segunda-feira, 30 de abril de 2018

PARA ONDE VAI O TRABALHADOR?


PARA ONDE VAI O TRABALHADOR?

Por Marcus Pereira



O trabalhador brasileiro anda sem rumo (desempregado) sentindo-se desprotegido, sentindo em casa a falta de pão. Onde encontrar trabalho? Encontrar proteção? O trabalhador quer suar, ter seu sustento, não quer saber de política, nessas horas isso é o que menos importa, ele quer saber de mesa cheia, farta. Mas quem vai proteger o trabalhador se não o próprio trabalho, ele quer mesmo é a proteção de uma carteira assinada, ainda que seja para ganhar esse mísero salário, que teve o menor aumento dos últimos 24 anos (1,81%).

1º de maio, o que esse trabalhador vai comemorar? A reforma das Leis do Trabalho?  Que em julho do ano passado  veio a público (Lei 13.467/2017), trazendo vários pontos que alteraram a Consolidação das Leis do Trabalho, causando grande impacto nos setores ligados ao mundo do trabalho. E que só introduziu insegurança, desemprego e descaso com os trabalhadores.

Comemorar a lei da terceirização trabalhista (Lei n.º 13.429/2017 ), sancionada em março de 2017, que só gerou discussões e controvérsias, juntamente com a falta de respeito e nenhuma segurança a quem realmente sustenta a nação.


Já se passou 1 ano dessas mudanças e o que mudou, se não para pior, nas relações empregado/patrão? Uma coisa já  se pode afirmar, nesse período, o que aumentou mesmo foi o número do desemprego ou o número de pessoas trabalhando sem carteira assinada (informais), no último dia 27/04 o IBGE (PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) divulgou uma nova pesquisa sobre ocupações (postos de trabalho) do primeiro trimestre de 2018 e a taxa de desocupados chegou a 13,1%,  o que equivale a 13.7 milhões de desempregados.


O trabalhador brasileiro, mais uma vez, nada tem a comemorar nesse 1º de maio. A não ser lamentar o fato dele continuar abandonado, explorado  por quem detém capital (o patrão), abandonado pelo governo, que edita Leis com a intenção de voltar o "regime de escravidão", lamentar a possibilidade do Brasil voltar ao mapa da fome, lamentar de volta  1,2 milhões de famílias ao uso do fogão a lenha. Nunca o trabalhador foi tão massacrado como nos últimos tempos.

Temos mesmo é de nos conscientizarmos que, em tempos de crise,  o primeiro a sentir os efeitos da nossa cambaleante política econômica somos nós (o povo), os que incansadamente trabalham  e muito mais os que estão desempregados. Que somos nós os trabalhadores que sofremos os efeitos dos rumos que tomaram o nosso país. Que somos usado a cada 4 anos de forma descarada. Mas devemos lembra-los que também somos nós que podemos detê-los. No voto!

Que nesse 1º de maio possamos lembrar que dignidade rima com oportunidades, respeito e que os políticos possam fazer a reflexão necessária para o bem estar de todos, que parem de promover seus próprios interesses e passem a pensar naqueles que verdadeiramente alavancam o país e muita vezes (quase sempre) são explorados e desrespeitados em seus direitos.


Para onde vai o trabalhador brasileiro? Dificil responder, mas caminhar é preciso. Ainda que "sem lenço e sem documentos... Por que não?...".

VIVA O POVO BRASILEIRO!
VIVA O TRABALHADOR BRASILEIRO!!!!

ASSISTA: https://www.youtube.com/watch?v=DVQll29Af_o

                 https://www.youtube.com/watch?v=P6C5bZOr3xQ

                 https://www.youtube.com/watch?v=Uzl2K1bDRog


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domingo, 29 de abril de 2018

O MEU LADO SERIA IGUAL AO SEU?

O MEU LADO SERIA IGUAL AO SEU?

Por Marcus Pereira


Hoje mais do que nunca sinto o desejo imenso de escolher um lado, embora já o tenha feito a muito tempo, o meu desejo é muito mais de expô-lo, se é que todos já não saibam. Mas essa é uma pergunta que preciso responder para mim mesmo. Qual o meu lado?


Seria o meu lado o mesmo dos Judeus quando escolheram Barrabás? Eu ficaria contra Jesus e contra seu povo, como fazem aqueles que se dizem representantes de Deus (a bancada evangélica) e na primeira oportunidade de provarem de que lado estão, traem aqueles que lhes deram confiança (o povo)?.

E se eu fosse indiano? Escolheria ficar contra Ghandi  que dedicou sua vida  à luta pelos direitos dos trabalhadores e pela emancipação da Índia do domínio inglês ou  ficaria do lado do dominador? Ficaria contra Desmond Tutu e Nelson Mandela. dois ícones da África na luta contra o apartheid e pela paz?

Ficaria eu do lado dos senhores de engenho na época da escravidão no Brasil ou lutaria pela liberdade ainda que tardia? Seria eu Joaquim Silvério ou Joaquim José?


Precisamos fazer uma escolha todos os dias da nossa vida: Trabalhar ou ficar em casa prolongando o fim de semana? Ditadura ou Democracia? Escravidão ou Liberdade? Guerra ou Paz? Façamos nossas escolhas,  não podemos vendar nossos olhos.

Jesus ou Barrabás? Independência ou Morte? Viver ou Morrer? E ai o que dizem vocês? Sol ou Chuva? Ah isso pouco importa! Não é bem assim, pois se você não tem um bom guarda chuvas tem de escolher um dia de sol, eis que você perceberá a importância. de suas escolhas.

São as escolhas nossas de cada dia que vão dizer quem somos nós, cada um de nós temos um lado, embora nem sempre tenhamos a coragem de assumir (por uma coisa ou outra), mas temos um lado sim e isso trará consequências em nossas vidas e muitas vezes na vida de outros.

Você prefere o Sertão onde viver não é fácil ou viver na grande cidade onde tudo é abundante? Muitas vezes as pessoas não tem nem o direito de escolher e vive na esperança que os outros façam uma boa escolha por elas.

Você é patrão ou empregado? Uma escolha difícil, mas se você bobear é bem capaz de se tornar escravo. Doce ou salgado? Branco ou Preto? Brasil ou França? Noite ou dia? Quantas escolhas ainda temos pela frente até chegarmos a conclusão que o pior ainda está por vir.

Direita ou esquerda? Opa! Conheço um bando de vagabundos da esquerda,  calma estou só perguntando se vás virar a esquerda ou a direita nesse seu possante de ultima geração.

De que lado você está mesmo? Do teu irmão que passa fome ou do escravocrata capitalista desumano que oprime  e mata de fome seus empregados, enquanto deposita, seu lucro em algum paraíso fiscal, o fruto do suor dos seus maus remunerados empregados?

Nós precisamos ter um lado e vai ser esse lado que vai dizer quem nós somos. Eu escolhi ficar do lado do amor, da paz, da esperança, eu escolhi ficar do lado dos que passam fome, mas que trazem a dignidade estampada no olhar. Eu escolhi ficar do lado dos que tem fome de justiça, sede de liberdade, eu não escolhi Barrabás, não escolhi o apartheid, a escravidão, o preconceito ou ódio. Eu escolhi viver.

Eu escolhi ficar do lado da mãe que chora a morte de seu filho por bala perdida e não do lado da omissão do estado.

Escolhi viver sem medo de ser feliz, sonhando com dias melhores, escolhi dizer não aos injustos (injustiça), escolhi dizer não aos opressores.

Escolhi dizer sim a vida!!!


EU TENHO UM LADO. QUAL O SEU?


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sábado, 28 de abril de 2018

QUE LOUCURA





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DESIGUALDADE X POBREZA


Desigualdades x Pobreza

Por Marcus Pereira



Hoje andando pelas ruas do Recife constatei o que venho ouvindo e lendo nos últimos dias, o aumento da extrema pobreza no Brasil,  reconhecer a pobreza e encontrá-la não é uma tarefa muito difÍcil, basta virarmos os olhos um pouquinho para o lado onde andamos e veremos. No centro de qualquer grande cidade brasileira,  sem muitos esforços perceberemos que a pobreza (miséria) está presente no nosso dia-a-dia.

Pobreza essa, não podemos negar,  fruto da imensa desigualdade (câncer do capitalismo). Seria só essa a vertente causadora desse mal? Provavelmente não, mas certamente tem uma grande parcela de contribuição na formação no quadro que se forma em cada esquina, em cada favela que nasce pela periferia e que identificamos a cada novo amanhecer.

Porém tão absurdo e repugnante quanto a pobreza emergente, são os que fingem não enxergar que além dos portões de suas mansões existem vidas se degradando, existem famílias voltando a cozinhar a lenha (1,2 milhões), enquanto aqueles  (que tomaram o poder de assalto) se acomodam  e pouco se importam, mesmo sabendo que são participes do problema.

É dai o crescente aumento da criminalidade, inversões de valores e animalização de pessoas pelo mundo. Éticas? Pra que? Os grandes culpados poucos se importam, pois quem vai se ferrar mesmo são os outros.


No fundo todos nós sabemos de onde vem e quem é o culpado pelo crescimento da pobreza: Sim, a corrupção que atende aos interesses de poucos endinheirados inescrupulosos que servem-se do estado juntamente com políticos e servidores anti éticos  enquanto o estado não  oferece de forma digna o mínimo para quem esta na base da pirâmide. Onde estão as oportunidades de conquistar espaço com dignidade? Sabemos onde isso vai parar!

Falar de desigualdades, é falar dos extremismos, é falar da exploração humana, das distorções de um sistema que leva 8 pessoas serem tão ricas quanto a metade da humanidade, isso é o que faz com que grande parte da população mundial viva em estado de pobreza. Não precisamos fazer um espantalho disso. Não precisa quem ganha 10 mil ter que dividir salário com quem ganha salário mínimo! Sempre existirá diferenças, isso é óbvio!  Só não precisamos aceitar passivamente que o mundo continue desse jeito, só não é necessário que sejamos capachos ao ponto de continuarmos aceitando o jogo como está sendo jogado sem ao menos nos indignarmos.

Precisamos que os que ainda detém o poder perceba que tem muita coisa errada, é preciso que entendamos que  igualdade é utopia mas que a desigualdade precisa  diminuir.

Precisamos entender que o problema não são os ricos e sim a forma como muitos enriqueceram, precisamos nos importar com  a falta de escrúpulos, com a violação das leis trabalhistas, a violação de direitos básico para uma vida digna, isso é o que fez e ainda faz com que o abismo entre a desigualdade e pobreza só aumente.

Quando os acessos a uma educação de qualidade, saúde, desenvolvimento tecnológico, não forem condicionadas ao fato de se ter dinheiro, certamente o mundo passará a ter esperança da diminuição da desigualdade.


Podemos fazer um parametro com a a riqueza produzida pelo Brasil, que o coloca entre as dez maiores economias do planeta, ora, se essa riqueza não é suficiente para gerar empregos para todos, diminuir as desigualdades e a pobreza de forma significativa é porque algo esta errado. Lembrando que 6 brasileiros detém  uma riqueza equivalente ao que tem os 100 milhões mais pobres.

A busca de soluções ao problema desigualdade x pobreza passaria pela discussão da distribuição de renda?


A discussão, sobre desigualdade x pobreza, na verdade não passa pelo simples fato de se ter mais dinheiro, mas ter igual acesso a saúde, educação, justiça, etc. O acumulo de riquezas inevitavelmente sempre ira gerar desigualdade, o que não podemos é aceitar a DESIGUALDADE DE OPORTUNIDADES.

Dessa forma, percebo que a pobreza, em evidência no Brasil ,  é só a ponta do iceberg,  e que o olhar vazio para o futuro piora em muito a situação. Precisamos parar de fingir que nada acontece, precisamos gritar BASTA!!!
Basta de esmolas!  Basta de educação sem qualidade!  Basta de saúde sem compromisso! Basta de injustiça solcial! Chega de venda nos olhos!!!
"... A gente não quer só dinheiro, a gente quer dinheiro e felicidade. A gente não quer só dinheiro, a gente quer inteiro e não pela metade..."

A gente quer sorrir. Definitivamente!!!


Imagens do google


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sexta-feira, 27 de abril de 2018

DESEMPREGO ATINGE 13,1% - Verônica Lugarini

Com reforma trabalhista, desemprego cresce novamente e atinge 13,1%


O desemprego aumentou mais uma vez no país. Neste primeiro trimestre de 2018, a taxa de desocupados chegou a 13,1%, segundo pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta (27). A tendência é de piora e agravantes como a reforma trabalhista, falta de investimentos públicos pelo governo nos setores sociais e as incessantes tentativas de privatização da Petrobras e Eletrobrás barram qualquer possibilidade de melhora na taxa de desemprego.


Por Verônica Lugarini em http://www.vermelho.org.br/noticia/310506-1 Dia 27/04/2018 às 16:04:12




Nesta sexta-feira (27), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou mais um número preocupante. A taxa de desemprego no Brasil alcançou 13,1% no primeiro trimestre de 2018, isso significa a soma de mais 1,4 milhão de pessoas no contingente de desempregados.

O aumento foi de 1,3 ponto percentual entre o último trimestre de 2017 (dezembro) e os primeiros três meses deste ano. Enquanto isso, o número de trabalhadores com carteira assinada caiu 1,2% frente ao trimestre anterior, uma redução de 408 mil pessoas e o número de trabalhadores com carteira atingiu menor nível da série histórica, iniciada em 2012.




De acordo com o economista Roberto Piscitelli, da Universidade de Brasília (UnB), fatores como o baixo investimento no país e as tentativas de privatização da Eletrobrás e Petrobras influenciam o mercado de trabalho e, consequentemente, a queda do emprego formal.

Segundo o economista, os níveis de investimentos estão muito baixos, e não só dos investimentos privados, mas principalmente dos públicos. Para ele, o investimento do governo é indispensável para que o setor privado vá atrás do Estado e invista, o que não está acontecendo.

“Quando o governo anuncia esses programas de privatização da Petrobras e Eletrobrás, duas empresas chaves dentro do aparato governamental e que são fundamentais na definição de políticas públicas, ele não está impulsionando [a economia e o mercado]. E sem esse impulso, sem uma alavancagem governamental, o setor privado não irá fazer novos investimentos e dificilmente o empresário vai sair na frente e gerar novos empregos”, explicou o professor em entrevista ao Portal Vermelho.

Piscitelli disse ainda que o número de funcionários públicos no Brasil é pequeno se comparado com países mais desenvolvidos, como a França:

"Gosto de assinalar que ao contrário do que se pensa, em outras economias desenvolvidas, a participação dos empregados do setor público é bem maior. Se somar todos os trabalhadores empregados do setor público no Brasil, eles representam apenas 1/8 de todos trabalhadores que é menos do que em países como a França e do que a média dos países europeus. Portanto é um dos grandes mitos desse país dizer que existem muitos empregados do setor público".



As demissões também devem ser intensificadas com a privatização das estatais e com a paralização de investimentos após a aprovação da Emenda Constitucional 95 que congela os investimentos por 20 anos. Sem a geração de novos postos, o brasileiro fica desempregado e desprotegido por falta de políticas sociais.

Trabalho informal


Ainda segundo o IBGE, também teve queda de 1,5% (493 mil) de pessoas com carteira assinada na comparação com o mesmo período de 2017.

“O que se observou nos últimos tempos foi o aumento no número de trabalhadores por conta própria, mas isso não aconteceu porque temos um grande número de empreendedores individuais, aconteceu porque as pessoas fazem qualquer coisa para sobreviver. Elas se ‘penduram’ onde é possível, já que o emprego é mais importante para a sobrevivência delas do que eventualmente o nível de remuneração ou as garantias que um emprego formal poderia oferecer”, falou Piscitelli.

“Então, esse 'por conta própria' é aquele que realmente perdeu o emprego, não encontra colocação e tem trabalhos mais precários e de pouca remuneração. E, além de tudo, ao perderem o emprego informal, eles não têm nenhuma proteção social. Quer dizer, são candidatos a indigência ou a assistência social. Esse é um grande problema e a tendência é de aumento do emprego informal”.

Questionado sobre a reforma trabalhista, o professor foi enfático e disse ser inegável o agravamento desse quadro com a reforma trabalhista. Ou seja, piora de um cenário de queda do emprego com carteira assinada e um aumento de trabalhos informais.

Política 


O economista afirmou ainda que o discurso do governo de que houve uma recuperação muito lenta é muito “fajuto”. Porque embora exista toda uma propaganda oficial, da retomada do crescimento, essas falas têm a ver com uma tentativa de propaganda eleitoral do governo e do próprio ex-ministro da Fazenda [Henrique Meirelles].

No ano passado Meirelles afirmou que a “nova lei trabalhista” deveria gerar mais de 6 milhões de empregos no país. Enquanto isso, o saldo do início da reforma foi exposto pelo IBGE: a terceira alta trimestral seguida e o menor número de trabalhadores com carteira assinada desde 2012 e a expectativa é de piora desse quadro.


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domingo, 22 de abril de 2018

QUANTO VALE A HONRA DO DEPUTADO MENDONÇA FILHO? - Michel Zaidan Filho

QUANTO VALE A HONRA DO DEPUTADO MENDONÇA FILHO?

Por Michel Zaidan Filho*



Estava eu em minha sala de aula, no NIATE/UFPE, quando recebo a honrosa visita de uma representante legal para a entrega de uma notificação do ilustre "ex-ministro da Educação", o deputado José Mendonça Filho solicitando através de ação judicial, na vara civil da capital, uma indenização de 10.000,OO, por danos à sua integridade moral de homem público (deputado e ministro da Educação). Fiquei matutando valor da indenização pedida. Quanto vale a honra de um "homem público" no Brasil: 10, 100 ou um milhão de reais?

Sinceramente, 10.000,OO é pouco pela honra de qualquer pessoa (de Belo Jardim, de Nova Iorque ou de qualquer lugar. Então fui especular com as notícias sobre a trajetória do homem público belo-jardinense. Na página 10 do Jornal GARRA, na edição de maio de 2016, foi publicada uma lista dos políticos que receberam doação da empresa Odebrecht. No segundo nome da lista, depois do impoluto prefeito do Recife, estava o do deputado Mendoncinha. Quanto teria recebido o parlamentar da empresa corruptora dos políticos brasileiros? - Depois fui ler o Blog de Jamildo do dia 6 de junho de 2016. Lá se diz que o procurador geral da República, Rodrigo Janot afirmava que havia indícios de que Mendonça Filho tinha recebido propina no valor de 100.000.

Fiquei pensando: 10.000,00 é muito pouco em relação a esses valores. Então me indaguei sobre o que teria feito ou dito para justificar esse pedido modesto do ex-ministro da Educação.

Aí, lembrei-me do artigo publicado no jornal brasil 247 sobre a indicação de Mendocinha para o MEC. Diz o jornal eletrônico, em sua edição do dia 19 de maio de 2016: "Dono da SER Educacional, o maior grupo de faculdades privadas do Nordeste, o empresário piauiense Janquiê Diniz bancou a indicação de Mendonça Filho, do DEM-PE, para o Ministério da Educação. De quebra, o jornal esclarece que Janguiê mandou também um funcionário seu, Maurício Romão, para ocupar uma secretaria estratégica de autorização e fiscalização de novos cursos dessas faculdades particulares.


Pronto! Tudo se iluminou por um momento. O que o deputado Mendoncinha que nunca escreveu uma linha sobre educação pública, teria ido fazer no MEC, em troca de ter assinado o "impeachment" da Presidente Dilma? - Ora, a privatização dos FIES? O desmantelamento do Conselho nacional de Educação? O aligeiramento do perfil dos alunos do ensino secundário, acabando com a obrigatoriedade do ensino de História, Sociologia e Artes? Ou ouvindo os conselhos do ator pornô Alexandre Frota sobre a malsinada "escola sem partido"?

Parece que o telhado da casa de Mendoncinha é de um tipo de vidro muito frágil. Disse um antigo professor dele, na Escola Parque, que era um aluno mediano e silencioso que foi se queixar ao pai de professores esquerdistas, por causa de um poema do Brecht. De minha parte, o que eu sei é que Mendoncinha, formado em Administração de Empresas, foi avicultor, deputado e presidente de uma comissão de privatização, no governo do acrimonioso Jarbas Vasconcelos. Nunca o soube pedagogo, educador, professor, autor. A não ser mais um dos políticos do velho PFL que tem a irresistível inclinação para usar recursos públicos clientelisticamente em época de eleição. E com o MEC, não foi diferente.

Por acaso, serão chamados na qualidade de “liste- consortes”  no processo o jornal 247, o ex-presidente da Câmara dos Vereadores, Dilson Peixoto, o jornal o Globo e o blog do Jamildo, ou o jornal GARRA?

*Michel Zaidan Filho é cientista político e professor universitário

EM: https://robertoalmeidacsc.blogspot.com.br/2018/04/quanto-vale-honra-do-deputado-mendonca.html?spref=fb


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sexta-feira, 20 de abril de 2018

Rede Globo: 53 anos forjando narrativas e promovendo golpes - Brasil de Fato

Rede Globo: 53 anos forjando narrativas e promovendo golpes

Desde 2013, a Globo mobilizou o público em torno do discurso único da 'crise' no Brasil.

Rosa Sampaio - Recife (PE), 20 de Abril de 2018 às 14:40 em Brasil de Fato

Atos em todo o Brasil denunciaram a tentativa de criminalização de Lula no último dia 17.
 Jamile Araújo

Na véspera do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula, no Supremo Tribunal Federal (STF), o editor e apresentador do Jornal Nacional da TV Globo, William Bonner, encerrou a edição lendo dois tuítes do general Villas Bôas, comandante do Exército Brasileiro, em que repudia a “impunidade” e sinaliza uma intervenção militar, como ameaça aos ministros do STF.

Destacando estas mensagens no seu principal telejornal, de maior audiência, a Globo, a mesma criada com o apoio da ditadura militar de 1964, agora usa as Forças Armadas para ameaçar novamente a democracia.

Na mesma edição do JN, foram dedicados 20 minutos a uma reportagem sobre o julgamento do pedido de habeas corpus de Lula. A reportagem traz apenas a posição dos ministros favoráveis à prisão e para finalizar, Bonner cita a carta da Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, enviada aos ministros, pedindo que seja mantida a decisão da prisão em segunda instância.

Os laços entre a Rede Globo – e também do seu fundador, o jornalista Roberto Marinho, e a ditadura civil militar estão diretamente ligados com os benefícios rendidos ao grupo e a família Marinho. O apoio ao regime e a censura aos movimentos pró democracia nos noticiários do grupo eram explícitos. Em 1984, a Globo foi omissa na cobertura das Diretas Já. Nas Eleições de 1989, primeira pós redemocratização, editou o último debate entre os candidatos Lula e Fernando Collor de Melo, favorecendo o último.



Nos anos 1990, as Organizações Globo tiveram problemas financeiros que foram “aliviados” pelo Estado, mesmo sendo uma empresa privada, com concessões públicas de Rádio e TV. Na época, a Globo utilizou-se de influência no Congresso para mudar um artigo da Constituição Federal, permitindo a participação de 30% de capital estrangeiro nas empresas de mídia brasileiras. Em 2002, o Governo Federal ofereceu ajuda de R$ 280 milhões à Globo, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff resultou de um golpe fomentado pela elite oligárquica e conservadora contra o Partido dos Trabalhadores (PT), onde a mídia corporativa desempenhou papel determinante ao manipular a opinião pública. Desde 2013, a Globo mobilizou o público em torno do discurso único da “crise” no Brasil e de vazamentos das investigações. Seus veículos de comunicação, como O Globo e o Jornal Nacional, demonizaram e deslegitimaram, sistematicamente, a então presidenta Dilma, o ex-presidente Lula e o PT, em suas reportagens e editoriais ao associá-los à corrupção disseminada e a culpá-los pela recessão econômica. Ainda que de forma não declarada, a Globo atuou diretamente na construção da narrativa que culminou no golpe de 2016.

*Rosa Sampaio é jornalista do Centro de Cultura Luiz Freire e integrante do Fórum Pernambucano de Comunicação (Fopecom).

EM: https://www.brasildefato.com.br/2018/04/20/opiniao-or-rede-globo-53-anos-forjando-narrativas-e-promovendo-golpes/


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MARIANA - A lama do caos

MARIANA - A lama do caos


Por Marcus Pereira


Termina nesta sexta-feira (20), o prazo para que a empresa  Vale, a BHP Billiton e o Ministério Público Federal (MPF) entreguem na 12ª Vara Federal do estado um plano que defina ações de reparação 


A natureza aos poucos vai renovando a paisagem

Na tarde do dia 5/11/2015, uma quinta-feira, por volta de 15h30  uma barragem se rompeu em uma pequena cidade (histórica) do interior de Minas Gerais. Espalhando  suas lamas, destruindo e matando tudo que encontrou pela frente.. O choro se espalhou pelo Brasil. Hoje, 2 anos e 5 meses depois daquela que foi a maior tragédia ambiental do país  e ainda não há um diagnóstico definitivo dos danos socioeconômicos causados pelo “tsuname de lama” da mineradora Samarco.

Várias perguntas no dia de hoje, dia que termina o prazo que MPF e Samarco marcaram para fechar um acordo de reparo aos  danos causados pelo desastre de Mariana, precisam ser respondidas: Aonde vamos parar? Não podemos esquecer que vários distritos de Mariana foram destruídos e mais 36 cidades atingidas até chegar ao mar. Vidas foram perdidas (19 mortos)!

Quantos  distritos, cidades ou vidas deixarão de existir, pelo Brasil a fora,  em nome dessa busca desenfreada  e  incessante pela riqueza que traz o minério? Será que nada disso tem importância?

Esse desastre (crime) é só vem  provar que o capitalismo é uma máquina mortífera e que em nome do crescimento da economia, se necessário for, se destrói, mata-se e pouco se importam com a natureza e suas consequências, tudo ficará em segundo plano. O lucro, este  sim é o que importa.


O rompimento da barragem do Fundão pertencente a mineradora Samarco, empresa fundada em 1977 que produz pequenas bolas de minério de ferro usadas na produção de aço, empresa controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton. Que opera em Minas Gerais e no Espírito, não causou apenas a destruição da Cidade de Mariana, causou diversos desastres. Dentre eles, desabrigou famílias, causou a morte de animais, pessoas e ate até a quase morte de um rio (Não podemos esquecer o Rio Doce, este ainda esta se recuperando, segundo especialistas no mínimo 15 anos). Uma tragédia que só envergonha o Brasil.

A partir daquele dia passamos a perceber o perigo por trás das barragens de rejeitos que cercam as minas de minério de ferro , muitas delas ilegais, vemos o quanto o Estado é omisso e incapaz de punir os verdadeiros responsáveis. Não seria o Estado também co-responsável por deixar a situação chegar ao ponto que chegou?. Mais uma vez quem pagará as contas e povo pobre e desassistido de Minas e adjacências. Com o desemprego dos pescadores, que se encontram impossibilitados de trabalhar após a "lama tóxica" invadir os rios, as familias desabrigadas, os que perderam seus parentes, além do enfraquecimento da economia local. Onde se encontram os culpados por essa tragédia?

A Vale acumulou receita líquida de R$ 62,8 bilhões, enquanto isso segue o andor. Ano a ano veremos nesse mesmo local e data as pessoas lembrarem dos anos seguidos da tragédia, sem que nada tenha sido feito para reparar os danos causados às pessoas e ao meio ambiente. Como sempre no Brasil  tudo passará e não haverá culpados. Condenados sempre serão as vítimas.

Certamente teremos por trás de toda essa história as negociatas entre juízes, políticos e os empresários envolvidos. Negociatas que renderão milhões aos seus bolsos. E o povo de Mariana? E o Rio Doce?

Calma tudo no seu tempo. Não é a nossa JUSTIÇA uma das mais modernas do mundo? Piada! Se fóssemos um país sério, se tivéssimos um STF eficiente, já teriamos  resolvido o problema, mas ao contrário, mais uma vez tudo será empurrado com a barriga e muitos dos que testemunharam essa tragégia não estarão vivos quando um dia se pensar em solução.

Resta-nos ter a consciencia que cada um brasileiro, de uma forma ou de outra, é um sobrevivente da lama que vem como brinde da corrupção e da roubalheira dos políticos que elegemos. Resta-nos a certeza de que por muitos e muitos anos permaneceremos apequenados proporcionalmente aos tamanho dos nossos direitos. E restará a todos nós a certeza que muito tempo passará até que as vitimas dessa tragédia tenham suas indenizações devidamente pagas.

Outubro bate a nossa porta, escolham a dedo aqueles que irão mudar o rumo desse país! Enquanto colocarmos crápulas no poder, corremos nós mesmos o risco de levarmos essa dedada

VAI COMPLETAR 3  ANOS E NADA, NEM ANIMAIS NEM VIDAS HUMANAS NEM RIOS NEM BIODIVERSIDADES FORAM MOTIVOS PARA PUNIR OS ENVOLVIDOS (CULPADOS), ASSIM COMO FOI PUNIDA A POPULAÇÃO VÍTIMA DA TRAGÉDIA.


quinta-feira, 19 de abril de 2018

A VIOLÊNCIA NOSSA DE CADA DIA

A VIOLÊNCIA NOSSA DE CADA DIA

Por Marcus Pereira 


Violência!
Cada vez mais presente em todos os lugares que possamos imaginar do nosso país (nas pequenas e grandes cidades) e no mundo. Esta se encontra muito mais próxima do que deveria e queríamos, de quebra ainda é o grande dilema da atualidade e que tem provocado dores de cabeça nos Governantes pelo mundo a fora.




"As vítimas tendem a ser aqueles que mais precisam de proteção: os pobres urbanos e rurais, os povos indígenas, os negros, os jovens e também aqueles que trabalham em prol dos mesmos: advogados, sacerdotes, líderes sindicais, camponeses. Os violadores costumam ser agentes do Estado, cuja responsabilidade legal é a proteção dos cidadãos". (https://www.coladaweb.com/sociologia/a-violencia-na-sociedade-brasileira)


Onde encontrarmos respostas eficientes para solucionar os problemas e os males dessa violência? Eis o drama, Não creio que a humanidade tenha perdido a capacidade de gerir e conter a escalada assustadora e vergonhosa desse mal, como acredito, também, que precisamos nos unirmos e não ficarmos indiferentes com a crescente taxa de homicídios, principalmente nos grandes centros.

Também não precisamos banalizar o que acontece em nossa volta e nem podemos negar que em nosso país a impunidade é uma das principais causadoras do crescimento da VIOLÊNCIA NOSSA DE CADA DIA  e que vem aliada ao crime organizado e a corrupção que tomou de assalto a nossa nação.




Quantos de nós não temos reclamado de uma ação mais enérgica do Estado em relação a violência? Mais todos nós também ja percebemos que esse  Estado nunca esteve tão ausente e tão distante dos anseios do povo (em todos os aspectos)  no tocante a segurança, quanto nos últimos anos. Faz tempo que não temos uma resposta significativa aos criminosos que agem nas barbas das autoridades, seja a noite ou durante o dia.

Quem seria capaz de responder a quantas andam a politica de Segurança Pública em nosso país? E não me venham falar em intervenção militar, pois esta ja provou que é incapaz de conter a violência urbana. Exemplos? Todos conhecem, mas poucos, (principalmente os canalhas) admitem ou aceitam as criticas

Quem tem que conter  A VIOLÊNCIA NOSSA DE CADA DIA? A resposta talvez esteja além da nossa compreensão, mas a verdade é que ao longo dos tempos, pouco a pouco, as sociedades evoluíram ao ponto de se adequarem aos novos costumes, as novas ordens, as novas formas de fazer politica de Segurança Publica e com mudanças de hábitos também aprenderam a conviver com o caos social. E a violência é parte desse caos, e é inerente ao ser humano.

Ainda há tempo para acreditarmos em tempos menos violentos. Ainda há tempo para acreditarmos  na redenção, na  inteligência, no fim das barbáries. Ainda há tempo para acreditarmos que a humanidade descobrirá que ao trafegar por vias perigosas se auto destruirá. Ainda há tempo para acreditarmos que restabeleceremos a sobriedade e que descobriremos que os valores morais ainda é a grande arma contra  A VIOLÊNCIA NOSSA DE CADA DIA.


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sexta-feira, 13 de abril de 2018

Desigualdade e extrema pobreza avançam no Brasil - Brasil de Fato

Desigualdade e extrema pobreza avançam a passos firmes no Brasil em golpe


Juliane Furno em 13 de Abril de 2018 às 13:52



É visível o aumento do número de moradores de rua, de pedintes nos semáforos,
nas portas dos mercados e afins. - Créditos: Rovena Rosa/Agência Brasil

Levantamento da empresa LCA Consultores – com base nos dados recentes do IBGE – indicam que aumentou em mais de 1 milhão o número de  pessoas vivendo na extrema pobreza no Brasil. Esses dados, divulgados nesta quarta (11), apenas comprovam a imagem que qualquer um de nós – andarilhos das nossas cidades – já constatamos na prática.

É visível o aumento do número de moradores de rua, de pedintes nos semáforos, nas portas dos mercados e afins. Para os moradores da grande São Paulo é assustador o cenário recente de pessoas vendendo qualquer tipo de coisas no metrô, desde chocolates e acessórios até a sua “arte”, músicos, cantores, poetistas que entram nos vagões na busca de algum sustento.

Não foi somente a extrema pobreza que cresceu. Esses dados atestam a opção atual pela manutenção e ampliação das desigualdades sociais. A pesquisa revelou que os 5% mais pobres da população brasileira pararam de ampliar o rendimento real - como vinha ocorrendo nos governos petistas – e tiveram seus rendimentos médios diminuídos 18% em 2016.

Vejamos o exemplo das empregadas domésticas. Essa massa de trabalhadoras – majoritariamente mulheres e negras – alcançaram um aumento no rendimento médio de 76% acima da inflação entre 2003 e 2014.

A fórmula econômica é simples: Se tem a mesma quantidade ou mais de pessoas procurando por empregadas domésticas e menos empregadas domésticas ofertando trabalho no mercado, os salários tendem a subir. De fato, menos mulheres prestaram serviço doméstico.

Enquanto nos anos 1990, 19% da força de trabalho feminina estava ocupada no trabalho doméstico, em 2014 esse percentual caiu para 15%.

No entanto, após 2016, o número de empregadas domésticas ampliou significativamente. Isso porque, em momento de crise, de fechamento de postos no mercado de trabalho e de diminuição no rendimento das famílias, as mulheres encontram no trabalho doméstico a única alternativa de inserção laboral. Pela mesma lógica, se mais empregadas domésticas procuram emprego, os salários caem. De 2016 a 2017 as trabalhadoras domésticas tiveram uma perda salarial de 8,3%.


Dessa forma, os dados atuais de aumento da extrema pobreza, das desigualdades e da queda do rendimento da classe trabalhadora tem dois motivos principais. O primeiro é o aumento do desemprego. De 2014 para 2017 o Brasil dobrou o número de desocupados. A falta de emprego somada à ausência ou diminuição dos serviços e políticas públicas tende a aumentar a extrema pobreza.

A maior parte dos desempregados se concentra na base da pirâmide social, mesmo setor que o governo do presidente golpista Michel Temer cortou o benefício do Programa Bolsa Família para 326 mil domicílios. Além disso, a inexistência de políticas públicas de moradia, de restaurantes comunitários ou de geração de renda agrava ainda mais o quadro da tragédia.

Pela Lei da Oferta e da Procura, quanto mais trabalhadores desempregados procurando emprego, menores são os salários ofertados. Dessa forma, o desemprego ajuda a pressionar para baixo o salário dos ocupados, o que diminui o rendimento e aumenta a desigualdade entre o Capital e o Trabalho.

Em segundo lugar, os empregos criados nesse período são, na sua grande maioria, precários – e pagam salários mais baixos. Isso tudo por conta da aprovação da Reforma Trabalhista, que “legaliza” o que antes era considerado “bico”.

Com isso o país vai voltar a apresentar crescimento do número de empregados, porém, esses empregos criados seguirão a regra da precarização, com baixos salários, ausência de direitos fundamentais e vínculos temporários.

O ano de 2017 é o primeiro na história brasileira em que o número de trabalhadores informais superou o de trabalhadores formais. Como se não bastasse isso, a política de desvalorização do salário mínimo, nos últimos dois anos, também contribui para a queda do rendimento dos trabalhadores, sobretudo os mais pobres, que se concentram nas mulheres, negros e jovens.

Mas ainda não estamos no fundo do poço! Se a reforma da previdência for aprovada, a crise social ainda pode se agravar. Caso não existisse a Seguridade Social brasileira, o nosso percentual de pessoas vivendo na extrema pobreza seria 12% maior!

Esses são os dados do estrago no Brasil do golpe. Primeiro se tira a Dilma. Depois os direitos. Congelam-se os gastos, derruba a inflação, retrai o crescimento econômico, aumentam as desigualdades, exacerba a concentração de renda e infla os miseráveis.

* Juliane Furno é doutoranda em Desenvolvimento Econômico na Unicamp, formadora da CUT e militante do Levante Popular da Juventude. em https://www.brasildefato.com.br/2018/04/13/desigualdade-e-extrema-pobreza-avancam-a-passos-firmes-no-brasil-em-golpe/


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quinta-feira, 12 de abril de 2018

Reforma do Ensino Médio - Yara Manolaque

Reforma do Ensino Médio: os 40% que se distanciam da educação pública de qualidade

"O governo afirma que essa lei foi amplamente debatida pela sociedade, mas já podemos observar algumas armadilhas."


Yara Manolaque* - Recife (PE), 11 de Abril de 2018 às 14:43


O pacote de maldades da PEC da Morte prejudica os trabalhadores e principalmente os jovens que ingressarão no mercado de trabalho. / Secretaria de Educação de PE


A lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, sancionada pelo atual Presidente não eleito Michel Temer - a qual alterou algumas leis já existentes voltadas para a educação e “institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral” - pode ser considerada mais um “presente de grego”. Ou seja, mais uma Lei Cavalo de Troia como tantas outras leis sancionadas no atual cenário de golpe que o nosso país vivencia. Esse cavalo esconde uma série de “presentes” desagradáveis, que poderão afetar a educação pública brasileira.

O governo afirma que essa lei foi amplamente debatida pela sociedade, mas já podemos observar algumas armadilhas. A mais recente é a proposta do Conselho Nacional de Educação (CNE) em ofertar 40% da carga horária do ensino médio e 100% do curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) na modalidade a distância. As (os) professoras (es) e estudantes da rede pública de ensino sabemos da precariedade e da falta de investimento na educação, principalmente após a Emenda Constitucional (EC) 95/16 (A Pec da morte), que congela por 20 anos os investimentos na educação e na saúde; além da Reforma Trabalhista e da Terceirização do trabalho, pacotes de maldade que prejudicarão diversas (os) trabalhadoras (es) e principalmente as (os) jovens que ingressarão no mercado de trabalho.

O “presente embrulhado” pela CNE encontrou espaço no parágrafo 11, do art. 4º, que altera o art. 36 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, permitindo “firmar convênios com instituições de educação a distância com notório reconhecimento”, um passo para a privatização. Mais adiante, o inciso IV, do art 6º, que altera o art. 61 da Lei nº 9.394, permite que profissionais com notório saber - profissionais com conhecimento na área, mas que não possuem formação para ensinar – estejam na sala de aula para lecionar. Para alguns, essa decisão é um avanço, pois permitiria uma diversidade de conhecimentos compartilhados com as (os) estudantes. Nesse caso, os termos tutoria, voluntariado, oficineiras (os) caberiam para substituir o “notório saber” precarizando o trabalho docente e sepultando o funcionalismo público na educação.


Não sejamos inocentes como os troianos, o projeto que está colocado na nossa sociedade é o neoliberal e a educação é o seu principal alvo, pois é um território em disputa.


*Yara é Professora da Rede Estadual de ensino de Pernambuco em 


segunda-feira, 9 de abril de 2018

MARIA NÃO VAI COM AS OUTRAS

MARIA NÃO VAI COM AS OUTRAS


Marcus Pereira





Para onde vai Maria? Sei que ela não vai com as outras, vai sozinha, vai matreira, Maria vai, sorridente, vai bacana, sonhando com dias melhores. Maria vai trabalhar. 

Maria vai sozinha, ela não vai com outras, vai tomar banho no riacho, vai cantando, vai correndo, não  sente  medo  do mundo que lhe espera.

Maria não vai com as outras, mas quem vai?

Vai quem é oprimido, quem não teve oportunidades e vive preso sem esperanças, quem não come três vezes ao dia, quem não tem direito a sorrir. Quem trabalha como escravo.

Vai com as outras quem não direito a sonhar, quem não consegue estudar, quem morre de fome um pouquinho a cada dia. Ah! esse vai ligeiro.

Maria não vai com a outras, mas vai Jose, Pedro, Josefina, Zefinha e Manoel, Joãozinho, o meu vizinho que vende o seu voto, pra comprar um botijão de gás, que sobe a cada novo amanhecer.

Vai com as outras quem não ganha um tostão pra comprar um pão, o feijão o macarrão. O cafezinho nosso de cada dia.

Vai com as outras. Quem vê seu filho chorando e não consegue se quer ver na sua frente uma opção, uma razão, um olhar.

Mas Maria? Maria não vai com as outras!.

Para onde vai Maria então? Maria vai namorar! Maria quer se casar! Maria quer ver o mar! Maria vai viajar, pelo mundo das estrelas.




Maria? Maria não vai com as outras!

Vai com as outras quem não tem um chinelo pra calçar, água pra beber, motivos para amar, ah esse vai, vai atrás do "coroné" da cidade onde nasceu, que tem o domínio das letras e pouco se importa com os seus.

Maria? Maria não vai com as outras!

Embora viva apressada, cansada do dia a dia, lavando roupa de ganho, sofrendo de mão em mão, Maria não vai com as outras.

Maria sonha, Maria canta, Maria dança.

Mas Maria nem lembra que um dia veio da roça, da terra da morte viva, dos confins do meu sertão. Da terra de gente sofrida que quase não tem um pão.

Mas Maria, Maria não vai com as outras!

Vai com as outras meus irmãos, que trabalham de sol a sol (quase escravos), fazendo calo na mão, querendo que um dia seus filhos, não passem mais fome não.

Vai Maria, vai sorrindo, vai ligeira, vai rindo enquanto podes, mas não esqueças que aqui na terra, temos todos um papel.

O papel de sermos gente, de sermos seres humanos, de respeitar quem é diferente, de sonhar, de amar e nunca desrespeitar aquele que vai com as outras.

Vai Maria, mas nunca esqueças que aquele que te deu a vida deu também a teu irmão (aquele que vai com as outras), leva contigo a certeza  de que tu não vás com as outras, mas levas ao menos  DEUS dentro do teu coração.

Vai Maria! Vai com pressa, que a vida te espera. Mas não esqueças, que quem vai com as outras também tem o seu espaço no céu.

Para onde vai Maria? Eu não sei. Só sei que ela não vai com as outras!



Imagens do google.


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domingo, 8 de abril de 2018

LULA, O TROFÉU - Jorge Waquim

Lula, o troféu

* Por Jorge Waquim



             Lula é cercado pela multidão após discurso        Foto: Filipe Araujo /Fotos Publicas

A operação lava-jato é algo inédito na história brasileira. Muitos nomes graúdos passaram pelas celas da Papuda e na carceragem da PF em Curitiba e muitos foram condenados. Também é preciso dizer que a operação ainda não chegou naqueles nomes que detêm foro privilegiado.

Enquanto o processo se desenrola, muitos analistas tentam nos mostrar e provar que tudo está certinho, que as instituições estão funcionando, principalmente pela concessão do amplo direito de defesa e do contraditório aos réus, pelo funcionamento sem entraves dos tribunais e, enfim, pela normalidade jurídica que reina no Brasil.

No entanto, é fácil defender o ponto de vista oposto, de que as coisas não são tão certas assim. Há indicações fortes de que política e justiça estão se misturando nesse processo.

Justiça é território da argumentação lógica, cujo fundamento se encontra nas leis. Na justiça, nenhuma conclusão é permitida sem um cumprimento formal dos passos lógicos. A política, por sua vez, é território da conversa e dos cochichos, dos conchavos e das alianças, do escamoteio e dos sofismas, em sentido contrário ao raciocínio puramente lógico, portanto. Assim, justiça e política são duas instâncias que deveriam ser mantidas estritamente separadas em uma democracia, para que não se cometam injustiças e que não se privilegiem pessoas em detrimentos de outras.

Indícios há de que a política tem se misturado com a justiça no caso da lava-jato, sobretudo quando o seu réu de maior proeminência, o ex-presidente Lula, foi julgado e condenado pela primeira instância, em Curitiba. Senão, vejamos.

Sérgio Moro, no julgamento do triplex, segundo muitos juristas, atropelou o direito, encontrou provas onde só existiam suspeitas, desconsiderou testemunhas e se disse convicto, sem base argumentativa suficiente, da culpa do réu.

O julgamento foi considerado, por muitos, contrário à lógica que deveria presidir a argumentação jurídica. No universo da lógica, se Lula é corrupto, então que se mostre esse fato com mais solidez e com argumentação mais explícita, para não se condenar uma pessoa por impulso, por convicção pessoal ou motivada por uma vontade política, sob o império da retórica. Moro, com a sua construção argumentativa controversa, dá assim todas as pistas de que procura em Lula um troféu que premie sua atuação jurídica, atuação que deveria justamente prescindir de prêmios. Seu instrumento para essa conquista parece ser a extrapolação do terreno jurídico e a invasão do território pantanoso da política.



O fato grave durante os dias que precederam o julgamento do habeas corpus no STF foi certamente uma mensagem fora do tempo e do lugar do comandante do exército, com ameaças de intervenção. A manifestação do general exacerbou o campo de ação de seu cargo e se inscreveu no campo da política, pelos seus efeitos retóricos. É de se pensar que sua intenção era meramente buscar um troféu com a prisão de Lula, pois não fica claro seus propósitos com a mensagem.

No entanto, é preciso saber se a mensagem do general acuou de alguma maneira o STF, como sugeriu o filósofo Roberto Romano em entrevista. A preocupação procede, pois no STF ouvimos apenas uma voz de protesto à mensagem e vimos uma mudança da consideração da prisão após o trânsito em julgado da segunda instância por uma das ministras e um voto de minerva, após o empate, que não beneficiou o réu, como é costume na seara jurídica.

Lula, além de ser um ex-presidente, o que torna esse caso inédito, é também um dos maiores líderes políticos que o Brasil conheceu. Toda a sua atuação, desde as greves do ABC paulista até seus dois mandatos como presidente são prenhes de atitudes e de resultados que, se beneficiaram muitos, também causam desconforto em outros pela sua sedução política e pelo seu alcance, não somente dentro do país como também fora dele.

Esse desconforto provoca em muitos, e não somente naqueles que habitam as instâncias superiores, mas também naqueles que vestem camisas amarelas dos protestos de direita e em parte da imprensa, uma disposição irracional de querer a prisão de Lula a qualquer custo, com o sabor extra de ter conquistado com essa prisão um troféu.

*Jorge Waquim é filósofo pela Universidade Paris Nanterre

EM: https://www.folhape.com.br/politica/politica/blog-da-folha/2018/04/07/BLG,5998,7,509,POLITICA,2419-OPINIAO-LULA-TROFEU.aspx


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sábado, 7 de abril de 2018

O RESPEITO AO CONTRÁRIO - Marcus Pereira

O RESPEITO AO CONTRÁRIO

Marcus Pereira

O que vemos de forma entristecida  no ser humano, hoje, é o desejo  de se contrapor a tudo e a todos que não fazem parte do seu circulo de verdades absolutas, seja físico, social, político, intelectual, moral, etc., desejo este que tem aflorado em cada brasileiro nos últimos anos (ou quase sempre).

Memorial da Democracia (DF)

Onde quer que estejamos, estamos rodeados de analistas políticos, juízes, advogados, cientistas e por aí vai. Estamos cheios de seres superiores (DONOS DA VERDADE) sempre a postos, mas precisamente nas redes sociais, para desqualificar  opiniões daqueles que não compactuam com as suas ideias, que pode nem sempre ser as melhores. Estes seres, tão superiores, estão sempre lá. de plantão, para desqualificar a tudo e a todos, pois o mais importante é o seu ponto de vista, mesmo tendo por embasamento o ouvi dizer (a grande maioria). Isso é muito perigoso.

O ser humano não precisa ser assim tão pequeno, NÓS, os seres (os seres humanos)  precisamos lembrar que na vida (dia a dia)  devemos e podemos conviver com o contrário e opiniões precisam ser ouvidas e respeitadas. Se não compactuamos com a verdade do outro, seja política ou sobre qualquer assunto,  em qualquer instância ou  espaços, que obrigatoriamente, pela vida social inerente a NÓS,  temos de frequentar, necessariamente não precisamos desqualificar o contrário, o diferente. Basta que respeitemos. E já estaremos contribuindo para que o ambiente em que vivemos possa ser melhor.


Quando defendemos algo elogiamos. Mas porque precisamos nos convencer ou convencer aos outros que aquele ou aquilo que não defendemos é o pior? Por que precisamos desqualificar o contrário pelo simples fato de não o defendermos?

Precisamos ter o discernimento que ao acusarmos, destratarmos ou desmoralizarmos, temos, no rigor da lei (esta já sem muito moral) que arcarmos com  o ônus da prova de tudo que dissermos em relação a esse ou aquele que discordamos ou não defendemos por ser diferente de NÓS.

Infelizmente estamos convivendo com o medo de que a população do nosso país, o transforme em um espaço de intolerância (estamos caminhando nesse sentido) estamos abrindo um precedente sem tamanho e as organizações que tem por obrigação conter toda essa euforia desmedida, assiste a tudo de camarote e muitas vezes até contribui. Contribui com as ofensas, contribui com o desrespeito, não deixando a menor duvida que a democracia não tem importância, pois se assim não fosse se pronunciariam de forma mais qualificada.

Aos reles mortais (o povo), precisa-se que estes entendam que numa democracia, pressupõe-se que: quando sua opinião não é a que prevalece você tem e deve respeitar as dos outros.