quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

A TERRA E OS TRABALHADORES RURAIS

A TERRA E OS TRABALHADORES RURAIS

Marcus Pereira


Uma realidade longe de ser resolvida e muito menos entendida (por quem deveria), a luta travada pelo pequeno agricultor para ter acesso a terra no Brasil, embora seja uma das mais organizadas e combatentes entre os movimentos sociais. Esta luta vem atravessando diversos períodos da nossa história, onde muitos morreram e outros tantos continuam morrendo.




Aqueles que aqui chegaram (os invasores), se apossaram das terras "descobertas" expulsando  os aqui viviam (os índios), ou seja se apropriaram, fincaram suas cercas e transformaram aqueles que não tinham influência ou sangue europeu em empregados (escravos) ou meeiros e a vida assim seguiu e segue até hoje com pouca diferença.

Hoje a conquista desse pedaço de chão para plantar (agricultura familiar), representa para cada assentado rural a retomada do sonho, a reconstrução de um novo território (a sua verdadeira nação). É na verdade o recomeço, a retomada da vida.

É nesse sentido que deveríamos olhar e tentarmos compreender a luta das famílias que vivem nesse processo migratório. Deveríamos, ao invés de chamá-los de vagabundos como de costume, buscarmos o sentido real do espaço, do território e de lugar para esses que resistiram heroicamente as lutas de tantos brasileiros, que deram suas vidas por um pedaço de terra.

Fica mais aterrorizante ainda, essa luta que vem sendo travada a séculos, quando paramos para analisarmos o que representa a concentração de terras (latifúndio) nas mãos de tão poucos (No Brasil, menos de 1% dos proprietários agrícolas possui 45% da área rural), um país que se orgulha de ser o pais do agrobusinees e que ainda nos dá o desprazer de encontrarmos pessoas na condição de trabalho análogo ao de escravo nessas grandes propriedades.




Devemos ter a consciencia que esse modelo concentrador (do Brasil dos meus bisavós) expõe ao mundo nossas desigualdades sociais e alimenta a ganância do agroconcentrador, que estão sempre associados ao que tem de pior no agronegocio brasileiro, os políticos e seus modus operandi ao acesso dos recursos financeiros e tecnológicos.

Contudo, vale salientar que, conquistar a terra ou essa nova vida, se faz urgente,  como primordial é a importância que os movimentos sociais tem, teve e terá ao longo desses mais de 500 anos de exploração da classe dominante e invasora do nossas terras e nossa gente.




Precisamos entender que essa desigualdade na distribuição de terras é um dos fatores que prejudica o desenvolvimento sustentável e o combate à pobreza, e um agravante pra tantos conflitos e massacres. Basta procurarmos nos institutos de pesquisas e orgãos governamentais quem são os grandes devedores e onde aconteceram os maiores massacres da história recente desse pais.

Por isso é que também se faz necessaria e urgente a participação de toda sociedade nesse processo de recriação territorial. Por isso é que precisamos ao inves de gritarmos, com aqueles que ainda se encorajam e vão a luta por terras, espaco e vida, VAGABUNDOS! devemos gritar em alto e bom som: VIVA A O POVO BRASILEIRO; VIVA AOS TRABALHADORES RURAIS! TERRA PARA QUEM PRECISA!




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