domingo, 21 de janeiro de 2018

MIGRAÇÃO UM PROBLEMA?

POR QUE MIGRAR?

Marcus Pereira


Por quê migrar?  Quase sempre encontramos essa resposta na realidade social, mas nem sempre é uma decisão fácil, embora  muitas vezes se apresenta como a única opção possível. A migração imposta pelas condições geo-sócio-política-econômicas reiterada em um contexto (real), provocado por falta de políticas públicas, ainda é uma realidade frequente no Brasil, e uma constante para homem (em sua grande maioria) do campo, de baixa formação,  que deixa sua cidade natal em busca de emprego (subemprego) nas cidades grandes,




Sem opções e em situação de desespero, muitas vezes provocada pelo modelo oligárquico monopolista da nossa sociedade econômica, esse homem, em sua grande maioria de origem rural, se lança em busca de oportunidades em localidades com uma probabilidade econômica mais favorável e que também é parte interessada nesse fluxo, pois dai surgirá toda uma dinâmica de força útil e barata.

Quantas pessoas em nosso território vivem distantes de seus familiares? Quantos sonham em retornar?

Como é a vida do migrante? Ora sendo eu em várias oportunidades também migrante, responderia que é muito fascinante, quando se trata da beleza do viajar, dos sonhos, de tudo que criamos em torno do desconhecido; por outro lado me intristece quando verifico as angústias, as desilusões, o desprezo e a forma como são tratados ou muitas vezes perseguidos como culpados (“intrusos” - "invasores”) pelos problemas sociais dessas grandes metrópoles "que lhes acolhem", isso só mascara e  descaracteriza a verdadeira realidade social.

No nosso país (nos outros não é diferente), infelizmente, esta faltando uma política mais séria de desenvolvimento econômico, voltada para as pequenas cidades, objetivando incentivar ao homem do campo, o pequeno agricultor (este o maior migrante), infelizmente o que existe é uma política de dependência o que o faz presa fácil, para o modelo capilatista mundial.

Tudo isso facilmente verificado em qualquer uma dessas pequenas cidades espalhadas pelos estados do Brasil, dos países africanos e naqueles considerados subdesenvolvidos mundo afora. Quase sempre administrados (comandados) por políticos influentes, atrelados ao vício do poder e que não sabem usar essa influência a não ser em favor de si mesmos. No Brasil, a prática é essa; o pobre cada dia mais esmagado, descriminado e jogado à marginalização nos grandes centros urbanos.




Homens, mulheres e crianças, todo os tipos de pessoas que se possa imaginar, em qualquer parte desse nosso país (do mundo), estão lotando as grandes cidades, jogados às favelas, aos viadutos (quando tem sorte), além de outros tantos que se quer tem onde passar uma noite de frio.

Frequentemente nos deparamos com essa realidade sem que precisemos ir muito longe, basta olharmos pelos retrovisores, pelas janelas de nossos carros importados e veremos que ali naquela esquina está um ser humano, jogado a margens, por mim e por você. A SOCIEDADE QUE FEDE ENTRE QUATRO PAREDES.



Certamente não sou o primeiro e nem serei o último a falar do MIGRANTE, mas provavelmente esta é uma versão verdadeira de quem viveu a experiência de ser também um MIGRANTE, quando em 1989, ano em que um migrante (perseguido como poucos) de origem nordestina, humilde quase se elegeu presidente, tive que partir em busca de meus sonhos.


Imagens do google

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