o grito da garganta pelos nossos direitos, nenhum opressor o fará.

Que país é esse?

É o país onde políticos eleitos pelo povo, aprovam para este mesmo povo: trabalho sem direitos, redução de salários (para o trabalhador), redução de investimentos, trabalhar até morrer.


Aí em plena PANDEMIA estes SENHORES DE ENGENHOS vão às ruas pedirem que trabalhadores se matem em nome de suas boas vidas. VERGONHOSO, mas é isso, vivemos em um país dominado por gente hipócrita e inescrupulosa.

Mas, o que esperar de um país que elegeu um DOIDO?



As patéticas estratégias para reabrir o comércio na Paraíba - Taty Valéria


As patéticas estratégias para reabrir o comércio na Paraíba


Por Taty Valéria em Paraiba Feminina


As patéticas estratégias para reabrir o comércio na Paraíba se agarram na vergonha alheia dos empresários.
Fome e desemprego sempre foram uma realidade no Brasil. Especialmente nos últimos 4 anos.


Como já foi dito e debatido à exaustão, todos os governos de todo o mundo precisam criar estratégias para lidar com a crise econômica que o coronavírus irá deixar de bônus. Sim, porque a quebra do sistema financeiro é só um bônus diante da maior tragédia humana desde a II Guerra Mundial. Nada poderá trazer de volta a vida das pessoas que padeceram da doença.

E os governos, independente de país/continente, estão todos no mesmo barco.


Mas há algo no Brasil que sai da curva, e não estamos falando da curva de mortes, porque esta apenas começou a subir. Aqui, descobrimos agora que a fome e o desemprego matam. Descobrimos agora que sem consumidores, a economia quebra. Descobrimos só agora a importância da mão de obra.

Assim como nos Estados Unidos, que detém o recorde mundial de mortos pela Covid, o Brasil também realiza manifestações pela quebra da quarentena. É preciso ganhar dinheiro!!! Mas aqui, na república das bananas, temos um ingrediente extra: os empresários que protestam em carreatas, colocam seus funcionários para se ajoelhar no meio da rua.

As fotos que ilustram esse texto vieram de Campina Grande e foram feitas hoje, segunda-feira, 27 de abril.



É patético, covarde e vergonhoso.

Seria indigno perguntar a qualquer um desses trabalhadores ajoelhados se esse gesto foi uma escolha. Sabemos que não é. Não existe direito de escolha quando seu sustento está em risco.

A questão econômica é real, grave e sem precedentes. É preciso sim buscar alternativas, pensar estratégias. Mas colocar seus funcionários para se ajoelhar e se humilhar em calçadas não é o caminho, denota uma crise moral e ética que não tem cura, nem conserto.

Campina Grande está de parabéns no quesito vergonha alheia. 

domingo, 3 de maio de 2020

O EVANGELICANISMO BRASILEIRO - Pedro Silva

O Evagelicanismo Brasileiro

Por Pedro Silva - in Facebook - 3 de abril às 21:50 · 


O Evangelicalismo Brasileiro sem-pre foi de erigir altares, para si, de novos DEUSES PENATES, e a capa-cidade desse grupo de constituí-los sempre me impres-sionou. Durante seus mais de 150 anos, ele inventou diversos; e em nome desses DEUSES PENATES perseguiu, denunciou e expulsou aqueles que pensavam diferente ou que denunciavam a idolatria. Algumas pesquisas atestam que foram, muitas vezes, pastores que denunciavam seus colegas e ovelhas para a tortura, durante o regime militar, oferecendo, com isso, a maior prova de fidelidade ao regime: entregar seus próprios filhos.

Tal movimento, no entanto, não é estranho no cerne religioso, e não é uma jabuticaba do Evangelicalismo Brasileiro. Nosso coração, dirá João Calvino, é uma fabrica inexorável de ídolos, dando a resposta teológica protestante para esse movimento.

De reformados a neopentecostais, os altares são erigidos e nomes consagrados. Agora, mais uma vez, transferimos nossa idolatria para altares cívicos, julgando que nossos bezerros de ouro revestidos de política salvarão nossa nação. Os DEUSES PENATES sopram seu sopro, e o evangelicalismo brasileiro responde com toda boa vontade: "eis-me aqui". Entregará novamente seus filhos em nome da fidelidade? O tempo dirá, embora o que se mostra no horizonte não seja diferente do que foi vivido. G. K. Beale teoriza dizendo que nos tornamos parecidos com o que adoramos. Se nossos DEUSES PENATES são perversos e sanguinários, segregacionistas e impositivos, não demorará que o adorador se torne igual ao adorado.

É aqui que a adoração ao Cristo se torna especial, "Ele me ensinou a ver novas todas as coisas" (Fernando Pessoa). Sua doutrina guarda a verdadeira revolução que precisamos, e a única radicalidade que necessitamos. Ao contrário do grande teólogo africano, a Beleza da Minha Vida eu conheci ainda jovem, e até hoje ele é tudo o que quero e preciso. Me pastoreia em dias bons e maus, me aceita em todas as minhas muitas imperfeições, tem sido refúgio seguro em meio a tempestades.

É ele que reafirmo ser o centro de meu culto, outro eu não quero. E que nenhuma esperança fora dele eu tenho. E se você tem esse Cristo como seu Deus também, e nesses tempos de idolatria tem sofrido também, então, eu parafraseio para você a fala do bispo Myriel, do romance Os Miseráveis, de Victor Hugo, não importa seu nome, "chama-me teu irmão".





Disponível em Ebook na Amazon.com.br


Palavras ao Vento: Poesia por [Pereira, Marcus]







PARA SEGUIR O BLOG



sexta-feira, 1 de maio de 2020

Às GANGUES pró-coronavírus - Kátia Aramen

Às GANGUES pró-coronavírus

Por Kátia Aramen




Se você pertencer a um dos grupos abaixo, as suas palavras e atitudes podem aumentar muito a quantidade de mortos.
Você quer mesmo carregar esta culpa?


  • Negacionistas
É tudo mentira amigo? Então vai em um hospital para ver o que está acontecendo de verdade. O mundo todo está mentindo?

  • Turma do "O Brasil não pode parar"

Amigo, praticamente o mundo todo está em Lockdown, países bem mais pobres do que o Brasil! Bolívia, Equador, Quênia, Ruanda. Não existe plano B, se não pararmos a doença vai se alastrar, a quantidade de mortos vai aumentar assustadoramente, vai acabar os leitos de UTI, faltar respiradores. Pessoas morrerão sufocadas em casa, sem atendimento. Corpos espalhados pelas ruas, a situação vai ficar caótica, as pessoas entrarão em pânico.

O BRASIL VAI PARAR DE QUALQUER JEITO, por bem ou por mal! Quanto mais tempo demorar para entendermos a situação, mais tempo teremos que ficaremos parados depois. Ai as consequências para a economia serão muito piores.

  • Anti-alarmistas
Amigo: o medo protege do perigo e salvaguarda nossa integridade física, só a conscientização adiantou? Quem não se conscientiza, precisa do medo!

O Brasil precisa ACORDAR e só vai acordar quando tiver medo. O que é melhor uma pessoa com medo, quietinha dentro de casa ou um destemido/ignorante saindo de casa, pegando a Covid e ainda levando para a sua família? Se quer ver só coisa alegre assiste Teletubbies.

  • Turma do... "Ninguém manda em mim" 
"Ninguém me obriga a ficar em casa", ora Países bem mais democráticos que o Brasil estão em Lockdown. Para de "mimimi", sair de casa e usar máscaras é para salvar a sua vida e também a dos outros. Você quer ter liberdade para matar??? Não faz sentido.

  • Minimizadores
"Todas as mortes do Brasil agora são contadas como CORONAVÍRUS". Não viaja amigo, é justamente o contrário! Devido a subnotificação (falta de testes) a maioria que morre por COVID 19 acaba sendo registrado como "Síndrome Respiratória Aguda Grave" ou outras doenças.

Tem muito mais mortos do que a contagem oficial, basta verificarmos o aumento e a quantidade de óbitos registrados e enterros, em Manaus, por exemplo, quase quadruplicou. E as filas na frente dos cemitérios?

  • Frouxos
"Não podemos fazer o Lockdown pois os negacionistas vão protestar, protestaram contra o Doria, "tadinho".

Um bom governante faz o que tem que ser feito e pronto, quase todos os países do mundo estão em Lockdown, agora o Brasil não pode entrar por causa que um ou outro idiota que vai protestar? Não faz sentido.

  • Turma do "Remédio milagroso"
Se existisse o tal remédio milagroso porque morrendo tanta gente em quase todos os países do mundo? Por que os diversos médicos acometidos do COVID 19 não tomaram para salvar suas próprias vidas? Por que ainda morre  tantos servidores da saúde pelo mundo?

  • Turma dos idiotas que só dão risada
Sem comentários.



Daqui a alguns anos, lembrarei desde momento com muita tristeza, pelo mortos, mas com o orgulho de ter feito o possível para ajudar.
E você?
Quantas mortes as suas palavras e atitudes poderão ter causado?
Como você vai se sentir?