sábado, 7 de abril de 2018

O RESPEITO AO CONTRÁRIO - Marcus Pereira

O RESPEITO AO CONTRÁRIO

Marcus Pereira

O que vemos de forma entristecida  no ser humano, hoje, é o desejo  de se contrapor a tudo e a todos que não fazem parte do seu circulo de verdades absolutas, seja físico, social, político, intelectual, moral, etc., desejo este que tem aflorado em cada brasileiro nos últimos anos (ou quase sempre).

Memorial da Democracia (DF)

Onde quer que estejamos, estamos rodeados de analistas políticos, juízes, advogados, cientistas e por aí vai. Estamos cheios de seres superiores (DONOS DA VERDADE) sempre a postos, mas precisamente nas redes sociais, para desqualificar  opiniões daqueles que não compactuam com as suas ideias, que pode nem sempre ser as melhores. Estes seres, tão superiores, estão sempre lá. de plantão, para desqualificar a tudo e a todos, pois o mais importante é o seu ponto de vista, mesmo tendo por embasamento o ouvi dizer (a grande maioria). Isso é muito perigoso.

O ser humano não precisa ser assim tão pequeno, NÓS, os seres (os seres humanos)  precisamos lembrar que na vida (dia a dia)  devemos e podemos conviver com o contrário e opiniões precisam ser ouvidas e respeitadas. Se não compactuamos com a verdade do outro, seja política ou sobre qualquer assunto,  em qualquer instância ou  espaços, que obrigatoriamente, pela vida social inerente a NÓS,  temos de frequentar, necessariamente não precisamos desqualificar o contrário, o diferente. Basta que respeitemos. E já estaremos contribuindo para que o ambiente em que vivemos possa ser melhor.


Quando defendemos algo elogiamos. Mas porque precisamos nos convencer ou convencer aos outros que aquele ou aquilo que não defendemos é o pior? Por que precisamos desqualificar o contrário pelo simples fato de não o defendermos?

Precisamos ter o discernimento que ao acusarmos, destratarmos ou desmoralizarmos, temos, no rigor da lei (esta já sem muito moral) que arcarmos com  o ônus da prova de tudo que dissermos em relação a esse ou aquele que discordamos ou não defendemos por ser diferente de NÓS.

Infelizmente estamos convivendo com o medo de que a população do nosso país, o transforme em um espaço de intolerância (estamos caminhando nesse sentido) estamos abrindo um precedente sem tamanho e as organizações que tem por obrigação conter toda essa euforia desmedida, assiste a tudo de camarote e muitas vezes até contribui. Contribui com as ofensas, contribui com o desrespeito, não deixando a menor duvida que a democracia não tem importância, pois se assim não fosse se pronunciariam de forma mais qualificada.

Aos reles mortais (o povo), precisa-se que estes entendam que numa democracia, pressupõe-se que: quando sua opinião não é a que prevalece você tem e deve respeitar as dos outros.

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